EUA proíbe voos para o Haiti após disparos contra aviões

A mudança de primeiro-ministro abre um novo período de incertezas na nação caribenha, que não organiza eleições desde 2016 e não teve nenhum líder eleito desde o assassinato do presidente Jovenel Moise, em 2021.

Nesse contexto, os Estados Unidos pediram hoje aos líderes do Haiti que garantam a credibilidade do seu trabalho acima dos interesses pessoais, após a substituição do primeiro-ministro.

Washington, que financia em grande parte a força de segurança internacional destacada este ano no Haiti para conter a violência das gangues, garantiu que trabalhará com Alix Didier Fils-Aimé, empresário de 52 anos que substituiu ontem Garry Conille, destituído pelo conselho presidencial de transição haitiano, com o qual mantinha divergências.

Para evitar um conflito político semelhante, os Estados Unidos pediram ao conselho e a Fils-Aimé que “definam claramente” as responsabilidades de cada um. Esse esforço deve “incluir medidas para responsabilizar cada um conforme o adequado, evitando ao mesmo tempo mais estagnação”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

“Também é imperativo promover a responsabilização dentro do conselho presidencial de transição para manter a credibilidade junto ao povo haitiano e à comunidade internacional”, acrescentou Miller. 

Antes de ser destituído, Conille havia exigido a renúncia de três dos nove membros do conselho envolvidos em um escândalo de corrupção.



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