Lula quer cortar gastos de militares, políticos, empresas e de todos

Segundo Tales, o governo ainda não definiu as dimensões dos cortes que serão feitos.

A estratégia seria mandar para o Congresso um pacote que justifique os cortes nos ganhos dos trabalhadores, esses chamados andar de baixo e assalariados, com uma contrapartida no chamado andar de cima. A dimensão desses cortes e onde exatamente eles ocorrerão, por incrível que pareça, ainda não estavam definidos até essa segunda-feira (11). Tem algumas coisas definidas, mas a dimensão exata não está definida.

Os debates incluem os ministérios da Saúde, Educação, Trabalho, Previdência e Desenvolvimento Social, todos os ministros dessas áreas têm reclamado. Houve até casos com os dois ministros da Previdência, o Carlos Lupi, do Trabalho, o Luiz Marinho, que ameaçaram se demitir. O presidente Lula falou incluir o andar de cima, justamente para acalmar os revoltosos.
Tales Faria, colunista do UOL

Tales ressaltou que o presidente Lula espera reações do Congresso e do Judiciário.

Lula deixou claro que espera protestos também do Congresso e pressões do Judiciário, mas segundo ele, aí todo mundo vai ter que se expor, foi o que argumentou. Por isso que ele pediu ao ministro da Fazenda, o Fernando Haddad, que chamasse para as conversas o ministro da Defesa, o José Mucio. Segundo o Ministério do Planejamento, a ministra Simone Tebet, a Previdência dos Militares causa um déficit de 49,7 bilhões ao orçamento.

O argumento do presidente é que tudo bem, todo mundo tem direito de reclamar, mas tem que se expor ao julgamento da sociedade tanto quanto do governo. Hoje Lula e a equipe econômica teriam novas rodadas de reuniões com integrantes do Ministério da Defesa e da Casa Civil. Não se sabe se vão conseguir fechar os projetos hoje ou amanhã. A ideia é depois discutir com os presidentes da Câmara e do Senado e até do Supremo Tribunal Federal.
Tales Faria, colunista do UOL



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