Nunes confirma possibilidade de extinção da SPTrans
São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB) confirmou, durante agenda de rua dessa segunda-feira (11/11), que poderá extinguir a SPTrans em seu novo mandato à frente da Prefeitura de São Paulo. A agência é responsável pela gestão do transporte público da capital e teria suas funções absorvidas pela SP Regula.
Nunes disse que a extinção da SPTrans está sendo analisada, “o que pode eventualmente culminar na sua extinção, e a estrutura iria para a agenda reguladora”. O prefeito mencionou os casos da Amlurbi, antes responsável pela limpeza e zeladoria urbana, e dos serviços funerários da cidade, que tiveram suas funções e funcionários absorvidos pela SP Regula.
A possibilidade da extinção da SPTrans vinha sendo especulada desde o período eleitoral, mas sem confirmação por parte do prefeito. Na segunda-feira, quando confirmou estar avaliando o processo, Nunes disse que o objetivo é tornar o serviço mais eficiente. “A nossa gestão vai ser o mais enxuta possível, sempre com uma análise de melhorar a performance das empresas”, disse.
Gestão do serviço de ônibus
Atualmente, a SPTrans é responsável pela gestão de todo o serviço de ônibus da cidade de São Paulo e funciona em um sistema de empresa de economia mista, cujo acionista majoritário é a prefeitura.
Em abril deste ano, a empresa assumiu o controle de duas operadoras de ônibus da capital, após elas terem sido alvo de uma investigação que apontou a infiltração do PCC no transporte público da capital.
A ameaça de extinção da SPTrans acontece em meio a mudanças na Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito. No início de novembro, o prefeito exonerou o secretário da pasta, Celso Gonçalves Barbosa, sob a justificativa de que o secretário estava com problemas de saúde.
Além disso, desde a reeleição de Nunes, vem sendo discutida a possibilidade de aumento na tarifa de ônibus da capital, em vigor desde janeiro de 2020 no valor de R$ 4,40. A respeito do assunto, o prefeito ainda não esclareceu quando o aumento irá ocorrer.
O Metrópoles entrou em contato com a SPTrans para pedir um posicionamento da empresa sobre a possibilidade de extinção, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto.
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