Explosões: deputados brigaram para manter votação da PEC da Igreja
Deputados bolsonaristas discutiram com os colegas de esquerda que pediram o encerramento da sessão na Câmara, na noite desta quarta-feira (13/11), após explosões próximas ao Congresso. Os conservadores pressionavam pela manutenção da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que promove a imunidade tributária das igrejas. O plenário permaneceu aberto por uma hora após a segunda explosão.
Por volta das 20h, a deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP) solicitou o encerramento dos debates, alegando preocupação. “Nós, nessa condição, estamos evidentemente numa situação de muito risco, de muito perigo. Eu, honestamente, não me sinto nem um pouco segura de continuar neste recinto sabendo que, do lado de fora, há bombas sendo explodidas”, disse.
O 2º vice-presidente da Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), presidia a sessão e alegou que o local mais seguro para os deputados seria o próprio plenário. Ele deu continuidade às discussões do projeto.
Após o deputado Chico Alencar (PSol-RJ) pedir informações sobre a segurança, o Delegado Caveira (PL-PA) ironizou: “Se a Esquerda está insegura, é só irem para casa”. Após o fim da sessão, ele voltou a provocar e disse: “a explosão do Brasil é o PT”.
O deputado Marcos Pollon (PL-MS) foi ao púlpito defender a votação: “A esquerda odeia as igrejas! Estamos trabalhando para viabilizar a isenção fiscal das igrejas e fazem uma balbúrdia para impedir uma votação importante dessas. Cambada de demônios!”.
A sessão foi encerrada às 21h, ápós Sóstenes ser informado oficialmente da situação na Praça dos Três Poderes. Um homem morreu numa explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal. Além disso, foi registrada uma explosão num carro próximo ao Anexo IV da Câmara , onde também foi relatada a queda de um drone.
O vice-presidente pediu que os deputados permanecessem no plenário por mais tempo, liberando sua saída aproximadamente às 21h30.
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