Polícia Federal investiga explosões em Brasília como ato terrorista

O diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Passos Rodrigues, declarou em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (14), que as explosões em Brasília, na noite da quarta-feira (13), não representam “fato isolado” e que a unidade de investigação antiterrorismo da corporação já foi acionada para auxiliar nos trabalhos.

Autor das explosões em Brasília foi candidato a vereador em 2020, em Rio do Sul, Santa Catarina – Foto: Redes sociais/ Reprodução/ ND

Por volta das 19h30min do dia em questão, o catarinense Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, bombardeou um carro em frente ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) e detonou outros dois dispositivos próximo a Câmara dos Deputados.

Caso é investigado como atos terroristas

A situação registrada na Praça dos Três Poderes é investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal e pela Polícia Federal. Nesta quinta, o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, declarou que a situação decorre de extremismos políticos.

Explosões em Brasília serão investigadas como ato terrorista, diz Polícia Federal – Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil/ Reprodução/ ND

“Quero, inicialmente, fazer um registro da gravidade dessa situação que enfrentamos ontem. Tudo isso aponta que esses grupos extremistas estão ativos e precisam que nós atuemos de maneira enérgica – não só a Polícia Federal, mas todo o sistema de Justiça criminal”, disse.

“Entendemos que esse episódio de ontem não é um fato isolado, mas conectado com várias outras ações que, inclusive, a Polícia Federal tem investigado em período recente”, completou Passos. “Estamos tratando esses casos sob essas duas vertentes e, por isso, nossa unidade antiterrorismo está atuando diretamente”, disse.

Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu durante os ataques na capital federal – Foto: Bruno Peres/ Agência Brasil/ Reprodução/ ND

STF investigará explosões em Brasília

Durante coletiva de imprensa, Passos disse ainda que já determinou a abertura de inquérito policial e o encaminhamento do caso ao STF (Supremo Tribunal Federal), diante das hipóteses de atos que atentam contra o Estado Democrático de Direito e de atos terroristas.

Ainda na quarta-feira, um inquérito foi aberto, pelo Supremo, para investigar as explosões em Brasília. O presidente do Tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, nomeou Alexandre de Moraes como relator do procedimento. A segurança pessoal dos ministros do STF e da Suprema Corte foi reforçada desde a noite dos acontecimentos.

*Com informações do R7 e Agência Brasil.