Mundo da espionagem mostra irritação com escolha de Trump para chefia de inteligência dos EUA
Entre os riscos, segundo atuais e ex-funcionários de inteligência e especialistas independentes, estão o fato de que os principais assessores de Trump poderão fornecer ao novo presidente republicano uma visão distorcida das ameaças globais, com base no que eles acreditam que irá agradá-lo, e que os aliados estrangeiros podem relutar em compartilhar informações vitais com Washington.
Randal Phillips, ex-funcionário da diretoria de operações da agência norte-americana de espionagem, CIA, que trabalhou como principal representante do órgão na China, disse que os integrantes leais a Trump nos principais cargos do governo dos EUA “podem se tornar a via de escolha para algumas ações realmente questionáveis” por parte da liderança da comunidade de inteligência.
Uma fonte de segurança ocidental disse que poderia haver uma desaceleração inicial no compartilhamento de inteligência quando Trump assumir o cargo em janeiro, o que pode impactar os “Cinco Olhos”, uma aliança de espionagem composta por EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
A preocupação dos aliados dos EUA é que todas as nomeações de Trump estão na “direção errada”, disse a fonte.
A equipe de transição presidencial de Trump não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Dentro e fora da rede de inteligência dos EUA, grande parte da ansiedade se concentra na escolha de Gabbard, 43 anos, por Trump como diretora de inteligência nacional, especialmente devido às suas opiniões consideradas simpáticas à Rússia e à guerra do país contra a Ucrânia.
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