OPINIÃO | Dez vitórias seguidas e Cholismo em alta: entenda a última transformação do Atlético de Madrid
Dez vitórias seguidas em todas competições representam uma marca bastante expressiva. São 42 dias para o Atlético de Madrid apenas vencendo.
A sequência começou contra o amador Vic, da sexta divisão espanhola pela Copa do Rei, e passou por Las Palmas, Paris Saint-Germain, Mallorca, Alavés, Sparta Praga, Valladolid, Cacereño e Sevilla, até chegar ao 3 a 1 desta quarta-feira contra o Slovan Bratislava pela Champions League.
Diante dos eslovacos, os principais fatores que transformaram a temporada colchonera desde a sequência anterior de jogos, com uma única vitória em seis confrontos, ficaram mais uma vez claros.
A começar pela recuperação da força defensiva e o estabelecimento do 4-4-2, com características típicas do Cholismo. Não há três zagueiros em campo, mas Giuliano Simeone pela direita e Samuel Lino pela esquerda, muitas vezes, acompanham os adversários até a linha de defesa, formando assim a linha de cinco defensores em diversos momentos.
Já que os dois foram citados… Giuliano e Samuel possuem muitas semelhanças no estilo de jogo. Ambos têm boa técnica e se entregam muito sem a bola, preceito fundamental para Simeone pai. O “surgimento” do argentino e a recuperação recente do brasileiro são fundamentais para entender o bom momento colchonero e as ideias táticas da equipe.
Somem a isso a adaptação dos novos jogadores, principalmente Julián Alvarez. O atacante campeão do mundo com a Argentina finalmente se entrosou com Antoine Griezmann e, jogando por dentro, está rendendo muito para o Atleti; foram oito gols e uma assistência nesse período de dez partidas.
Sobre o francês, sobram elogios. O maior artilheiro da história colchonera é o melhor do time e se comporta dessa maneira, assumindo a responsabilidade. Craque.
Por fim, a qualidade do elenco ficou ainda mais evidente com a recuperação dos lesionados e todos à disposição do treinador. Contra o Sevilla, por exemplo, saíram do banco no segundo tempo Alexander Sorloth, Samuel Lino, Koke, Ángel Correa e Axel Witsel.
Com tudo isso, o Atlético de Madrid cumpre as expectativas que, naturalmente, foram criadas por um clube grande, que melhora o elenco com quase 200 milhões de euros investidos em reforços e conta com o treinador mais bem pago do mundo: lutar por títulos. Provavelmente, Simeone tem em mãos o elenco mais talentoso de seus 13 anos no Atlético de Madrid.
O ano ainda reserva um traiçoeiro jogo contra o Getafe, no Metropolitano, por LALIGA, e para fechar uma exposição das ambições colchoneras contra o Barcelona, na Catalunha.
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