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14 Mar 2025, Fri

Gabi Portilho comenta opção por deixar o Corinthians e jogar nos EUA: "Sair da minha zona de conforto"




Jogadora acertou contrato com o Gotham até o final de 2026. Temporada de 2024 rendeu vaga na seleção das melhores da temporada em eleição da Fifa Gabi Portilho foi anunciada em 30 de dezembro de 2024 como reforço do Gotham FC, dos Estados Unidos. Depois de cinco anos no Corinthians, a jogadora se viu pronta para se desafiar novamente na carreira e, como ela citou, sair da zona de conforto. O ano de destaque no futebol internacional proporcionou a ela a oportunidade no novo clube, com quem assinou até o final de 2026 com possibilidade de ampliação para 2027.
– Fiquei cinco anos no Corinthians. Conquistei muitas coisas e tudo que eu vivi nesse ano que passou foi por estar no Corinthians, foi por tudo que eu conquistei lá. Acho que eu não tinha mais o que evoluir. Cheguei em um nível que eu não tinha mais para onde ir. E eu preciso disso, sair da minha zona de conforto, buscar novas experiências, novas oportunidades. Eu acompanho a liga americana. É um país que investe em futebol feminino. Estou muito feliz e empolgada em ir para lá. Muitas brasileiras estão lá. Vejo alguns jogos. E vi que indo para o Gotham, que é uma equipe que briga por títulos, está sempre chegando, eu preciso disso, novos desafios. Evoluir como pessoa. Meu objetivo é chegar na Copa do Mundo. Não sei como vai ser até lá, mas eu precisava disso, desses dois anos, mudar a cultura para poder evoluir meu futebol. Poder estar cada vez melhor na seleção, continuar na seleção, que é o mais importante. Foi uma decisão difícil, mas estou muito feliz e motivada para viver coisas novas – afirmou Gabi Portilho em entrevista ao blog.
O ano importante na carreira terminou ainda de forma inesperada para ela. A jogadora foi uma das jogadoras eleitas para integrar a seleção das 11 melhores da temporada em eleição da Fifa. A atleta comentou que foi surpreendida pelo prêmio e, no momento da divulgação, estava no dentista.
– Fiquei muito feliz quando fiquei entre as 11. Eu estava no dentista tirando o siso e acabei nem acompanhando. Vi depois e fiquei super surpresa porque estar atuando no Brasil, isso nunca aconteceu e concorrer à Bola de Ouro também. Isso foi algo bem inédito. Fiquei muito feliz por isso. Por tudo que vivi, chegar nas Olimpíadas, colocar o futebol feminino do Brasil no pódio 16 anos depois. Isso foi algo individual, mas que elevou o nível do futebol feminino brasileiro – disse.
Gabi Portilho em ação no duelo entre Corinthians x Boca Juniors
Staff Images Woman/CONMEBOL
A premiação foi resultado de conquistas importantes com o Corinthians em 2024 e também o destaque alcançado nos Jogos Olímpicos de Paris com a prata assegurada com a seleção brasileira. A mudança para os Estados Unidos tem o objetivo de seguir no seu máximo de rendimento. Ela comentou que não estava mais evoluindo fisicamente e até mesmo os dados do GPS explicaram os números da temporada. A marcação baixa dos rivais do Corinthians impactou.
– Acredito que melhorar mais fisicamente porque aqui no Brasil por o Corinthians estar sempre no auge as equipes costumam marcar baixo e você acaba não evoluindo fisicamente, de ir e voltar, marcar, que na seleção é preciso. Não é só atacar. A gente precisa defender muito. Não que eu não tenha feito isso aqui no Brasil, mas acabou diminuindo. Esse ano que passou fiz bem pouco. Os dados de gps não foram tão altos quanto outros anos. E isso na liga vai me ajudar muito porque é mais força, mais físico. Tenho muito a evoluir, melhorar. Melhorei já no Brasil, me tornei a atleta que sou vestindo a camisa do Corinthians. Acredito que lá vou ser uma nova atleta fisicamente, tecnicamente. Conversei com o treinador também para melhorar as jogadas pelo lado, ir para dentro, finalizar pela esquerda. São coisas que parecem pequenas, mas fazem diferença. Estou muito motivada para poder aprender – afirmou.
Gabi Portilho comemora classificação do Brasil para a final das Olimpíadas
Andrew Boyers/Reuters
Para tomar a decisão da mudança aos EUA, uma opinião foi importante: a do técnico Arthur Elias. Gabi Portilho justificou que não buscou a avaliação do treinador somente por ele comandar a Seleção, mas também por ter sido uma das pessoas decisivas em sua vida como atleta.
– Eu antes de assinar sentei para conversar com ele. Não por ele ser treinador da seleção, mas porque também trabalhei com ele cinco anos no Corinthians. Conheço ele como ser humano, uma boa pessoa. Ele sempre me ajudou. Então achei necessário conversar com ele por ele estar nesse esporte a vida inteira e entender. E agora por ele ser treinador da seleção ele acompanha todas as equipes. Tive uma conversa com ele para ele poder me direcionar, me apoiar no que fosse bom para mim. Eu sempre tive o apoio dele. Nessa decisão foi muito importante ele me falar o feedback. Foi uma decisão meio que em conjunto não só com ele, mas com minha família, as pessoas que estão do meu lado.
A jogadora comentou que ainda teve campanha para ela ir para outro time ns Estados Unidos. Segundo Portilho, a rainha Marta brincou com ela de que esperava que ela fosse para o Orlando Pride.
– Quando eu fui para a última convocação agora eu ainda não tinha definido o clube. Conversei com a Bruninha sobre a equipe dela, a Marta queria que eu fosse para o Orlando e quando tinha as convocações eu conversava muito com as meninas, com a Dri (Adriana), Ary (Borges) sobre como estava lá, se já estavam falando inglês. Então eu sempre perguntei. Não com a intenção de que eu imaginaria que estaria lá. Eu sempre conversei. Vou entrar em contato com a Bruninha para poder me inteirar do grupo, saber como é lá, a cidade em si. Ela vai me ajudar muito nesse começo. Acho que estou no caminho certo e estou muito em paz para essa decisão – disse Portilho.
A apresentação já está marcada para a semana do dia 22 de janeiro, quando começa a pré-temporada do Gotham. O objetivo é trabalhar intensamente para já estar na próxima convocação do técnico Arthur Elias. A seleção feminina volta a jogar em 2025 na data Fifa que vai de 17 a 26 de fevereiro.
Confira outras respostas de Gabi Portilho:

Descontração nas redes sociais e na mídia

– Vejo muitos vídeos engraçados e eu me identifico. Gosto de coisas bestas e aí acabo fazendo. Mas não penso “nossa vou fazer isso para ganhar like”. Meu pensamento nunca foi esse. As coisas foram acontecendo até mesmo em questão de entrevistas. Quando cheguei no Corinthians em 2020 eu tinha muita vergonha de falar. Eu não queria. Com o tempo fui aprendendo que é muito importante a atleta se pronunciar diante de muitas situações. Nós que vivemos isso também precisamos falar, precisa ter voz para que as coisas mudem. Com o tempo aprendi a viver esse meio. Mas sou mais os meus vídeos bestas, me sinto feliz. O mundo já é tão pesado para colocar coisas ruins. Dar uma alegria para as pessoas.

A importância do Corinthians em dar voz às atletas
– A coisa mais importante que o Corinthians fez e continua fazendo é isso, dar apoio às atletas. Tem muitas meninas que passam por muitas coisas só que o clube não apoia. Você acaba entrando em uma luta sozinha. Você pode ser repreendida no clube, pode ser mandada embora. Tem várias situações. Entendo que é muito difícil você chegar e falar, mas o legal do Corinthians é isso. Toda vez que tinha uma causa que a gente tinha que brigar a gente sentava para conversar com a Cris (Gambaré) e agora com a Iris como fizemos na Libertadores e a gente sempre teve o apoio. Se a gente omitir vai continuar como sempre foi. Sei que quando brigamos muitas coisas ruins também vêm, mas não devemos ter medo disso. Se a gente está brigando com o clube que está do nosso lado. A gente tem força e tem que entender isso. Como o Corinthians é o time mais vitorioso sul-americano. Corinthians é gigante por tudo que fez e faz. Isso é necessário e os clubes deveriam fazer isso com as atletas, falando sobre jogos, calendário, assédio, sobre lutas das mulheres. Ser mulher é muito difícil em todas as áreas então temos que lutar por isso. Como a gente vê que o esporte está crescendo, está tendo visibilidade então é importante falar isso. Espero que outros clubes assim como o Corinthians continuem apoiando, dando o respaldo que as atletas precisam e que possamos continuar tendo voz porque é importante e necessário no esporte.
O que precisa melhorar no Brasil até a Copa de 2027
– Dos anos que eu já estou nesse esporte muita coisa melhorou. Não tem como falar que está ruim, mas claro que tem sempre a melhorar. Não dá para querer se comparar ao masculino. Começa por aí porque acho que nunca vai ser igual. Mas acho que está no caminho certo. Os clubes precisam ter o futebol feminino não por obrigação – veja o caso do Athletico-PR – é triste o que acontece, mas o primeiro passo é você não querer ter o feminino só por obrigação. Você tem que apoiar, incentivar, investir. Está tendo retorno, mas não é igual ao masculino e por isso falo para não se comparar, mas dá para fazer um trabalho legal. Houve muitas vendas de atletas que nunca ocorreu antes. Precisa apoiar investir, a CBF melhorar os campeonatos, as federações. A Federação Paulista não tenho muito o que falar porque eles sempre apoiaram, deram respaldo, têm boas premiações. Estão mudando e melhorando horários, calendário. Ano passado foi muito bom isso. A federações dos outros estados precisam melhorar. É muito precário, fraco, não há tanta competitividade. São poucos jogos. As federações precisam melhorar, CBF dar mais apoio. Sei que ter uma Copa do Mundo em casa vai ser muito importante. É o momento de aproveitar a oportunidade e os clubes investirem e apoiarem. Ter jogos mais intensos, uma arbitragem mais profissional porque sofremos muito com isso. Os árbitros que erram no masculino acabam indo para o feminino para fazer reciclagem. Nós não somos qualquer modalidade. Isso precisa ser revisto. Tem várias coisas que estão no caminho bom, mas precisam ser melhoradas. É mais isso. Apoiar de verdade.


Jogadora acertou contrato com o Gotham até o final de 2026. Temporada de 2024 rendeu vaga na seleção das melhores da temporada em eleição da Fifa Gabi Portilho foi anunciada em 30 de dezembro de 2024 como reforço do Gotham FC, dos Estados Unidos. Depois de cinco anos no Corinthians, a jogadora se viu pronta para se desafiar novamente na carreira e, como ela citou, sair da zona de conforto. O ano de destaque no futebol internacional proporcionou a ela a oportunidade no novo clube, com quem assinou até o final de 2026 com possibilidade de ampliação para 2027.
– Fiquei cinco anos no Corinthians. Conquistei muitas coisas e tudo que eu vivi nesse ano que passou foi por estar no Corinthians, foi por tudo que eu conquistei lá. Acho que eu não tinha mais o que evoluir. Cheguei em um nível que eu não tinha mais para onde ir. E eu preciso disso, sair da minha zona de conforto, buscar novas experiências, novas oportunidades. Eu acompanho a liga americana. É um país que investe em futebol feminino. Estou muito feliz e empolgada em ir para lá. Muitas brasileiras estão lá. Vejo alguns jogos. E vi que indo para o Gotham, que é uma equipe que briga por títulos, está sempre chegando, eu preciso disso, novos desafios. Evoluir como pessoa. Meu objetivo é chegar na Copa do Mundo. Não sei como vai ser até lá, mas eu precisava disso, desses dois anos, mudar a cultura para poder evoluir meu futebol. Poder estar cada vez melhor na seleção, continuar na seleção, que é o mais importante. Foi uma decisão difícil, mas estou muito feliz e motivada para viver coisas novas – afirmou Gabi Portilho em entrevista ao blog.
O ano importante na carreira terminou ainda de forma inesperada para ela. A jogadora foi uma das jogadoras eleitas para integrar a seleção das 11 melhores da temporada em eleição da Fifa. A atleta comentou que foi surpreendida pelo prêmio e, no momento da divulgação, estava no dentista.
– Fiquei muito feliz quando fiquei entre as 11. Eu estava no dentista tirando o siso e acabei nem acompanhando. Vi depois e fiquei super surpresa porque estar atuando no Brasil, isso nunca aconteceu e concorrer à Bola de Ouro também. Isso foi algo bem inédito. Fiquei muito feliz por isso. Por tudo que vivi, chegar nas Olimpíadas, colocar o futebol feminino do Brasil no pódio 16 anos depois. Isso foi algo individual, mas que elevou o nível do futebol feminino brasileiro – disse.
Gabi Portilho em ação no duelo entre Corinthians x Boca Juniors
Staff Images Woman/CONMEBOL
A premiação foi resultado de conquistas importantes com o Corinthians em 2024 e também o destaque alcançado nos Jogos Olímpicos de Paris com a prata assegurada com a seleção brasileira. A mudança para os Estados Unidos tem o objetivo de seguir no seu máximo de rendimento. Ela comentou que não estava mais evoluindo fisicamente e até mesmo os dados do GPS explicaram os números da temporada. A marcação baixa dos rivais do Corinthians impactou.
– Acredito que melhorar mais fisicamente porque aqui no Brasil por o Corinthians estar sempre no auge as equipes costumam marcar baixo e você acaba não evoluindo fisicamente, de ir e voltar, marcar, que na seleção é preciso. Não é só atacar. A gente precisa defender muito. Não que eu não tenha feito isso aqui no Brasil, mas acabou diminuindo. Esse ano que passou fiz bem pouco. Os dados de gps não foram tão altos quanto outros anos. E isso na liga vai me ajudar muito porque é mais força, mais físico. Tenho muito a evoluir, melhorar. Melhorei já no Brasil, me tornei a atleta que sou vestindo a camisa do Corinthians. Acredito que lá vou ser uma nova atleta fisicamente, tecnicamente. Conversei com o treinador também para melhorar as jogadas pelo lado, ir para dentro, finalizar pela esquerda. São coisas que parecem pequenas, mas fazem diferença. Estou muito motivada para poder aprender – afirmou.
Gabi Portilho comemora classificação do Brasil para a final das Olimpíadas
Andrew Boyers/Reuters
Para tomar a decisão da mudança aos EUA, uma opinião foi importante: a do técnico Arthur Elias. Gabi Portilho justificou que não buscou a avaliação do treinador somente por ele comandar a Seleção, mas também por ter sido uma das pessoas decisivas em sua vida como atleta.
– Eu antes de assinar sentei para conversar com ele. Não por ele ser treinador da seleção, mas porque também trabalhei com ele cinco anos no Corinthians. Conheço ele como ser humano, uma boa pessoa. Ele sempre me ajudou. Então achei necessário conversar com ele por ele estar nesse esporte a vida inteira e entender. E agora por ele ser treinador da seleção ele acompanha todas as equipes. Tive uma conversa com ele para ele poder me direcionar, me apoiar no que fosse bom para mim. Eu sempre tive o apoio dele. Nessa decisão foi muito importante ele me falar o feedback. Foi uma decisão meio que em conjunto não só com ele, mas com minha família, as pessoas que estão do meu lado.
A jogadora comentou que ainda teve campanha para ela ir para outro time ns Estados Unidos. Segundo Portilho, a rainha Marta brincou com ela de que esperava que ela fosse para o Orlando Pride.
– Quando eu fui para a última convocação agora eu ainda não tinha definido o clube. Conversei com a Bruninha sobre a equipe dela, a Marta queria que eu fosse para o Orlando e quando tinha as convocações eu conversava muito com as meninas, com a Dri (Adriana), Ary (Borges) sobre como estava lá, se já estavam falando inglês. Então eu sempre perguntei. Não com a intenção de que eu imaginaria que estaria lá. Eu sempre conversei. Vou entrar em contato com a Bruninha para poder me inteirar do grupo, saber como é lá, a cidade em si. Ela vai me ajudar muito nesse começo. Acho que estou no caminho certo e estou muito em paz para essa decisão – disse Portilho.
A apresentação já está marcada para a semana do dia 22 de janeiro, quando começa a pré-temporada do Gotham. O objetivo é trabalhar intensamente para já estar na próxima convocação do técnico Arthur Elias. A seleção feminina volta a jogar em 2025 na data Fifa que vai de 17 a 26 de fevereiro.
Confira outras respostas de Gabi Portilho:

Descontração nas redes sociais e na mídia

– Vejo muitos vídeos engraçados e eu me identifico. Gosto de coisas bestas e aí acabo fazendo. Mas não penso “nossa vou fazer isso para ganhar like”. Meu pensamento nunca foi esse. As coisas foram acontecendo até mesmo em questão de entrevistas. Quando cheguei no Corinthians em 2020 eu tinha muita vergonha de falar. Eu não queria. Com o tempo fui aprendendo que é muito importante a atleta se pronunciar diante de muitas situações. Nós que vivemos isso também precisamos falar, precisa ter voz para que as coisas mudem. Com o tempo aprendi a viver esse meio. Mas sou mais os meus vídeos bestas, me sinto feliz. O mundo já é tão pesado para colocar coisas ruins. Dar uma alegria para as pessoas.

A importância do Corinthians em dar voz às atletas
– A coisa mais importante que o Corinthians fez e continua fazendo é isso, dar apoio às atletas. Tem muitas meninas que passam por muitas coisas só que o clube não apoia. Você acaba entrando em uma luta sozinha. Você pode ser repreendida no clube, pode ser mandada embora. Tem várias situações. Entendo que é muito difícil você chegar e falar, mas o legal do Corinthians é isso. Toda vez que tinha uma causa que a gente tinha que brigar a gente sentava para conversar com a Cris (Gambaré) e agora com a Iris como fizemos na Libertadores e a gente sempre teve o apoio. Se a gente omitir vai continuar como sempre foi. Sei que quando brigamos muitas coisas ruins também vêm, mas não devemos ter medo disso. Se a gente está brigando com o clube que está do nosso lado. A gente tem força e tem que entender isso. Como o Corinthians é o time mais vitorioso sul-americano. Corinthians é gigante por tudo que fez e faz. Isso é necessário e os clubes deveriam fazer isso com as atletas, falando sobre jogos, calendário, assédio, sobre lutas das mulheres. Ser mulher é muito difícil em todas as áreas então temos que lutar por isso. Como a gente vê que o esporte está crescendo, está tendo visibilidade então é importante falar isso. Espero que outros clubes assim como o Corinthians continuem apoiando, dando o respaldo que as atletas precisam e que possamos continuar tendo voz porque é importante e necessário no esporte.
O que precisa melhorar no Brasil até a Copa de 2027
– Dos anos que eu já estou nesse esporte muita coisa melhorou. Não tem como falar que está ruim, mas claro que tem sempre a melhorar. Não dá para querer se comparar ao masculino. Começa por aí porque acho que nunca vai ser igual. Mas acho que está no caminho certo. Os clubes precisam ter o futebol feminino não por obrigação – veja o caso do Athletico-PR – é triste o que acontece, mas o primeiro passo é você não querer ter o feminino só por obrigação. Você tem que apoiar, incentivar, investir. Está tendo retorno, mas não é igual ao masculino e por isso falo para não se comparar, mas dá para fazer um trabalho legal. Houve muitas vendas de atletas que nunca ocorreu antes. Precisa apoiar investir, a CBF melhorar os campeonatos, as federações. A Federação Paulista não tenho muito o que falar porque eles sempre apoiaram, deram respaldo, têm boas premiações. Estão mudando e melhorando horários, calendário. Ano passado foi muito bom isso. A federações dos outros estados precisam melhorar. É muito precário, fraco, não há tanta competitividade. São poucos jogos. As federações precisam melhorar, CBF dar mais apoio. Sei que ter uma Copa do Mundo em casa vai ser muito importante. É o momento de aproveitar a oportunidade e os clubes investirem e apoiarem. Ter jogos mais intensos, uma arbitragem mais profissional porque sofremos muito com isso. Os árbitros que erram no masculino acabam indo para o feminino para fazer reciclagem. Nós não somos qualquer modalidade. Isso precisa ser revisto. Tem várias coisas que estão no caminho bom, mas precisam ser melhoradas. É mais isso. Apoiar de verdade.



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