EUA: relembre os passos que levaram Trump de volta à Casa Branca

Karoline Leavitt e Donald Trump


O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, construiu uma trajetória impressionate, saindo de primeiro ex-presidente condenado da história norte-americana e chegando, mais uma vez, à Casa Branca em uma vitória esmagadora contra a atual vice-presidente do país, a democrata Kamala Harris.

“Ele é derrubado e se levanta duas vezes mais focado. Não acho que ninguém deve se surpreender com essa volta”, disse Bryan Lanza, conselheiro político do ex-presidente republicano desde que Trump lançou sua campanha em 2016.

O presidente eleito retorna à Casa Branca aos 78 anos, segundo analistas políticos, como um homem que parece politicamente à prova de balas, com um plano de ação detalhado e com milhões de apoiadores. Homem esse que há pouco mais de quatro anos parecia derrotado, visto que, em 2020, seu oponente democrata, Joe Biden, venceu a eleição com uma margem confortável.

Naquele ano, Trump questionou a derrota e seus apoiadores marcharam até o Capitólio dos EUA enquanto os legisladores certificavam os resultados. Aquele foi o maior ataque ao Parlamento dos EUA, deixando cinco mortos e centenas de feridos.

Já em 2024, Trump conquistou 312 delegados e 49,8% dos votos populares, ou seja, com uma margem de vitória mais que confortável frente à sua oponente democrata, Kamala Harris, que teve 226 delegados e 48,3% no voto popular.

Em uma cena bastante criticada, durante a posse de Joe Biden, em 2021, Trump quebrou 152 anos de tradição e se recusou a comparecer à cerimônia.

“Ele estava com raiva, frustrado, inseguro sobre como passar os dias e sem um plano para seu futuro político”, disse Meridith McGraw, autora de Trump in Exile.

No entanto, ao deixar a Casa Branca, Trump anunciou o que vinha pela frente em tons vagos.

“Nós amamos vocês. Nós voltaremos de alguma forma”, disse Trump.

Sobrevivência política

Após sobreviver a uma votação de impeachment em um Senado com maioria Democrata em 2021, Trump volta a ganhar força dentro do Partido Republicano que havia o colocado, brevemente, no banco de reserva, após os ataques ao Capitólio.

Em sua primeira aparição pública após a derrota para Biden, o presidente eleito disse a milhares de apoiadores que a jornada política dele estava “longe de terminar”, dando a entender que poderia derrotar os democratas em 2024.

“Estou diante de vocês hoje para declarar que a incrível jornada que começamos juntos está longe de terminar”, disse Trump.

Após uma pequena pausa, Donald Trump reativou seu fluxo constante de e-mails de arrecadação de fundos para apoiadores e retomou seus comícios ao ar livre.

“Você sente minha falta?”, perguntou Trump em uma reunião em junho de 2021 em Ohio. A multidão respondeu com aplausos.“Eles sentem minha falta”, concluiu.

Se 2021 indicou a influência contínua de Trump dentro do Partido Republicano, as eleições de meio de mandato de 2022 confirmaram isso. Mar-a-Lago, casa de Trump, se tornou um ponto de parada obrigatório para qualquer candidato de direita que buscasse se tornar o indicado pelo partido. O apoio dele virou o “prêmio mais cobiçado”, pois era a chave para desbloquear dólares de arrecadação de fundos.

1 de 13Reprodução / Time
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Karoline Leavitt e Donald Trump

Reprodução/Instagram

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Karoline Leavitt e Trump

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Trump e Stallone

Foto: Reprodução

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomará posse no dia 20 de janeiro em Washington D.C.

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Trump nomeia deputada republicana como embaixadora dos EUA na ONU

Chip Somodevilla/Getty Images

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Trump e o assessor Jason Miller

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Donald Trump com o boné da Make America Great Again

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9 de 13Kremlin Press Office / Handout/Anadolu Agency/Getty Images
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Filho de Trump posta “carta de demissão” do pai do McDonald’s

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Jair Bolsonaro e Donald Trump durante encontro nos EUA quando ambos eram presidente ao mesmo tempo

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Donald Trump venceu a eleição de 2022, nos Estados Unidos

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Donald Trump venceu a eleição presidencial dos Estados Unidos em 6 de novembro

Chip Somodevilla/Getty Images

Condenações de Donald Trump

Trump foi considerado culpado em 34 acusações criminais, em julgamento em maio de 2024, e ainda enfrenta mais três acusações nos estados da Geórgia, Washington e Flórida. Trump seria o primeiro presidente condenado da história dos EUA, porém, ao vencer o pleito, a procuradoria retirou as acusações e ele foi inocentado em 34 acusações criminais.

O conselheiro especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, disse que encerrará dois dos casos contra Donald Trump e renunciará ao cargo, antes que o republicano tome posse.

Em 2023, o conselheiro indiciou Trump por conspirar para anular a derrota eleitoral que sofreu em 2020 e para esconder documentos confidenciais. Nenhum dos casos foi a julgamento antes da vitória eleitoral de novembro de 2024.

Retorno à Casa Branca

Trump anunciou que concorreria a presidência dos EUA em 2024 apenas algumas semanas após o fracasso republicano nas eleições de meio de mandato em 2021, em um início de campanha que pareceu inoportuno.

Enquanto era publicamente criticado pela candidatura, nos bastidores, Trump estava montando uma equipe de campanha que, diferente de 2016 e de 2020, era liderada por operadores políticos experientes. Chris LaCivita e Susie Wiles podem não ser nomes conhecidos, mas o primeiro é um veterano desbravador da política republicana com décadas de experiência e o último ajudou a transformar a Flórida em um reduto conservador.

Com uma campanha iniciada com a busca do FBI em Mar-a-Lago por documentos confidenciais de segurança nacional em agosto de 2022, que culminou em uma série de indiciamentos em 2023, o risco criminal de Trump deu aos Democratas a falsa sensação de vitória garantida.

No entanto, Trump se consolidou como o 47º presidente dos Estados Unidos em uma corrida eleitoral recheada de reviravoltas com a saída de Joe Biden e a entrada de Kamala Harris e por duas tentativas de assassinato.

A primeira delas no dia 13 de julho durante um comício na Pensilvânia, quando Trump chegou a ser atingido de raspão na orelha direita por uma bala, a segunda aconteceu no dia 15 de setembro, enquanto o presidente jogava em seu clube de golfe em West Palm Beach, na Flórida, e agentes do Serviço Secreto avistaram um rifle em meio aos arbustos.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, construiu uma trajetória impressionate, saindo de primeiro ex-presidente condenado da história norte-americana e chegando, mais uma vez, à Casa Branca em uma vitória esmagadora contra a atual vice-presidente do país, a democrata Kamala Harris.

“Ele é derrubado e se levanta duas vezes mais focado. Não acho que ninguém deve se surpreender com essa volta”, disse Bryan Lanza, conselheiro político do ex-presidente republicano desde que Trump lançou sua campanha em 2016.

O presidente eleito retorna à Casa Branca aos 78 anos, segundo analistas políticos, como um homem que parece politicamente à prova de balas, com um plano de ação detalhado e com milhões de apoiadores. Homem esse que há pouco mais de quatro anos parecia derrotado, visto que, em 2020, seu oponente democrata, Joe Biden, venceu a eleição com uma margem confortável.

Naquele ano, Trump questionou a derrota e seus apoiadores marcharam até o Capitólio dos EUA enquanto os legisladores certificavam os resultados. Aquele foi o maior ataque ao Parlamento dos EUA, deixando cinco mortos e centenas de feridos.

Já em 2024, Trump conquistou 312 delegados e 49,8% dos votos populares, ou seja, com uma margem de vitória mais que confortável frente à sua oponente democrata, Kamala Harris, que teve 226 delegados e 48,3% no voto popular.

Em uma cena bastante criticada, durante a posse de Joe Biden, em 2021, Trump quebrou 152 anos de tradição e se recusou a comparecer à cerimônia.

“Ele estava com raiva, frustrado, inseguro sobre como passar os dias e sem um plano para seu futuro político”, disse Meridith McGraw, autora de Trump in Exile.

No entanto, ao deixar a Casa Branca, Trump anunciou o que vinha pela frente em tons vagos.

“Nós amamos vocês. Nós voltaremos de alguma forma”, disse Trump.

Sobrevivência política

Após sobreviver a uma votação de impeachment em um Senado com maioria Democrata em 2021, Trump volta a ganhar força dentro do Partido Republicano que havia o colocado, brevemente, no banco de reserva, após os ataques ao Capitólio.

Em sua primeira aparição pública após a derrota para Biden, o presidente eleito disse a milhares de apoiadores que a jornada política dele estava “longe de terminar”, dando a entender que poderia derrotar os democratas em 2024.

“Estou diante de vocês hoje para declarar que a incrível jornada que começamos juntos está longe de terminar”, disse Trump.

Após uma pequena pausa, Donald Trump reativou seu fluxo constante de e-mails de arrecadação de fundos para apoiadores e retomou seus comícios ao ar livre.

“Você sente minha falta?”, perguntou Trump em uma reunião em junho de 2021 em Ohio. A multidão respondeu com aplausos.“Eles sentem minha falta”, concluiu.

Se 2021 indicou a influência contínua de Trump dentro do Partido Republicano, as eleições de meio de mandato de 2022 confirmaram isso. Mar-a-Lago, casa de Trump, se tornou um ponto de parada obrigatório para qualquer candidato de direita que buscasse se tornar o indicado pelo partido. O apoio dele virou o “prêmio mais cobiçado”, pois era a chave para desbloquear dólares de arrecadação de fundos.

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Karoline Leavitt e Donald Trump

Reprodução/Instagram

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Karoline Leavitt e Trump

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Trump e Stallone

Foto: Reprodução

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomará posse no dia 20 de janeiro em Washington D.C.

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Trump nomeia deputada republicana como embaixadora dos EUA na ONU

Chip Somodevilla/Getty Images

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Trump e o assessor Jason Miller

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Donald Trump com o boné da Make America Great Again

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Filho de Trump posta “carta de demissão” do pai do McDonald’s

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Jair Bolsonaro e Donald Trump durante encontro nos EUA quando ambos eram presidente ao mesmo tempo

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Donald Trump venceu a eleição de 2022, nos Estados Unidos

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Donald Trump venceu a eleição presidencial dos Estados Unidos em 6 de novembro

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Condenações de Donald Trump

Trump foi considerado culpado em 34 acusações criminais, em julgamento em maio de 2024, e ainda enfrenta mais três acusações nos estados da Geórgia, Washington e Flórida. Trump seria o primeiro presidente condenado da história dos EUA, porém, ao vencer o pleito, a procuradoria retirou as acusações e ele foi inocentado em 34 acusações criminais.

O conselheiro especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, disse que encerrará dois dos casos contra Donald Trump e renunciará ao cargo, antes que o republicano tome posse.

Em 2023, o conselheiro indiciou Trump por conspirar para anular a derrota eleitoral que sofreu em 2020 e para esconder documentos confidenciais. Nenhum dos casos foi a julgamento antes da vitória eleitoral de novembro de 2024.

Retorno à Casa Branca

Trump anunciou que concorreria a presidência dos EUA em 2024 apenas algumas semanas após o fracasso republicano nas eleições de meio de mandato em 2021, em um início de campanha que pareceu inoportuno.

Enquanto era publicamente criticado pela candidatura, nos bastidores, Trump estava montando uma equipe de campanha que, diferente de 2016 e de 2020, era liderada por operadores políticos experientes. Chris LaCivita e Susie Wiles podem não ser nomes conhecidos, mas o primeiro é um veterano desbravador da política republicana com décadas de experiência e o último ajudou a transformar a Flórida em um reduto conservador.

Com uma campanha iniciada com a busca do FBI em Mar-a-Lago por documentos confidenciais de segurança nacional em agosto de 2022, que culminou em uma série de indiciamentos em 2023, o risco criminal de Trump deu aos Democratas a falsa sensação de vitória garantida.

No entanto, Trump se consolidou como o 47º presidente dos Estados Unidos em uma corrida eleitoral recheada de reviravoltas com a saída de Joe Biden e a entrada de Kamala Harris e por duas tentativas de assassinato.

A primeira delas no dia 13 de julho durante um comício na Pensilvânia, quando Trump chegou a ser atingido de raspão na orelha direita por uma bala, a segunda aconteceu no dia 15 de setembro, enquanto o presidente jogava em seu clube de golfe em West Palm Beach, na Flórida, e agentes do Serviço Secreto avistaram um rifle em meio aos arbustos.



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