PM usou alternativa legal militar para prender atirador de Gritzbach
São Paulo — O policial militar da ativa Dênis Antonio Martins, de 40 anos, identificado como um dos autores dos disparos que mataram o delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) Vinicius Gritzbach, foi preso nessa quinta-feira (16/1) enquadrado no artigo 150 do Código Penal Militar, que trata do crime de se reunir dois ou mais militares com armamento ou material bélico para praticar violência.
Segundo informou o corregedor da Polícia Militar de São Paulo, o coronel Fábio Sérgio do Amaral, em coletiva de imprensa nessa quinta, essa foi uma “oportunidade” de garantir a prisão temporária de Denis para que as investigações sobre o homicídio de Gritzbach possam avançar.
Veja a cronologia da investigação da PM:
- As investigações tiveram início em abril do ano passado, com o objetivo de comprovar ações de policiais militares a serviço de criminosos, direta ou indiretamente.
- Em outubro de 2024, um mês antes de Vinicius Gritzbach ser executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro, foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta dos PMs.
- Após uma denúncia anônima, a PM teve fundamentos o suficiente de que agentes da corporação estavam realizando a escolta ilegal do delator do PCC. A partir de então, buscou-se comprovar a participação de policiais militares com crime organizado.
- A partir da morte de Vinicius Gritzbach, a Corregedoria da PM passou a utilizar ferramentas de inteligência para tentar comprovar a participação dos policiais que faziam a escola ilegal do delator em seu homicídio.
- Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o IPM conseguiu comprovar que os policiais sabiam da conduta delituosa de Gritzbach antes e depois de sua delação premiada ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). Vinicius era acusado de lavar dinheiro para o crime organizado e réu por duplo homicídio.
- As investigações apontaram que tais ações caracterizavam a integração de policiais à organização criminosa, conforme previsto na Lei Federal nº 12.850/13.
- O policial Dênis Antonio Martins não estava sendo investigado, mas foi colocado na cena do crime a partir de imagens analisadas pela polícia.
- A PM chegou a Denis por meio de ferramentas de inteligência, quebra de sigilo telefônico e oitivas dos policiais militares, além da análise de imagens do dia do assassinato.
- Nessa quinta (16/1), a Corregedoria da PM deflagrou a operação Prodotes, que prendeu os 14 integrantes da segurança pessoal de Gritzbach e o atirador. Além disso, 7 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital e na Grande São Paulo.
- De acordo com Derrite, a prisão temporária de 30 dias dos investigados “é o tempo necessário que nós temos agora para robustecer esse corpo probatório e solicitar a conversão para prisão preventiva”.
- A PM vai cruzar os materiais genéticos coletados no dia do assassinato com os que serão coletados dos 15 policiais militares presos nessa quinta.
- “Com a prisão temporária do indivíduo apontado como atirador, vão coletar o material genético dele para ser comparado com o material coletado no dia do crime. Tudo nos leva a crer porque será positivo, e a prisão temporária será convertida em prisão preventiva”, explicou o Derrite.
- Todo o material comprobatório coletado será enviado à força-tarefa que investiga o homicídio do delator Vinicius Gritzbach, formada pela parceria entre as polícias Civil, Militar, Técnico-Científica, Federal e membros do MPSP.
Outro atirador identificado
Dênis Antonio Martins teria um comparsa no dia do crime — um segundo PM que não fazia parte da escolta do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi divulgada pela SSP durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira.
Segundo o coronel Fábio Sérgio do Amaral, o segundo suspeito foi alvo de um mandado de busca e apreensão da operação.
“Esse comparsa também está identificado e foi alvo de um mandado de busca e apreensão na data de hoje, mas nós não temos nenhum elemento contra ele. Dentro da investigação, nós vamos buscar elementos para ver se há a participação desse outro indivíduo, desse outro policial militar”, disse o corregedor.
PMs presos em operação
O tenente Giovanni de Oliveira Garcia, apontado como o responsável por escalar policiais militares para fazer a segurança particular de Vinícius Gritzbach, e mais treze PMs que faziam a escolta do delator do PCC integram a lista dos presos na operação da Corregedoria da Polícia Militar.
Veja a lista dos 15 PMs presos:
- Erick Brian Galioni
- Jefferson Silva Marques De Souza
- Leandro Ortiz
- Dênis Antonio Martins
- Giovanni de Oliveira Garcia
- Talles Rodrigues Ribeiro
- Alef De Oliveira Moura
- Julio Cesar Scallet Bardini
- Abraão Pereira Santana
- Samuel Tillvitz Da Luz
- Leonardo Cherry Souza
- Adolfo Oliveira Chagas
- Wagner de Lima Compri Eicardi
- Romarks Cesar Ferreira Lima
- Thiago Maschion Angecim Da Silva
Caso Gritzbach
Vinícius Gritzbach, de 38 anos, foi executado no dia 8 de novembro de 2024, na frente de sua namorada e de dezenas de testemunhas na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. Foram disparados, ao todo, 29 tiros de fuzil.
Ele era jurado de morte pelo PCC e acabava de retornar de uma viagem ao Nordeste, onde permaneceu sete dias com a namorada e seguranças particulares, entre eles um policial militar.
Em uma delação explosiva, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar as extorsões realizadas por policiais civis. Tanto policiais civis quanto militares investigados pela força-tarefa foram afastados de suas funções.
São Paulo — O policial militar da ativa Dênis Antonio Martins, de 40 anos, identificado como um dos autores dos disparos que mataram o delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) Vinicius Gritzbach, foi preso nessa quinta-feira (16/1) enquadrado no artigo 150 do Código Penal Militar, que trata do crime de se reunir dois ou mais militares com armamento ou material bélico para praticar violência.
Segundo informou o corregedor da Polícia Militar de São Paulo, o coronel Fábio Sérgio do Amaral, em coletiva de imprensa nessa quinta, essa foi uma “oportunidade” de garantir a prisão temporária de Denis para que as investigações sobre o homicídio de Gritzbach possam avançar.
Veja a cronologia da investigação da PM:
- As investigações tiveram início em abril do ano passado, com o objetivo de comprovar ações de policiais militares a serviço de criminosos, direta ou indiretamente.
- Em outubro de 2024, um mês antes de Vinicius Gritzbach ser executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro, foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta dos PMs.
- Após uma denúncia anônima, a PM teve fundamentos o suficiente de que agentes da corporação estavam realizando a escolta ilegal do delator do PCC. A partir de então, buscou-se comprovar a participação de policiais militares com crime organizado.
- A partir da morte de Vinicius Gritzbach, a Corregedoria da PM passou a utilizar ferramentas de inteligência para tentar comprovar a participação dos policiais que faziam a escola ilegal do delator em seu homicídio.
- Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, o IPM conseguiu comprovar que os policiais sabiam da conduta delituosa de Gritzbach antes e depois de sua delação premiada ao Ministério Público de São Paulo (MPSP). Vinicius era acusado de lavar dinheiro para o crime organizado e réu por duplo homicídio.
- As investigações apontaram que tais ações caracterizavam a integração de policiais à organização criminosa, conforme previsto na Lei Federal nº 12.850/13.
- O policial Dênis Antonio Martins não estava sendo investigado, mas foi colocado na cena do crime a partir de imagens analisadas pela polícia.
- A PM chegou a Denis por meio de ferramentas de inteligência, quebra de sigilo telefônico e oitivas dos policiais militares, além da análise de imagens do dia do assassinato.
- Nessa quinta (16/1), a Corregedoria da PM deflagrou a operação Prodotes, que prendeu os 14 integrantes da segurança pessoal de Gritzbach e o atirador. Além disso, 7 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital e na Grande São Paulo.
- De acordo com Derrite, a prisão temporária de 30 dias dos investigados “é o tempo necessário que nós temos agora para robustecer esse corpo probatório e solicitar a conversão para prisão preventiva”.
- A PM vai cruzar os materiais genéticos coletados no dia do assassinato com os que serão coletados dos 15 policiais militares presos nessa quinta.
- “Com a prisão temporária do indivíduo apontado como atirador, vão coletar o material genético dele para ser comparado com o material coletado no dia do crime. Tudo nos leva a crer porque será positivo, e a prisão temporária será convertida em prisão preventiva”, explicou o Derrite.
- Todo o material comprobatório coletado será enviado à força-tarefa que investiga o homicídio do delator Vinicius Gritzbach, formada pela parceria entre as polícias Civil, Militar, Técnico-Científica, Federal e membros do MPSP.
Outro atirador identificado
Dênis Antonio Martins teria um comparsa no dia do crime — um segundo PM que não fazia parte da escolta do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi divulgada pela SSP durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira.
Segundo o coronel Fábio Sérgio do Amaral, o segundo suspeito foi alvo de um mandado de busca e apreensão da operação.
“Esse comparsa também está identificado e foi alvo de um mandado de busca e apreensão na data de hoje, mas nós não temos nenhum elemento contra ele. Dentro da investigação, nós vamos buscar elementos para ver se há a participação desse outro indivíduo, desse outro policial militar”, disse o corregedor.
PMs presos em operação
O tenente Giovanni de Oliveira Garcia, apontado como o responsável por escalar policiais militares para fazer a segurança particular de Vinícius Gritzbach, e mais treze PMs que faziam a escolta do delator do PCC integram a lista dos presos na operação da Corregedoria da Polícia Militar.
Veja a lista dos 15 PMs presos:
- Erick Brian Galioni
- Jefferson Silva Marques De Souza
- Leandro Ortiz
- Dênis Antonio Martins
- Giovanni de Oliveira Garcia
- Talles Rodrigues Ribeiro
- Alef De Oliveira Moura
- Julio Cesar Scallet Bardini
- Abraão Pereira Santana
- Samuel Tillvitz Da Luz
- Leonardo Cherry Souza
- Adolfo Oliveira Chagas
- Wagner de Lima Compri Eicardi
- Romarks Cesar Ferreira Lima
- Thiago Maschion Angecim Da Silva
Caso Gritzbach
Vinícius Gritzbach, de 38 anos, foi executado no dia 8 de novembro de 2024, na frente de sua namorada e de dezenas de testemunhas na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. Foram disparados, ao todo, 29 tiros de fuzil.
Ele era jurado de morte pelo PCC e acabava de retornar de uma viagem ao Nordeste, onde permaneceu sete dias com a namorada e seguranças particulares, entre eles um policial militar.
Em uma delação explosiva, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar as extorsões realizadas por policiais civis. Tanto policiais civis quanto militares investigados pela força-tarefa foram afastados de suas funções.
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