Antecipação do PIS/Pasep 2025 pode liberar até R$ 30,7 bilhões; pagamentos variam de R$ 127 a R$ 1.518

A antecipação do pagamento do PIS/Pasep 2025 promete injetar até R$ 30,7 bilhões na economia brasileira, beneficiando 25,8 milhões de trabalhadores formais. A medida, aprovada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), antecipa os recursos a partir de 17 de fevereiro de 2025, começando com os nascidos em janeiro.

Com valores proporcionais ao tempo de trabalho no ano-base de 2023, os pagamentos variam de R$ 127 a R$ 1.518, dependendo da quantidade de meses trabalhados. A iniciativa reforça o papel do PIS/Pasep como instrumento de redistribuição de renda, impactando diretamente a vida financeira dos trabalhadores e o consumo interno.

Quem pode receber e quanto está disponível

O total de até R$ 30,7 bilhões será dividido entre trabalhadores da iniciativa privada, atendidos pelo Programa de Integração Social (PIS), e servidores públicos, que recebem pelo Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Para ter acesso, o trabalhador precisa cumprir os seguintes critérios:

• Cadastro no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
• Ter trabalhado formalmente por ao menos 30 dias em 2023;
• Recebido uma remuneração média mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.640);
• Ter os dados registrados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

O valor disponibilizado depende do tempo de trabalho formal em 2023, com a seguinte tabela baseada no salário mínimo reajustado de R$ 1.518 para 2025:

• 1 mês trabalhado: R$ 127
• 2 meses trabalhados: R$ 253
• 3 meses trabalhados: R$ 380
• 4 meses trabalhados: R$ 507
• 5 meses trabalhados: R$ 633
• 6 meses trabalhados: R$ 760
• 7 meses trabalhados: R$ 887
• 8 meses trabalhados: R$ 1.013
• 9 meses trabalhados: R$ 1.140
• 10 meses trabalhados: R$ 1.267
• 11 meses trabalhados: R$ 1.393
• 12 meses trabalhados: R$ 1.518

Essa distribuição proporcional garante que o recurso seja alinhado ao período de contribuição de cada beneficiário.

Calendário de pagamento antecipado

O cronograma de liberação do PIS/Pasep 2025 foi escalonado para evitar sobrecarga nos sistemas de pagamento e dar previsibilidade aos trabalhadores. Confira as datas de liberação:

• Nascidos em janeiro: recebem a partir de 17 de fevereiro;
• Nascidos em fevereiro: recebem a partir de 17 de março;
• Nascidos em março e abril: recebem a partir de 15 de abril;
• Nascidos em maio e junho: recebem a partir de 15 de maio;
• Nascidos em julho e agosto: recebem a partir de 16 de junho;
• Nascidos em setembro e outubro: recebem a partir de 15 de julho;
• Nascidos em novembro e dezembro: recebem a partir de 15 de agosto.

Todos os beneficiários têm até 29 de dezembro de 2025 para sacar os valores. Caso não sejam retirados, os recursos retornam ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Impacto econômico da liberação dos recursos

A antecipação dos pagamentos do PIS/Pasep em 2025 terá um impacto significativo no mercado interno, aumentando o poder de compra dos trabalhadores e fortalecendo setores como comércio e serviços. Estima-se que grande parte dos recursos seja utilizada para o pagamento de dívidas, compra de itens essenciais e melhoria da qualidade de vida das famílias.

Dados mostram que, em 2024, o abono salarial movimentou cerca de R$ 28 bilhões, atendendo a 23 milhões de trabalhadores. Em 2025, o volume maior de R$ 30,7 bilhões amplia o potencial de impacto na economia, com benefícios diretos tanto para os trabalhadores quanto para a arrecadação fiscal por meio de impostos gerados pelo consumo.

Canais de consulta e saque

Os trabalhadores terão acesso às informações sobre o benefício e poderão realizar o saque por meio de diferentes canais. A partir de 5 de fevereiro de 2025, estarão disponíveis as seguintes opções:

• Aplicativo Carteira de Trabalho Digital (Android e iOS);
• Aplicativo Caixa Trabalhador (específico para beneficiários do PIS);
• Central Alô Trabalho, pelo telefone 158;
• Agências da Caixa Econômica Federal (para o PIS);
• Agências do Banco do Brasil (para o Pasep).

É importante que os dados cadastrais estejam atualizados para evitar contratempos no acesso ao benefício. Caso o trabalhador identifique problemas, é recomendável procurar o empregador ou os canais oficiais para regularização.

A evolução do PIS/Pasep no Brasil

Criado em 1970, o PIS/Pasep tem como objetivo principal integrar os trabalhadores ao desenvolvimento econômico e social do país. Inicialmente, o PIS atendia o setor privado, enquanto o Pasep era voltado para servidores públicos. A partir de 1988, com a promulgação da Constituição, os fundos foram unificados no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Desde então, o programa passou a financiar o seguro-desemprego, o abono salarial e outras políticas de incentivo ao emprego. Ao longo das décadas, o PIS/Pasep se consolidou como um dos principais mecanismos de redistribuição de renda no Brasil, beneficiando milhões de trabalhadores e injetando bilhões de reais na economia.

Curiosidades e dados adicionais

• Desde sua criação, o PIS/Pasep já movimentou trilhões de reais em benefícios, reafirmando seu papel como instrumento de inclusão social.
• O programa atende trabalhadores formais, mas é essencial que os dados sejam registrados corretamente no RAIS para que os valores sejam liberados.
• Além do impacto econômico direto, o benefício contribui para o fortalecimento do mercado interno em períodos de maior vulnerabilidade econômica.

Dicas para melhor aproveitar o benefício

Para utilizar o recurso de forma eficiente, especialistas recomendam que os trabalhadores sigam algumas orientações:

• Planeje o uso do dinheiro para quitar dívidas prioritárias ou investir em bens duráveis;
• Consulte regularmente os canais oficiais para garantir informações atualizadas;
• Realize o saque dentro do período estipulado para evitar perder o benefício.

Como o PIS/Pasep impulsiona o consumo

Com a liberação de até R$ 30,7 bilhões em 2025, o PIS/Pasep não apenas alivia o orçamento dos trabalhadores, mas também estimula o consumo, favorecendo setores como alimentação, vestuário e tecnologia. Este ciclo econômico gera novos empregos e aumenta a arrecadação de impostos, promovendo benefícios em diferentes níveis da economia.