Planilha polêmica com avaliações sobre influenciadores repercute na web e especialista opina sobre ‘exposed’
Na noite da última quinta-feira (23), um documento vazado agitou as redes sociais e a indústria da comunicação. A planilha, supostamente criada por publicitários que já trabalharam com influenciadores de renome, revela uma série de críticas, mas também algumas avaliações positivas, sobre o desempenho de criadores digitais como Juliette, Gil do Vigor, Jade Picon e Rafa Kalimann.
- Moda verão de Ludmilla: cantora lista 5 itens essenciais para curtir o calor com estilo, praticidade e proteção
- Anitta foca em cuidados com a saúde do corpo e da mente para o carnaval: ‘Maratona é longa e exige muito’
O conteúdo do arquivo não só expõe falhas no cumprimento de prazos e orientações, como também questiona a postura e a responsabilidade de alguns influencers ao lidarem com suas parcerias comerciais. Críticas como falta de comprometimento com os projetos, dificuldade em seguir instruções e até mesmo problemas de comportamento foram apontadas.
Especialista em gestão de carreira e diretora da Influence Marketing, Débora Dias explica que essa situação é reflexo de um mercado em constante crescimento, mas que ainda carece de profissionalização. Segundo ela, a comunicação deficiente entre marcas, agências e influenciadores é um dos principais fatores que dificultam a evolução do setor.
Débora afirma que a ausência de feedbacks contribui para que os criadores não percebam seus erros e não se desenvolvam profissionalmente. “Na minha rotina de trabalho, não vejo esses feedbacks chegando aos influenciadores após os trabalhos. Muitas vezes, as marcas apenas dizem: ‘foi lindo’, ‘foi ótimo’, ‘obrigado, deu tudo certo’ e vida que segue. Mas não se dão ao trabalho de pontuar: ‘isso aqui poderia ter sido melhor’, ou ‘sentimos dificuldade nesse ponto’. Essa falta de retorno prejudica o aprendizado e, consequentemente, a profissionalização do mercado. Para uma próxima vez, seria importante apontar melhorias e contribuir para o crescimento de todos os envolvidos”, diz.
Débora também destaca a dificuldade de muitos influenciadores em lidar com briefings mais elaborados e prazos apertados. “Muitos influenciadores acham os briefings burocráticos, engessados e os prazos curtos, o que dificulta a entrega do conteúdo conforme a estratégia da marca. Mas o que muitos não percebem é que as campanhas publicitárias têm uma estratégia por trás, que envolve não só o influenciador, mas uma série de outros fatores, como cronogramas, equipe de social media e preocupações com estoque e distribuição de produtos. Quando o influenciador não cumpre o prazo ou o briefing, isso pode gerar grandes problemas para a marca”, pontua.
Como dica aos criadores, ela chama atenção para a escolha das equipes que os representam, um ponto que, em sua visão, muitas vezes é negligenciado.
“Também há situações em que o erro ocorre devido à falta de profissionalismo das equipes ou assessorias que o representa. O influenciador na maioria das vezes não tem comunicação direta com os contratantes, essa comunicação costuma ser feita com intermédio das assessorias. Isso serve como alerta para que os influenciadores valorizem a escolha de profissionais qualificados para gerir suas carreiras. Há uma tendência de subestimar o trabalho de uma agência de influenciadores, colocando amigos ou parentes sem preparo para cuidar dessas funções, por acharem que é algo simples. Entretanto, lidar com negociações e comunicação com contratantes exige profissionais capacitados e experientes”, alerta.
Por outro lado, a especialista aponta que as falhas não estão restritas aos influenciadores. “Há também problemas nas agências e nas equipes de publicidade. O vazamento desse tipo de material, por exemplo, é um desrespeito aos contratos de sigilo. Independentemente de ser intencional ou por descuido, esse tipo de atitude é inadequada, já que todos esses retornos deveriam ser dados diretamente aos contratados”, comenta.
O vazamento da planilha, portanto, deve ser visto, segundo Débora, como um alerta tanto para criadores quanto para as marcas.
“Vai ser positivo para os influenciadores começarem a refletir mais sobre a importância de cumprir prazos, ter uma assessoria capacitada e seguir os briefings – ou saber argumentar (de forma profissional) os possíveis ajustes no briefing que ele deseja. Por outro lado, acredito que também será importante para as marcas e contratantes, que precisam perceber que os influenciadores desejam mais liberdade para criar. Afinal, são eles que sabem o que funciona melhor para sua audiência e o que tornará a publicidade mais natural e esses briefings engessados acabam prejudicando, inclusive, o resultado de engajamento das campanhas”, declara.
Na noite da última quinta-feira (23), um documento vazado agitou as redes sociais e a indústria da comunicação. A planilha, supostamente criada por publicitários que já trabalharam com influenciadores de renome, revela uma série de críticas, mas também algumas avaliações positivas, sobre o desempenho de criadores digitais como Juliette, Gil do Vigor, Jade Picon e Rafa Kalimann.
- Moda verão de Ludmilla: cantora lista 5 itens essenciais para curtir o calor com estilo, praticidade e proteção
- Anitta foca em cuidados com a saúde do corpo e da mente para o carnaval: ‘Maratona é longa e exige muito’
O conteúdo do arquivo não só expõe falhas no cumprimento de prazos e orientações, como também questiona a postura e a responsabilidade de alguns influencers ao lidarem com suas parcerias comerciais. Críticas como falta de comprometimento com os projetos, dificuldade em seguir instruções e até mesmo problemas de comportamento foram apontadas.
Especialista em gestão de carreira e diretora da Influence Marketing, Débora Dias explica que essa situação é reflexo de um mercado em constante crescimento, mas que ainda carece de profissionalização. Segundo ela, a comunicação deficiente entre marcas, agências e influenciadores é um dos principais fatores que dificultam a evolução do setor.
Débora afirma que a ausência de feedbacks contribui para que os criadores não percebam seus erros e não se desenvolvam profissionalmente. “Na minha rotina de trabalho, não vejo esses feedbacks chegando aos influenciadores após os trabalhos. Muitas vezes, as marcas apenas dizem: ‘foi lindo’, ‘foi ótimo’, ‘obrigado, deu tudo certo’ e vida que segue. Mas não se dão ao trabalho de pontuar: ‘isso aqui poderia ter sido melhor’, ou ‘sentimos dificuldade nesse ponto’. Essa falta de retorno prejudica o aprendizado e, consequentemente, a profissionalização do mercado. Para uma próxima vez, seria importante apontar melhorias e contribuir para o crescimento de todos os envolvidos”, diz.
Débora também destaca a dificuldade de muitos influenciadores em lidar com briefings mais elaborados e prazos apertados. “Muitos influenciadores acham os briefings burocráticos, engessados e os prazos curtos, o que dificulta a entrega do conteúdo conforme a estratégia da marca. Mas o que muitos não percebem é que as campanhas publicitárias têm uma estratégia por trás, que envolve não só o influenciador, mas uma série de outros fatores, como cronogramas, equipe de social media e preocupações com estoque e distribuição de produtos. Quando o influenciador não cumpre o prazo ou o briefing, isso pode gerar grandes problemas para a marca”, pontua.
Como dica aos criadores, ela chama atenção para a escolha das equipes que os representam, um ponto que, em sua visão, muitas vezes é negligenciado.
“Também há situações em que o erro ocorre devido à falta de profissionalismo das equipes ou assessorias que o representa. O influenciador na maioria das vezes não tem comunicação direta com os contratantes, essa comunicação costuma ser feita com intermédio das assessorias. Isso serve como alerta para que os influenciadores valorizem a escolha de profissionais qualificados para gerir suas carreiras. Há uma tendência de subestimar o trabalho de uma agência de influenciadores, colocando amigos ou parentes sem preparo para cuidar dessas funções, por acharem que é algo simples. Entretanto, lidar com negociações e comunicação com contratantes exige profissionais capacitados e experientes”, alerta.
Por outro lado, a especialista aponta que as falhas não estão restritas aos influenciadores. “Há também problemas nas agências e nas equipes de publicidade. O vazamento desse tipo de material, por exemplo, é um desrespeito aos contratos de sigilo. Independentemente de ser intencional ou por descuido, esse tipo de atitude é inadequada, já que todos esses retornos deveriam ser dados diretamente aos contratados”, comenta.
O vazamento da planilha, portanto, deve ser visto, segundo Débora, como um alerta tanto para criadores quanto para as marcas.
“Vai ser positivo para os influenciadores começarem a refletir mais sobre a importância de cumprir prazos, ter uma assessoria capacitada e seguir os briefings – ou saber argumentar (de forma profissional) os possíveis ajustes no briefing que ele deseja. Por outro lado, acredito que também será importante para as marcas e contratantes, que precisam perceber que os influenciadores desejam mais liberdade para criar. Afinal, são eles que sabem o que funciona melhor para sua audiência e o que tornará a publicidade mais natural e esses briefings engessados acabam prejudicando, inclusive, o resultado de engajamento das campanhas”, declara.
Post Comment