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EUA: Trump e os retrocessos globais para sociedade civil – 27/01/2025 – Papo de Responsa
A posse de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos inaugura uma era de incertezas que transcende as fronteiras deste país.
Sob sua administração, a política externa traz mudanças profundas que redirecionam o papel histórico dos EUA nas relações internacionais. Ações presidenciais já assinadas reavaliam e realinham a cooperação internacional.
Elas são um claro exemplo de como prioridades econômicas e interesses imediatos foram alçados ao centro das decisões governamentais, enquanto princípios de solidariedade global são relegados a um plano secundário.
Há uma preocupação legítima sobre como áreas sensíveis como meio ambiente, direitos humanos, saúde e educação serão impactadas –não apenas em solo americano, mas em todo o mundo.
A suspensão temporária da assistência ao desenvolvimento estrangeiro expõe um descompromisso com o papel tradicional dos Estados Unidos como promotor de estabilidade e de progresso em países em crescimento.
O decreto assinado no dia da posse, intitulado “Reevaluating and Realigning United States Foreign Aid” (em português, “Reavaliando e Realinhando a Ajuda Externa dos Estados Unidos”), afirma que a assistência financeira atualmente oferecida pelos Estados Unidos não está alinhada aos interesses do país e, em muitos casos, contraria seus valores.
O documento estabelece que qualquer apoio financeiro só poderá ser concedido se estiver completamente alinhado à política externa definida pelo presidente.
Com base nessa premissa, determina-se a interrupção da assistência externa fornecida pelos Estados Unidos por 90 dias, visando avaliar a eficiência dos programas e sua conformidade com a política externa do país.
Durante esse período, ficam suspensos novos compromissos e desembolsos de recursos para nações estrangeiras, organizações não governamentais e instituições internacionais e contratantes até a conclusão das análises.
Ao final, as autoridades decidirão sobre a continuidade, modificação ou cessação de cada programa de assistência externa com base nas recomendações de revisão.
Trata-se de uma declaração inequívoca de que o pragmatismo econômico se sobrepõe aos valores democráticos e à responsabilidade global.
Ao condicionar o apoio à estrita conformidade com interesses políticos e econômicos americanos, essa medida enfraquece redes de colaboração internacional e prejudica comunidades e territórios que dependem de projetos de saúde, educação, assistência social, segurança alimentar, defesa de direitos humanos, entre outros.
Isso estimula posturas autoritárias e isolacionistas num momento delicado em que a reforma na governança e na cooperação na ONU (Organização das Nações Unidas) está na agenda global.
Ao priorizar interesses imediatos, a administração Trump cria um precedente perigoso que pode fortalecer regimes autoritários e enfraquecer o compromisso global com a promoção da igualdade e da justiça social.
Além disso, a retirada de fundos de projetos fundamentais agravará desigualdades e comprometerá o alcance de metas globais de desenvolvimento.
Trump fez da negação da mudança climática uma de suas marcas registradas e, imediatamente após a sua posse, retirou o país do Acordo de Paris.
Esse tipo de postura não apenas compromete esforços internacionais de mitigação, mas também desmotiva outras nações a cumprirem metas climáticas, potencialmente agravando os impactos das crises ambientais.
Países em desenvolvimento, que já enfrentam desafios relacionados ao aquecimento global, podem sentir os efeitos de forma desproporcional com a perda do acesso a recursos e parcerias essenciais para projetos sustentáveis.
No campo dos direitos humanos, o fortalecimento de narrativas que marginalizam minorias e enfraquecem políticas de diversidade e inclusão nos EUA pode servir de inspiração para governos autoritários ao redor do mundo.
Essa retórica enfraquece o combate às desigualdades e alimenta discursos de ódio, fortalece movimentos extremistas e representa um risco direto às conquistas históricas relacionadas à igualdade de gênero, equidade racial, direitos LGBTQIA+, inclusão de pessoas com deficiência e proteção de comunidades vulneráveis.
Esse posicionamento, somado à presença de representantes das maiores empresas de tecnologia do planeta, escancara que dias difíceis estão por vir na disputa em torno da regulação das big techs e mídias sociais, combate à desinformação e discurso de ódio.
O peso dessas empresas nos processos político-eleitorais é enorme, e o alinhamento com a agenda que Donald Trump representa sinaliza que viveremos tempos difíceis.
A grande questão que se coloca é: estamos caminhando para um período de retrocessos ou de resistência? No longo prazo, este período será visto como um percalço nos avanços civilizatórios ou o início de uma era de trevas e retrocessos?
A história já nos mostrou que momentos de crise geram movimentos de reação igualmente intensos. E é aqui que reside a esperança.
A sociedade civil global, que inclui organizações, filantropia, movimentos e indivíduos, já está reagindo. No Brasil, há exemplos concretos de como a sociedade entendeu que não pode depender exclusivamente dos governos para alcançar seus objetivos.
Projetos independentes em áreas mais atacadas como sustentabilidade e proteção do meio ambiente, promoção e defesa de direitos humanos, saúde pública e a própria defesa da democracia têm ganhado força, mostrando que há caminhos alternativos para resistir a retrocessos e continuar avançando.
Toda ação gera uma reação. A posse de Trump representa um chamado à ação para a sociedade civil, não apenas nos Estados Unidos, mas no mundo inteiro.
Cabe a nós reforçar a importância de propor, gerir e financiar iniciativas independentes, fortalecer redes de solidariedade global e atuar como um contrapeso diante de políticas que ameaçam direitos e conquistas históricas.
Afinal, o futuro é construído não apenas pelos governos, mas sobretudo por pessoas, grupos e coletivos que acreditam e decidem, diariamente, investir suas energias, tempo e recursos em um mundo mais justo, inclusivo e sustentável.
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A posse de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos inaugura uma era de incertezas que transcende as fronteiras deste país.
Sob sua administração, a política externa traz mudanças profundas que redirecionam o papel histórico dos EUA nas relações internacionais. Ações presidenciais já assinadas reavaliam e realinham a cooperação internacional.
Elas são um claro exemplo de como prioridades econômicas e interesses imediatos foram alçados ao centro das decisões governamentais, enquanto princípios de solidariedade global são relegados a um plano secundário.
Há uma preocupação legítima sobre como áreas sensíveis como meio ambiente, direitos humanos, saúde e educação serão impactadas –não apenas em solo americano, mas em todo o mundo.
A suspensão temporária da assistência ao desenvolvimento estrangeiro expõe um descompromisso com o papel tradicional dos Estados Unidos como promotor de estabilidade e de progresso em países em crescimento.
O decreto assinado no dia da posse, intitulado “Reevaluating and Realigning United States Foreign Aid” (em português, “Reavaliando e Realinhando a Ajuda Externa dos Estados Unidos”), afirma que a assistência financeira atualmente oferecida pelos Estados Unidos não está alinhada aos interesses do país e, em muitos casos, contraria seus valores.
O documento estabelece que qualquer apoio financeiro só poderá ser concedido se estiver completamente alinhado à política externa definida pelo presidente.
Com base nessa premissa, determina-se a interrupção da assistência externa fornecida pelos Estados Unidos por 90 dias, visando avaliar a eficiência dos programas e sua conformidade com a política externa do país.
Durante esse período, ficam suspensos novos compromissos e desembolsos de recursos para nações estrangeiras, organizações não governamentais e instituições internacionais e contratantes até a conclusão das análises.
Ao final, as autoridades decidirão sobre a continuidade, modificação ou cessação de cada programa de assistência externa com base nas recomendações de revisão.
Trata-se de uma declaração inequívoca de que o pragmatismo econômico se sobrepõe aos valores democráticos e à responsabilidade global.
Ao condicionar o apoio à estrita conformidade com interesses políticos e econômicos americanos, essa medida enfraquece redes de colaboração internacional e prejudica comunidades e territórios que dependem de projetos de saúde, educação, assistência social, segurança alimentar, defesa de direitos humanos, entre outros.
Isso estimula posturas autoritárias e isolacionistas num momento delicado em que a reforma na governança e na cooperação na ONU (Organização das Nações Unidas) está na agenda global.
Ao priorizar interesses imediatos, a administração Trump cria um precedente perigoso que pode fortalecer regimes autoritários e enfraquecer o compromisso global com a promoção da igualdade e da justiça social.
Além disso, a retirada de fundos de projetos fundamentais agravará desigualdades e comprometerá o alcance de metas globais de desenvolvimento.
Trump fez da negação da mudança climática uma de suas marcas registradas e, imediatamente após a sua posse, retirou o país do Acordo de Paris.
Esse tipo de postura não apenas compromete esforços internacionais de mitigação, mas também desmotiva outras nações a cumprirem metas climáticas, potencialmente agravando os impactos das crises ambientais.
Países em desenvolvimento, que já enfrentam desafios relacionados ao aquecimento global, podem sentir os efeitos de forma desproporcional com a perda do acesso a recursos e parcerias essenciais para projetos sustentáveis.
No campo dos direitos humanos, o fortalecimento de narrativas que marginalizam minorias e enfraquecem políticas de diversidade e inclusão nos EUA pode servir de inspiração para governos autoritários ao redor do mundo.
Essa retórica enfraquece o combate às desigualdades e alimenta discursos de ódio, fortalece movimentos extremistas e representa um risco direto às conquistas históricas relacionadas à igualdade de gênero, equidade racial, direitos LGBTQIA+, inclusão de pessoas com deficiência e proteção de comunidades vulneráveis.
Esse posicionamento, somado à presença de representantes das maiores empresas de tecnologia do planeta, escancara que dias difíceis estão por vir na disputa em torno da regulação das big techs e mídias sociais, combate à desinformação e discurso de ódio.
O peso dessas empresas nos processos político-eleitorais é enorme, e o alinhamento com a agenda que Donald Trump representa sinaliza que viveremos tempos difíceis.
A grande questão que se coloca é: estamos caminhando para um período de retrocessos ou de resistência? No longo prazo, este período será visto como um percalço nos avanços civilizatórios ou o início de uma era de trevas e retrocessos?
A história já nos mostrou que momentos de crise geram movimentos de reação igualmente intensos. E é aqui que reside a esperança.
A sociedade civil global, que inclui organizações, filantropia, movimentos e indivíduos, já está reagindo. No Brasil, há exemplos concretos de como a sociedade entendeu que não pode depender exclusivamente dos governos para alcançar seus objetivos.
Projetos independentes em áreas mais atacadas como sustentabilidade e proteção do meio ambiente, promoção e defesa de direitos humanos, saúde pública e a própria defesa da democracia têm ganhado força, mostrando que há caminhos alternativos para resistir a retrocessos e continuar avançando.
Toda ação gera uma reação. A posse de Trump representa um chamado à ação para a sociedade civil, não apenas nos Estados Unidos, mas no mundo inteiro.
Cabe a nós reforçar a importância de propor, gerir e financiar iniciativas independentes, fortalecer redes de solidariedade global e atuar como um contrapeso diante de políticas que ameaçam direitos e conquistas históricas.
Afinal, o futuro é construído não apenas pelos governos, mas sobretudo por pessoas, grupos e coletivos que acreditam e decidem, diariamente, investir suas energias, tempo e recursos em um mundo mais justo, inclusivo e sustentável.
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