Férias divertidas e recheadas de novidades encantam crianças e adolescentes do Centro de Vivência 2 – Prefeitura de Vitória


Foto Divulgação

Atividade para crianças e adolescentes do Centro de Vivência 2

“Estas minhas férias estão sendo maravilhosas”. A afirmação não seria tão impactante se não fosse proferida por uma estudante de 10 anos, sendo os dois últimos dela vivendo no Centro de Vivência 2. O CV2, como é carinhosamente chamado pela equipe técnica, é um espaço de acolhimento institucional voltado a crianças e adolescentes de 7 a 12, que foram afastadas do convívio familiar por meio de medida protetiva.

A afirmação foi feita por H., após participar de uma sessão de contação de história e atividades a mãos livres, conduzida por uma equipe de voluntárias e dos educadores sociais que atuam permanentemente no espaço. O desejo de contar tudo que tinha feito até aquele dia fazia com que ela tropeçasse nas palavras. “Fiz muita coisa, tia. Me diverti muito, este ano”, fez questão de demarcar o tempo.

Ao ser questionada sobre o que fez no período, ela elencou: “Fui a Roda d’água, em Cariacica; à praia Secreta, em Vila Velha; à Fábrica de Sonhos (uma casa de festas); e até ao cine Jardins, ver Moana 2. Teve ainda tarde de cinema aqui e, agora a contação de história”, disse ela. Antes que fosse feita qualquer outra pergunta, H. disse: “estava esquecendo de dizer que no Natal teve um banquete enorme.”

A menina contou que fez uma cartinha para o Papai Noel pedindo material escolar, chinelo Havaianas, uma boneca Barbie e uma casa da boneca Polly Poket. Com receio da frustração da criança, o foco voltou para saber qual atividade de férias havia mais gostado. Para surpresa geral, H. contou que havia recebido quase tudo que pediu.

“Foi tudo maravilhoso. Não recebi o carrinho da Polly, mas ganhei um outro e outro tanto de roupas. E sobre as férias? A Fábrica de sonhos foi o melhor passeio”, contou. Diante do relato, perguntar como se sentia vivendo no CV2 saiu naturalmente e, H. não escondeu seus sentimentos. “Sinto raiva, tristeza. Mas, ao mesmo tempo, feliz porque aqui tem pessoas que cuidam de mim e me amam. Sei que lugar de criança é com a família, né?”, falou H.

O período de férias também foi precioso para M.E, de 9 anos, que está no CV2 há quase seis meses. Ela contou que antes suas férias eram restritas a ficar na rua, no máximo, na casa de uma vizinha amiga da mãe. Mas, estas foram diferentes afirmou a criança. “Mais divertida de todas. Foram muitos passeios e saída. Fui ao shopping e até ao cinema”, disse. A ênfase dada a ida ao cinema gerou a curiosidade de saber se já havia estado naquele lugar, quando revelou que foi pela primeira vez. “Gostei muito do lugar e do filme Moana 2”. comentou.

M.E. relatou: “o filme é muito bom. Ela conseguiu vencer o vilão. Ela conseguiu se tornar uma Moana muito forte”. Perguntada sobre como ela se sentiu depois do filme, M.E. foi direta na resposta: “me sinto uma Moana. Sou parecida no cabelo, na minha cor de pele. Gostei da roupa que ela usa. E sou forte. As vezes me sinto triste aqui, porque minha mãe não me visita. Mas, também, fico feliz porque aqui me divirto, saio, passeio e isso me deixa feliz”, falou ela.

Programação de férias

De acordo com o coordenador do CV2, Adenilton Melo, a programação de férias foi pensada para garantir que os acolhidos tivessem atividades pedagógicas, lúdicas, de lazer, de cultura e de esporte, dentro e fora do acolhimento, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad), em seu artigo 71.

“Durante todo o período de férias, teve atividades planejadas realizadas dentro e fora do espaço de acolhimento. Com a programação de férias realizadas no período da manhã, tarde e até a noite. Teve passeios aos parques Horto, em Maruípe, Pedra da Cebola, na Mata da Praia, Parque da Vale, em Jardim Camburi, da Prainha, em Vila Velha, Praça da Ciência e do Papa. Teve dia de piscina, praia, cachoeira, cinema, entre outras”, comentou ele.

Adenilton destacou que a programação foi pensada para que as crianças tenham a oportunidade de explorar outros territórios, ter o sentimento de pertencimento da cidade e, principalmente, terem consciência de que elas não estão presas. “As atividades foram ofertadas de acordo com aptidão e aprovação dos próprios acolhidos”, ressaltou ele.

Para a gerente de Proteção Especial de Alta Complexidade da Secretaria de Assistência Social (Semas), Anacyrema Silva, o objetivo de planejar as atividades durante o período de férias é proporcionar diversão, acolhimento, bem-estar e socialização das crianças dos acolhimentos.

A secretária de Assistência Social em exercício, Carla Scardua disse que garantir os direitos das crianças e adolescentes é o dever dos trabalhadores, mas que buscam ir além disso. “É necessário proporcionar momentos para a criança que ficaram na sua memória afetiva, faram parte da construção de sua história, fortalecendo as relações com a comunidade e de sua identidade, além do encantamento pelo prazer de brincar”, ressaltou ela.

O Centro de Vivência acolhe crianças e adolescentes, de acordo com faixa etária, onde se dá continuidade ao acompanhamento da família de origem, bem como são efetuados os devidos encaminhamentos aos serviços da rede socioassistencial e o Sistema de Garantia de Direitos até que a situação pela qual se deu o afastamento da criança ou adolescente da família seja superado, e assim se possibilite à reintegração à família de origem/extensa.

Foto Divulgação

Atividade para crianças e adolescentes do Centro de Vivência 2

“Estas minhas férias estão sendo maravilhosas”. A afirmação não seria tão impactante se não fosse proferida por uma estudante de 10 anos, sendo os dois últimos dela vivendo no Centro de Vivência 2. O CV2, como é carinhosamente chamado pela equipe técnica, é um espaço de acolhimento institucional voltado a crianças e adolescentes de 7 a 12, que foram afastadas do convívio familiar por meio de medida protetiva.

A afirmação foi feita por H., após participar de uma sessão de contação de história e atividades a mãos livres, conduzida por uma equipe de voluntárias e dos educadores sociais que atuam permanentemente no espaço. O desejo de contar tudo que tinha feito até aquele dia fazia com que ela tropeçasse nas palavras. “Fiz muita coisa, tia. Me diverti muito, este ano”, fez questão de demarcar o tempo.

Ao ser questionada sobre o que fez no período, ela elencou: “Fui a Roda d’água, em Cariacica; à praia Secreta, em Vila Velha; à Fábrica de Sonhos (uma casa de festas); e até ao cine Jardins, ver Moana 2. Teve ainda tarde de cinema aqui e, agora a contação de história”, disse ela. Antes que fosse feita qualquer outra pergunta, H. disse: “estava esquecendo de dizer que no Natal teve um banquete enorme.”

A menina contou que fez uma cartinha para o Papai Noel pedindo material escolar, chinelo Havaianas, uma boneca Barbie e uma casa da boneca Polly Poket. Com receio da frustração da criança, o foco voltou para saber qual atividade de férias havia mais gostado. Para surpresa geral, H. contou que havia recebido quase tudo que pediu.

“Foi tudo maravilhoso. Não recebi o carrinho da Polly, mas ganhei um outro e outro tanto de roupas. E sobre as férias? A Fábrica de sonhos foi o melhor passeio”, contou. Diante do relato, perguntar como se sentia vivendo no CV2 saiu naturalmente e, H. não escondeu seus sentimentos. “Sinto raiva, tristeza. Mas, ao mesmo tempo, feliz porque aqui tem pessoas que cuidam de mim e me amam. Sei que lugar de criança é com a família, né?”, falou H.

O período de férias também foi precioso para M.E, de 9 anos, que está no CV2 há quase seis meses. Ela contou que antes suas férias eram restritas a ficar na rua, no máximo, na casa de uma vizinha amiga da mãe. Mas, estas foram diferentes afirmou a criança. “Mais divertida de todas. Foram muitos passeios e saída. Fui ao shopping e até ao cinema”, disse. A ênfase dada a ida ao cinema gerou a curiosidade de saber se já havia estado naquele lugar, quando revelou que foi pela primeira vez. “Gostei muito do lugar e do filme Moana 2”. comentou.

M.E. relatou: “o filme é muito bom. Ela conseguiu vencer o vilão. Ela conseguiu se tornar uma Moana muito forte”. Perguntada sobre como ela se sentiu depois do filme, M.E. foi direta na resposta: “me sinto uma Moana. Sou parecida no cabelo, na minha cor de pele. Gostei da roupa que ela usa. E sou forte. As vezes me sinto triste aqui, porque minha mãe não me visita. Mas, também, fico feliz porque aqui me divirto, saio, passeio e isso me deixa feliz”, falou ela.

Programação de férias

De acordo com o coordenador do CV2, Adenilton Melo, a programação de férias foi pensada para garantir que os acolhidos tivessem atividades pedagógicas, lúdicas, de lazer, de cultura e de esporte, dentro e fora do acolhimento, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad), em seu artigo 71.

“Durante todo o período de férias, teve atividades planejadas realizadas dentro e fora do espaço de acolhimento. Com a programação de férias realizadas no período da manhã, tarde e até a noite. Teve passeios aos parques Horto, em Maruípe, Pedra da Cebola, na Mata da Praia, Parque da Vale, em Jardim Camburi, da Prainha, em Vila Velha, Praça da Ciência e do Papa. Teve dia de piscina, praia, cachoeira, cinema, entre outras”, comentou ele.

Adenilton destacou que a programação foi pensada para que as crianças tenham a oportunidade de explorar outros territórios, ter o sentimento de pertencimento da cidade e, principalmente, terem consciência de que elas não estão presas. “As atividades foram ofertadas de acordo com aptidão e aprovação dos próprios acolhidos”, ressaltou ele.

Para a gerente de Proteção Especial de Alta Complexidade da Secretaria de Assistência Social (Semas), Anacyrema Silva, o objetivo de planejar as atividades durante o período de férias é proporcionar diversão, acolhimento, bem-estar e socialização das crianças dos acolhimentos.

A secretária de Assistência Social em exercício, Carla Scardua disse que garantir os direitos das crianças e adolescentes é o dever dos trabalhadores, mas que buscam ir além disso. “É necessário proporcionar momentos para a criança que ficaram na sua memória afetiva, faram parte da construção de sua história, fortalecendo as relações com a comunidade e de sua identidade, além do encantamento pelo prazer de brincar”, ressaltou ela.

O Centro de Vivência acolhe crianças e adolescentes, de acordo com faixa etária, onde se dá continuidade ao acompanhamento da família de origem, bem como são efetuados os devidos encaminhamentos aos serviços da rede socioassistencial e o Sistema de Garantia de Direitos até que a situação pela qual se deu o afastamento da criança ou adolescente da família seja superado, e assim se possibilite à reintegração à família de origem/extensa.



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