O líder espiritual dos muçulmanos ismaelitas, Aga Khan IV, faleceu aos 88 anos em Lisboa, Portugal, cercado por sua família. A notícia foi confirmada pela Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN), organização filantrópica que ele liderou por décadas. Considerado um dos maiores benfeitores do mundo, Aga Khan dedicou sua vida à promoção da educação, saúde e desenvolvimento econômico em diversas partes do planeta, especialmente em regiões da África, Ásia e Oriente Médio. Sua trajetória foi marcada pelo compromisso com a melhoria da qualidade de vida das comunidades que atendia, independentemente de religião ou origem.
Nascido Shah Karim Al Husseini em 13 de dezembro de 1936, na Suíça, ele assumiu a liderança dos muçulmanos ismaelitas em 1957, aos 20 anos, sucedendo seu avô, Aga Khan III. Desde então, sua atuação como Imam foi além da esfera religiosa, tornando-se uma das figuras mais influentes no campo da filantropia global. A AKDN, sob seu comando, expandiu-se para diversas frentes, consolidando-se como uma das maiores redes de assistência social do mundo.
Sua morte gerou repercussão internacional, com líderes políticos e religiosos expressando condolências. O rei Charles III, amigo pessoal de Aga Khan, demonstrou pesar pela perda de um aliado de longa data. Sua contribuição para a preservação do patrimônio cultural islâmico e seu apoio a projetos educacionais e sanitários fizeram dele um dos mais importantes filantropos do século XX e XXI.
Liderança espiritual e filantropia global
Aga Khan IV liderou cerca de 15 milhões de fiéis ismaelitas espalhados pelo mundo, sendo responsável não apenas pela orientação religiosa, mas também por garantir suporte socioeconômico às comunidades sob sua influência. Ele defendia a modernização da fé ismaelita e incentivava a educação como ferramenta de transformação social.
Compreendendo a necessidade de assistência estruturada, ele estabeleceu e financiou a AKDN, um conglomerado de instituições voltadas para o desenvolvimento sustentável. A organização atua em diversos países, promovendo projetos em áreas como:
- Educação: fundação e administração de escolas, universidades e programas de bolsas de estudo.
- Saúde: construção de hospitais, clínicas e formação de profissionais médicos.
- Infraestrutura: investimentos em eletrificação, abastecimento de água e desenvolvimento urbano.
- Empreendedorismo: financiamento de pequenos negócios e incentivo à inovação.
- Cultura: preservação de patrimônios históricos e apoio às artes islâmicas.
Atualmente, a AKDN está presente em mais de 30 países e seu impacto positivo é amplamente reconhecido por organismos internacionais, como a ONU e a Organização Mundial da Saúde.
O papel de Aga Khan IV na arquitetura islâmica e no patrimônio cultural
Além de sua atuação na filantropia, Aga Khan foi um grande incentivador da preservação do patrimônio arquitetônico islâmico. Criou o Prêmio Aga Khan de Arquitetura, uma das premiações mais prestigiadas no campo da construção civil, destinada a projetos que combinam inovação e preservação cultural.
Entre suas principais iniciativas estão:
- A restauração do Túmulo de Humaium, na Índia, um dos exemplos mais icônicos da arquitetura mogol.
- A criação do Programa Aga Khan de Arquitetura Islâmica, em parceria com universidades como Harvard e MIT.
- O financiamento de projetos de urbanização sustentável em países em desenvolvimento.
Essas ações garantiram a valorização do patrimônio histórico e o reconhecimento do impacto positivo da arquitetura no bem-estar social.
Paixão pelo hipismo e a história de Shergar
Apesar de sua atuação como líder religioso e filantropo, Aga Khan IV também se destacou no universo das corridas de cavalos. Ele herdou a tradição de sua família na criação de cavalos puro-sangue e se tornou um dos maiores proprietários e criadores do mundo.
Seu cavalo mais famoso, Shergar, conquistou o Derby de Epsom em 1981, vencendo por uma margem histórica de 10 corpos. No entanto, em 1983, Shergar foi sequestrado na Irlanda, em um dos mistérios mais emblemáticos do hipismo. O cavalo nunca foi encontrado, e o caso permanece sem solução.
Além de Shergar, Aga Khan venceu corridas importantes com outros cavalos de elite, consolidando-se como uma referência no setor.
Reconhecimento internacional e impacto global
O trabalho de Aga Khan IV foi amplamente reconhecido ao longo de sua vida. Ele recebeu diversas condecorações por sua contribuição à humanidade, entre elas:
- Título de “Sua Alteza”, concedido pela rainha Elizabeth II.
- Ordem do Império Britânico, por seus serviços à filantropia global.
- Prêmios de Desenvolvimento Sustentável, oferecidos por organizações internacionais.
Sua atuação foi elogiada não apenas por líderes ocidentais, mas também por chefes de Estado do mundo islâmico, que viam nele um agente de transformação e equilíbrio entre tradição e modernidade.
Linha do tempo da trajetória de Aga Khan IV
- 1957: assume como Imam dos ismaelitas, aos 20 anos.
- 1967: funda a AKDN, com foco no desenvolvimento social e educacional.
- 1981: Shergar vence o Derby de Epsom.
- 1983: Shergar é sequestrado e nunca mais encontrado.
- 1997: criação do Programa Aga Khan de Arquitetura Islâmica.
- 2016: inauguração de projetos de eletrificação em vilarejos africanos.
- 2024: falece em Lisboa, aos 88 anos.
A sucessão e o futuro da liderança ismaelita
Com a morte de Aga Khan IV, a comunidade ismaelita aguarda o anúncio de seu sucessor. A tradição sugere que o novo Imam será escolhido conforme instruções deixadas pelo próprio Aga Khan antes de seu falecimento. Seu filho mais velho, o Príncipe Rahim Aga Khan, tem sido apontado como um possível sucessor, mas a decisão oficial ainda não foi confirmada.
A transição de liderança será um momento crucial para os ismaelitas, pois definirá os rumos da comunidade nos próximos anos. O legado de Aga Khan IV, porém, já está consolidado, e sua influência continuará a moldar o mundo da filantropia e da cultura islâmica.

O líder espiritual dos muçulmanos ismaelitas, Aga Khan IV, faleceu aos 88 anos em Lisboa, Portugal, cercado por sua família. A notícia foi confirmada pela Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN), organização filantrópica que ele liderou por décadas. Considerado um dos maiores benfeitores do mundo, Aga Khan dedicou sua vida à promoção da educação, saúde e desenvolvimento econômico em diversas partes do planeta, especialmente em regiões da África, Ásia e Oriente Médio. Sua trajetória foi marcada pelo compromisso com a melhoria da qualidade de vida das comunidades que atendia, independentemente de religião ou origem.
Nascido Shah Karim Al Husseini em 13 de dezembro de 1936, na Suíça, ele assumiu a liderança dos muçulmanos ismaelitas em 1957, aos 20 anos, sucedendo seu avô, Aga Khan III. Desde então, sua atuação como Imam foi além da esfera religiosa, tornando-se uma das figuras mais influentes no campo da filantropia global. A AKDN, sob seu comando, expandiu-se para diversas frentes, consolidando-se como uma das maiores redes de assistência social do mundo.
Sua morte gerou repercussão internacional, com líderes políticos e religiosos expressando condolências. O rei Charles III, amigo pessoal de Aga Khan, demonstrou pesar pela perda de um aliado de longa data. Sua contribuição para a preservação do patrimônio cultural islâmico e seu apoio a projetos educacionais e sanitários fizeram dele um dos mais importantes filantropos do século XX e XXI.
Liderança espiritual e filantropia global
Aga Khan IV liderou cerca de 15 milhões de fiéis ismaelitas espalhados pelo mundo, sendo responsável não apenas pela orientação religiosa, mas também por garantir suporte socioeconômico às comunidades sob sua influência. Ele defendia a modernização da fé ismaelita e incentivava a educação como ferramenta de transformação social.
Compreendendo a necessidade de assistência estruturada, ele estabeleceu e financiou a AKDN, um conglomerado de instituições voltadas para o desenvolvimento sustentável. A organização atua em diversos países, promovendo projetos em áreas como:
- Educação: fundação e administração de escolas, universidades e programas de bolsas de estudo.
- Saúde: construção de hospitais, clínicas e formação de profissionais médicos.
- Infraestrutura: investimentos em eletrificação, abastecimento de água e desenvolvimento urbano.
- Empreendedorismo: financiamento de pequenos negócios e incentivo à inovação.
- Cultura: preservação de patrimônios históricos e apoio às artes islâmicas.
Atualmente, a AKDN está presente em mais de 30 países e seu impacto positivo é amplamente reconhecido por organismos internacionais, como a ONU e a Organização Mundial da Saúde.
O papel de Aga Khan IV na arquitetura islâmica e no patrimônio cultural
Além de sua atuação na filantropia, Aga Khan foi um grande incentivador da preservação do patrimônio arquitetônico islâmico. Criou o Prêmio Aga Khan de Arquitetura, uma das premiações mais prestigiadas no campo da construção civil, destinada a projetos que combinam inovação e preservação cultural.
Entre suas principais iniciativas estão:
- A restauração do Túmulo de Humaium, na Índia, um dos exemplos mais icônicos da arquitetura mogol.
- A criação do Programa Aga Khan de Arquitetura Islâmica, em parceria com universidades como Harvard e MIT.
- O financiamento de projetos de urbanização sustentável em países em desenvolvimento.
Essas ações garantiram a valorização do patrimônio histórico e o reconhecimento do impacto positivo da arquitetura no bem-estar social.
Paixão pelo hipismo e a história de Shergar
Apesar de sua atuação como líder religioso e filantropo, Aga Khan IV também se destacou no universo das corridas de cavalos. Ele herdou a tradição de sua família na criação de cavalos puro-sangue e se tornou um dos maiores proprietários e criadores do mundo.
Seu cavalo mais famoso, Shergar, conquistou o Derby de Epsom em 1981, vencendo por uma margem histórica de 10 corpos. No entanto, em 1983, Shergar foi sequestrado na Irlanda, em um dos mistérios mais emblemáticos do hipismo. O cavalo nunca foi encontrado, e o caso permanece sem solução.
Além de Shergar, Aga Khan venceu corridas importantes com outros cavalos de elite, consolidando-se como uma referência no setor.
Reconhecimento internacional e impacto global
O trabalho de Aga Khan IV foi amplamente reconhecido ao longo de sua vida. Ele recebeu diversas condecorações por sua contribuição à humanidade, entre elas:
- Título de “Sua Alteza”, concedido pela rainha Elizabeth II.
- Ordem do Império Britânico, por seus serviços à filantropia global.
- Prêmios de Desenvolvimento Sustentável, oferecidos por organizações internacionais.
Sua atuação foi elogiada não apenas por líderes ocidentais, mas também por chefes de Estado do mundo islâmico, que viam nele um agente de transformação e equilíbrio entre tradição e modernidade.
Linha do tempo da trajetória de Aga Khan IV
- 1957: assume como Imam dos ismaelitas, aos 20 anos.
- 1967: funda a AKDN, com foco no desenvolvimento social e educacional.
- 1981: Shergar vence o Derby de Epsom.
- 1983: Shergar é sequestrado e nunca mais encontrado.
- 1997: criação do Programa Aga Khan de Arquitetura Islâmica.
- 2016: inauguração de projetos de eletrificação em vilarejos africanos.
- 2024: falece em Lisboa, aos 88 anos.
A sucessão e o futuro da liderança ismaelita
Com a morte de Aga Khan IV, a comunidade ismaelita aguarda o anúncio de seu sucessor. A tradição sugere que o novo Imam será escolhido conforme instruções deixadas pelo próprio Aga Khan antes de seu falecimento. Seu filho mais velho, o Príncipe Rahim Aga Khan, tem sido apontado como um possível sucessor, mas a decisão oficial ainda não foi confirmada.
A transição de liderança será um momento crucial para os ismaelitas, pois definirá os rumos da comunidade nos próximos anos. O legado de Aga Khan IV, porém, já está consolidado, e sua influência continuará a moldar o mundo da filantropia e da cultura islâmica.
