Policial civil atira na namorada e é morto em delegacia de Duque de Caxias, RJ

Porta da 59ª DP (Duque de Caxias)


Um episódio de violência extrema chocou a cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na manhã desta terça-feira, 4 de fevereiro de 2025. Um policial civil de 29 anos abriu fogo contra sua namorada, também policial civil, no estacionamento da 59ª Delegacia de Polícia (DP). Após ferir gravemente a mulher, ele entrou no prédio e disparou contra colegas, resultando em um tiroteio. Policiais militares que estavam no local reagiram, atingindo o agressor, que morreu no local. Além da namorada, três outros homens foram baleados, sendo socorridos ao Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, onde receberam atendimento de emergência.

A tragédia dentro da delegacia mobilizou diversas equipes das forças de segurança e gerou grande comoção entre os agentes e a população local. O ataque ocorreu em um ambiente onde a segurança deveria ser garantida, o que levanta questões sobre a estabilidade emocional dos profissionais da área e os protocolos para a prevenção de episódios como esse. Testemunhas relataram momentos de tensão e desespero durante o tiroteio, que deixou marcas de destruição na estrutura do prédio.

A Polícia Civil isolou a área e iniciou uma investigação para entender o que motivou o crime. Nos pertences do agressor, foram encontrados medicamentos para tratamento de esquizofrenia, o que levanta a hipótese de um possível surto psicótico. Especialistas em saúde mental e segurança pública alertam para a necessidade de acompanhamento psicológico para agentes de segurança que lidam com altos níveis de estresse diariamente.

Ataque dentro da delegacia e resposta dos policiais militares

O ataque ocorreu por volta das 9h da manhã, quando o policial civil armado disparou contra sua namorada no estacionamento da delegacia. Após feri-la, ele entrou no prédio e passou a atirar contra os colegas que estavam no local. Policiais militares do 15º BPM (Duque de Caxias), que apresentavam uma ocorrência de trânsito, reagiram imediatamente e neutralizaram o agressor.

A vítima, policial civil lotada na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias, foi atingida por múltiplos tiros no peito e encaminhada para cirurgia de emergência no Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo. Seu estado de saúde é grave. Além dela, três homens, com idades entre 26 e 41 anos, foram baleados e levados para atendimento médico, mas seus estados de saúde não foram divulgados.

Policial civil atira em colegas em delegacia
Policial civil atira em colegas em delegacia – Foto: Reprodução/Tv Globo

Investigação e possíveis causas do ataque

A 59ª DP e a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) abriram inquérito para apurar o ocorrido. A principal hipótese até o momento é de que o agressor tenha sofrido um surto psicótico, pois em seus pertences foram encontrados remédios para esquizofrenia. Segundo relatos de colegas da namorada ferida, ela já havia mencionado conflitos no relacionamento.

A Polícia Civil busca entender se havia sinais prévios de instabilidade emocional no policial e se medidas preventivas poderiam ter sido adotadas. O episódio reacende debates sobre a saúde mental entre profissionais de segurança pública, que enfrentam forte pressão psicológica no exercício da função.

Impacto da tragédia na segurança pública

Casos de violência dentro de corporações policiais levantam questionamentos sobre protocolos de segurança interna e a saúde mental dos agentes. O episódio em Duque de Caxias não é um caso isolado e reforça a necessidade de programas de suporte psicológico para policiais que lidam com situações extremas diariamente.

Além da investigação criminal, há pressão para que órgãos de segurança pública reforcem políticas de apoio emocional, identificação precoce de distúrbios psicológicos e acompanhamento contínuo dos agentes. Especialistas alertam que a negligência com a saúde mental pode resultar em tragédias como essa.

Dados sobre transtornos mentais em forças de segurança

  • Estudos indicam que policiais estão entre as profissões com maior índice de transtornos mentais.
  • A taxa de suicídio entre agentes de segurança é significativamente maior do que na população geral.
  • O estresse ocupacional pode levar a surtos psicóticos, depressão severa e comportamento agressivo.
  • Poucos estados brasileiros oferecem acompanhamento psicológico contínuo para policiais.
  • Em alguns países, como os EUA, agentes são obrigados a passar por avaliações psicológicas periódicas.

Precedentes de violência entre policiais

Este não é o primeiro caso de violência envolvendo agentes da segurança pública. Em janeiro de 2025, um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal atirou contra a esposa, uma empregada doméstica e uma enfermeira antes de ser preso. Em 2023, um policial militar do Rio de Janeiro matou dois colegas dentro de um batalhão, também sob suspeita de surto psicótico.

Os casos reforçam a necessidade de revisar processos de avaliação psicológica e criar mecanismos de intervenção antes que episódios trágicos ocorram. A sobrecarga emocional, aliada ao porte de armas e à pressão da profissão, pode tornar agentes vulneráveis a reações extremas.

Possíveis medidas para evitar novas tragédias

  • Implantação de acompanhamento psicológico obrigatório para policiais.
  • Treinamento para identificar sinais de instabilidade emocional nos agentes.
  • Criação de protocolos de emergência para surtos psicóticos dentro das corporações.
  • Incentivo ao uso de canais internos de apoio psicológico para policiais.
  • Reavaliação periódica de agentes que utilizam medicamentos controlados.

O impacto do evento na sociedade

A tragédia na 59ª DP de Duque de Caxias abalou a comunidade e a própria instituição policial. O episódio expõe falhas nos mecanismos de suporte a policiais e gera insegurança na população, que espera que as forças de segurança estejam preparadas para lidar com crises sem resultar em violência extrema.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil afirmou estar prestando apoio às famílias das vítimas e reforçou que investigará o caso para evitar novas ocorrências semelhantes. No entanto, especialistas alertam que apenas investigações punitivas não são suficientes. Medidas preventivas devem ser ampliadas para garantir a segurança dos próprios agentes e da população.

Histórico de casos similares no Brasil

  • Em 2023, um policial federal matou três colegas dentro de uma delegacia no Paraná.
  • Em 2022, um agente penitenciário tirou a própria vida após atirar contra a esposa, também agente de segurança.
  • Em 2020, um delegado assassinou a ex-mulher dentro de uma unidade policial em São Paulo.

Os episódios mostram que a violência entre agentes de segurança não é um caso isolado, mas um problema estrutural que precisa ser abordado com urgência.

Medidas que podem ser tomadas a curto prazo

  • Revisão de protocolos para porte de armas em casos de distúrbios psicológicos diagnosticados.
  • Maior rigor nas avaliações psicológicas para ingresso e permanência na corporação.
  • Ampliação de campanhas sobre saúde mental dentro das polícias.
  • Criação de unidades especializadas em atendimento psiquiátrico para agentes de segurança.

A investigação do caso em Duque de Caxias continua, e espera-se que novas informações sobre a motivação do crime sejam divulgadas em breve. Enquanto isso, a sociedade e as forças de segurança precisam refletir sobre a necessidade de um suporte mais eficaz para a saúde mental dos profissionais da área.



Um episódio de violência extrema chocou a cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na manhã desta terça-feira, 4 de fevereiro de 2025. Um policial civil de 29 anos abriu fogo contra sua namorada, também policial civil, no estacionamento da 59ª Delegacia de Polícia (DP). Após ferir gravemente a mulher, ele entrou no prédio e disparou contra colegas, resultando em um tiroteio. Policiais militares que estavam no local reagiram, atingindo o agressor, que morreu no local. Além da namorada, três outros homens foram baleados, sendo socorridos ao Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, onde receberam atendimento de emergência.

A tragédia dentro da delegacia mobilizou diversas equipes das forças de segurança e gerou grande comoção entre os agentes e a população local. O ataque ocorreu em um ambiente onde a segurança deveria ser garantida, o que levanta questões sobre a estabilidade emocional dos profissionais da área e os protocolos para a prevenção de episódios como esse. Testemunhas relataram momentos de tensão e desespero durante o tiroteio, que deixou marcas de destruição na estrutura do prédio.

A Polícia Civil isolou a área e iniciou uma investigação para entender o que motivou o crime. Nos pertences do agressor, foram encontrados medicamentos para tratamento de esquizofrenia, o que levanta a hipótese de um possível surto psicótico. Especialistas em saúde mental e segurança pública alertam para a necessidade de acompanhamento psicológico para agentes de segurança que lidam com altos níveis de estresse diariamente.

Ataque dentro da delegacia e resposta dos policiais militares

O ataque ocorreu por volta das 9h da manhã, quando o policial civil armado disparou contra sua namorada no estacionamento da delegacia. Após feri-la, ele entrou no prédio e passou a atirar contra os colegas que estavam no local. Policiais militares do 15º BPM (Duque de Caxias), que apresentavam uma ocorrência de trânsito, reagiram imediatamente e neutralizaram o agressor.

A vítima, policial civil lotada na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias, foi atingida por múltiplos tiros no peito e encaminhada para cirurgia de emergência no Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo. Seu estado de saúde é grave. Além dela, três homens, com idades entre 26 e 41 anos, foram baleados e levados para atendimento médico, mas seus estados de saúde não foram divulgados.

Policial civil atira em colegas em delegacia
Policial civil atira em colegas em delegacia – Foto: Reprodução/Tv Globo

Investigação e possíveis causas do ataque

A 59ª DP e a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) abriram inquérito para apurar o ocorrido. A principal hipótese até o momento é de que o agressor tenha sofrido um surto psicótico, pois em seus pertences foram encontrados remédios para esquizofrenia. Segundo relatos de colegas da namorada ferida, ela já havia mencionado conflitos no relacionamento.

A Polícia Civil busca entender se havia sinais prévios de instabilidade emocional no policial e se medidas preventivas poderiam ter sido adotadas. O episódio reacende debates sobre a saúde mental entre profissionais de segurança pública, que enfrentam forte pressão psicológica no exercício da função.

Impacto da tragédia na segurança pública

Casos de violência dentro de corporações policiais levantam questionamentos sobre protocolos de segurança interna e a saúde mental dos agentes. O episódio em Duque de Caxias não é um caso isolado e reforça a necessidade de programas de suporte psicológico para policiais que lidam com situações extremas diariamente.

Além da investigação criminal, há pressão para que órgãos de segurança pública reforcem políticas de apoio emocional, identificação precoce de distúrbios psicológicos e acompanhamento contínuo dos agentes. Especialistas alertam que a negligência com a saúde mental pode resultar em tragédias como essa.

Dados sobre transtornos mentais em forças de segurança

  • Estudos indicam que policiais estão entre as profissões com maior índice de transtornos mentais.
  • A taxa de suicídio entre agentes de segurança é significativamente maior do que na população geral.
  • O estresse ocupacional pode levar a surtos psicóticos, depressão severa e comportamento agressivo.
  • Poucos estados brasileiros oferecem acompanhamento psicológico contínuo para policiais.
  • Em alguns países, como os EUA, agentes são obrigados a passar por avaliações psicológicas periódicas.

Precedentes de violência entre policiais

Este não é o primeiro caso de violência envolvendo agentes da segurança pública. Em janeiro de 2025, um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal atirou contra a esposa, uma empregada doméstica e uma enfermeira antes de ser preso. Em 2023, um policial militar do Rio de Janeiro matou dois colegas dentro de um batalhão, também sob suspeita de surto psicótico.

Os casos reforçam a necessidade de revisar processos de avaliação psicológica e criar mecanismos de intervenção antes que episódios trágicos ocorram. A sobrecarga emocional, aliada ao porte de armas e à pressão da profissão, pode tornar agentes vulneráveis a reações extremas.

Possíveis medidas para evitar novas tragédias

  • Implantação de acompanhamento psicológico obrigatório para policiais.
  • Treinamento para identificar sinais de instabilidade emocional nos agentes.
  • Criação de protocolos de emergência para surtos psicóticos dentro das corporações.
  • Incentivo ao uso de canais internos de apoio psicológico para policiais.
  • Reavaliação periódica de agentes que utilizam medicamentos controlados.

O impacto do evento na sociedade

A tragédia na 59ª DP de Duque de Caxias abalou a comunidade e a própria instituição policial. O episódio expõe falhas nos mecanismos de suporte a policiais e gera insegurança na população, que espera que as forças de segurança estejam preparadas para lidar com crises sem resultar em violência extrema.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil afirmou estar prestando apoio às famílias das vítimas e reforçou que investigará o caso para evitar novas ocorrências semelhantes. No entanto, especialistas alertam que apenas investigações punitivas não são suficientes. Medidas preventivas devem ser ampliadas para garantir a segurança dos próprios agentes e da população.

Histórico de casos similares no Brasil

  • Em 2023, um policial federal matou três colegas dentro de uma delegacia no Paraná.
  • Em 2022, um agente penitenciário tirou a própria vida após atirar contra a esposa, também agente de segurança.
  • Em 2020, um delegado assassinou a ex-mulher dentro de uma unidade policial em São Paulo.

Os episódios mostram que a violência entre agentes de segurança não é um caso isolado, mas um problema estrutural que precisa ser abordado com urgência.

Medidas que podem ser tomadas a curto prazo

  • Revisão de protocolos para porte de armas em casos de distúrbios psicológicos diagnosticados.
  • Maior rigor nas avaliações psicológicas para ingresso e permanência na corporação.
  • Ampliação de campanhas sobre saúde mental dentro das polícias.
  • Criação de unidades especializadas em atendimento psiquiátrico para agentes de segurança.

A investigação do caso em Duque de Caxias continua, e espera-se que novas informações sobre a motivação do crime sejam divulgadas em breve. Enquanto isso, a sociedade e as forças de segurança precisam refletir sobre a necessidade de um suporte mais eficaz para a saúde mental dos profissionais da área.



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