Desabamento na Igreja de São Francisco, em Salvador, mata uma pessoa e fere seis

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A histórica Igreja de São Francisco, no Centro Histórico de Salvador, sofreu um grave desabamento na tarde desta quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025. O teto do templo cedeu parcialmente, causando a morte de uma jovem de 23 anos e deixando outras seis pessoas feridas. O local, conhecido por seu interior revestido de ouro e considerado uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo, já apresentava sinais de deterioração estrutural há pelo menos dois anos. Equipes de resgate, incluindo o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foram acionadas para atender às vítimas e garantir a segurança do entorno. A tragédia reacende debates sobre a conservação de patrimônios históricos e a necessidade de medidas preventivas em construções centenárias.

A vítima fatal estava visitando a igreja no momento do desabamento e não resistiu aos ferimentos causados pela queda de parte do teto. Dos seis feridos, dois estão em estado grave e foram encaminhados para hospitais da região. Autoridades locais determinaram a interdição completa do templo até que uma avaliação detalhada seja realizada. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e técnicos especializados já iniciaram inspeções no local para identificar as causas do colapso estrutural.

Moradores e turistas que estavam próximos à igreja relataram que ouviram um forte estrondo antes do desabamento. Algumas pessoas conseguiram correr para fora do templo a tempo, evitando um número maior de vítimas. A comunidade local expressa preocupação com outros edifícios históricos na região, que também podem estar sob risco devido à falta de manutenção adequada.

Histórico de problemas estruturais e alertas ignorados

A Igreja de São Francisco vinha apresentando sinais de desgaste nos últimos anos. Em 2023, especialistas apontaram rachaduras nas paredes, degradação da madeira do forro e infiltrações que comprometiam a estabilidade do edifício. Em agosto do mesmo ano, um dos pátios foi interditado após um pináculo de 1,5 tonelada inclinar-se perigosamente. Na época, engenheiros e arquitetos advertiram sobre a necessidade urgente de reformas, mas os altos custos e a burocracia dificultaram a execução das obras.

O templo, construído no século XVIII, possui um teto ricamente decorado com talha dourada e afrescos que exigem cuidados especiais na manutenção. Pequenos fragmentos já haviam se desprendido em eventos anteriores, alertando para um problema crescente. Relatos indicam que algumas áreas do edifício estavam escoradas por madeira, reforçando a urgência de reparos estruturais.

Especialistas em patrimônio ressaltam que a umidade e a ação do tempo são fatores que aceleram a deterioração de construções antigas. Além disso, a movimentação turística intensa contribui para o desgaste, tornando essencial um plano contínuo de manutenção e monitoramento.

Impacto no turismo e na comunidade local

A Igreja de São Francisco é um dos principais pontos turísticos de Salvador, atraindo milhares de visitantes anualmente. O desabamento representa um impacto direto no setor, afetando comerciantes, guias turísticos e moradores que dependem da movimentação turística para suas atividades econômicas. Além do valor cultural, o templo tem grande importância religiosa, sendo palco de missas e eventos católicos.

O fechamento temporário da igreja para avaliações estruturais levanta preocupações sobre a duração das obras de restauração. A demora na recuperação pode afastar turistas e prejudicar a economia local, especialmente pequenos negócios no entorno. Restaurantes, lojas de artesanato e guias turísticos que trabalham na região relatam apreensão com os impactos da tragédia.

Esforços de restauração e desafios na preservação do patrimônio

A conservação de edificações históricas exige planejamento detalhado e recursos financeiros significativos. Em Salvador, diversas igrejas e casarões coloniais necessitam de reformas urgentes, mas esbarram na burocracia e na falta de verbas. O caso da Igreja de São Francisco reforça a importância de ações preventivas, que poderiam ter evitado o desabamento.

Entre os principais desafios para a restauração de igrejas históricas, destacam-se:

  • Uso de materiais compatíveis: Reformas precisam respeitar as técnicas originais de construção para não comprometer a autenticidade do patrimônio.
  • Monitoramento estrutural: Inspeções frequentes ajudam a identificar falhas antes que se tornem críticas.
  • Burocracia em projetos de restauração: Aprovações demoradas dificultam o início de obras emergenciais.
  • Falta de investimentos: Recursos para conservação de igrejas históricas nem sempre são suficientes para cobrir todas as demandas.

Casos semelhantes e riscos para outros patrimônios históricos

O desabamento da Igreja de São Francisco não é um caso isolado no Brasil. Episódios semelhantes ocorreram nos últimos anos, evidenciando a fragilidade de edificações históricas. Alguns exemplos incluem:

  1. Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Recife (2024): O teto da igreja cedeu durante a distribuição de cestas básicas, deixando duas pessoas mortas e 25 feridas. O peso de placas solares instaladas na estrutura foi apontado como um dos fatores do colapso.
  2. Museu Nacional, Rio de Janeiro (2018): Um incêndio destruiu grande parte do acervo devido à falta de manutenção e sistemas de segurança insuficientes.
  3. Igreja Matriz de São João Batista, Goiás (2022): Parte da estrutura desmoronou após fortes chuvas, evidenciando a necessidade de reforços estruturais.

A repetição desses eventos demonstra a necessidade urgente de uma política de conservação mais eficaz, com investimentos contínuos e medidas preventivas para proteger patrimônios históricos em todo o país.

Medidas urgentes e investigações em andamento

Após o incidente, autoridades municipais e estaduais anunciaram a criação de uma força-tarefa para inspecionar outros edifícios históricos na região. A avaliação deve abranger igrejas, conventos e casarões tombados pelo Iphan. O objetivo é mapear riscos e estabelecer um plano emergencial de preservação.

O governo estadual também sinalizou a liberação de recursos para ações de restauração, embora especialistas alertem que apenas medidas emergenciais não são suficientes. A implementação de um programa permanente de monitoramento e manutenção preventiva é essencial para evitar novas tragédias.

Repercussão e comoção nacional

A notícia do desabamento gerou forte comoção, tanto em Salvador quanto em outras partes do país. Instituições culturais e religiosas manifestaram pesar pelas vítimas e defenderam medidas mais eficazes para a proteção do patrimônio histórico. Campanhas de arrecadação já foram iniciadas para auxiliar na reconstrução da igreja, com apoio de fiéis e organizações da sociedade civil.

Personalidades do meio artístico e político também se pronunciaram sobre o caso, ressaltando a importância da preservação de marcos históricos para a identidade nacional. A tragédia reforça a necessidade de maior comprometimento do poder público e da sociedade na manutenção do patrimônio cultural brasileiro.

Desafios futuros para a conservação do patrimônio histórico

A preservação do patrimônio histórico no Brasil enfrenta desafios recorrentes, como:

  • Escassez de recursos financeiros: Muitas edificações dependem de verbas limitadas para manutenção e restauração.
  • Desgaste natural e mudanças climáticas: Chuvas, umidade e variações de temperatura aceleram a degradação.
  • Falta de políticas públicas consistentes: Planos de preservação frequentemente enfrentam descontinuidade administrativa.
  • Aumento da urbanização: Expansão das cidades e obras próximas a patrimônios históricos podem impactar estruturas antigas.

Especialistas defendem maior investimento em tecnologia para monitoramento de edificações históricas, além de campanhas de conscientização para incentivar a preservação do patrimônio cultural.



A histórica Igreja de São Francisco, no Centro Histórico de Salvador, sofreu um grave desabamento na tarde desta quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025. O teto do templo cedeu parcialmente, causando a morte de uma jovem de 23 anos e deixando outras seis pessoas feridas. O local, conhecido por seu interior revestido de ouro e considerado uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo, já apresentava sinais de deterioração estrutural há pelo menos dois anos. Equipes de resgate, incluindo o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foram acionadas para atender às vítimas e garantir a segurança do entorno. A tragédia reacende debates sobre a conservação de patrimônios históricos e a necessidade de medidas preventivas em construções centenárias.

A vítima fatal estava visitando a igreja no momento do desabamento e não resistiu aos ferimentos causados pela queda de parte do teto. Dos seis feridos, dois estão em estado grave e foram encaminhados para hospitais da região. Autoridades locais determinaram a interdição completa do templo até que uma avaliação detalhada seja realizada. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e técnicos especializados já iniciaram inspeções no local para identificar as causas do colapso estrutural.

Moradores e turistas que estavam próximos à igreja relataram que ouviram um forte estrondo antes do desabamento. Algumas pessoas conseguiram correr para fora do templo a tempo, evitando um número maior de vítimas. A comunidade local expressa preocupação com outros edifícios históricos na região, que também podem estar sob risco devido à falta de manutenção adequada.

Histórico de problemas estruturais e alertas ignorados

A Igreja de São Francisco vinha apresentando sinais de desgaste nos últimos anos. Em 2023, especialistas apontaram rachaduras nas paredes, degradação da madeira do forro e infiltrações que comprometiam a estabilidade do edifício. Em agosto do mesmo ano, um dos pátios foi interditado após um pináculo de 1,5 tonelada inclinar-se perigosamente. Na época, engenheiros e arquitetos advertiram sobre a necessidade urgente de reformas, mas os altos custos e a burocracia dificultaram a execução das obras.

O templo, construído no século XVIII, possui um teto ricamente decorado com talha dourada e afrescos que exigem cuidados especiais na manutenção. Pequenos fragmentos já haviam se desprendido em eventos anteriores, alertando para um problema crescente. Relatos indicam que algumas áreas do edifício estavam escoradas por madeira, reforçando a urgência de reparos estruturais.

Especialistas em patrimônio ressaltam que a umidade e a ação do tempo são fatores que aceleram a deterioração de construções antigas. Além disso, a movimentação turística intensa contribui para o desgaste, tornando essencial um plano contínuo de manutenção e monitoramento.

Impacto no turismo e na comunidade local

A Igreja de São Francisco é um dos principais pontos turísticos de Salvador, atraindo milhares de visitantes anualmente. O desabamento representa um impacto direto no setor, afetando comerciantes, guias turísticos e moradores que dependem da movimentação turística para suas atividades econômicas. Além do valor cultural, o templo tem grande importância religiosa, sendo palco de missas e eventos católicos.

O fechamento temporário da igreja para avaliações estruturais levanta preocupações sobre a duração das obras de restauração. A demora na recuperação pode afastar turistas e prejudicar a economia local, especialmente pequenos negócios no entorno. Restaurantes, lojas de artesanato e guias turísticos que trabalham na região relatam apreensão com os impactos da tragédia.

Esforços de restauração e desafios na preservação do patrimônio

A conservação de edificações históricas exige planejamento detalhado e recursos financeiros significativos. Em Salvador, diversas igrejas e casarões coloniais necessitam de reformas urgentes, mas esbarram na burocracia e na falta de verbas. O caso da Igreja de São Francisco reforça a importância de ações preventivas, que poderiam ter evitado o desabamento.

Entre os principais desafios para a restauração de igrejas históricas, destacam-se:

  • Uso de materiais compatíveis: Reformas precisam respeitar as técnicas originais de construção para não comprometer a autenticidade do patrimônio.
  • Monitoramento estrutural: Inspeções frequentes ajudam a identificar falhas antes que se tornem críticas.
  • Burocracia em projetos de restauração: Aprovações demoradas dificultam o início de obras emergenciais.
  • Falta de investimentos: Recursos para conservação de igrejas históricas nem sempre são suficientes para cobrir todas as demandas.

Casos semelhantes e riscos para outros patrimônios históricos

O desabamento da Igreja de São Francisco não é um caso isolado no Brasil. Episódios semelhantes ocorreram nos últimos anos, evidenciando a fragilidade de edificações históricas. Alguns exemplos incluem:

  1. Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Recife (2024): O teto da igreja cedeu durante a distribuição de cestas básicas, deixando duas pessoas mortas e 25 feridas. O peso de placas solares instaladas na estrutura foi apontado como um dos fatores do colapso.
  2. Museu Nacional, Rio de Janeiro (2018): Um incêndio destruiu grande parte do acervo devido à falta de manutenção e sistemas de segurança insuficientes.
  3. Igreja Matriz de São João Batista, Goiás (2022): Parte da estrutura desmoronou após fortes chuvas, evidenciando a necessidade de reforços estruturais.

A repetição desses eventos demonstra a necessidade urgente de uma política de conservação mais eficaz, com investimentos contínuos e medidas preventivas para proteger patrimônios históricos em todo o país.

Medidas urgentes e investigações em andamento

Após o incidente, autoridades municipais e estaduais anunciaram a criação de uma força-tarefa para inspecionar outros edifícios históricos na região. A avaliação deve abranger igrejas, conventos e casarões tombados pelo Iphan. O objetivo é mapear riscos e estabelecer um plano emergencial de preservação.

O governo estadual também sinalizou a liberação de recursos para ações de restauração, embora especialistas alertem que apenas medidas emergenciais não são suficientes. A implementação de um programa permanente de monitoramento e manutenção preventiva é essencial para evitar novas tragédias.

Repercussão e comoção nacional

A notícia do desabamento gerou forte comoção, tanto em Salvador quanto em outras partes do país. Instituições culturais e religiosas manifestaram pesar pelas vítimas e defenderam medidas mais eficazes para a proteção do patrimônio histórico. Campanhas de arrecadação já foram iniciadas para auxiliar na reconstrução da igreja, com apoio de fiéis e organizações da sociedade civil.

Personalidades do meio artístico e político também se pronunciaram sobre o caso, ressaltando a importância da preservação de marcos históricos para a identidade nacional. A tragédia reforça a necessidade de maior comprometimento do poder público e da sociedade na manutenção do patrimônio cultural brasileiro.

Desafios futuros para a conservação do patrimônio histórico

A preservação do patrimônio histórico no Brasil enfrenta desafios recorrentes, como:

  • Escassez de recursos financeiros: Muitas edificações dependem de verbas limitadas para manutenção e restauração.
  • Desgaste natural e mudanças climáticas: Chuvas, umidade e variações de temperatura aceleram a degradação.
  • Falta de políticas públicas consistentes: Planos de preservação frequentemente enfrentam descontinuidade administrativa.
  • Aumento da urbanização: Expansão das cidades e obras próximas a patrimônios históricos podem impactar estruturas antigas.

Especialistas defendem maior investimento em tecnologia para monitoramento de edificações históricas, além de campanhas de conscientização para incentivar a preservação do patrimônio cultural.



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