Análise: Botafogo não faz sombra ao time campeão de 2024 e apresentará desafios a Caçapa




Alvinegro perde mais uma clássico para o Flamengo com atuação irreconhecível e terá Cláudio Caçapa como novo treinador interino Como começou a briga entre Flamengo x Botafogo? Veja o momento exato
O Botafogo perdeu mais um clássico para o Flamengo de forma irreconhecível. Em jogo válido pela 7ª rodada do Campeonato Carioca, na última quarta-feira, no Maracanã, o time treinado interinamente por Carlos Leiria sofreu o revés de 1 a 0 para o rival, em jogo que mostrou, mais uma vez, não fazer sombra àquele que foi campeão da Libertadores e do Brasileirão em 2024 – e isso só tem pouco mais de dois meses.
Como solução paliativa, o clube anunciou o retorno de Cláudio Caçapa como treinador permanente enquanto o comandante definitivo não aparece no Rio de Janeiro. A manobra de urgência pode dar mais tranquilidade à diretoria no processo seletivo, mas dificilmente vai estancar os problemas de um atual campeão que carece de reforços, ideia de jogo bem estabelecida e confiança – para quem está em campo e nas arquibancadas.
Flamengo x Botafogo – Igor Jesus e Varela
André Durão
O jogo
A escalação do time tinha problemas na defesa e no ataque, e defensivamente até conseguiu equilibrar o jogo mais intenso do Rubro-Negro, apesar da pouca inspiração de ambos.
Carlos Leiria chegou ao quinto jogo no comando do elenco principal e, ao muito diferente do que o torcedor viu ao longo de 2024, o time entrou em campo com quatro volantes – Danilo Barbosa improvisado na zaga, e Allan para suprir uma lacuna no time. Essa é uma consequência do quanto o elenco alvinegro segue enxuto e carente de reposições.
Escalação inicial do Botafogo: John; Vitinho, Danilo Barbosa, Barboza e Alex Telles; Allan, Gregore e Marlon Freitas; Matheus Martins, Savarino e Igor Jesus.
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Primeiro tempo
O que se viu no primeiro tempo foi um Botafogo irreconhecível e que teve apenas dois chutes em gol, oriundo dos pés do lateral-esquerdo Alex Telles. Leiria improvisou Danilo Barbosa na zaga – a outra opção seria o jovem Serafim – e ainda promoveu Allan na tentativa de “soltar” mais Marlon Freitas.
Não bastasse a opções pelos quatro volantes no total, Matheus Martins saiu do lado esquerdo de ataque para o direito pela primeira vez na temporada. Assim, Igor Jesus, que atua como centroavante, normalmente entre os zagueiros, se esforçou para desempenhar o seu papel central e ainda ocupar o espaço pela esquerda.
Cheio de ajustes, o Botafogo se garantiu em segurar o Flamengo, que também pouco fez na primeira etapa. Apenas um chute de Juninho, no início do jogo, muito bem defendido pelo goleiro John, levou maior perigo à defesa alvinegra (vídeo abaixo).
+ Leiria vê evolução do Botafogo e lamenta briga em clássico: “Não faz parte do espetáculo”
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Aos 1 min do 1º tempo – finalização certa de Juninho do Flamengo contra o Botafogo
Por falar em chegadas no ataque, o Glorioso teve duas, ambas com Telles. Uma delas, sem perigo, em cobrança de falta defendida com tranquilidade por Matheus Cunha, e outra, nos acréscimos, depois da primeira transição ofensiva digna do que se viu nos últimos meses – e na primeira vez que os dois laterais, enfim, deixaram o campo de defesa.
Logo na sequência, em cobrança de escanteio, a bola sobrou para Alex Telles, que chutou forte e obrigou Matheus Cunha a defender em dois tempos (vídeo abaixo).
Aos 46 min do 1º tempo – chute de fora da área defendido de Alex Telles do Botafogo contra o Flamengo
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Um lance polêmico também marcou a primeira etapa. De la Cruz acertou o rosto de Matheus Martins em disputa pela bola, mas o árbitro de vídeo sequer recomendou a revisão do lance.
Segundo tempo
O Alvinegro voltou igual para o segundo tempo, e manteve a desorganização tática, apenas se sobressaindo ao ataque do Flamengo. Esse foi o único ponto positivo do jogo para o Botafogo, que demonstrou segurança com a dupla Barboza e Danilo ao longo do jogo.
Mas, aos nove minutos, foi o Flamengo quem se colocou à frente do placar em jogada ensaiada – outra “carta na manga” que se via muito no time de 2024. Após cobrança da falta na intermediária, Danilo faz movimentação inteligente, “cega” Marlon Freitas e encontra Léo Ortiz na segunda trave. O zagueiro só tem o trabalho de se esticar e estufar as redes do John.
Se naturalmente o time já não encontrava soluções, com a diferença no placar ficou ainda pior. Leiria mudou os laterais e os volantes, o que deixou o time da casa com ainda mais espaço, à medida que o Botafogo tentava avançar, principalmente pelos lançamentos pelo alto, com pressa e falta de precisão.
Uma das poucas boas chegadas foi com Cuiabano avançado pela esquerda, buscando cruzamento para Igor Jesus. O centroavante cabeceia bem, para baixo, mas Varela aparece e tira de cima da linha (vídeo abaixo).
Aos 28 min do 2º tempo – finalização certa de Igor Jesus do Botafogo contra o Flamengo
O jogo não foi bom para nenhum dos lados. Se o Flamengo pouco conseguiu criar chances diante de um Botafogo descaracterizado, o Alvinegro soube sofrer na maior parte do jogo, mas, parece ter pouco – ou nada – de resquício do que se via no time de Artur Jorge. Falta intensidade, transição ao ataque intencional e rápida, e volume ofensivo: foram apenas três chutes a gol durante o jogo inteiro.
Nos piores momentos de 2024, quando time perdia ou empatava, se via uma dinâmica de ataque forte e com alto número de chutes a gol, mesmo não vencendo. O que se lamentava era a bola não entrar, mas hoje, o que se vê é um time apático taticamente e que não encontra soluções, mesmo com nítido esforço dos jogadores.
A solução encontrada pela diretoria foi trazer Cláudio Caçapa enquanto o novo treinador não chega. Mas, diferente de 2023, quando assumiu o time embalado de Luís Castro e no meio da temporada, terá que “resetar” o que foi feito até agora e encontrar soluções para levar o time à difícil classificação para a semifinal do Carioca e a competir à altura do Racing nas finais da Recopa Sul-Americana.
Carlos Leiria fala sobre mais uma derrota do Botafogo; veja alguns trechos da coletiva
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Como solução paliativa, o clube anunciou o retorno de Cláudio Caçapa como treinador permanente enquanto o comandante definitivo não aparece no Rio de Janeiro. A manobra de urgência pode dar mais tranquilidade à diretoria no processo seletivo, mas dificilmente vai estancar os problemas de um atual campeão que carece de reforços, ideia de jogo bem estabelecida e confiança – para quem está em campo e nas arquibancadas.
Flamengo x Botafogo – Igor Jesus e Varela
André Durão
O jogo
A escalação do time tinha problemas na defesa e no ataque, e defensivamente até conseguiu equilibrar o jogo mais intenso do Rubro-Negro, apesar da pouca inspiração de ambos.
Carlos Leiria chegou ao quinto jogo no comando do elenco principal e, ao muito diferente do que o torcedor viu ao longo de 2024, o time entrou em campo com quatro volantes – Danilo Barbosa improvisado na zaga, e Allan para suprir uma lacuna no time. Essa é uma consequência do quanto o elenco alvinegro segue enxuto e carente de reposições.
Escalação inicial do Botafogo: John; Vitinho, Danilo Barbosa, Barboza e Alex Telles; Allan, Gregore e Marlon Freitas; Matheus Martins, Savarino e Igor Jesus.
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Primeiro tempo
O que se viu no primeiro tempo foi um Botafogo irreconhecível e que teve apenas dois chutes em gol, oriundo dos pés do lateral-esquerdo Alex Telles. Leiria improvisou Danilo Barbosa na zaga – a outra opção seria o jovem Serafim – e ainda promoveu Allan na tentativa de “soltar” mais Marlon Freitas.
Não bastasse a opções pelos quatro volantes no total, Matheus Martins saiu do lado esquerdo de ataque para o direito pela primeira vez na temporada. Assim, Igor Jesus, que atua como centroavante, normalmente entre os zagueiros, se esforçou para desempenhar o seu papel central e ainda ocupar o espaço pela esquerda.
Cheio de ajustes, o Botafogo se garantiu em segurar o Flamengo, que também pouco fez na primeira etapa. Apenas um chute de Juninho, no início do jogo, muito bem defendido pelo goleiro John, levou maior perigo à defesa alvinegra (vídeo abaixo).
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Por falar em chegadas no ataque, o Glorioso teve duas, ambas com Telles. Uma delas, sem perigo, em cobrança de falta defendida com tranquilidade por Matheus Cunha, e outra, nos acréscimos, depois da primeira transição ofensiva digna do que se viu nos últimos meses – e na primeira vez que os dois laterais, enfim, deixaram o campo de defesa.
Logo na sequência, em cobrança de escanteio, a bola sobrou para Alex Telles, que chutou forte e obrigou Matheus Cunha a defender em dois tempos (vídeo abaixo).
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Segundo tempo
O Alvinegro voltou igual para o segundo tempo, e manteve a desorganização tática, apenas se sobressaindo ao ataque do Flamengo. Esse foi o único ponto positivo do jogo para o Botafogo, que demonstrou segurança com a dupla Barboza e Danilo ao longo do jogo.
Mas, aos nove minutos, foi o Flamengo quem se colocou à frente do placar em jogada ensaiada – outra “carta na manga” que se via muito no time de 2024. Após cobrança da falta na intermediária, Danilo faz movimentação inteligente, “cega” Marlon Freitas e encontra Léo Ortiz na segunda trave. O zagueiro só tem o trabalho de se esticar e estufar as redes do John.
Se naturalmente o time já não encontrava soluções, com a diferença no placar ficou ainda pior. Leiria mudou os laterais e os volantes, o que deixou o time da casa com ainda mais espaço, à medida que o Botafogo tentava avançar, principalmente pelos lançamentos pelo alto, com pressa e falta de precisão.
Uma das poucas boas chegadas foi com Cuiabano avançado pela esquerda, buscando cruzamento para Igor Jesus. O centroavante cabeceia bem, para baixo, mas Varela aparece e tira de cima da linha (vídeo abaixo).
Aos 28 min do 2º tempo – finalização certa de Igor Jesus do Botafogo contra o Flamengo
O jogo não foi bom para nenhum dos lados. Se o Flamengo pouco conseguiu criar chances diante de um Botafogo descaracterizado, o Alvinegro soube sofrer na maior parte do jogo, mas, parece ter pouco – ou nada – de resquício do que se via no time de Artur Jorge. Falta intensidade, transição ao ataque intencional e rápida, e volume ofensivo: foram apenas três chutes a gol durante o jogo inteiro.
Nos piores momentos de 2024, quando time perdia ou empatava, se via uma dinâmica de ataque forte e com alto número de chutes a gol, mesmo não vencendo. O que se lamentava era a bola não entrar, mas hoje, o que se vê é um time apático taticamente e que não encontra soluções, mesmo com nítido esforço dos jogadores.
A solução encontrada pela diretoria foi trazer Cláudio Caçapa enquanto o novo treinador não chega. Mas, diferente de 2023, quando assumiu o time embalado de Luís Castro e no meio da temporada, terá que “resetar” o que foi feito até agora e encontrar soluções para levar o time à difícil classificação para a semifinal do Carioca e a competir à altura do Racing nas finais da Recopa Sul-Americana.
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