O Google desativou temporariamente seu Sistema Android de Alertas de Terremoto no Brasil após um incidente ocorrido na madrugada de sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025. Usuários de dispositivos Android em São Paulo e no Rio de Janeiro foram surpreendidos por um alerta indicando um terremoto de magnitude 5,5 com epicentro a aproximadamente 198,6 quilômetros do litoral paulista. No entanto, órgãos oficiais como a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e o Observatório Nacional não registraram nenhum tremor na região, confirmando que a notificação foi um erro do sistema. A falha gerou preocupações e questionamentos sobre a precisão da ferramenta, levando a empresa a desligá-la temporariamente no país para investigações.
A notificação inesperada causou pânico em muitos usuários, que recorreram às redes sociais para relatar o ocorrido. Mensagens de alerta sísmico desse tipo são raras no Brasil devido à baixa incidência de terremotos significativos, o que contribuiu para o impacto da informação recebida. A ausência de registros confirmados por autoridades competentes levou rapidamente à conclusão de que o alerta foi incorreto.
Falso alerta de terremoto ❌
Na madrugada desta sexta (14), um falso alerta de terremoto no mar, na região de Ubatuba (SP), foi emitido pelo Google.
O aviso foi enviado para celulares com o sistema operacional Android, mas não tem qualquer vínculo com os alertas sobre eventos… pic.twitter.com/aHZv3UMRi2
— Governo de S. Paulo (@governosp) February 14, 2025
O Google pediu desculpas aos usuários brasileiros e declarou que está investigando a origem do erro para garantir que situações semelhantes não voltem a ocorrer. A empresa ressaltou que seu sistema de alerta é baseado em sensores de acelerômetros dos smartphones, mas que sua calibragem pode precisar de ajustes em determinadas regiões.
Como funciona o sistema de alerta de terremotos do Google
Lançado em 2020, o Sistema Android de Alertas de Terremoto opera em mais de 90 países e tem como objetivo fornecer notificações antecipadas para que as pessoas possam tomar precauções. A ferramenta utiliza os sensores de movimento presentes nos smartphones Android para detectar vibrações que podem indicar a ocorrência de um tremor.
Quando vários dispositivos em uma mesma área registram um padrão de movimentação atípico, os dados são enviados aos servidores do Google, que analisam as informações e verificam se há indícios de um terremoto real. Caso a atividade sísmica seja confirmada, a notificação é emitida para usuários próximos ao epicentro, fornecendo tempo para possíveis medidas de segurança.
Embora tenha sido projetado para complementar os sistemas oficiais de alerta sísmico, o mecanismo do Google não substitui as redes tradicionais de monitoramento geológico, que são baseadas em sensores instalados no solo e operados por instituições científicas.
Erros e limitações do sistema no Brasil
O caso ocorrido no Brasil trouxe à tona questões sobre as limitações da tecnologia do Google em países onde a atividade sísmica não é frequente. O coordenador da Rede Sismográfica Brasileira, Sergio Fontes, explicou que o sistema Android se baseia no acelerômetro dos celulares para detectar tremores, mas que o algoritmo pode não estar devidamente calibrado para diferenciar movimentos reais de ruídos ambientais ou vibrações causadas por outras fontes, como construções e tráfego intenso.
No Brasil, os eventos sísmicos mais relevantes costumam ocorrer em áreas específicas, como no Norte e Nordeste, mas raramente atingem magnitudes elevadas. A baixa incidência de terremotos faz com que o país não tenha uma infraestrutura robusta para monitoramento sísmico, o que pode impactar a eficácia de um sistema baseado apenas em sensores de celulares.
Outro fator que pode ter contribuído para o alerta falso é o uso de dados de diferentes fontes sem uma checagem completa. O sistema do Google, por ser automatizado, pode ter interpretado erroneamente algum movimento anômalo na região e emitido o aviso sem a devida confirmação de redes sísmicas especializadas.
A reação dos usuários e o impacto da notificação incorreta
A notificação inesperada gerou uma onda de preocupações entre os usuários de Android no Brasil. Muitas pessoas, ao receberem o alerta de terremoto, buscaram informações em redes sociais e em órgãos de monitoramento para confirmar a veracidade do aviso. A falta de dados concretos levou rapidamente à percepção de que se tratava de um erro do sistema.
Diante da repercussão, o Google recebeu críticas por não oferecer uma explicação imediata sobre o ocorrido. Alguns especialistas argumentam que, embora a ferramenta tenha potencial para salvar vidas em regiões de alto risco sísmico, ela deve ser mais adaptada para países onde terremotos são raros.
Casos semelhantes e falhas anteriores em sistemas de alerta
Este não foi o primeiro caso de erro em sistemas de alerta de terremotos. Em 2021, um incidente similar ocorreu na Califórnia, nos Estados Unidos, onde um alerta foi enviado equivocadamente devido a um problema de interpretação dos dados sísmicos. O evento gerou discussões sobre a necessidade de aprimoramento da tecnologia para evitar falsos positivos.
No Japão, país conhecido por sua alta atividade sísmica, os sistemas de alerta são altamente precisos e contam com sensores geológicos específicos, além de protocolos detalhados para checagem de dados antes da emissão de notificações. Isso reduz a margem de erro e evita alarmes desnecessários.
A comparação com países que possuem redes avançadas de monitoramento sísmico mostra que o sistema do Google, apesar de inovador, ainda precisa de ajustes para funcionar corretamente em diferentes contextos geográficos.
O futuro do sistema de alertas do Google no Brasil
Com a suspensão temporária do serviço no país, o Google agora busca revisar os parâmetros do sistema para evitar novos erros. Ainda não há uma previsão oficial para a reativação da ferramenta, mas a empresa afirmou que está em contato com especialistas e instituições brasileiras para aprimorar o modelo de detecção de tremores.
Enquanto o sistema está desativado, os usuários são orientados a seguir fontes oficiais, como a Defesa Civil e o Observatório Nacional, para obter informações sobre possíveis tremores. O episódio reforça a importância de uma abordagem multifacetada para a detecção e comunicação de eventos sísmicos, combinando tecnologia, ciência e protocolos de segurança.
Medidas que podem ser adotadas para evitar erros futuros
- Aprimoramento dos algoritmos: Melhorar a calibragem do sistema para diferenciar movimentos sísmicos reais de vibrações urbanas.
- Integração com redes sísmicas oficiais: Trabalhar em parceria com instituições geológicas para validar os dados antes do envio de alertas.
- Aprimoramento da comunicação: Fornecer mais informações aos usuários sobre como funciona o sistema e como interpretar os alertas recebidos.
- Testes regionais: Adaptar o sistema de alerta para as características sísmicas de cada país, reduzindo falsos positivos em locais com baixa incidência de tremores.
Importância da calibragem e desafios para implementação global
A detecção de terremotos via dispositivos móveis é uma inovação significativa, mas apresenta desafios quando aplicada em escala global. Em países como Japão, Chile e México, onde terremotos são comuns, a adoção desse tipo de tecnologia pode ser um complemento valioso aos sistemas já existentes. No entanto, em países como o Brasil, onde tremores são raros e geralmente de baixa magnitude, o modelo de detecção precisa ser ajustado para evitar alarmes falsos.
A experiência no Brasil pode servir de aprendizado para o aprimoramento do sistema globalmente. A revisão dos parâmetros do Google pode resultar em melhorias que beneficiarão não apenas o Brasil, mas também outras regiões com perfis sísmicos semelhantes.

O Google desativou temporariamente seu Sistema Android de Alertas de Terremoto no Brasil após um incidente ocorrido na madrugada de sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025. Usuários de dispositivos Android em São Paulo e no Rio de Janeiro foram surpreendidos por um alerta indicando um terremoto de magnitude 5,5 com epicentro a aproximadamente 198,6 quilômetros do litoral paulista. No entanto, órgãos oficiais como a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e o Observatório Nacional não registraram nenhum tremor na região, confirmando que a notificação foi um erro do sistema. A falha gerou preocupações e questionamentos sobre a precisão da ferramenta, levando a empresa a desligá-la temporariamente no país para investigações.
A notificação inesperada causou pânico em muitos usuários, que recorreram às redes sociais para relatar o ocorrido. Mensagens de alerta sísmico desse tipo são raras no Brasil devido à baixa incidência de terremotos significativos, o que contribuiu para o impacto da informação recebida. A ausência de registros confirmados por autoridades competentes levou rapidamente à conclusão de que o alerta foi incorreto.
Falso alerta de terremoto ❌
Na madrugada desta sexta (14), um falso alerta de terremoto no mar, na região de Ubatuba (SP), foi emitido pelo Google.
O aviso foi enviado para celulares com o sistema operacional Android, mas não tem qualquer vínculo com os alertas sobre eventos… pic.twitter.com/aHZv3UMRi2
— Governo de S. Paulo (@governosp) February 14, 2025
O Google pediu desculpas aos usuários brasileiros e declarou que está investigando a origem do erro para garantir que situações semelhantes não voltem a ocorrer. A empresa ressaltou que seu sistema de alerta é baseado em sensores de acelerômetros dos smartphones, mas que sua calibragem pode precisar de ajustes em determinadas regiões.
Como funciona o sistema de alerta de terremotos do Google
Lançado em 2020, o Sistema Android de Alertas de Terremoto opera em mais de 90 países e tem como objetivo fornecer notificações antecipadas para que as pessoas possam tomar precauções. A ferramenta utiliza os sensores de movimento presentes nos smartphones Android para detectar vibrações que podem indicar a ocorrência de um tremor.
Quando vários dispositivos em uma mesma área registram um padrão de movimentação atípico, os dados são enviados aos servidores do Google, que analisam as informações e verificam se há indícios de um terremoto real. Caso a atividade sísmica seja confirmada, a notificação é emitida para usuários próximos ao epicentro, fornecendo tempo para possíveis medidas de segurança.
Embora tenha sido projetado para complementar os sistemas oficiais de alerta sísmico, o mecanismo do Google não substitui as redes tradicionais de monitoramento geológico, que são baseadas em sensores instalados no solo e operados por instituições científicas.
Erros e limitações do sistema no Brasil
O caso ocorrido no Brasil trouxe à tona questões sobre as limitações da tecnologia do Google em países onde a atividade sísmica não é frequente. O coordenador da Rede Sismográfica Brasileira, Sergio Fontes, explicou que o sistema Android se baseia no acelerômetro dos celulares para detectar tremores, mas que o algoritmo pode não estar devidamente calibrado para diferenciar movimentos reais de ruídos ambientais ou vibrações causadas por outras fontes, como construções e tráfego intenso.
No Brasil, os eventos sísmicos mais relevantes costumam ocorrer em áreas específicas, como no Norte e Nordeste, mas raramente atingem magnitudes elevadas. A baixa incidência de terremotos faz com que o país não tenha uma infraestrutura robusta para monitoramento sísmico, o que pode impactar a eficácia de um sistema baseado apenas em sensores de celulares.
Outro fator que pode ter contribuído para o alerta falso é o uso de dados de diferentes fontes sem uma checagem completa. O sistema do Google, por ser automatizado, pode ter interpretado erroneamente algum movimento anômalo na região e emitido o aviso sem a devida confirmação de redes sísmicas especializadas.
A reação dos usuários e o impacto da notificação incorreta
A notificação inesperada gerou uma onda de preocupações entre os usuários de Android no Brasil. Muitas pessoas, ao receberem o alerta de terremoto, buscaram informações em redes sociais e em órgãos de monitoramento para confirmar a veracidade do aviso. A falta de dados concretos levou rapidamente à percepção de que se tratava de um erro do sistema.
Diante da repercussão, o Google recebeu críticas por não oferecer uma explicação imediata sobre o ocorrido. Alguns especialistas argumentam que, embora a ferramenta tenha potencial para salvar vidas em regiões de alto risco sísmico, ela deve ser mais adaptada para países onde terremotos são raros.
Casos semelhantes e falhas anteriores em sistemas de alerta
Este não foi o primeiro caso de erro em sistemas de alerta de terremotos. Em 2021, um incidente similar ocorreu na Califórnia, nos Estados Unidos, onde um alerta foi enviado equivocadamente devido a um problema de interpretação dos dados sísmicos. O evento gerou discussões sobre a necessidade de aprimoramento da tecnologia para evitar falsos positivos.
No Japão, país conhecido por sua alta atividade sísmica, os sistemas de alerta são altamente precisos e contam com sensores geológicos específicos, além de protocolos detalhados para checagem de dados antes da emissão de notificações. Isso reduz a margem de erro e evita alarmes desnecessários.
A comparação com países que possuem redes avançadas de monitoramento sísmico mostra que o sistema do Google, apesar de inovador, ainda precisa de ajustes para funcionar corretamente em diferentes contextos geográficos.
O futuro do sistema de alertas do Google no Brasil
Com a suspensão temporária do serviço no país, o Google agora busca revisar os parâmetros do sistema para evitar novos erros. Ainda não há uma previsão oficial para a reativação da ferramenta, mas a empresa afirmou que está em contato com especialistas e instituições brasileiras para aprimorar o modelo de detecção de tremores.
Enquanto o sistema está desativado, os usuários são orientados a seguir fontes oficiais, como a Defesa Civil e o Observatório Nacional, para obter informações sobre possíveis tremores. O episódio reforça a importância de uma abordagem multifacetada para a detecção e comunicação de eventos sísmicos, combinando tecnologia, ciência e protocolos de segurança.
Medidas que podem ser adotadas para evitar erros futuros
- Aprimoramento dos algoritmos: Melhorar a calibragem do sistema para diferenciar movimentos sísmicos reais de vibrações urbanas.
- Integração com redes sísmicas oficiais: Trabalhar em parceria com instituições geológicas para validar os dados antes do envio de alertas.
- Aprimoramento da comunicação: Fornecer mais informações aos usuários sobre como funciona o sistema e como interpretar os alertas recebidos.
- Testes regionais: Adaptar o sistema de alerta para as características sísmicas de cada país, reduzindo falsos positivos em locais com baixa incidência de tremores.
Importância da calibragem e desafios para implementação global
A detecção de terremotos via dispositivos móveis é uma inovação significativa, mas apresenta desafios quando aplicada em escala global. Em países como Japão, Chile e México, onde terremotos são comuns, a adoção desse tipo de tecnologia pode ser um complemento valioso aos sistemas já existentes. No entanto, em países como o Brasil, onde tremores são raros e geralmente de baixa magnitude, o modelo de detecção precisa ser ajustado para evitar alarmes falsos.
A experiência no Brasil pode servir de aprendizado para o aprimoramento do sistema globalmente. A revisão dos parâmetros do Google pode resultar em melhorias que beneficiarão não apenas o Brasil, mas também outras regiões com perfis sísmicos semelhantes.
