Escolas de samba da Grande Florianópolis em busca da nota 10
O Carnaval da Grande Florianópolis não se resume somente ao espetáculo que encanta o público na passarela Nego Quirido. Por trás, há um complexo sistema de julgamento das escolas de samba que define, com critérios técnicos e artísticos, a campeã.
Entenda como as escolas de samba são avaliadas – Foto: Leo Munhoz/NDEscolas de samba são avaliadas em nove quesitos
Neste ano, as escolas de samba serão avaliadas em nove quesitos: bateria, samba-enredo, harmonia, evolução, fantasias, alegorias e adereços, comissão de frente, enredo, mestre-sala e porta-bandeira.
Essa estrutura norteia o julgamento de 27 jurados, três para cada quesito, que atribuem notas de 8 a 10 com critérios rigorosos.
Por isso, as escolas que irão desfilar nos dias 28 de fevereiro e 1º de março precisam equilibrar tradição, criatividade e execução impecável para alcançar a nota máxima e conquistarem o tão sonhado título.
Cada escola deve apresentar dois casais de mestre-sala e porta-bandeira e no mínimo mil componentes – Foto: Daiane NoraAlém dos nove quesitos, há exigências técnicas que, se descumpridas, acarretam em penalidades. Entre elas, o número mínimo de 120 componentes na bateria, dois carros alegóricos com as medidas previamente determinadas, além do mínimo de dez e máximo 15 componentes na comissão de frente.
Cada escola também deve apresentar dois casais de mestre-sala e porta-bandeira e no mínimo mil componentes. O tempo do desfile também é fiscalizado e atrasos comprometem a pontuação.
Esses critérios, assim como o desfile, seguem as normas estabelecidas no regulamento unificado do desfile oficial das escolas de samba de Florianópolis – Carnaval 2025 e no manual do julgador, elaborado pela CPC (Comissão de Planejamento do Carnaval). São regras que garantem que o julgamento, ainda que envolto na emoção do momento, siga uma linha técnica, justa e transparente.
Escolas de samba são avaliadas por diferentes quesitos – Foto: Leo Munhoz/NDEntenda como os jurados que avaliam as escolas de samba são escolhidos
Segundo a presidente da CPC 2025, Maria Luiza Maestri dos Passos, o julgamento busca valorizar o esforço de um ano inteiro de trabalho. “A CPC é composta por representantes das dez escolas de samba. Cuidamos de toda a parte de estrutura, desfile, organização, montagem de cabine, escolha dos jurados, contagem. Montamos a regra e garantimos que todas elas sejam cumpridas”, explica.
Segundo Maria, a escolha para os jurados deste ano foi feita por meio de um edital em maio do ano passado. “Quatro empresas se candidataram. Elas nos mandam os currículos e, após muita pesquisa e critério, nós definimos a empresa.”
A jurada de carnaval Fátima Costa de Lima é especialista em analisar as alegorias e enredo das escolas de samba. Graduada em artes plásticas, especialista em teatro, mestra em educação e cultura e doutora em história cultural, ela ressalta a responsabilidade da função, que exige muito estudo.
“O jurado ou jurada é uma pessoa que precisa ter conhecimento sobre aquilo que pesquisa. […] Ele precisa ser imparcial, tem que fazer um julgamento técnico, mas também um julgamento de avaliar o que a escola propôs e o que a escola entregou no desfile”, detalhe.
Ela ainda acrescenta que como os quesitos, de modo geral, são diferenciados, o jurado escolhido precisa consequentemente estar mais conectado com o assunto que vai avaliar.
Algumas escolas de samba que obtiveram as notas mais altas em 2024 em cada quesito compartilharam suas experiências e detalhes sobre os processos que levaram à conquista dessas pontuações. Conheça os nove quesitos que vão determinar a escola campeã do Carnaval de Florianópolis 2025.
Bateria
A bateria é considerada o “coração” de uma escola de samba. Os jurados avaliam a sustentação dos instrumentos, conjugação dos sons emitidos pelos instrumentos, a criatividade e a versatilidade dos instrumentistas. A bateria precisa ter, no mínimo, 100 instrumentistas, caso contrário perde 0,1 décimo para cada componente faltante.
A escola Os Protegidos da Princesa obteve a nota máxima no quesito ano passado. O mestre de bateria, Marcelo Dutra, fala sobre a importância de manter a coesão e a harmonia entre os músicos, além de contar como a organização da bateria contribui para a conquista dos 30 pontos.
“Antes do enredo, do samba do ano, de qualquer coisa, nós somos a bateria da Protegidos. A marcação é muito forte, por exemplo. Nós mantemos características muito próprias que dão identidade para a bateria. Adaptamos e mudamos, mas nunca perdemos a essência.”
Marcelo explica a importância da bateria para as escolas de samba – Foto: Germano Rorato/NDSamba-enredo
O samba-enredo é analisado pelos jurados a partir da adequação entre a letra e a melodia, destacando a riqueza poética, beleza e entrosamento dos versos com os desenhos melódicos. Um bom samba-enredo precisa ter rimas ricas e um refrão de fácil acesso, tanto para o público da arquibancada como para os seus componentes.
O samba-enredo das escolas de samba é analisado pelos jurados a partir da adequação entre a letra e a melodia – Foto: Leo MunhozHarmonia e evolução
Harmonia e evolução são quesitos que acabam caminhando juntos na avaliação do desfile. A harmonia analisa a sintonia do canto coletivo, verificando se os componentes cantam corretamente o samba-enredo e se acompanham o intérprete principal. Já a evolução observa o desenvolvimento rítmico e a coesão das alas, sem buracos ou correria ao longo da apresentação.
Reginaldo Gertrudes, diretor-geral de harmonia e evolução da Coloninha, comenta que o sucesso no quesito veio com o envolvimento coletivo. “A gente passa a ver a escola como um todo. […] Hoje temos uma escola que 80% da nossa harmonia é raiz. São pessoas que estão na comunidade e se você perguntar para eles, eles vão dizer que não se veem em outro lugar. A harmonia e evolução são um meio de sincronizar com todos os componentes da escola, permitindo navegar pela agremiação.”
Reginaldo é diretor-geral de harmonia e evolução da Coloninha – Foto: Germano Rorato/NDFantasias
As fantasias materializam a temática da escola, compondo o mosaico de cores e formas na avenida. O critério de avaliação inclui a originalidade, o acabamento e a harmonia entre os figurinos. O jurado observa se as fantasias seguem o enredo, além de verificar a leveza e o conforto das vestimentas.
Raphael Soares, carnavalesco da Consulado, destaca o trabalho que levou a escola a ser a única nota máxima no quesito no ano passado. “Eu sempre falo que a fantasia é um conjunto. Esse conjunto envolve a fantasia, mas também o comprometimento de quem a está vestindo. Então mesmo que ocorra algum probleminha, vem uma nota boa, mas é porque o componente é o elemento principal para o sucesso do figurino.”
Raphael destaca o trabalho nas fantasias – Foto: Germano Rorato/NDPara este ano, Raphael busca repetir a receita de sucesso, sempre cuidando com os detalhes. “Faz um tempo que a Consulado vem fazendo fantasias sem arames. Esse ano temos pouquíssimas alas com arame, deixando o componente mais leve para brincar o carnaval.”
Alegorias e adereços
Assim como as fantasias, as alegorias e adereços são o espetáculo visual do desfile. O julgamento considera a concepção artística, a qualidade do acabamento, a harmonia das cores e a adequação das estruturas ao enredo.
Os jurados observam a criatividade, a segurança e a presença dos destaques nas alegorias, que devem seguir as dimensões estabelecidas no regulamento. Carros alegóricos e tripés precisam dialogar com a narrativa apresentada, enriquecendo a leitura da história.
As alegorias e adereços materializam a temática das escolas de samba – Foto: Germano Rorato/NDMestre-sala e porta-bandeira
O casal de mestre-sala e porta-bandeira representa a tradição e a nobreza das escolas de samba. O julgamento avalia a sincronia da dança, a leveza dos movimentos e a elegância da condução do pavilhão. O figurino precisa ser apropriado, sem comprometer a performance. O respeito às regras, como a proibição de a bandeira tocar o chão, é fundamental para a pontuação.
Mestre-sala e porta-bandeira é um dos quesitos que as escolas de samba são avaliadas – Foto: Leo Munhoz/NDComissão de frente
A comissão de frente é a primeira impressão do desfile, recebendo o público e os jurados com uma apresentação cênica. O julgamento considera a criatividade, a execução dos movimentos e a integração com o enredo. A coreografia precisa surpreender e, ao mesmo tempo, ser clara na narrativa proposta.
Roberto Skiante, coreógrafo há dois anos na União da Ilha da Magia, comenta sobre o trabalho que rendeu os únicos 30 pontos no ano anterior.
“É uma grande responsabilidade. Trabalhamos muito para isso, o ano inteiro. Comecei o ano passado com o pé quente”, contou Skiante. “A gente trabalha para fazer com que cada um compreenda a consciência corporal que vai utilizar. […] Quando a comissão de frente se apresenta é um momento de zelo, mas quando um coreógrafo faz uma coreografia para a passarela, pensa no júri, mas também no entrosamento com quem está nos assistindo, transmitindo alegria e leveza.”
Enredo
Há dois quesitos importantes a serem observados pelos jurados: concepção e realização. É necessário averiguar se a escola está apresentando o desfile proposto, ou seja, desenvolvendo e explorando a história que deseja contar na passarela do samba. A adequação das fantasias, alegorias e do samba-enredo à proposta apresentada é um dos principais critérios para a pontuação.
O Carnaval da Grande Florianópolis não se resume somente ao espetáculo que encanta o público na passarela Nego Quirido. Por trás, há um complexo sistema de julgamento das escolas de samba que define, com critérios técnicos e artísticos, a campeã.
Entenda como as escolas de samba são avaliadas – Foto: Leo Munhoz/NDEscolas de samba são avaliadas em nove quesitos
Neste ano, as escolas de samba serão avaliadas em nove quesitos: bateria, samba-enredo, harmonia, evolução, fantasias, alegorias e adereços, comissão de frente, enredo, mestre-sala e porta-bandeira.
Essa estrutura norteia o julgamento de 27 jurados, três para cada quesito, que atribuem notas de 8 a 10 com critérios rigorosos.
Por isso, as escolas que irão desfilar nos dias 28 de fevereiro e 1º de março precisam equilibrar tradição, criatividade e execução impecável para alcançar a nota máxima e conquistarem o tão sonhado título.
Cada escola deve apresentar dois casais de mestre-sala e porta-bandeira e no mínimo mil componentes – Foto: Daiane NoraAlém dos nove quesitos, há exigências técnicas que, se descumpridas, acarretam em penalidades. Entre elas, o número mínimo de 120 componentes na bateria, dois carros alegóricos com as medidas previamente determinadas, além do mínimo de dez e máximo 15 componentes na comissão de frente.
Cada escola também deve apresentar dois casais de mestre-sala e porta-bandeira e no mínimo mil componentes. O tempo do desfile também é fiscalizado e atrasos comprometem a pontuação.
Esses critérios, assim como o desfile, seguem as normas estabelecidas no regulamento unificado do desfile oficial das escolas de samba de Florianópolis – Carnaval 2025 e no manual do julgador, elaborado pela CPC (Comissão de Planejamento do Carnaval). São regras que garantem que o julgamento, ainda que envolto na emoção do momento, siga uma linha técnica, justa e transparente.
Escolas de samba são avaliadas por diferentes quesitos – Foto: Leo Munhoz/NDEntenda como os jurados que avaliam as escolas de samba são escolhidos
Segundo a presidente da CPC 2025, Maria Luiza Maestri dos Passos, o julgamento busca valorizar o esforço de um ano inteiro de trabalho. “A CPC é composta por representantes das dez escolas de samba. Cuidamos de toda a parte de estrutura, desfile, organização, montagem de cabine, escolha dos jurados, contagem. Montamos a regra e garantimos que todas elas sejam cumpridas”, explica.
Segundo Maria, a escolha para os jurados deste ano foi feita por meio de um edital em maio do ano passado. “Quatro empresas se candidataram. Elas nos mandam os currículos e, após muita pesquisa e critério, nós definimos a empresa.”
A jurada de carnaval Fátima Costa de Lima é especialista em analisar as alegorias e enredo das escolas de samba. Graduada em artes plásticas, especialista em teatro, mestra em educação e cultura e doutora em história cultural, ela ressalta a responsabilidade da função, que exige muito estudo.
“O jurado ou jurada é uma pessoa que precisa ter conhecimento sobre aquilo que pesquisa. […] Ele precisa ser imparcial, tem que fazer um julgamento técnico, mas também um julgamento de avaliar o que a escola propôs e o que a escola entregou no desfile”, detalhe.
Ela ainda acrescenta que como os quesitos, de modo geral, são diferenciados, o jurado escolhido precisa consequentemente estar mais conectado com o assunto que vai avaliar.
Algumas escolas de samba que obtiveram as notas mais altas em 2024 em cada quesito compartilharam suas experiências e detalhes sobre os processos que levaram à conquista dessas pontuações. Conheça os nove quesitos que vão determinar a escola campeã do Carnaval de Florianópolis 2025.
Bateria
A bateria é considerada o “coração” de uma escola de samba. Os jurados avaliam a sustentação dos instrumentos, conjugação dos sons emitidos pelos instrumentos, a criatividade e a versatilidade dos instrumentistas. A bateria precisa ter, no mínimo, 100 instrumentistas, caso contrário perde 0,1 décimo para cada componente faltante.
A escola Os Protegidos da Princesa obteve a nota máxima no quesito ano passado. O mestre de bateria, Marcelo Dutra, fala sobre a importância de manter a coesão e a harmonia entre os músicos, além de contar como a organização da bateria contribui para a conquista dos 30 pontos.
“Antes do enredo, do samba do ano, de qualquer coisa, nós somos a bateria da Protegidos. A marcação é muito forte, por exemplo. Nós mantemos características muito próprias que dão identidade para a bateria. Adaptamos e mudamos, mas nunca perdemos a essência.”
Marcelo explica a importância da bateria para as escolas de samba – Foto: Germano Rorato/NDSamba-enredo
O samba-enredo é analisado pelos jurados a partir da adequação entre a letra e a melodia, destacando a riqueza poética, beleza e entrosamento dos versos com os desenhos melódicos. Um bom samba-enredo precisa ter rimas ricas e um refrão de fácil acesso, tanto para o público da arquibancada como para os seus componentes.
O samba-enredo das escolas de samba é analisado pelos jurados a partir da adequação entre a letra e a melodia – Foto: Leo MunhozHarmonia e evolução
Harmonia e evolução são quesitos que acabam caminhando juntos na avaliação do desfile. A harmonia analisa a sintonia do canto coletivo, verificando se os componentes cantam corretamente o samba-enredo e se acompanham o intérprete principal. Já a evolução observa o desenvolvimento rítmico e a coesão das alas, sem buracos ou correria ao longo da apresentação.
Reginaldo Gertrudes, diretor-geral de harmonia e evolução da Coloninha, comenta que o sucesso no quesito veio com o envolvimento coletivo. “A gente passa a ver a escola como um todo. […] Hoje temos uma escola que 80% da nossa harmonia é raiz. São pessoas que estão na comunidade e se você perguntar para eles, eles vão dizer que não se veem em outro lugar. A harmonia e evolução são um meio de sincronizar com todos os componentes da escola, permitindo navegar pela agremiação.”
Reginaldo é diretor-geral de harmonia e evolução da Coloninha – Foto: Germano Rorato/NDFantasias
As fantasias materializam a temática da escola, compondo o mosaico de cores e formas na avenida. O critério de avaliação inclui a originalidade, o acabamento e a harmonia entre os figurinos. O jurado observa se as fantasias seguem o enredo, além de verificar a leveza e o conforto das vestimentas.
Raphael Soares, carnavalesco da Consulado, destaca o trabalho que levou a escola a ser a única nota máxima no quesito no ano passado. “Eu sempre falo que a fantasia é um conjunto. Esse conjunto envolve a fantasia, mas também o comprometimento de quem a está vestindo. Então mesmo que ocorra algum probleminha, vem uma nota boa, mas é porque o componente é o elemento principal para o sucesso do figurino.”
Raphael destaca o trabalho nas fantasias – Foto: Germano Rorato/NDPara este ano, Raphael busca repetir a receita de sucesso, sempre cuidando com os detalhes. “Faz um tempo que a Consulado vem fazendo fantasias sem arames. Esse ano temos pouquíssimas alas com arame, deixando o componente mais leve para brincar o carnaval.”
Alegorias e adereços
Assim como as fantasias, as alegorias e adereços são o espetáculo visual do desfile. O julgamento considera a concepção artística, a qualidade do acabamento, a harmonia das cores e a adequação das estruturas ao enredo.
Os jurados observam a criatividade, a segurança e a presença dos destaques nas alegorias, que devem seguir as dimensões estabelecidas no regulamento. Carros alegóricos e tripés precisam dialogar com a narrativa apresentada, enriquecendo a leitura da história.
As alegorias e adereços materializam a temática das escolas de samba – Foto: Germano Rorato/NDMestre-sala e porta-bandeira
O casal de mestre-sala e porta-bandeira representa a tradição e a nobreza das escolas de samba. O julgamento avalia a sincronia da dança, a leveza dos movimentos e a elegância da condução do pavilhão. O figurino precisa ser apropriado, sem comprometer a performance. O respeito às regras, como a proibição de a bandeira tocar o chão, é fundamental para a pontuação.
Mestre-sala e porta-bandeira é um dos quesitos que as escolas de samba são avaliadas – Foto: Leo Munhoz/NDComissão de frente
A comissão de frente é a primeira impressão do desfile, recebendo o público e os jurados com uma apresentação cênica. O julgamento considera a criatividade, a execução dos movimentos e a integração com o enredo. A coreografia precisa surpreender e, ao mesmo tempo, ser clara na narrativa proposta.
Roberto Skiante, coreógrafo há dois anos na União da Ilha da Magia, comenta sobre o trabalho que rendeu os únicos 30 pontos no ano anterior.
“É uma grande responsabilidade. Trabalhamos muito para isso, o ano inteiro. Comecei o ano passado com o pé quente”, contou Skiante. “A gente trabalha para fazer com que cada um compreenda a consciência corporal que vai utilizar. […] Quando a comissão de frente se apresenta é um momento de zelo, mas quando um coreógrafo faz uma coreografia para a passarela, pensa no júri, mas também no entrosamento com quem está nos assistindo, transmitindo alegria e leveza.”
Enredo
Há dois quesitos importantes a serem observados pelos jurados: concepção e realização. É necessário averiguar se a escola está apresentando o desfile proposto, ou seja, desenvolvendo e explorando a história que deseja contar na passarela do samba. A adequação das fantasias, alegorias e do samba-enredo à proposta apresentada é um dos principais critérios para a pontuação.
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