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19 Mar 2025, Wed

Proposta do Projeto de Lei nº 7.746/2017 sugere novas categorias na CNH para veículos automáticos

CNH digital Detran


A discussão sobre mudanças nas regras da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) voltou a ganhar força no cenário político brasileiro, despertando grande atenção entre motoristas e especialistas em trânsito. O Projeto de Lei nº 7.746/2017, de autoria da deputada federal Mariana Carvalho, tem sido o centro desse debate, propondo a criação de duas novas categorias na habilitação: uma específica para veículos automáticos e outra abrangendo todas as modalidades de câmbio. A iniciativa visa adaptar a formação de condutores aos avanços tecnológicos observados no setor automobilístico, acompanhando a crescente presença de veículos automáticos no mercado brasileiro, fato que se tornou evidente nos últimos anos e alterou consideravelmente o perfil da frota circulante nas ruas e estradas do país.

A tramitação desse projeto tem despertado dúvidas e incertezas, uma vez que muitas informações incorretas circulam nas redes sociais, levando parte da população a acreditar que as mudanças já estariam em vigor. Entretanto, o projeto ainda percorre as etapas previstas no processo legislativo brasileiro, o que exige análises em comissões da Câmara dos Deputados, votação em plenário, apreciação pelo Senado Federal e, por fim, a sanção presidencial.

Essas possíveis mudanças na CNH têm gerado grande expectativa, principalmente entre novos condutores, que poderão passar por um processo de formação específico para veículos com câmbio automático, uma realidade cada vez mais comum nas cidades brasileiras.

Nova divisão de categorias da CNH e os impactos esperados

A proposta apresentada pela deputada Mariana Carvalho se destaca por sugerir uma divisão mais clara na formação de motoristas, levando em consideração a transmissão do veículo. A nova estrutura da CNH criaria uma habilitação específica para condutores que desejam dirigir exclusivamente veículos automáticos, enquanto a categoria tradicional seguiria permitindo a condução de automóveis com câmbio manual e automático. Essa mudança acompanha o crescimento expressivo da comercialização de veículos automáticos no Brasil.

Em 2024, por exemplo, dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicaram que mais de 54% dos veículos novos vendidos no país eram equipados com câmbio automático, consolidando uma tendência observada desde 2018. Esse aumento na preferência por esse tipo de transmissão se justifica pela maior comodidade ao dirigir em cidades congestionadas, além da evolução tecnológica, que trouxe mais confiabilidade e eficiência a esse sistema.

Especialistas em segurança viária defendem que uma formação direcionada para veículos automáticos pode reduzir os riscos de acidentes, especialmente entre motoristas iniciantes, que não precisarão lidar com a complexidade do câmbio manual em situações de trânsito intenso. A proposta também é vista como uma forma de facilitar o acesso à habilitação para pessoas com deficiência, que já contam com adaptações específicas, mas poderiam se beneficiar ainda mais com uma categoria voltada exclusivamente a veículos automáticos.

Processo legislativo do Projeto de Lei nº 7.746/2017

A tramitação do Projeto de Lei nº 7.746/2017 segue o rito padrão do Congresso Nacional. Inicialmente, a proposta foi protocolada na Câmara dos Deputados, onde passou a ser analisada por comissões temáticas. Esses colegiados avaliam a constitucionalidade e a viabilidade do projeto, emitindo pareceres técnicos que orientam os próximos passos.

Após a fase de comissões, o projeto precisa ser submetido à votação no plenário da Câmara. Se aprovado, segue para o Senado Federal, onde passa por novas comissões e, posteriormente, é votado em plenário. Caso receba o aval dos senadores, a matéria é encaminhada à Presidência da República, que pode sancionar ou vetar integralmente ou parcialmente o texto.

Esse percurso legislativo é fundamental para garantir que as mudanças propostas sejam analisadas sob diferentes perspectivas, assegurando que os impactos sobre motoristas, autoescolas e órgãos de trânsito sejam adequadamente considerados antes de qualquer implementação.

Adaptação da CNH ao avanço tecnológico no setor automotivo

As inovações tecnológicas no setor automotivo têm sido um dos principais fatores que justificam a necessidade de revisão nas regras de formação de condutores. A crescente automação dos veículos e a popularização dos câmbios automáticos exigem que o processo de habilitação acompanhe essas mudanças.

Entre as principais razões que impulsionam a adoção dos câmbios automáticos estão:

  • Redução do desgaste físico em situações de trânsito intenso.
  • Maior conforto em viagens longas.
  • Menor risco de panes causadas por erros no uso da embreagem.
  • Aumento da durabilidade dos componentes de transmissão.
  • Evolução na eficiência energética dos sistemas automáticos.

No Brasil, essa modernização da frota ocorre em ritmo acelerado. Fabricantes como Chevrolet, Volkswagen e Hyundai ampliaram significativamente a oferta de modelos com câmbio automático nos últimos anos, inclusive em segmentos de entrada, tradicionalmente dominados por veículos manuais.

Vantagens e desafios da criação das novas categorias

A criação de categorias específicas para veículos automáticos e manuais traz vantagens que podem impactar positivamente a formação e a segurança dos motoristas:

  1. Melhor adequação ao tipo de veículo que o condutor utilizará no cotidiano.
  2. Redução do estresse e da ansiedade em exames práticos.
  3. Ampliação do acesso à habilitação para pessoas com deficiência.
  4. Diminuição de acidentes causados por falhas na operação do câmbio manual.
  5. Formação mais rápida e focada nas especificidades dos veículos automáticos.

Por outro lado, a proposta levanta alguns desafios, como a necessidade de adequação por parte das autoescolas e a possível valorização de condutores habilitados para ambas as categorias, tornando essa formação mais custosa.

Crescimento do mercado de veículos automáticos no Brasil

O mercado brasileiro de veículos automáticos experimentou uma verdadeira transformação na última década. Até 2010, esses modelos eram considerados artigos de luxo e representavam uma fatia pequena das vendas. Esse cenário começou a mudar com a chegada de novos sistemas de transmissão e a redução dos custos de produção.

Segundo levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a participação dos automáticos nas vendas totais saltou de 15% em 2010 para 54% em 2024, evidenciando a rápida aceitação por parte dos consumidores.

Dados e estatísticas sobre câmbio automático no Brasil

  • Em 2010, apenas 15% dos veículos novos vendidos tinham câmbio automático.
  • Em 2018, esse índice chegou a 38%, evidenciando o crescimento da demanda.
  • Em 2024, a participação dos automáticos atingiu 54%.
  • A expectativa para 2030 é que 70% dos veículos novos tenham esse tipo de transmissão.

Recomendações de especialistas sobre formação de condutores

Especialistas e entidades ligadas ao trânsito defendem que a modernização da formação de motoristas deve incluir:

  • Treinamento prático adequado aos veículos automáticos.
  • Ênfase em direção defensiva e segurança viária.
  • Simulações de situações reais do trânsito urbano e rodoviário.
  • Orientação sobre manutenção preventiva e funcionamento dos sistemas automáticos.

Histórico das principais mudanças na CNH no Brasil

Desde sua criação, a CNH passou por diversas alterações:

  • 1998: Implementação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
  • 2010: Exigência de simulador de direção nas autoescolas.
  • 2020: Aumento do prazo de validade da CNH para 10 anos.

Curiosidades sobre câmbio automático

  • O primeiro veículo com câmbio automático foi lançado em 1940 pela General Motors.
  • No Japão, 95% dos carros vendidos atualmente são automáticos.
  • No Brasil, os automáticos são predominantes em SUVs e sedãs médios.



A discussão sobre mudanças nas regras da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) voltou a ganhar força no cenário político brasileiro, despertando grande atenção entre motoristas e especialistas em trânsito. O Projeto de Lei nº 7.746/2017, de autoria da deputada federal Mariana Carvalho, tem sido o centro desse debate, propondo a criação de duas novas categorias na habilitação: uma específica para veículos automáticos e outra abrangendo todas as modalidades de câmbio. A iniciativa visa adaptar a formação de condutores aos avanços tecnológicos observados no setor automobilístico, acompanhando a crescente presença de veículos automáticos no mercado brasileiro, fato que se tornou evidente nos últimos anos e alterou consideravelmente o perfil da frota circulante nas ruas e estradas do país.

A tramitação desse projeto tem despertado dúvidas e incertezas, uma vez que muitas informações incorretas circulam nas redes sociais, levando parte da população a acreditar que as mudanças já estariam em vigor. Entretanto, o projeto ainda percorre as etapas previstas no processo legislativo brasileiro, o que exige análises em comissões da Câmara dos Deputados, votação em plenário, apreciação pelo Senado Federal e, por fim, a sanção presidencial.

Essas possíveis mudanças na CNH têm gerado grande expectativa, principalmente entre novos condutores, que poderão passar por um processo de formação específico para veículos com câmbio automático, uma realidade cada vez mais comum nas cidades brasileiras.

Nova divisão de categorias da CNH e os impactos esperados

A proposta apresentada pela deputada Mariana Carvalho se destaca por sugerir uma divisão mais clara na formação de motoristas, levando em consideração a transmissão do veículo. A nova estrutura da CNH criaria uma habilitação específica para condutores que desejam dirigir exclusivamente veículos automáticos, enquanto a categoria tradicional seguiria permitindo a condução de automóveis com câmbio manual e automático. Essa mudança acompanha o crescimento expressivo da comercialização de veículos automáticos no Brasil.

Em 2024, por exemplo, dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicaram que mais de 54% dos veículos novos vendidos no país eram equipados com câmbio automático, consolidando uma tendência observada desde 2018. Esse aumento na preferência por esse tipo de transmissão se justifica pela maior comodidade ao dirigir em cidades congestionadas, além da evolução tecnológica, que trouxe mais confiabilidade e eficiência a esse sistema.

Especialistas em segurança viária defendem que uma formação direcionada para veículos automáticos pode reduzir os riscos de acidentes, especialmente entre motoristas iniciantes, que não precisarão lidar com a complexidade do câmbio manual em situações de trânsito intenso. A proposta também é vista como uma forma de facilitar o acesso à habilitação para pessoas com deficiência, que já contam com adaptações específicas, mas poderiam se beneficiar ainda mais com uma categoria voltada exclusivamente a veículos automáticos.

Processo legislativo do Projeto de Lei nº 7.746/2017

A tramitação do Projeto de Lei nº 7.746/2017 segue o rito padrão do Congresso Nacional. Inicialmente, a proposta foi protocolada na Câmara dos Deputados, onde passou a ser analisada por comissões temáticas. Esses colegiados avaliam a constitucionalidade e a viabilidade do projeto, emitindo pareceres técnicos que orientam os próximos passos.

Após a fase de comissões, o projeto precisa ser submetido à votação no plenário da Câmara. Se aprovado, segue para o Senado Federal, onde passa por novas comissões e, posteriormente, é votado em plenário. Caso receba o aval dos senadores, a matéria é encaminhada à Presidência da República, que pode sancionar ou vetar integralmente ou parcialmente o texto.

Esse percurso legislativo é fundamental para garantir que as mudanças propostas sejam analisadas sob diferentes perspectivas, assegurando que os impactos sobre motoristas, autoescolas e órgãos de trânsito sejam adequadamente considerados antes de qualquer implementação.

Adaptação da CNH ao avanço tecnológico no setor automotivo

As inovações tecnológicas no setor automotivo têm sido um dos principais fatores que justificam a necessidade de revisão nas regras de formação de condutores. A crescente automação dos veículos e a popularização dos câmbios automáticos exigem que o processo de habilitação acompanhe essas mudanças.

Entre as principais razões que impulsionam a adoção dos câmbios automáticos estão:

  • Redução do desgaste físico em situações de trânsito intenso.
  • Maior conforto em viagens longas.
  • Menor risco de panes causadas por erros no uso da embreagem.
  • Aumento da durabilidade dos componentes de transmissão.
  • Evolução na eficiência energética dos sistemas automáticos.

No Brasil, essa modernização da frota ocorre em ritmo acelerado. Fabricantes como Chevrolet, Volkswagen e Hyundai ampliaram significativamente a oferta de modelos com câmbio automático nos últimos anos, inclusive em segmentos de entrada, tradicionalmente dominados por veículos manuais.

Vantagens e desafios da criação das novas categorias

A criação de categorias específicas para veículos automáticos e manuais traz vantagens que podem impactar positivamente a formação e a segurança dos motoristas:

  1. Melhor adequação ao tipo de veículo que o condutor utilizará no cotidiano.
  2. Redução do estresse e da ansiedade em exames práticos.
  3. Ampliação do acesso à habilitação para pessoas com deficiência.
  4. Diminuição de acidentes causados por falhas na operação do câmbio manual.
  5. Formação mais rápida e focada nas especificidades dos veículos automáticos.

Por outro lado, a proposta levanta alguns desafios, como a necessidade de adequação por parte das autoescolas e a possível valorização de condutores habilitados para ambas as categorias, tornando essa formação mais custosa.

Crescimento do mercado de veículos automáticos no Brasil

O mercado brasileiro de veículos automáticos experimentou uma verdadeira transformação na última década. Até 2010, esses modelos eram considerados artigos de luxo e representavam uma fatia pequena das vendas. Esse cenário começou a mudar com a chegada de novos sistemas de transmissão e a redução dos custos de produção.

Segundo levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a participação dos automáticos nas vendas totais saltou de 15% em 2010 para 54% em 2024, evidenciando a rápida aceitação por parte dos consumidores.

Dados e estatísticas sobre câmbio automático no Brasil

  • Em 2010, apenas 15% dos veículos novos vendidos tinham câmbio automático.
  • Em 2018, esse índice chegou a 38%, evidenciando o crescimento da demanda.
  • Em 2024, a participação dos automáticos atingiu 54%.
  • A expectativa para 2030 é que 70% dos veículos novos tenham esse tipo de transmissão.

Recomendações de especialistas sobre formação de condutores

Especialistas e entidades ligadas ao trânsito defendem que a modernização da formação de motoristas deve incluir:

  • Treinamento prático adequado aos veículos automáticos.
  • Ênfase em direção defensiva e segurança viária.
  • Simulações de situações reais do trânsito urbano e rodoviário.
  • Orientação sobre manutenção preventiva e funcionamento dos sistemas automáticos.

Histórico das principais mudanças na CNH no Brasil

Desde sua criação, a CNH passou por diversas alterações:

  • 1998: Implementação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
  • 2010: Exigência de simulador de direção nas autoescolas.
  • 2020: Aumento do prazo de validade da CNH para 10 anos.

Curiosidades sobre câmbio automático

  • O primeiro veículo com câmbio automático foi lançado em 1940 pela General Motors.
  • No Japão, 95% dos carros vendidos atualmente são automáticos.
  • No Brasil, os automáticos são predominantes em SUVs e sedãs médios.



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