Laiza Esteves Carneiro, de Brasília, irá passar por mais de 14 países em um ano com seu marido e seus dois filhos, Aurora, 4, e Arthur, 1. Eles partem para o primeiro destino nesta quarta-feira (19). “A alegria e a empolgação dividem espaço com um turbilhão de sentimentos”, diz em entrevista à CRESCER. Conheça a história! A bancária Laiza Esteves Carneiro, de Brasília, sempre gostou de viajar e já conheceu 41 países. Mas ela sempre teve um sonho: dar a volta ao mundo. “Mas esse sonho concorria com outros e foi ficando de lado”, diz em entrevista exclusiva à CRESCER. Ela priorizou outras realizações: carreira, casamento e filhos. Seu marido, o bancário Breno Esteves Carneiro, 38, também sempre quis fazer uma viagem como essa, no entanto, o momento nunca parecia certo.
Laiza, Breno, Arthur e Aurora
Arquivo pessoal
Taboola Recommendation
“Até que chegou uma hora em que decidimos partir, considerando principalmente a fase das crianças. Minha filha Aurora, 4, ainda não está na idade escolar e o Arthur, 1, não paga passagem até os 2 anos, o que torna a nossa viagem um pouco mais acessível”, explica. Então, eles resolveram tirar o plano do papel e traçaram sua rota para dar a volta ao mundo em cerca de um ano. Eles já fizeram as malas e embarcaram para o seu primeiro destino, na Nova Zelândia, nesta quarta-feira (19).
Planejamento e pesquisa
Organizar uma viagem tão longa quanto essa não é nada fácil e exigiu muita pesquisa. “Antes mesmo de começarmos o planejamento, escutamos muitos relatos de viajantes de longas viagens para entender os desafios, as dicas e realmente nos inspirar. Isso nos encheu de animação, conhecimento e muita emoção em ouvir de tantos que ‘foi a melhor decisão da vida'”, afirma Laiza.
Há cerca de um ano, começaram a pensar no roteiro. “Levamos em consideração onde gostaríamos de ir, os riscos de cada lugar e a média diária de gastos. Com isso, fomos ajustando nosso orçamento em relação à segurança e estrutura para as crianças. Aqui foi muita leitura de relatos, roteiros e até o ChatGPT ajudou nessas pesquisas”, explica.
Com todas as informações em mãos, decidiram os seus destinos: a primeira parada é a Nova Zelândia, depois seguem para a Austrália, Japão, Filipinas, Turquia, Grécia, Itália, sobem até Dinamarca, Noruega, Finlândia e da Islândia vão para o Canadá, Estados Unidos e alguns países da América Central, que ainda serão definidos, até retornarem ao Brasil.
Aurora abraçando o mundo
Arquivo pessoal
Embora pareça uma viagem muito cara, Laiza garante que conseguiram torná-la muito mais acessível com as suas pesquisas. “Não ganhamos na loteria. Essa viagem é fruto de muito planejamento e estudo ao longo de vários anos, além do apoio de pessoas especiais que incentivaram nossa decisão. Viagem longa não é férias, é tudo diferente e nos planejamos para isso. As pessoas muitas vezes imaginam um valor exorbitante para viajar assim por muito tempo, mas com pesquisa e já estando do outro lado do mundo, a locomoção entre países fica muito mais barata”, explica.
Há cerca de seis meses começaram a fazer todas as reservas. “Nós pedimos licença do trabalho, alugamos nossa casa para uma família querida que vai cuidar dos nossos bichinhos, vendemos os carros e vamos realizar nosso sonho de dar a volta ao mundo em família”, comemora.
“A escola da vida é muito valiosa”, diz mãe que tirou os filhos da escola para viagem ao mundo em 10 semanas
‘Não existe lugar ideal para crianças’
A família irá ficar de 20 a 30 dias em cada lugar. “Como é uma viagem maior, fica inviável ser o ‘batidão’ de férias, é preciso um pouco mais de calma, considerando dias de descanso. Isso é um super desafio, porque olhamos os locais e queremos fazer tudo! Mas com crianças já não é possível caminhar mais de 15km por dia, como quando estamos só nós [Laiza e Breno]”, afirma.
A mãe ressalta que eles não acreditam que existe um lugar “ideal para crianças” e isso não foi um critério para escolher os passeios. “Claro que alguns têm mais estrutura, segurança ou atrativos, mas precisamos abrir a mente neste sentido. Até lugares com museus e castelos, se você disser que lá mora uma princesa, vai gerar um super encantamento das crianças. Se for uma trilha e dizer que ali mora uma fada, tenho certeza que o interesse será diferente. Todo lugar pode ser atrativo, depende da forma que conduzimos com os pequenos”, explica.
Quanto às hospedagens, eles irão ficar em locais com cozinha, para poderem fazer a própria comida. “Seria muito mais caro e menos saudável fazer as refeições todas na rua. Assim economizamos e, ao mesmo tempo, conseguimos ter uma certa ‘rotina’, como se morássemos no lugar”, diz.
Na Nova Zelândia, parte da Austrália, Noruega, Islândia e Canadá, eles irão viver em um motorhome. “Nunca fiz, deve ser incrível todo dia ter um quintal diferente. É mais em conta do que veículo e hospedagem, permite maior liberdade para paradas com as crianças e para contemplar o caminho”, destaca.
Laiza e a família
Arquivo pessoal
‘Turbilhão de sentimentos’
Com o início da viagem, a família está muito animada para tudo que irão viver. “A alegria e a empolgação dividem espaço com um turbilhão de sentimentos: ansiedade, um pouco de tristeza por pausar a carreira, deixar para trás a casa que transformamos em lar e a saudade que já começa a apertar dos amigos e da família. As despedidas não têm sido fáceis e, às vezes, arrancam lágrimas. Mas sabemos que tudo isso faz parte do caminho”, ressalta Laiza.
Embora o pequeno Arthur ainda não entenda a viagem, Aurora está muito empolgada. “Ela fala que quer conhecer a aurora boreal, a casa da Minnie na Disney de Tóquio e os cangurus. Aurora e Arthur são maravilhosos e muito ativos, temos certeza que vão curtir demais cada lugar”, afirma. Enquanto a garotinha está esperando ansiosamente para conhecer a Disney, os destinos com mais natureza são os mais esperados dos pais. “Para mim Nova Zelândia e Noruega, para o Breno, o Japão e Islândia são os preferidos”, explica.
Pais reformam van para viver com bebê e viajar o mundo: ‘Ele vai crescer na estrada’
4 dicas para fazer uma viagem longa com os filhos
Aurora e Arthur
Arquivo pessoal
Laiza decidiu criar um perfil no Instagram, Mochilas & Memórias (@mochilasememorias), para publicar registros da viagem. “Queremos compartilhar nossa história para que mais famílias se encorajem não apenas a viajar, mas principalmente a realizar sonhos e formar memórias com seus pequenos. O que mais ouvimos é que temos muita coragem em fazer essa viagem com as crianças, mas percebo que, na prática, as pessoas têm medo de algo que nem sabem o que é”, afirma.
A mãe separou 4 dicas para quem está pensando em fazer uma viagem longa ou quer ir para um destino especial com os filhos, mas não sabe por onde começar. Confira!
1. Resgate o sonho
Com a correria do dia a dia, muitos sonhos acabam ficando de lado, mas Laiza acredita que é importante resgatá-los. “Precisamos realizar nossos sonhos, para que nossos filhos também acreditem que é possível. Pais realizados fazem filhos seguros que podem também alcançar os seus sonhos”, diz.
2. Converse com quem tem experiência
Antes de ouvir o que os outros têm a dizer sobre a sua volta ao mundo ou qualquer outro sonho que tenha, Laiza recomenda ouvir relatos de outras famílias que já fizeram algo parecido. “Veja que é possível, que outras pessoas já percorreram esse caminho, entenda como mitigaram os riscos e contornaram os problemas e medos”, destaca.
3. Buscar informação
A mãe reforça a importância do estudo e da pesquisa antes de viajar. “Hoje nós temos muita informação disponível, tem blogs e sites oficiais dos destinos que podem dar todas as informações necessárias. E na insegurança, ainda é possível contratar algum serviço ou consultoria”, afirma.
4. Só vai
“Por fim, aquela frase clichê, mas que é a pura verdade: ‘só se vive uma vez’. Precisamos buscar aquilo que nos faz feliz”, finaliza Laiza.
Laiza Esteves Carneiro, de Brasília, irá passar por mais de 14 países em um ano com seu marido e seus dois filhos, Aurora, 4, e Arthur, 1. Eles partem para o primeiro destino nesta quarta-feira (19). “A alegria e a empolgação dividem espaço com um turbilhão de sentimentos”, diz em entrevista à CRESCER. Conheça a história! A bancária Laiza Esteves Carneiro, de Brasília, sempre gostou de viajar e já conheceu 41 países. Mas ela sempre teve um sonho: dar a volta ao mundo. “Mas esse sonho concorria com outros e foi ficando de lado”, diz em entrevista exclusiva à CRESCER. Ela priorizou outras realizações: carreira, casamento e filhos. Seu marido, o bancário Breno Esteves Carneiro, 38, também sempre quis fazer uma viagem como essa, no entanto, o momento nunca parecia certo.
Laiza, Breno, Arthur e Aurora
Arquivo pessoal
Taboola Recommendation
“Até que chegou uma hora em que decidimos partir, considerando principalmente a fase das crianças. Minha filha Aurora, 4, ainda não está na idade escolar e o Arthur, 1, não paga passagem até os 2 anos, o que torna a nossa viagem um pouco mais acessível”, explica. Então, eles resolveram tirar o plano do papel e traçaram sua rota para dar a volta ao mundo em cerca de um ano. Eles já fizeram as malas e embarcaram para o seu primeiro destino, na Nova Zelândia, nesta quarta-feira (19).
Planejamento e pesquisa
Organizar uma viagem tão longa quanto essa não é nada fácil e exigiu muita pesquisa. “Antes mesmo de começarmos o planejamento, escutamos muitos relatos de viajantes de longas viagens para entender os desafios, as dicas e realmente nos inspirar. Isso nos encheu de animação, conhecimento e muita emoção em ouvir de tantos que ‘foi a melhor decisão da vida'”, afirma Laiza.
Há cerca de um ano, começaram a pensar no roteiro. “Levamos em consideração onde gostaríamos de ir, os riscos de cada lugar e a média diária de gastos. Com isso, fomos ajustando nosso orçamento em relação à segurança e estrutura para as crianças. Aqui foi muita leitura de relatos, roteiros e até o ChatGPT ajudou nessas pesquisas”, explica.
Com todas as informações em mãos, decidiram os seus destinos: a primeira parada é a Nova Zelândia, depois seguem para a Austrália, Japão, Filipinas, Turquia, Grécia, Itália, sobem até Dinamarca, Noruega, Finlândia e da Islândia vão para o Canadá, Estados Unidos e alguns países da América Central, que ainda serão definidos, até retornarem ao Brasil.
Aurora abraçando o mundo
Arquivo pessoal
Embora pareça uma viagem muito cara, Laiza garante que conseguiram torná-la muito mais acessível com as suas pesquisas. “Não ganhamos na loteria. Essa viagem é fruto de muito planejamento e estudo ao longo de vários anos, além do apoio de pessoas especiais que incentivaram nossa decisão. Viagem longa não é férias, é tudo diferente e nos planejamos para isso. As pessoas muitas vezes imaginam um valor exorbitante para viajar assim por muito tempo, mas com pesquisa e já estando do outro lado do mundo, a locomoção entre países fica muito mais barata”, explica.
Há cerca de seis meses começaram a fazer todas as reservas. “Nós pedimos licença do trabalho, alugamos nossa casa para uma família querida que vai cuidar dos nossos bichinhos, vendemos os carros e vamos realizar nosso sonho de dar a volta ao mundo em família”, comemora.
“A escola da vida é muito valiosa”, diz mãe que tirou os filhos da escola para viagem ao mundo em 10 semanas
‘Não existe lugar ideal para crianças’
A família irá ficar de 20 a 30 dias em cada lugar. “Como é uma viagem maior, fica inviável ser o ‘batidão’ de férias, é preciso um pouco mais de calma, considerando dias de descanso. Isso é um super desafio, porque olhamos os locais e queremos fazer tudo! Mas com crianças já não é possível caminhar mais de 15km por dia, como quando estamos só nós [Laiza e Breno]”, afirma.
A mãe ressalta que eles não acreditam que existe um lugar “ideal para crianças” e isso não foi um critério para escolher os passeios. “Claro que alguns têm mais estrutura, segurança ou atrativos, mas precisamos abrir a mente neste sentido. Até lugares com museus e castelos, se você disser que lá mora uma princesa, vai gerar um super encantamento das crianças. Se for uma trilha e dizer que ali mora uma fada, tenho certeza que o interesse será diferente. Todo lugar pode ser atrativo, depende da forma que conduzimos com os pequenos”, explica.
Quanto às hospedagens, eles irão ficar em locais com cozinha, para poderem fazer a própria comida. “Seria muito mais caro e menos saudável fazer as refeições todas na rua. Assim economizamos e, ao mesmo tempo, conseguimos ter uma certa ‘rotina’, como se morássemos no lugar”, diz.
Na Nova Zelândia, parte da Austrália, Noruega, Islândia e Canadá, eles irão viver em um motorhome. “Nunca fiz, deve ser incrível todo dia ter um quintal diferente. É mais em conta do que veículo e hospedagem, permite maior liberdade para paradas com as crianças e para contemplar o caminho”, destaca.
Laiza e a família
Arquivo pessoal
‘Turbilhão de sentimentos’
Com o início da viagem, a família está muito animada para tudo que irão viver. “A alegria e a empolgação dividem espaço com um turbilhão de sentimentos: ansiedade, um pouco de tristeza por pausar a carreira, deixar para trás a casa que transformamos em lar e a saudade que já começa a apertar dos amigos e da família. As despedidas não têm sido fáceis e, às vezes, arrancam lágrimas. Mas sabemos que tudo isso faz parte do caminho”, ressalta Laiza.
Embora o pequeno Arthur ainda não entenda a viagem, Aurora está muito empolgada. “Ela fala que quer conhecer a aurora boreal, a casa da Minnie na Disney de Tóquio e os cangurus. Aurora e Arthur são maravilhosos e muito ativos, temos certeza que vão curtir demais cada lugar”, afirma. Enquanto a garotinha está esperando ansiosamente para conhecer a Disney, os destinos com mais natureza são os mais esperados dos pais. “Para mim Nova Zelândia e Noruega, para o Breno, o Japão e Islândia são os preferidos”, explica.
Pais reformam van para viver com bebê e viajar o mundo: ‘Ele vai crescer na estrada’
4 dicas para fazer uma viagem longa com os filhos
Aurora e Arthur
Arquivo pessoal
Laiza decidiu criar um perfil no Instagram, Mochilas & Memórias (@mochilasememorias), para publicar registros da viagem. “Queremos compartilhar nossa história para que mais famílias se encorajem não apenas a viajar, mas principalmente a realizar sonhos e formar memórias com seus pequenos. O que mais ouvimos é que temos muita coragem em fazer essa viagem com as crianças, mas percebo que, na prática, as pessoas têm medo de algo que nem sabem o que é”, afirma.
A mãe separou 4 dicas para quem está pensando em fazer uma viagem longa ou quer ir para um destino especial com os filhos, mas não sabe por onde começar. Confira!
1. Resgate o sonho
Com a correria do dia a dia, muitos sonhos acabam ficando de lado, mas Laiza acredita que é importante resgatá-los. “Precisamos realizar nossos sonhos, para que nossos filhos também acreditem que é possível. Pais realizados fazem filhos seguros que podem também alcançar os seus sonhos”, diz.
2. Converse com quem tem experiência
Antes de ouvir o que os outros têm a dizer sobre a sua volta ao mundo ou qualquer outro sonho que tenha, Laiza recomenda ouvir relatos de outras famílias que já fizeram algo parecido. “Veja que é possível, que outras pessoas já percorreram esse caminho, entenda como mitigaram os riscos e contornaram os problemas e medos”, destaca.
3. Buscar informação
A mãe reforça a importância do estudo e da pesquisa antes de viajar. “Hoje nós temos muita informação disponível, tem blogs e sites oficiais dos destinos que podem dar todas as informações necessárias. E na insegurança, ainda é possível contratar algum serviço ou consultoria”, afirma.
4. Só vai
“Por fim, aquela frase clichê, mas que é a pura verdade: ‘só se vive uma vez’. Precisamos buscar aquilo que nos faz feliz”, finaliza Laiza.