Só te digo vai! Conheça 7 carnavais de rua imperdíveis de cidades do Pará • DOL


O Carnaval é uma das expressões culturais mais aguardadas pelos paraenses. Na capital e nas cidades do interior, manifestações e blocos carnavalescos saem às ruas para celebrar a cultura e a arte de um povo rico em histórias. Seja em Cametá, como o icônico “Cordão da Bicharada”, ou com os enlameados “Pretinhos do Mangue”, no município de Curuçá, é certo que todas essas manifestações carregam um simbolismo inerente da região em que vive.

O DOL selecionou sete destinos onde a tradição e a diversão são garantidas. Confira:

1 – Cordão da Bicharada (Cametá)

Criado pelo mestre Zenóbio Ferreira, no Distrito de Juaba, em Cametá, o cordão carnavalesco surgiu na década de 70 com o objetivo de conscientizar a todos sobre a preservação do meio ambiente, conforme pesquisa de de Ivone Maria Xavier de Amorim Almeida, ‘O Cordão da Bicharada: a espetacularidade do Carnaval de rua em Juaba-Cametá/PA’, publicado pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

Segundo Ivone, o cordão em Juaba, os foliões utilizam fantasias representando animais dos mais diferentes tamanhos. São araras, jacarés, cobras, macacos, jabutis, tucanos, botos e outros da fauna amazônica, mas também bichos de outros biomas como girafa, urso, hipopótamo.

“Durante a festa do Momo, este cordão de bichos se apresenta nos trapiches das residências, às margens do Rio Tocantins, ao toque de músicas próprias do grupo, em ritmos de marchinhas e também com o uso de comédias”, relata.

'Cordão da Bicharada', em Cametá
📷 ‘Cordão da Bicharada’, em Cametá |Foto: Raimundo Paccó

A pesquisadora destaca que durante a apresentação do cortejo, cada animal, ao ser convocado pelo domador – caracterizado de palhaço – desenvolve ato performático marcado pela composição estética de caráter espetacular.

O Cordão da Bicharada de Juaba já é considerado pelos moradores da localidade como parte indissociável de sua tradição cultural e, também, da cidade de Cametá, uma vez que Juaba pertence à macrorregião deste município paraense. E serviu para tirar o distrito da invisibilidade social e cultural.

2 – Pretinhos do Mangue (Curuçá)

Fincado no coração na região costeira do Pará, quando se pensa em carnaval, o município de Curuçá é sinônimo de alegria, farra e diversão neste período. A região conta com uma programação cultural com a participação de vários blocos carnavalescos animados, sendo um dos mais populares o Pretinhos do Mangue, que este ano completa 36 anos de criação.

O bloco tem uma espécie de “abadá” ecológico, chamado assim pelo presidente do bloco Edmilson Campos, o Cafá, durante entrevista ao jornal DIÁRIO DO PARÁ em 2024. Ele explica que os brincantes passam no próprio corpo o tijuco, que é uma espécie de barro extraído da área de manguezais, muito comum em Curuçá.

O bloco é um dos mais tradicionais do Pará
📷 O bloco é um dos mais tradicionais do Pará |(Mauro Ângelo / Diário do Pará

E nada mais justo que o mascote do bloco seja o caranguejo, que também é símbolo do município, recriado em um carro alegórico e articulado para movimentar todo o corpo. Além dele, o bloco tem o carro da ostra, com uma pérola negra, e a Barraca do Avoado, onde o brincante degusta camarão, mexilhão, sanambi e peixes diversos ao final do cortejo.

3 – Os Cabeçudos (São Caetano de Odivelas)

O carnaval de São Caetano de Odivelas é marcado por um hibridismo bastante único. Ele mistura elementos artesanais e de festejos diversos, como das festas juninas. E é nesse contexto que, desde 2006, os visitantes se deparam com um bloco carnavalesco que junta os Cabeçudos de São Caetano de Odivelas, os pierrôs e o Boi-bumbá de Máscaras em uma festa fantasiosa.

Quem mais se destaca é justamente os Cabeçudos ou Préas como são chamados pela população local e elas abrem o cortejo com coreografia própria. O personagem surge a partir de cestos tradicionais da região amazônica, chamados paneiros.

Os itens são comumente usados no cotidiano das famílias como armazenamento para diversos utensílios, mas principalmente para trazer a produção da roça, como a mandioca, para as casas de farinha. Geralmente, trançados com cipós retirados das matas tem formato similar em quase todo o Norte, com uma trama que chamam de olho, pois remetem a vários olhos hexagonais.

Carnaval com boi, mascarados e cabeçudos já é tradicional em São Caetano de Odivelas
📷 Carnaval com boi, mascarados e cabeçudos já é tradicional em São Caetano de Odivelas |(Mauro Ângelo / Diário do Pará

Os pesquisadores Ivone Almeida e Jorge Luiz Santos explicam que a origem dos cabeçudos remete a um senhor que morava no local, chamado Paranga. Na época era um hábito para os moradores criarem suas fantasias e brincarem nas ruas. E em meados dos anos 1960, Paranga pintou uma grande caixa de papelão com uma careta e vestiu a cabeça até o peito. Colocou uma camisa na cintura e saiu para a rua. As pessoas gostaram da ideia e foram copiando, mudando alguns itens, até resultar no que se vê hoje nos carnavais da cidade.

4 – Festa do Mascarado Fobó (Óbidos)

O Carnaval de Rua da cidade de Óbidos, no Oeste do Pará, é tradicionalmente conhecido como Carnapauxis – “A Festa do Mascarado Fobó”. É um evento que reúne as mais diversas figuras dos folguedos carnavalescos, através dos blocos, que reverenciam o Mascarado Fobó, ícone da tradição carnavalesca, cuja figura é a maior atração para o público presente, durante os dias de festa, desfilando pelas estreitas ruas da cidade de Óbidos e finalizando na Praça Sesquicentenário, que durante o evento denomina-se de Fobódromo.

A princípio, a provável origem do nome Fobó vem de terras de muito além-mar e nos conduz ao mito grego do deus Fobos (Phobos = medo), filho de Ares (Marte), o deus da guerra. Narra o mito, que os soldados usavam a figura de Fobos nos escudos nos campos de batalha para assustar os inimigos. Seria essa a significação do nosso mascarado? Um misto de “palhaço alegórico” que, embora compassei ao som das marchinhas, ao mesmo tempo, assusta e causa espanto?

Festa do Mascarado Fobó, em Óbidos, é um dos melhores carnavais de rua da Amazônia
📷 Festa do Mascarado Fobó, em Óbidos, é um dos melhores carnavais de rua da Amazônia |Foto: Obidos Net

Tudo o que se sabe vem do conhecimento coletivo que ao longo dos anos vem sendo transmitido aos mais novos. Mas, a explicação mais comum diz que o Fobó “é um misto de risos, medo, admiração e alegria; ora causa espanto às crianças que o temem por suas bexigas, ora causa risos, mas também, aguça a ira das pessoas que, banhadas em suas portas ou nas esquinas, recebem do Fobó polvilhadas de Maisena”. (CD Carnapauxis: a festa do Mascarado Fobó. Óbidos).

5 – As Vigienses, Os Cabraçurdos e Gaiola das Loucas (Vigia de Nazaré)

Localizada a 90 km da capital paraense, Vigia é uma das cidades mais conhecidas e festeiras do estado, especialmente durante o Carnaval. Para além das programações oficiais realizadas pela prefeitura municipal, os blocos de rua são quem fazem do carnaval da cidade um dos mais conhecidos e almejados pelos brincantes.

O bloco ‘As Virgienses’ celebra em 2025 seus 40 anos de farra nas ruas de Vigia, sempre arrastando uma multidão de homens transvertidos de mulheres. Idealizado como uma brincadeira de amigos na segunda-feira de carnaval, o bloco se tornou um dos maiores no quesito empolgação do carnaval do Norte do país.

Tradicional bloco
📷 Tradicional bloco “As Virgienses” |(Arquivo/Celso Rodrigues/Diário do Pará)

O contrário do que é feito no bloco “Os Cabraçurdos”, com 31 anos de folia, que neste são as mulheres que se transvestem de homens, utilizando roupas e adereços masculinos. Ele sai no mesmo dia e horário do “As Vigienses”, fazendo com que os dois públicos se encontrem e aumente ainda mais a folia.

A “Gaiola das Loucas” é muito mais que um bloco de carnaval, é um grito de resistência. Único bloco voltado para o público LGBTQIAPN+ na região e é um dos mais esperados da programação carnavalesca, ele fez sua estreia no domingo de Carnaval de 1997. Com o tempo, o bloco cresceu em popularidade e, devido à sua relevância, passou a desfilar na segunda-feira de Carnaval, unindo vigienses e cabraçurdos em uma grande celebração.

6 – Carnaval do Caeté (Bragança)

O Carnaval do Caeté é um dos mais procurados pelos foliões da região do salgado. Promovido pela gestão municipal. As atrações são realizadas na Praça de Eventos e na Orla do Rio Caeté, com o “Arrastão dos Blocos” levando alegria ao carnaval de rua de Bragança.

O principal bloco é o “Urubu Cheiroso”, criado em 1993 por estudantes do polo de Bragança da Universidade Federal do Pará (UFPA), tendo esse nome em alusão a localização do polo, em frente ao matadouro da cidade, o que causava o mau cheiro sentido pelos alunos.

Foliões no bloco Urubu Cheiroso
📷 Foliões no bloco Urubu Cheiroso |(Foto: Renato Chalú

A folia do Urubu é totalmente gratuita. Para participar da festa, basta ter criatividade e se fantasiar. A regra se tornou a principal atração do bloco que promove um desfile de pierrôs, colombinas, herois e palhaços pelas ruas de Bragança, atrás do urubu mais perfumado do Pará.

7 – Carnaval de rua em Abaetetuba

O município de Abaetetuba é um dos mais procurados quando o assunto é Carnaval. Da tradição do bloco do sujo, da mulher que vira homem e o homem vira mulher, até o bloco das “Virgens”, os cinco dias de Carnaval são comemorados com tudo que os abaetetubenses e visitantes têm direito, muita música e diversão.

Carnaval de rua de Abaetetuba é um dos mais buscados
📷 Carnaval de rua de Abaetetuba é um dos mais buscados |Divulgação

Uma das principais vias da cidade é transformada em corredor da folia, é de lá também que passa os inúmeros blocos. A concentração começa bem antes, ainda durante a madrugada, e o desfile pelo corredor carnavalesco é às seis da manhã levando uma multidão com um só objetivo: de se divertir.

Equipe Dol Especiais

  • Lucas Quirino é jornalista do portal DOL como repórter e bacharel em Direito . Contar histórias pelo ponto de vista dos pessoas é sua maior motivação: “o Jornalismo muda a vida de muitos, inclusive a minha”.

O Carnaval é uma das expressões culturais mais aguardadas pelos paraenses. Na capital e nas cidades do interior, manifestações e blocos carnavalescos saem às ruas para celebrar a cultura e a arte de um povo rico em histórias. Seja em Cametá, como o icônico “Cordão da Bicharada”, ou com os enlameados “Pretinhos do Mangue”, no município de Curuçá, é certo que todas essas manifestações carregam um simbolismo inerente da região em que vive.

O DOL selecionou sete destinos onde a tradição e a diversão são garantidas. Confira:

1 – Cordão da Bicharada (Cametá)

Criado pelo mestre Zenóbio Ferreira, no Distrito de Juaba, em Cametá, o cordão carnavalesco surgiu na década de 70 com o objetivo de conscientizar a todos sobre a preservação do meio ambiente, conforme pesquisa de de Ivone Maria Xavier de Amorim Almeida, ‘O Cordão da Bicharada: a espetacularidade do Carnaval de rua em Juaba-Cametá/PA’, publicado pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

Segundo Ivone, o cordão em Juaba, os foliões utilizam fantasias representando animais dos mais diferentes tamanhos. São araras, jacarés, cobras, macacos, jabutis, tucanos, botos e outros da fauna amazônica, mas também bichos de outros biomas como girafa, urso, hipopótamo.

“Durante a festa do Momo, este cordão de bichos se apresenta nos trapiches das residências, às margens do Rio Tocantins, ao toque de músicas próprias do grupo, em ritmos de marchinhas e também com o uso de comédias”, relata.

'Cordão da Bicharada', em Cametá
📷 ‘Cordão da Bicharada’, em Cametá |Foto: Raimundo Paccó

A pesquisadora destaca que durante a apresentação do cortejo, cada animal, ao ser convocado pelo domador – caracterizado de palhaço – desenvolve ato performático marcado pela composição estética de caráter espetacular.

O Cordão da Bicharada de Juaba já é considerado pelos moradores da localidade como parte indissociável de sua tradição cultural e, também, da cidade de Cametá, uma vez que Juaba pertence à macrorregião deste município paraense. E serviu para tirar o distrito da invisibilidade social e cultural.

2 – Pretinhos do Mangue (Curuçá)

Fincado no coração na região costeira do Pará, quando se pensa em carnaval, o município de Curuçá é sinônimo de alegria, farra e diversão neste período. A região conta com uma programação cultural com a participação de vários blocos carnavalescos animados, sendo um dos mais populares o Pretinhos do Mangue, que este ano completa 36 anos de criação.

O bloco tem uma espécie de “abadá” ecológico, chamado assim pelo presidente do bloco Edmilson Campos, o Cafá, durante entrevista ao jornal DIÁRIO DO PARÁ em 2024. Ele explica que os brincantes passam no próprio corpo o tijuco, que é uma espécie de barro extraído da área de manguezais, muito comum em Curuçá.

O bloco é um dos mais tradicionais do Pará
📷 O bloco é um dos mais tradicionais do Pará |(Mauro Ângelo / Diário do Pará

E nada mais justo que o mascote do bloco seja o caranguejo, que também é símbolo do município, recriado em um carro alegórico e articulado para movimentar todo o corpo. Além dele, o bloco tem o carro da ostra, com uma pérola negra, e a Barraca do Avoado, onde o brincante degusta camarão, mexilhão, sanambi e peixes diversos ao final do cortejo.

3 – Os Cabeçudos (São Caetano de Odivelas)

O carnaval de São Caetano de Odivelas é marcado por um hibridismo bastante único. Ele mistura elementos artesanais e de festejos diversos, como das festas juninas. E é nesse contexto que, desde 2006, os visitantes se deparam com um bloco carnavalesco que junta os Cabeçudos de São Caetano de Odivelas, os pierrôs e o Boi-bumbá de Máscaras em uma festa fantasiosa.

Quem mais se destaca é justamente os Cabeçudos ou Préas como são chamados pela população local e elas abrem o cortejo com coreografia própria. O personagem surge a partir de cestos tradicionais da região amazônica, chamados paneiros.

Os itens são comumente usados no cotidiano das famílias como armazenamento para diversos utensílios, mas principalmente para trazer a produção da roça, como a mandioca, para as casas de farinha. Geralmente, trançados com cipós retirados das matas tem formato similar em quase todo o Norte, com uma trama que chamam de olho, pois remetem a vários olhos hexagonais.

Carnaval com boi, mascarados e cabeçudos já é tradicional em São Caetano de Odivelas
📷 Carnaval com boi, mascarados e cabeçudos já é tradicional em São Caetano de Odivelas |(Mauro Ângelo / Diário do Pará

Os pesquisadores Ivone Almeida e Jorge Luiz Santos explicam que a origem dos cabeçudos remete a um senhor que morava no local, chamado Paranga. Na época era um hábito para os moradores criarem suas fantasias e brincarem nas ruas. E em meados dos anos 1960, Paranga pintou uma grande caixa de papelão com uma careta e vestiu a cabeça até o peito. Colocou uma camisa na cintura e saiu para a rua. As pessoas gostaram da ideia e foram copiando, mudando alguns itens, até resultar no que se vê hoje nos carnavais da cidade.

4 – Festa do Mascarado Fobó (Óbidos)

O Carnaval de Rua da cidade de Óbidos, no Oeste do Pará, é tradicionalmente conhecido como Carnapauxis – “A Festa do Mascarado Fobó”. É um evento que reúne as mais diversas figuras dos folguedos carnavalescos, através dos blocos, que reverenciam o Mascarado Fobó, ícone da tradição carnavalesca, cuja figura é a maior atração para o público presente, durante os dias de festa, desfilando pelas estreitas ruas da cidade de Óbidos e finalizando na Praça Sesquicentenário, que durante o evento denomina-se de Fobódromo.

A princípio, a provável origem do nome Fobó vem de terras de muito além-mar e nos conduz ao mito grego do deus Fobos (Phobos = medo), filho de Ares (Marte), o deus da guerra. Narra o mito, que os soldados usavam a figura de Fobos nos escudos nos campos de batalha para assustar os inimigos. Seria essa a significação do nosso mascarado? Um misto de “palhaço alegórico” que, embora compassei ao som das marchinhas, ao mesmo tempo, assusta e causa espanto?

Festa do Mascarado Fobó, em Óbidos, é um dos melhores carnavais de rua da Amazônia
📷 Festa do Mascarado Fobó, em Óbidos, é um dos melhores carnavais de rua da Amazônia |Foto: Obidos Net

Tudo o que se sabe vem do conhecimento coletivo que ao longo dos anos vem sendo transmitido aos mais novos. Mas, a explicação mais comum diz que o Fobó “é um misto de risos, medo, admiração e alegria; ora causa espanto às crianças que o temem por suas bexigas, ora causa risos, mas também, aguça a ira das pessoas que, banhadas em suas portas ou nas esquinas, recebem do Fobó polvilhadas de Maisena”. (CD Carnapauxis: a festa do Mascarado Fobó. Óbidos).

5 – As Vigienses, Os Cabraçurdos e Gaiola das Loucas (Vigia de Nazaré)

Localizada a 90 km da capital paraense, Vigia é uma das cidades mais conhecidas e festeiras do estado, especialmente durante o Carnaval. Para além das programações oficiais realizadas pela prefeitura municipal, os blocos de rua são quem fazem do carnaval da cidade um dos mais conhecidos e almejados pelos brincantes.

O bloco ‘As Virgienses’ celebra em 2025 seus 40 anos de farra nas ruas de Vigia, sempre arrastando uma multidão de homens transvertidos de mulheres. Idealizado como uma brincadeira de amigos na segunda-feira de carnaval, o bloco se tornou um dos maiores no quesito empolgação do carnaval do Norte do país.

Tradicional bloco
📷 Tradicional bloco “As Virgienses” |(Arquivo/Celso Rodrigues/Diário do Pará)

O contrário do que é feito no bloco “Os Cabraçurdos”, com 31 anos de folia, que neste são as mulheres que se transvestem de homens, utilizando roupas e adereços masculinos. Ele sai no mesmo dia e horário do “As Vigienses”, fazendo com que os dois públicos se encontrem e aumente ainda mais a folia.

A “Gaiola das Loucas” é muito mais que um bloco de carnaval, é um grito de resistência. Único bloco voltado para o público LGBTQIAPN+ na região e é um dos mais esperados da programação carnavalesca, ele fez sua estreia no domingo de Carnaval de 1997. Com o tempo, o bloco cresceu em popularidade e, devido à sua relevância, passou a desfilar na segunda-feira de Carnaval, unindo vigienses e cabraçurdos em uma grande celebração.

6 – Carnaval do Caeté (Bragança)

O Carnaval do Caeté é um dos mais procurados pelos foliões da região do salgado. Promovido pela gestão municipal. As atrações são realizadas na Praça de Eventos e na Orla do Rio Caeté, com o “Arrastão dos Blocos” levando alegria ao carnaval de rua de Bragança.

O principal bloco é o “Urubu Cheiroso”, criado em 1993 por estudantes do polo de Bragança da Universidade Federal do Pará (UFPA), tendo esse nome em alusão a localização do polo, em frente ao matadouro da cidade, o que causava o mau cheiro sentido pelos alunos.

Foliões no bloco Urubu Cheiroso
📷 Foliões no bloco Urubu Cheiroso |(Foto: Renato Chalú

A folia do Urubu é totalmente gratuita. Para participar da festa, basta ter criatividade e se fantasiar. A regra se tornou a principal atração do bloco que promove um desfile de pierrôs, colombinas, herois e palhaços pelas ruas de Bragança, atrás do urubu mais perfumado do Pará.

7 – Carnaval de rua em Abaetetuba

O município de Abaetetuba é um dos mais procurados quando o assunto é Carnaval. Da tradição do bloco do sujo, da mulher que vira homem e o homem vira mulher, até o bloco das “Virgens”, os cinco dias de Carnaval são comemorados com tudo que os abaetetubenses e visitantes têm direito, muita música e diversão.

Carnaval de rua de Abaetetuba é um dos mais buscados
📷 Carnaval de rua de Abaetetuba é um dos mais buscados |Divulgação

Uma das principais vias da cidade é transformada em corredor da folia, é de lá também que passa os inúmeros blocos. A concentração começa bem antes, ainda durante a madrugada, e o desfile pelo corredor carnavalesco é às seis da manhã levando uma multidão com um só objetivo: de se divertir.

Equipe Dol Especiais

  • Lucas Quirino é jornalista do portal DOL como repórter e bacharel em Direito . Contar histórias pelo ponto de vista dos pessoas é sua maior motivação: “o Jornalismo muda a vida de muitos, inclusive a minha”.



Post Comment

You May Have Missed