10 atitudes tóxicas que os pais têm com os filhos sem perceber
Pode ser algo muito sutil, por isso, é fundamental identificar estes comportamentos nocivos. Saiba quais são e o que fazer para evitar! Todo pai e mãe deseja dar a melhor educação para os filhos. Mas, pode ser que, mesmo com boas intenções, eles tenham algumas atitudes tóxicas, que podem gerar inseguranças, além de afetar a autoestima e a saúde mental das crianças. Pode ser algo sutil. Às vezes, os adultos nem percebem. Por isso, é fundamental saber identificar estes comportamentos e evitá-los.
Menino triste dentro de casa olhando pela janela (Foto: Getty Images)
Crescer
Taboola Recommendation
“O tipo de ambiente familiar estabelecido pode prejudicar profundamente o desenvolvimento emocional, psicológico e social dos filhos, muitas vezes, deixando como herança, dificuldades que duram até a vida adulta”, explica Claudia Alaminos, educadora parental e psicopedagoga, especialista em adolescência. Segundo ela, as crianças podem enfrentar desafios emocionais e comportamentais que influenciam sua capacidade de tomar decisões e sua forma de ver o mundo.
Luciana Jamas, psicóloga e psicoterapeuta, especializada em adultos e adolescentes, acrescenta que essas atitudes tóxicas dos pais também podem influenciar a forma como os filhos se relacionam com os outros e com elas mesmas à medida que crescem. A boa notícia? Nunca é tarde para ajustar o caminho e fortalecer a relação com mais amor e respeito. “Não precisamos apenas nos culpar por atitudes que tomamos. Somos humanos e podemos errar, mesmo desejando muito acertar. É possível reverter esses efeitos por meio do autoconhecimento, da construção de relações mais saudáveis e, em alguns casos, de terapia”, destaca Claudia Alaminos.
Para ela, o mais importante é que os pais reconheçam esses padrões e busquem criar um ambiente seguro e acolhedor, baseado no carinho, na escuta e no apoio emocional. “Sempre que acharem que está muito difícil mudar, procurem a ajuda de um educador parental”, orienta. As especialistas separaram 10 atitudes tóxicas que muitos pais podem ter no dia a dia sem perceber e o que fazer no lugar para ter uma relação saudável com os pequenos. Confira!
6 atitudes dos pais que afetam a autoestima dos filhos
1. Comunicação agressiva e gritos
Uma criança ou adolescente que ouve gritos ou palavras agressivas, da parte de seus pais, com muita frequência tem sua segurança emocional afetada, além de prejuízos na sua autoestima. Tratar um filho aos berros ou dizer a ele frases do tipo: “você não aprendeu nada com a educação que te dei” ou “se continuar assim, você não vai dar em nada” é um tipo de violência.
Os pais também devem evitar brigas frequentes na frente da criança, o que pode gerar um ambiente de insegurança e ansiedade para a criança. Principalmente se as brigas forem relacionadas ao filho, como guarda, escala de férias e fins de semana, pois ele passa a se sentir como um “peso”.
✔ O que fazer no lugar: Nunca aja de forma agressiva com seus filhos ou na presença deles. Isso não significa que você não possa sentir raiva ou que precise estar sempre calmo — afinal, isso é impossível. Educar com respeito não é sinônimo de nunca perder a paciência, mas de aprender a controlar as emoções, reconhecer seu papel como adulto da relação e guiar a criança no desenvolvimento de suas habilidades socioemocionais. Quando estão emocionalmente tomados, os pais devem se afastar do filho e resolver a questão quando todos estiverem calmos.
2. Críticas e comparações com outras crianças
Pais que sempre apontam defeitos, muitas vezes, com a intenção de motivar o filho ou aqueles pais que parecem nunca estar satisfeitos com as conquistas dos filhos podem gerar um sentimento de inadequação, ansiedade e baixa autoestima. A criança pode crescer com a ideia de que nunca consegue fazer algo corretamente, ou que as outras crianças são sempre melhores ou mais inteligentes. Focar sempre no que a criança fez de errado sem reconhecer seus acertos pode fazer com que ela se sinta desvalorizada e insegura para aprender coisas novas.
Além disso, comparações com irmãos, primos ou amigos normalmente se convertem em rivalidades desnecessárias. “Não fez mais do que a sua obrigação de tirar boas notas, você só estuda”, “por que você não é mais esforçado? Veja seu irmão!” ou “meu Deus, você nunca faz nada direito” são exemplos destes comportamentos.
✔ O que fazer no lugar: Lembre-se que cada criança tem seu ritmo e suas próprias habilidades. Em vez de comparar, valorize o progresso individual do seu filho, destacando seus esforços e conquistas. Dizer frases como “Vejo que você se esforçou bastante, mas ainda assim não deu. Como podemos melhorar juntos?” faz total diferença no desenvolvimento da autoconfiança.
3. Muitas exigências e expectativas
Colocar expectativas muito altas para o desempenho da criança (seja na escola ou em outras atividades) pode causar pressão excessiva, levando a um aumento de estresse, de ansiedade e gerar insegurança na criança quando ela vai desempenhar alguma atividade nova.
✔ O que fazer no lugar: Reforçar o valor do esforço e da perseverança, em vez de focar apenas no sucesso ou nos resultados finais, ajuda a criança a desenvolver uma mentalidade positiva, mais flexível e resiliente. Dessa forma ela se sente capaz, independentemente do resultado. Quando todo o processo é valorizado, a criança sente que pode errar, sem ser punida por isso, o que a deixa mais confiante para tentar novamente.
4. Negligência e indiferença
Os pais que não demonstram interesse genuíno na vida dos filhos, não perguntam sobre a vida da criança ou jovem, não têm tempo para comparecer a eventos importantes para o filho, entre outras atitudes, passam a mensagem de que o filho não é importante. Ele possivelmente, carregará dores emocionais profundas e duradouras que poderão prejudicar toda a sua vida futura.
A negligência pode ser emocional, caracterizada por não demonstrar carinho ou apoio ao filho, por exemplo. Ela pode ser física também que acontece quando os pais não se atentam à higiene, à alimentação ou não provêm cuidados básicos ao filho.
✔ O que fazer no lugar: Investir em presença real e escuta ativa, largar o celular durante uma conversa, perguntar genuinamente sobre o dia dos filhos e criar momentos juntos fortalecem o vínculo e fazem a criança ou adolescente sentir-se importante. Pequenos gestos, como um abraço espontâneo ou uma conversa antes de dormir, são atitudes simples, embora muito importantes. Ao se sentir amada e importante, a criança passa a confiar mais em si, e com isso, passa a se sentir mais segura para fazer escolhas e tomar decisões.
10 atitudes dos pais que afastam os filhos
5. Controle exagerado e superproteção
Pais que controlam praticamente tudo relacionado à vida dos filhos, desde pequenas decisões até escolhas importantes, como a profissão ou o namorado/namorada, passam a informação de que os filhos são incompetentes para entender o que é melhor para si. Tentar controlar todas as áreas da vida da criança, sem deixá-la aprender com seus erros ou tomar pequenas decisões, pode prejudicar o desenvolvimento da independência, da autonomia e da autoconfiança. A superproteção pode gerar insegurança e dependência excessiva em alguns casos ou rebeldia e desconexão entre pais e filhos, em outros.
✔ O que fazer no lugar: Oferecer suporte, mas sem impedir que seus filhos enfrentem desafios e cresçam com as experiências, que valorizem os esforços e conquistas dos filhos e que reconheçam as qualidades que a criança ou o jovem possui.
6. Falta de limites claros
A falta de disciplina ou de regras claras pode gerar confusão e insegurança, pois a criança sente dificuldade em compreender o que é certo ou errado. Existem dois tipos de pais que não dão limites claros. O primeiro são pais permissivos, que nunca impedem os filhos de fazer algo porque é arriscado ou não é saudável, aqueles que deixam fazer tudo e nunca dizem “não”, passam a mensagem de que não se importam com os filhos.
O segundo são aqueles que oscilam entre a permissividade extrema e a rigidez. Esse comportamento confunde os filhos sobre o que é esperado deles. Normalmente o comportamento dos pais se relaciona com o seu próprio estado de humor. No dia que estão bem-humorados, deixam tudo e, nos dias mais difíceis, podem punir o filho por algo pequeno que ele tenha feito. A ausência de regras claras pode gerar preocupação. O jovem nunca sabe ao certo o que se espera dele.
✔ O que fazer no lugar: É imprescindível estabelecer limites claros e coerentes. Disciplina equilibrada e justa, com regras bem definidas, ajuda a criança a entender o que é esperado dela e a se sentir segura. Os pais devem explicar as razões por trás dos limites e se manter firmes no cumprimento deles. A participação do filho na elaboração dos combinados, quando possível, aumenta o engajamento no cumprimento porque fortalece o senso de justiça e responsabilidade da criança e do adolescente. Quando o limite é claro, a criança tende a não se sentir injustiçada caso precise ser corrigida.
7. ‘Dar um gelo’ após discussão
O silêncio punitivo, mais conhecido como “dar um gelo”, acontece quando os pais, após uma discussão ou contrariedade, ignoram o filho e se recusam a interagir, responder ou demonstrar afeto. Esse comportamento transmite a mensagem de que o amor e a atenção dos pais estão condicionados à obediência e ao cumprimento de suas expectativas.
Esse tipo de comportamento gera nos filhos um sentimento de rejeição e insegurança, pois o silêncio parental pode ser interpretado como abandono afetivo ou até como uma forma de humilhação. Além disso, essa atitude impede o aprendizado sobre como lidar com conflitos de maneira saudável, pois a criança ou adolescente não recebe modelos positivos de comunicação e resolução de problemas.
✔ O que fazer no lugar: Não finja que nada aconteceu, converse com a criança, diga as expectativas e discutam como pretendem mudar a rota antes de prosseguir. Nem sempre é fácil fazer isso no calor do momento, se precisar, tire um momento para respirar, mas, quando estiver calmo, volte para a criança.
8. Chantagem emocional e culpa
Utilizar a culpa como estratégia para obter controle e fazer com que os filhos se sintam obrigados a atender suas expectativas pode levar a um sentimento de dívida emocional que dura até a vida adulta. Expressos como: “eu me sacrifico tanto por você e é assim que você me retribui?” ou “se você realmente me amasse, faria o que estou pedindo” são sinais deste comportamento.
✔ O que fazer no lugar: Mantenha uma comunicação clara e direta, demonstrando amor incondicional e aplicando consequências adequadas aos comportamentos.
20 frases que você não deveria dizer para o seu filho e por quê
9. Falta de validação emocional
Ignorar ou minimizar o que os filhos sentem pode levá-los a sentir que suas emoções não são importantes. Pais que utilizam frases como “isso não é nada, você está exagerando”, “você vai saber o que é problema quando for adulto”, “na minha infância (ou adolescência) as coisas eram muito piores” ou “pare de chorar à toa” ensinam os filhos que suas emoções não são válidas e que ele deve reprimi-las. Isso pode gerar dificuldades emocionais e até transtornos psicológicos no futuro.
✔ O que fazer no lugar: Praticar a escuta ativa e demonstrar empatia. Dizer frases como “eu entendo que isso é difícil para você” ou “me conta mais sobre como você está se sentindo” ajuda a criança ou o jovem a desenvolver inteligência emocional e a se sentir acolhida. Isso não significa concordar com tudo, mas mostrar que seus sentimentos são legítimos.
10. Ignorar escolhas e interesses da criança
Forçar as crianças a seguirem atividades ou carreiras que não têm interesse pode afetar a autoestima e a relação familiar, pois a criança sente que sua individualidade não é respeitada. A criança entende que o interesse do outro será mais importante do que o seu.
✔ O que fazer no lugar: Respeitar os interesses e talentos únicos da criança, incentivando-a a explorar suas próprias habilidades e a desenvolver sua identidade sem imposições externas. A criança se sente segura e respeitada por ser quem é.
Pode ser algo muito sutil, por isso, é fundamental identificar estes comportamentos nocivos. Saiba quais são e o que fazer para evitar! Todo pai e mãe deseja dar a melhor educação para os filhos. Mas, pode ser que, mesmo com boas intenções, eles tenham algumas atitudes tóxicas, que podem gerar inseguranças, além de afetar a autoestima e a saúde mental das crianças. Pode ser algo sutil. Às vezes, os adultos nem percebem. Por isso, é fundamental saber identificar estes comportamentos e evitá-los.
Menino triste dentro de casa olhando pela janela (Foto: Getty Images)
Crescer
Taboola Recommendation
“O tipo de ambiente familiar estabelecido pode prejudicar profundamente o desenvolvimento emocional, psicológico e social dos filhos, muitas vezes, deixando como herança, dificuldades que duram até a vida adulta”, explica Claudia Alaminos, educadora parental e psicopedagoga, especialista em adolescência. Segundo ela, as crianças podem enfrentar desafios emocionais e comportamentais que influenciam sua capacidade de tomar decisões e sua forma de ver o mundo.
Luciana Jamas, psicóloga e psicoterapeuta, especializada em adultos e adolescentes, acrescenta que essas atitudes tóxicas dos pais também podem influenciar a forma como os filhos se relacionam com os outros e com elas mesmas à medida que crescem. A boa notícia? Nunca é tarde para ajustar o caminho e fortalecer a relação com mais amor e respeito. “Não precisamos apenas nos culpar por atitudes que tomamos. Somos humanos e podemos errar, mesmo desejando muito acertar. É possível reverter esses efeitos por meio do autoconhecimento, da construção de relações mais saudáveis e, em alguns casos, de terapia”, destaca Claudia Alaminos.
Para ela, o mais importante é que os pais reconheçam esses padrões e busquem criar um ambiente seguro e acolhedor, baseado no carinho, na escuta e no apoio emocional. “Sempre que acharem que está muito difícil mudar, procurem a ajuda de um educador parental”, orienta. As especialistas separaram 10 atitudes tóxicas que muitos pais podem ter no dia a dia sem perceber e o que fazer no lugar para ter uma relação saudável com os pequenos. Confira!
6 atitudes dos pais que afetam a autoestima dos filhos
1. Comunicação agressiva e gritos
Uma criança ou adolescente que ouve gritos ou palavras agressivas, da parte de seus pais, com muita frequência tem sua segurança emocional afetada, além de prejuízos na sua autoestima. Tratar um filho aos berros ou dizer a ele frases do tipo: “você não aprendeu nada com a educação que te dei” ou “se continuar assim, você não vai dar em nada” é um tipo de violência.
Os pais também devem evitar brigas frequentes na frente da criança, o que pode gerar um ambiente de insegurança e ansiedade para a criança. Principalmente se as brigas forem relacionadas ao filho, como guarda, escala de férias e fins de semana, pois ele passa a se sentir como um “peso”.
✔ O que fazer no lugar: Nunca aja de forma agressiva com seus filhos ou na presença deles. Isso não significa que você não possa sentir raiva ou que precise estar sempre calmo — afinal, isso é impossível. Educar com respeito não é sinônimo de nunca perder a paciência, mas de aprender a controlar as emoções, reconhecer seu papel como adulto da relação e guiar a criança no desenvolvimento de suas habilidades socioemocionais. Quando estão emocionalmente tomados, os pais devem se afastar do filho e resolver a questão quando todos estiverem calmos.
2. Críticas e comparações com outras crianças
Pais que sempre apontam defeitos, muitas vezes, com a intenção de motivar o filho ou aqueles pais que parecem nunca estar satisfeitos com as conquistas dos filhos podem gerar um sentimento de inadequação, ansiedade e baixa autoestima. A criança pode crescer com a ideia de que nunca consegue fazer algo corretamente, ou que as outras crianças são sempre melhores ou mais inteligentes. Focar sempre no que a criança fez de errado sem reconhecer seus acertos pode fazer com que ela se sinta desvalorizada e insegura para aprender coisas novas.
Além disso, comparações com irmãos, primos ou amigos normalmente se convertem em rivalidades desnecessárias. “Não fez mais do que a sua obrigação de tirar boas notas, você só estuda”, “por que você não é mais esforçado? Veja seu irmão!” ou “meu Deus, você nunca faz nada direito” são exemplos destes comportamentos.
✔ O que fazer no lugar: Lembre-se que cada criança tem seu ritmo e suas próprias habilidades. Em vez de comparar, valorize o progresso individual do seu filho, destacando seus esforços e conquistas. Dizer frases como “Vejo que você se esforçou bastante, mas ainda assim não deu. Como podemos melhorar juntos?” faz total diferença no desenvolvimento da autoconfiança.
3. Muitas exigências e expectativas
Colocar expectativas muito altas para o desempenho da criança (seja na escola ou em outras atividades) pode causar pressão excessiva, levando a um aumento de estresse, de ansiedade e gerar insegurança na criança quando ela vai desempenhar alguma atividade nova.
✔ O que fazer no lugar: Reforçar o valor do esforço e da perseverança, em vez de focar apenas no sucesso ou nos resultados finais, ajuda a criança a desenvolver uma mentalidade positiva, mais flexível e resiliente. Dessa forma ela se sente capaz, independentemente do resultado. Quando todo o processo é valorizado, a criança sente que pode errar, sem ser punida por isso, o que a deixa mais confiante para tentar novamente.
4. Negligência e indiferença
Os pais que não demonstram interesse genuíno na vida dos filhos, não perguntam sobre a vida da criança ou jovem, não têm tempo para comparecer a eventos importantes para o filho, entre outras atitudes, passam a mensagem de que o filho não é importante. Ele possivelmente, carregará dores emocionais profundas e duradouras que poderão prejudicar toda a sua vida futura.
A negligência pode ser emocional, caracterizada por não demonstrar carinho ou apoio ao filho, por exemplo. Ela pode ser física também que acontece quando os pais não se atentam à higiene, à alimentação ou não provêm cuidados básicos ao filho.
✔ O que fazer no lugar: Investir em presença real e escuta ativa, largar o celular durante uma conversa, perguntar genuinamente sobre o dia dos filhos e criar momentos juntos fortalecem o vínculo e fazem a criança ou adolescente sentir-se importante. Pequenos gestos, como um abraço espontâneo ou uma conversa antes de dormir, são atitudes simples, embora muito importantes. Ao se sentir amada e importante, a criança passa a confiar mais em si, e com isso, passa a se sentir mais segura para fazer escolhas e tomar decisões.
10 atitudes dos pais que afastam os filhos
5. Controle exagerado e superproteção
Pais que controlam praticamente tudo relacionado à vida dos filhos, desde pequenas decisões até escolhas importantes, como a profissão ou o namorado/namorada, passam a informação de que os filhos são incompetentes para entender o que é melhor para si. Tentar controlar todas as áreas da vida da criança, sem deixá-la aprender com seus erros ou tomar pequenas decisões, pode prejudicar o desenvolvimento da independência, da autonomia e da autoconfiança. A superproteção pode gerar insegurança e dependência excessiva em alguns casos ou rebeldia e desconexão entre pais e filhos, em outros.
✔ O que fazer no lugar: Oferecer suporte, mas sem impedir que seus filhos enfrentem desafios e cresçam com as experiências, que valorizem os esforços e conquistas dos filhos e que reconheçam as qualidades que a criança ou o jovem possui.
6. Falta de limites claros
A falta de disciplina ou de regras claras pode gerar confusão e insegurança, pois a criança sente dificuldade em compreender o que é certo ou errado. Existem dois tipos de pais que não dão limites claros. O primeiro são pais permissivos, que nunca impedem os filhos de fazer algo porque é arriscado ou não é saudável, aqueles que deixam fazer tudo e nunca dizem “não”, passam a mensagem de que não se importam com os filhos.
O segundo são aqueles que oscilam entre a permissividade extrema e a rigidez. Esse comportamento confunde os filhos sobre o que é esperado deles. Normalmente o comportamento dos pais se relaciona com o seu próprio estado de humor. No dia que estão bem-humorados, deixam tudo e, nos dias mais difíceis, podem punir o filho por algo pequeno que ele tenha feito. A ausência de regras claras pode gerar preocupação. O jovem nunca sabe ao certo o que se espera dele.
✔ O que fazer no lugar: É imprescindível estabelecer limites claros e coerentes. Disciplina equilibrada e justa, com regras bem definidas, ajuda a criança a entender o que é esperado dela e a se sentir segura. Os pais devem explicar as razões por trás dos limites e se manter firmes no cumprimento deles. A participação do filho na elaboração dos combinados, quando possível, aumenta o engajamento no cumprimento porque fortalece o senso de justiça e responsabilidade da criança e do adolescente. Quando o limite é claro, a criança tende a não se sentir injustiçada caso precise ser corrigida.
7. ‘Dar um gelo’ após discussão
O silêncio punitivo, mais conhecido como “dar um gelo”, acontece quando os pais, após uma discussão ou contrariedade, ignoram o filho e se recusam a interagir, responder ou demonstrar afeto. Esse comportamento transmite a mensagem de que o amor e a atenção dos pais estão condicionados à obediência e ao cumprimento de suas expectativas.
Esse tipo de comportamento gera nos filhos um sentimento de rejeição e insegurança, pois o silêncio parental pode ser interpretado como abandono afetivo ou até como uma forma de humilhação. Além disso, essa atitude impede o aprendizado sobre como lidar com conflitos de maneira saudável, pois a criança ou adolescente não recebe modelos positivos de comunicação e resolução de problemas.
✔ O que fazer no lugar: Não finja que nada aconteceu, converse com a criança, diga as expectativas e discutam como pretendem mudar a rota antes de prosseguir. Nem sempre é fácil fazer isso no calor do momento, se precisar, tire um momento para respirar, mas, quando estiver calmo, volte para a criança.
8. Chantagem emocional e culpa
Utilizar a culpa como estratégia para obter controle e fazer com que os filhos se sintam obrigados a atender suas expectativas pode levar a um sentimento de dívida emocional que dura até a vida adulta. Expressos como: “eu me sacrifico tanto por você e é assim que você me retribui?” ou “se você realmente me amasse, faria o que estou pedindo” são sinais deste comportamento.
✔ O que fazer no lugar: Mantenha uma comunicação clara e direta, demonstrando amor incondicional e aplicando consequências adequadas aos comportamentos.
20 frases que você não deveria dizer para o seu filho e por quê
9. Falta de validação emocional
Ignorar ou minimizar o que os filhos sentem pode levá-los a sentir que suas emoções não são importantes. Pais que utilizam frases como “isso não é nada, você está exagerando”, “você vai saber o que é problema quando for adulto”, “na minha infância (ou adolescência) as coisas eram muito piores” ou “pare de chorar à toa” ensinam os filhos que suas emoções não são válidas e que ele deve reprimi-las. Isso pode gerar dificuldades emocionais e até transtornos psicológicos no futuro.
✔ O que fazer no lugar: Praticar a escuta ativa e demonstrar empatia. Dizer frases como “eu entendo que isso é difícil para você” ou “me conta mais sobre como você está se sentindo” ajuda a criança ou o jovem a desenvolver inteligência emocional e a se sentir acolhida. Isso não significa concordar com tudo, mas mostrar que seus sentimentos são legítimos.
10. Ignorar escolhas e interesses da criança
Forçar as crianças a seguirem atividades ou carreiras que não têm interesse pode afetar a autoestima e a relação familiar, pois a criança sente que sua individualidade não é respeitada. A criança entende que o interesse do outro será mais importante do que o seu.
✔ O que fazer no lugar: Respeitar os interesses e talentos únicos da criança, incentivando-a a explorar suas próprias habilidades e a desenvolver sua identidade sem imposições externas. A criança se sente segura e respeitada por ser quem é.
Post Comment