Mãe ouve que bebê tem fígado semelhante ao de um "alcoólatra de 65 anos"




Lauren Sewell implorou aos médicos para tratar sua recém-nascida, que se recusava a mamar. Três meses depois, uma tomografia levou ao diagnóstico de neuroblastoma 4S O quarto do hospital estava cheio de médicos quando o casal Lauren, 34, e Joe Sewell, 37, recebeu o difícil diagnóstico da filha, uma bebê, na época com apenas 3 meses. Dois dos médicos se ajoelharam enquanto enquanto explicavam o causador para todos os sintomas preocupantes que atormentavam a pequena Violette desde que ela nasceu, em julho de 2024. Os médicos foram diretos: “Sei que a internamos por problemas no fígado, mas queremos apresentá-la à nossa equipe de oncologia. Sua filha tem câncer”, lembra Lauren.
6 sintomas de alerta do câncer infantil
A mãe de quatro filhos disse à PEOPLE que nunca poderia ter previsto sua reação. Não houve choro nem colapso. O medo e a ansiedade de Lauren foram abafados por “uma sensação avassaladora de paz”, por mais estranho que isso pareça. Mas finalmente — depois de longas estadias no pronto-socorro, internações hospitalares contínuas, ressonâncias magnéticas e ultrassons — parecia que suas preces tinham sido atendidas. “Sabíamos que algo estava errado, e só precisávamos descobrir o que tentar para ajudá-la”, conta. Seus instintos estavam certos, e embora tenha levado meses para identificar o neuroblastoma estágio 4S de Violette, ela começou a quimioterapia menos de 48 horas após receber um diagnóstico oficial.
A pequena está passando por quimioterapia nesse momento
Reprodução/Instagram
Taboola Recommendation
Instinto de mãe
Desde o começo, Lauren sabia que seu bebê não estava bem. Ela nasceu bem, assim como seus irmãos mais velhos — Willow, 9, Broderick, 4, e Shepherd, 3. Mas nos dias seguintes, a mãe foi percebendo que a filha não mamava como deveria e, depois de apenas algumas semanas, seu peso estagnou. “Eles diziam: ‘Ela parece bem, ela parece bem’. Eu só dizia: ‘Mas ela não está… Não olhem para ela e presumam que, por ela não ser um bebê frágil de quase três quilos, ela não esteja doente.”, conta.
Lauren e Joe fizeram uma lista de verificação completa de tudo que poderia estar causando as dificuldades da filha. Eles ajustaram a fórmula para acomodar possíveis alergias, monitoraram seu excesso de vômito, imaginando se era um sintoma de refluxo. Ela passou por uma revisão de freio labial e lingual. As medidas mais eficazes melhoraram apenas brevemente a condição de Violette. Em poucas horas, ela voltava a chorar e vomitar excessivamente. Com 5 semanas, seu pediatra encaminhou a família com urgência para especialistas no Hospital Johns Hopkins, onde realizaram um ultrassom com resultados que preocuparam Lauren e Joe.
O ultrassom mostrou três lesões no fígado de Violette, o que inicialmente levou a equipe a agendar uma ressonância magnética para o bebê. Depois que ela foi internada no hospital, os médicos disseram aos Sewells que queriam esperar alguns dias para ter certeza de que uma ressonância magnética era absolutamente necessária. Poderia ser apenas um vírus, eles raciocinaram. Lauren pressionou: “E essas lesões? Todos pareciam preocupados.” Os médicos mudaram sua opinião sobre as manchas no fígado de Violette. A mãe não estava convencida, embora ela diga que os profissionais “ignoraram” suas preocupações e explicaram que as manchas eram hemangiomas, crescimentos comuns e benignos formados por vasos sanguíneos extras.
Embora cautelosa, ela entendeu a relutância deles em submeter a jovem Violette a uma ressonância magnética sem passar por outras medidas primeiro. No entanto, a criança “atingiu todos os piores cenários” em apenas alguns dias, e acabou passando duas semanas no hospital. Os médicos, então, inseriram uma sonda para alimentar Violette através de sua passagem nasal. Seria apenas “temporariamente, e então a desmamaremos de volta à alimentação normal”, Lauren relembra sobre seu plano. Em três dias, os especialistas determinaram que precisavam mudar para “grandes alimentações em bolus a cada três horas”.
Eles não achavam que Violette precisaria ficar em uma alimentação contínua de 24 horas, mas, ao longo de outros três dias, eles tiveram que fazer esse ajuste. Ela implorou aos médicos para ajudar, soluçando enquanto dizia a eles o quão fortemente ela sentia que o problema de Violette era maior do que o “refluxo severo” que eles sustentavam ser a causa. Memso assim, a equipe gastrointestinal não viu razão para realizar uma ressonância magnética. “Mesmo se fizéssemos um ultrassom repetido naquele momento, teríamos visto mais lesões”, reflete Lauren.
Família acredita na cura
Reprodução/Instagram
De repente, Violette começou a se recuperar. A menina passou a tolerar mamadas contínuas, recebeu alta no início de setembro, com 7 semanas de idade, foi para casa sob os cuidados de seus pais e de uma enfermeira domiciliar. “Nós pensamos: ‘Talvez eles estejam certos. Talvez seja refluxo grave porque ela vai crescer e ficar maior e seu esôfago vai ficar mais longo, e talvez seja assim que ela está agora, e nós só temos que dar tempo a ela'”, Lauren conta à PEOPLE.
Mas não foi assim. Lauren começou a notar que a condição da filha começou a decair de forma constante — má alimentação, sono ruim e gritos altos e inexplicáveis. “Então fizemos tudo. Dobramos a medicação para refluxo dela, mudamos a fórmula”, diz Lauren. Em 19 de outubro, sua filha parou de tolerar a alimentação completamente. “Sempre que ligávamos a bomba de alimentação dela, ela vomitava imediatamente”, lembra. Mais uma vez, o médico de plantão sugeriu que era um vírus. Quando a mãe reagiu, disseram a ela para esperar alguns dias e reavaliar a situação.
O bebê não estava completamente bem, mas tinha momentos de alívio. Lauren viu como Violette havia se recuperado antes. “Você fica pensando: ‘Será que estou exagerando o quão ruim isso é ou sou a única que realmente vê isso?'”, ela admite à PEOPLE. No entanto, dias depois, o estômago de Violette estava distendido — “duro como pedra” na parte superior e mole na parte inferior. A enfermeira domiciliar correu e imediatamente soube que precisavam voltar para o hospital. “Eles repetiram o ultrassom, repetiram o exame de sangue e ficamos no pronto-socorro a noite toda”, diz Lauren. A menina não conseguia tolerar nem 2 mililitros de medicamento. Algo estava errado.
Enfim, o diagnóstico
O médico ainda não tinha visto os resultados do ultrassom de Violette, quando disse: “Você não vai gostar de ouvir isso, mas pode ser que ela seja assim”, Lauren lembra. “Olhei para ele e disse: ‘Com todo o respeito, você está errado, e não vou embora até que você faça a ressonância magnética'”, continua. Ela pediu para ele verificar os resultados do ultrassom. “Parecia que ele viu um fantasma”, diz Lauren. “Ele apenas disse: ‘Vou falar com algumas pessoas e acho que vamos fazer a ressonância magnética’, e ele foi embora”, conta.
Quando uma enfermeira foi buscá-las para internação, a mãe lembra dela falando que estavam info para o 11º andar desta vez. Ela perguntou o que acontece lá. “É o andar de oncologia”, respondeu a enfermeira. Ao ver o choque da mãe, ela completou: “Mas não surte. Está tudo bem.” Manter a calma era uma tarefa difícil para a mãe, que ligou para o marido para evitar entrar em uma espiral sozinha. O médico entrou para explicar que Violette não seria internada por problemas de alimentação novamente. Desta vez, eles precisavam tratar seu fígado, que havia quadruplicado de tamanho em apenas cinco semanas.
Eles não tinham descoberto a causa do aumento, mas sabiam que Violette estava à beira de uma falência hepática. Um dos médicos dela disse que nunca tinha visto nada parecido em um paciente pediátrico. “Eu perguntei a ele: ‘Quando você viu isso antes em um ultrassom?’ E sua resposta foi alcoólatras de 65 anos”, Lauren relembra à PEOPLE. “Naquele momento, tive um ataque de pânico porque pensei que ela iria precisar de um transplante de fígado.”
Ainda tinha o resultado da ressonância magnética da filha, que Lauren recebeu antes que os médicos tivessem a chance de gentilmente entregar a ela. “Naturalmente, vou dar uma olhada porque estou esperando há três meses”, ela explica. “Abri e bem no topo do relatório diz: ‘Suspeita de neuroblastoma, inúmeros tumores cobrindo o fígado, massa encontrada na glândula adrenal.’ E foi assim que descobrimos”, conta.
“Acho que não percebemos quanta dor ela estava sentindo”, detalha Lauren. “Ela estava em uma bomba de morfina constante quando tinha três meses de idade, e ela ficou assim por um mês, seis semanas”, disse. No dia seguinte, uma biópsia confirmou suas suspeitas, embora eles só pudessem examinar o fígado de Violette. O órgão era tão grande que os cirurgiões não conseguiram alcançar sua glândula adrenal, onde, mais tarde, descobriram que o câncer se originou. Ele já havia começado a se espalhar quando foi diagnosticado, mas, felizmente, ainda estava isolado no fígado.
Tratamento
“O oncologista dela disse que apostaria muito dinheiro que ela tinha isso no útero, só pelo quão drástico e rápido tudo aconteceu”, observa Lauren. “É por isso que quando ela nasceu, ela estava com dor e então isso estava se espalhando para o fígado”, disse. Em alguns casos, esses tipos de câncer são detectados durante a gravidez da mãe, e o recém-nascido pode ir direto para a quimioterapia. Esse não é o caso de Violette, no entanto, o neuroblastoma 4S — a distinção “4S” é específica para pacientes de 12 meses ou menos — é geralmente bastante tratável, diz Lauren. Alguns bebês diagnosticados nem precisam fazer quimioterapia.
“Com menos de um ano de idade, às vezes, o corpo ativa uma resposta natural do sistema imunológico e luta contra o câncer sozinho, sem nada”, acrescenta Lauren. “O corpo de Violette não fez isso. A esperança era que, talvez, isso acontecesse eventualmente, mas infelizmente, por algum motivo, não está acontecendo”, lamentou. Além disso, Lauren diz que estudos mostraram que o neuroblastoma 4S acompanhado de aumento do fígado tem “um prognóstico sombrio”, diz ela.
Violette recebe uma dose baixa de quimioterapia; ela é administrada ao longo de três dias, então tem duas semanas e meia antes que o ciclo seja considerado completo. Suas rodadas de quimio são concluídas em conjuntos, serão duas rodadas ao longo de seis semanas. Então seus oncologistas repetirão uma ressonância magnética para verificar as massas semelhantes a ovos em seu fígado para medir a eficácia do tratamento.
No início, os médicos não ficaram totalmente satisfeitos com a progressão. Os cinco tumores diminuíram apenas 10%, e eles precisaram encolher ainda mais para evitar outros problemas de alimentação. “Nós repetimos, encerramos os ciclos três e quatro e então fizemos outra ressonância magnética no começo de janeiro, e isso teve uma redução mais drástica”, Lauren compartilha, embora ela observe que sua filha ainda tem problemas para se alimentar e manter o peso porque há um tumor especialmente grande que bloqueia o estômago de Violette.
A sexta rodada de quimio de Violette começou em 11 de fevereiro, e sua próxima ressonância magnética está marcada para 27 de fevereiro. Como de costume, eles vão reavaliar para ver se ela precisa de outro conjunto de ciclos, no entanto, eles estão perto de atingir o limite para seu câncer específico. O neuroblastoma 4S pode ter apenas oito ciclos de quimio, então, com base em seus exames de ressonância magnética, eles precisarão decidir se devem prosseguir ou adiar por alguns meses. “Conversando com seu oncologista, há uma probabilidade muito alta de que ela precise dos oito ciclos completos, mas estamos apenas rezando para que, talvez, milagrosamente, esses tumores diminuam”, diz Lauren. “Que o tumor maior diminua muito, muito drasticamente para que possamos monitorá-la depois disso e ela não tenha que fazer os próximos dois ciclos”, continuou.
Violette passou nove semanas no hospital após seu diagnóstico oficial em outubro e, durante esse tempo, seus pais encontraram muitos médicos e enfermeiros que anteriormente cuidaram da criança. Quando Lauren contou a eles por que ela estava de volta, ela disse que eles se lembraram de sua intuição implacável. “Eu disse a eles: ‘Estou apenas implorando, se vocês tiverem uma criança aqui — e mesmo que vocês achem que é um vírus ou refluxo — certifiquem-se de que não haja dúvidas de que é isso.’ E se um pai estiver lhe dizendo que algo está errado… acredite nele até que você tenha provado o contrário”, diz Lauren. “Muitos deles dizem: ‘Vamos nos lembrar do caso dela pelo resto da vida'”, conta.
Anúncio viral
Por mais orgulhosa que esteja de ter lutado por Violette, Lauren admite que há momentos em que ela definitivamente se vê sofrendo. “Ela é meu último bebê e eu não consegui aproveitar isso com ela. Foi lutar ou fugir, foi modo de sobrevivência desde o minuto em que ela nasceu. Mas você não pode ficar sentada naquele lugar… É impossível ficar lá porque ela precisa de mim”, diz Lauren. Lauren não tinha certeza de como contar a todos sobre o diagnóstico de Violette. Era esmagador lidar com isso e compartilhar, então uma de suas enfermeiras sugeriu que Lauren fizesse um post nas redes sociais. A mãe já tinha uma certa presença online. Lauren concordou com a enfermeira. Todos que precisavam saber sobre a situação já a seguiam.
A cunhada de Lauren, Caitlin Sewell, também lançou uma página no GoFundMe para arrecadar dinheiro para a família durante o tratamento de Violette. “Eu nunca imaginei que o primeiro vídeo fosse estourar do jeito que estourou e todas essas mensagens e pessoas se unindo atrás de nós”, diz Lauren sobre o post em 28 de outubro, que agora tem 3,6 milhões de visualizações. “Ficamos emocionados com a gratidão.”
Por mais assustador que tenha sido compartilhar a história de Violette tão amplamente, Lauren descobriu que o Instagram é um lugar “muito reconfortante”. Ela ouviu de vários outros pais cujos filhos têm neuroblastoma 4S, e ela até ouviu de adultos que tiveram o câncer durante a infância. Sua caixa de entrada está cheia de histórias de sucesso. “Quando os dias ficam realmente difíceis, ou ela está recuando e as coisas não estão indo tão bem, e sentimos que não estamos fazendo muito progresso… ver essas histórias nos dá esperança”, diz Lauren.
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Lauren Sewell implorou aos médicos para tratar sua recém-nascida, que se recusava a mamar. Três meses depois, uma tomografia levou ao diagnóstico de neuroblastoma 4S O quarto do hospital estava cheio de médicos quando o casal Lauren, 34, e Joe Sewell, 37, recebeu o difícil diagnóstico da filha, uma bebê, na época com apenas 3 meses. Dois dos médicos se ajoelharam enquanto enquanto explicavam o causador para todos os sintomas preocupantes que atormentavam a pequena Violette desde que ela nasceu, em julho de 2024. Os médicos foram diretos: “Sei que a internamos por problemas no fígado, mas queremos apresentá-la à nossa equipe de oncologia. Sua filha tem câncer”, lembra Lauren.
6 sintomas de alerta do câncer infantil
A mãe de quatro filhos disse à PEOPLE que nunca poderia ter previsto sua reação. Não houve choro nem colapso. O medo e a ansiedade de Lauren foram abafados por “uma sensação avassaladora de paz”, por mais estranho que isso pareça. Mas finalmente — depois de longas estadias no pronto-socorro, internações hospitalares contínuas, ressonâncias magnéticas e ultrassons — parecia que suas preces tinham sido atendidas. “Sabíamos que algo estava errado, e só precisávamos descobrir o que tentar para ajudá-la”, conta. Seus instintos estavam certos, e embora tenha levado meses para identificar o neuroblastoma estágio 4S de Violette, ela começou a quimioterapia menos de 48 horas após receber um diagnóstico oficial.
A pequena está passando por quimioterapia nesse momento
Reprodução/Instagram
Taboola Recommendation
Instinto de mãe
Desde o começo, Lauren sabia que seu bebê não estava bem. Ela nasceu bem, assim como seus irmãos mais velhos — Willow, 9, Broderick, 4, e Shepherd, 3. Mas nos dias seguintes, a mãe foi percebendo que a filha não mamava como deveria e, depois de apenas algumas semanas, seu peso estagnou. “Eles diziam: ‘Ela parece bem, ela parece bem’. Eu só dizia: ‘Mas ela não está… Não olhem para ela e presumam que, por ela não ser um bebê frágil de quase três quilos, ela não esteja doente.”, conta.
Lauren e Joe fizeram uma lista de verificação completa de tudo que poderia estar causando as dificuldades da filha. Eles ajustaram a fórmula para acomodar possíveis alergias, monitoraram seu excesso de vômito, imaginando se era um sintoma de refluxo. Ela passou por uma revisão de freio labial e lingual. As medidas mais eficazes melhoraram apenas brevemente a condição de Violette. Em poucas horas, ela voltava a chorar e vomitar excessivamente. Com 5 semanas, seu pediatra encaminhou a família com urgência para especialistas no Hospital Johns Hopkins, onde realizaram um ultrassom com resultados que preocuparam Lauren e Joe.
O ultrassom mostrou três lesões no fígado de Violette, o que inicialmente levou a equipe a agendar uma ressonância magnética para o bebê. Depois que ela foi internada no hospital, os médicos disseram aos Sewells que queriam esperar alguns dias para ter certeza de que uma ressonância magnética era absolutamente necessária. Poderia ser apenas um vírus, eles raciocinaram. Lauren pressionou: “E essas lesões? Todos pareciam preocupados.” Os médicos mudaram sua opinião sobre as manchas no fígado de Violette. A mãe não estava convencida, embora ela diga que os profissionais “ignoraram” suas preocupações e explicaram que as manchas eram hemangiomas, crescimentos comuns e benignos formados por vasos sanguíneos extras.
Embora cautelosa, ela entendeu a relutância deles em submeter a jovem Violette a uma ressonância magnética sem passar por outras medidas primeiro. No entanto, a criança “atingiu todos os piores cenários” em apenas alguns dias, e acabou passando duas semanas no hospital. Os médicos, então, inseriram uma sonda para alimentar Violette através de sua passagem nasal. Seria apenas “temporariamente, e então a desmamaremos de volta à alimentação normal”, Lauren relembra sobre seu plano. Em três dias, os especialistas determinaram que precisavam mudar para “grandes alimentações em bolus a cada três horas”.
Eles não achavam que Violette precisaria ficar em uma alimentação contínua de 24 horas, mas, ao longo de outros três dias, eles tiveram que fazer esse ajuste. Ela implorou aos médicos para ajudar, soluçando enquanto dizia a eles o quão fortemente ela sentia que o problema de Violette era maior do que o “refluxo severo” que eles sustentavam ser a causa. Memso assim, a equipe gastrointestinal não viu razão para realizar uma ressonância magnética. “Mesmo se fizéssemos um ultrassom repetido naquele momento, teríamos visto mais lesões”, reflete Lauren.
Família acredita na cura
Reprodução/Instagram
De repente, Violette começou a se recuperar. A menina passou a tolerar mamadas contínuas, recebeu alta no início de setembro, com 7 semanas de idade, foi para casa sob os cuidados de seus pais e de uma enfermeira domiciliar. “Nós pensamos: ‘Talvez eles estejam certos. Talvez seja refluxo grave porque ela vai crescer e ficar maior e seu esôfago vai ficar mais longo, e talvez seja assim que ela está agora, e nós só temos que dar tempo a ela'”, Lauren conta à PEOPLE.
Mas não foi assim. Lauren começou a notar que a condição da filha começou a decair de forma constante — má alimentação, sono ruim e gritos altos e inexplicáveis. “Então fizemos tudo. Dobramos a medicação para refluxo dela, mudamos a fórmula”, diz Lauren. Em 19 de outubro, sua filha parou de tolerar a alimentação completamente. “Sempre que ligávamos a bomba de alimentação dela, ela vomitava imediatamente”, lembra. Mais uma vez, o médico de plantão sugeriu que era um vírus. Quando a mãe reagiu, disseram a ela para esperar alguns dias e reavaliar a situação.
O bebê não estava completamente bem, mas tinha momentos de alívio. Lauren viu como Violette havia se recuperado antes. “Você fica pensando: ‘Será que estou exagerando o quão ruim isso é ou sou a única que realmente vê isso?'”, ela admite à PEOPLE. No entanto, dias depois, o estômago de Violette estava distendido — “duro como pedra” na parte superior e mole na parte inferior. A enfermeira domiciliar correu e imediatamente soube que precisavam voltar para o hospital. “Eles repetiram o ultrassom, repetiram o exame de sangue e ficamos no pronto-socorro a noite toda”, diz Lauren. A menina não conseguia tolerar nem 2 mililitros de medicamento. Algo estava errado.
Enfim, o diagnóstico
O médico ainda não tinha visto os resultados do ultrassom de Violette, quando disse: “Você não vai gostar de ouvir isso, mas pode ser que ela seja assim”, Lauren lembra. “Olhei para ele e disse: ‘Com todo o respeito, você está errado, e não vou embora até que você faça a ressonância magnética'”, continua. Ela pediu para ele verificar os resultados do ultrassom. “Parecia que ele viu um fantasma”, diz Lauren. “Ele apenas disse: ‘Vou falar com algumas pessoas e acho que vamos fazer a ressonância magnética’, e ele foi embora”, conta.
Quando uma enfermeira foi buscá-las para internação, a mãe lembra dela falando que estavam info para o 11º andar desta vez. Ela perguntou o que acontece lá. “É o andar de oncologia”, respondeu a enfermeira. Ao ver o choque da mãe, ela completou: “Mas não surte. Está tudo bem.” Manter a calma era uma tarefa difícil para a mãe, que ligou para o marido para evitar entrar em uma espiral sozinha. O médico entrou para explicar que Violette não seria internada por problemas de alimentação novamente. Desta vez, eles precisavam tratar seu fígado, que havia quadruplicado de tamanho em apenas cinco semanas.
Eles não tinham descoberto a causa do aumento, mas sabiam que Violette estava à beira de uma falência hepática. Um dos médicos dela disse que nunca tinha visto nada parecido em um paciente pediátrico. “Eu perguntei a ele: ‘Quando você viu isso antes em um ultrassom?’ E sua resposta foi alcoólatras de 65 anos”, Lauren relembra à PEOPLE. “Naquele momento, tive um ataque de pânico porque pensei que ela iria precisar de um transplante de fígado.”
Ainda tinha o resultado da ressonância magnética da filha, que Lauren recebeu antes que os médicos tivessem a chance de gentilmente entregar a ela. “Naturalmente, vou dar uma olhada porque estou esperando há três meses”, ela explica. “Abri e bem no topo do relatório diz: ‘Suspeita de neuroblastoma, inúmeros tumores cobrindo o fígado, massa encontrada na glândula adrenal.’ E foi assim que descobrimos”, conta.
“Acho que não percebemos quanta dor ela estava sentindo”, detalha Lauren. “Ela estava em uma bomba de morfina constante quando tinha três meses de idade, e ela ficou assim por um mês, seis semanas”, disse. No dia seguinte, uma biópsia confirmou suas suspeitas, embora eles só pudessem examinar o fígado de Violette. O órgão era tão grande que os cirurgiões não conseguiram alcançar sua glândula adrenal, onde, mais tarde, descobriram que o câncer se originou. Ele já havia começado a se espalhar quando foi diagnosticado, mas, felizmente, ainda estava isolado no fígado.
Tratamento
“O oncologista dela disse que apostaria muito dinheiro que ela tinha isso no útero, só pelo quão drástico e rápido tudo aconteceu”, observa Lauren. “É por isso que quando ela nasceu, ela estava com dor e então isso estava se espalhando para o fígado”, disse. Em alguns casos, esses tipos de câncer são detectados durante a gravidez da mãe, e o recém-nascido pode ir direto para a quimioterapia. Esse não é o caso de Violette, no entanto, o neuroblastoma 4S — a distinção “4S” é específica para pacientes de 12 meses ou menos — é geralmente bastante tratável, diz Lauren. Alguns bebês diagnosticados nem precisam fazer quimioterapia.
“Com menos de um ano de idade, às vezes, o corpo ativa uma resposta natural do sistema imunológico e luta contra o câncer sozinho, sem nada”, acrescenta Lauren. “O corpo de Violette não fez isso. A esperança era que, talvez, isso acontecesse eventualmente, mas infelizmente, por algum motivo, não está acontecendo”, lamentou. Além disso, Lauren diz que estudos mostraram que o neuroblastoma 4S acompanhado de aumento do fígado tem “um prognóstico sombrio”, diz ela.
Violette recebe uma dose baixa de quimioterapia; ela é administrada ao longo de três dias, então tem duas semanas e meia antes que o ciclo seja considerado completo. Suas rodadas de quimio são concluídas em conjuntos, serão duas rodadas ao longo de seis semanas. Então seus oncologistas repetirão uma ressonância magnética para verificar as massas semelhantes a ovos em seu fígado para medir a eficácia do tratamento.
No início, os médicos não ficaram totalmente satisfeitos com a progressão. Os cinco tumores diminuíram apenas 10%, e eles precisaram encolher ainda mais para evitar outros problemas de alimentação. “Nós repetimos, encerramos os ciclos três e quatro e então fizemos outra ressonância magnética no começo de janeiro, e isso teve uma redução mais drástica”, Lauren compartilha, embora ela observe que sua filha ainda tem problemas para se alimentar e manter o peso porque há um tumor especialmente grande que bloqueia o estômago de Violette.
A sexta rodada de quimio de Violette começou em 11 de fevereiro, e sua próxima ressonância magnética está marcada para 27 de fevereiro. Como de costume, eles vão reavaliar para ver se ela precisa de outro conjunto de ciclos, no entanto, eles estão perto de atingir o limite para seu câncer específico. O neuroblastoma 4S pode ter apenas oito ciclos de quimio, então, com base em seus exames de ressonância magnética, eles precisarão decidir se devem prosseguir ou adiar por alguns meses. “Conversando com seu oncologista, há uma probabilidade muito alta de que ela precise dos oito ciclos completos, mas estamos apenas rezando para que, talvez, milagrosamente, esses tumores diminuam”, diz Lauren. “Que o tumor maior diminua muito, muito drasticamente para que possamos monitorá-la depois disso e ela não tenha que fazer os próximos dois ciclos”, continuou.
Violette passou nove semanas no hospital após seu diagnóstico oficial em outubro e, durante esse tempo, seus pais encontraram muitos médicos e enfermeiros que anteriormente cuidaram da criança. Quando Lauren contou a eles por que ela estava de volta, ela disse que eles se lembraram de sua intuição implacável. “Eu disse a eles: ‘Estou apenas implorando, se vocês tiverem uma criança aqui — e mesmo que vocês achem que é um vírus ou refluxo — certifiquem-se de que não haja dúvidas de que é isso.’ E se um pai estiver lhe dizendo que algo está errado… acredite nele até que você tenha provado o contrário”, diz Lauren. “Muitos deles dizem: ‘Vamos nos lembrar do caso dela pelo resto da vida'”, conta.
Anúncio viral
Por mais orgulhosa que esteja de ter lutado por Violette, Lauren admite que há momentos em que ela definitivamente se vê sofrendo. “Ela é meu último bebê e eu não consegui aproveitar isso com ela. Foi lutar ou fugir, foi modo de sobrevivência desde o minuto em que ela nasceu. Mas você não pode ficar sentada naquele lugar… É impossível ficar lá porque ela precisa de mim”, diz Lauren. Lauren não tinha certeza de como contar a todos sobre o diagnóstico de Violette. Era esmagador lidar com isso e compartilhar, então uma de suas enfermeiras sugeriu que Lauren fizesse um post nas redes sociais. A mãe já tinha uma certa presença online. Lauren concordou com a enfermeira. Todos que precisavam saber sobre a situação já a seguiam.
A cunhada de Lauren, Caitlin Sewell, também lançou uma página no GoFundMe para arrecadar dinheiro para a família durante o tratamento de Violette. “Eu nunca imaginei que o primeiro vídeo fosse estourar do jeito que estourou e todas essas mensagens e pessoas se unindo atrás de nós”, diz Lauren sobre o post em 28 de outubro, que agora tem 3,6 milhões de visualizações. “Ficamos emocionados com a gratidão.”
Por mais assustador que tenha sido compartilhar a história de Violette tão amplamente, Lauren descobriu que o Instagram é um lugar “muito reconfortante”. Ela ouviu de vários outros pais cujos filhos têm neuroblastoma 4S, e ela até ouviu de adultos que tiveram o câncer durante a infância. Sua caixa de entrada está cheia de histórias de sucesso. “Quando os dias ficam realmente difíceis, ou ela está recuando e as coisas não estão indo tão bem, e sentimos que não estamos fazendo muito progresso… ver essas histórias nos dá esperança”, diz Lauren.
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