Quando decidiu invadir a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, apontou a aproximação do país com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) como uma das motivações. Agora, três anos após o início da guerra, o governo de Volodymyr Zelensky se vê mais distante de um acordo de paz, e ainda mais da aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
Ucrânia e Otan
- Ex-membro da extinta União Soviética, a Ucrânia começou a se relacionar com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em 1991, após a dissolução do bloco.
- Desde então, o país governado atualmente por Volodymyr Zelensky tem flertado com a aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
- Durante uma cúpula da Otan em 2008, lideranças da aliança reafirmaram o compromisso de que a Ucrânia devia se juntar ao grupo.
- Em 2021, pouco antes da guerra, essa aproximação chegou cada vez mais perto, com líderes da Otan e Zelensky articulando um possível ingresso ucraniano na aliança.
- A aproximação da Ucrânia com a Otan, contudo, sempre foi vista com maus olhos pela Rússia. A justificativa é de que o ingresso ucraniano no bloco colocaria inimigos no “quintal” do território russo, tendo em vista a fronteira entre os dois países.
Apesar do apoio de países da aliança desde o começo do conflito, a Otan sempre sinalizou que o possível ingresso da Ucrânia não estava nos planos próximos da organização.
Em mais um aceno a Putin, e reafirmando o posicionamento da aliança militar, Trump voltou a afirmar que a Ucrânia não vai entrar na Otan, e que o país liderado por Zelensky deveria “esquecer” o assunto.
“Acho que é provavelmente por isso que tudo começou”, declarou o presidente norte-americano durante sua primeira reunião de gabinete, no último dia 26 de fevereiro, repetindo o mesmo discurso utilizado por Putin em 2022.
Desde o avanço das negociações de paz, e até mesmo antes disso, Putin tem falado de forma reiterada sobre discutir as “raízes” da guerra, em uma citação indireta à relação entre Otan e Ucrânia.
Recuos de Zelensky
Ao longo dos últimos três anos, o presidente ucraniano insistiu que a entrada na Otan seria a única forma de deter os planos de Putin, e tem acusado seu homólogo russo de ter planos mais ambiciosos, mirando não só a Ucrânia, como outros países que faziam parte da antiga União Soviética.
Com os diversos foras da liderança da Otan sobre o assunto e o avanço das negociações de paz com a Rússia mediadas pelo governo de Donald Trump, o líder ucraniano chegou a sugerir que aceitaria termos antes vistos como inegociáveis por Kiev em um possível acordo, desde que seu país ingressasse na aliança.
Após o pedido ser novamente negado, Zelensky chegou a fazer outras sugestões, como a Ucrânia ficar sob a espécie de um “guarda-chuva” de proteção da Otan, e até mesmo a criação de uma aliança semelhante a organização no território ucraniano.
Crise com Trump
O clima, que já não era favorável para o líder ucraniano, piorou após Zelensky visitar Washington, no que seria um encontro para que as negociações de paz, e consequentemente do acordo de minerais de terras raras da Ucrânia. Os temas, contudo, foram ofuscados pelo bate boca no Salão Oval da Casa Branca.
Na sede do poder norte-americano, o presidente da Ucrânia foi provocado pelo vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, e voltou a reclamar das sinalizações positivas de Washington à Moscou nos últimos diálogos sobre a guerra.
Como resposta, Zelensky recebeu ameaças de corte do apoio norte-americano, e foi classificado como um governante que não está em condições de “ditar” as regras do jogo.
Quando decidiu invadir a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, apontou a aproximação do país com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) como uma das motivações. Agora, três anos após o início da guerra, o governo de Volodymyr Zelensky se vê mais distante de um acordo de paz, e ainda mais da aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
Ucrânia e Otan
- Ex-membro da extinta União Soviética, a Ucrânia começou a se relacionar com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em 1991, após a dissolução do bloco.
- Desde então, o país governado atualmente por Volodymyr Zelensky tem flertado com a aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
- Durante uma cúpula da Otan em 2008, lideranças da aliança reafirmaram o compromisso de que a Ucrânia devia se juntar ao grupo.
- Em 2021, pouco antes da guerra, essa aproximação chegou cada vez mais perto, com líderes da Otan e Zelensky articulando um possível ingresso ucraniano na aliança.
- A aproximação da Ucrânia com a Otan, contudo, sempre foi vista com maus olhos pela Rússia. A justificativa é de que o ingresso ucraniano no bloco colocaria inimigos no “quintal” do território russo, tendo em vista a fronteira entre os dois países.
Apesar do apoio de países da aliança desde o começo do conflito, a Otan sempre sinalizou que o possível ingresso da Ucrânia não estava nos planos próximos da organização.
Em mais um aceno a Putin, e reafirmando o posicionamento da aliança militar, Trump voltou a afirmar que a Ucrânia não vai entrar na Otan, e que o país liderado por Zelensky deveria “esquecer” o assunto.
“Acho que é provavelmente por isso que tudo começou”, declarou o presidente norte-americano durante sua primeira reunião de gabinete, no último dia 26 de fevereiro, repetindo o mesmo discurso utilizado por Putin em 2022.
Desde o avanço das negociações de paz, e até mesmo antes disso, Putin tem falado de forma reiterada sobre discutir as “raízes” da guerra, em uma citação indireta à relação entre Otan e Ucrânia.
Recuos de Zelensky
Ao longo dos últimos três anos, o presidente ucraniano insistiu que a entrada na Otan seria a única forma de deter os planos de Putin, e tem acusado seu homólogo russo de ter planos mais ambiciosos, mirando não só a Ucrânia, como outros países que faziam parte da antiga União Soviética.
Com os diversos foras da liderança da Otan sobre o assunto e o avanço das negociações de paz com a Rússia mediadas pelo governo de Donald Trump, o líder ucraniano chegou a sugerir que aceitaria termos antes vistos como inegociáveis por Kiev em um possível acordo, desde que seu país ingressasse na aliança.
Após o pedido ser novamente negado, Zelensky chegou a fazer outras sugestões, como a Ucrânia ficar sob a espécie de um “guarda-chuva” de proteção da Otan, e até mesmo a criação de uma aliança semelhante a organização no território ucraniano.
Crise com Trump
O clima, que já não era favorável para o líder ucraniano, piorou após Zelensky visitar Washington, no que seria um encontro para que as negociações de paz, e consequentemente do acordo de minerais de terras raras da Ucrânia. Os temas, contudo, foram ofuscados pelo bate boca no Salão Oval da Casa Branca.
Na sede do poder norte-americano, o presidente da Ucrânia foi provocado pelo vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, e voltou a reclamar das sinalizações positivas de Washington à Moscou nos últimos diálogos sobre a guerra.
Como resposta, Zelensky recebeu ameaças de corte do apoio norte-americano, e foi classificado como um governante que não está em condições de “ditar” as regras do jogo.