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12 Mar 2025, Wed

Com suor e lágrimas, primeira noite de desfiles em Florianópolis emociona arquibancadas lotadas


Em uma noite de céu limpo e tempo abafado, cinco escolas de samba encantaram as arquibancadas lotadas da Passarela Nego Quirido, na sexta-feira (28), na primeira rodada de desfiles em Florianópolis.

Primeira noite de desfiles em FlorianópolisCinco escolas de samba deram um espetáculo cheio de energia na Passarela Nego Quirido, em Florianópolis – Foto: Divulgação/Mafalda Press/ND

Nação Guarani, Dascuia, Acadêmicos do Sul da Ilha, Coloninha e Copa Lord agitaram a avenida das 21h10 de sexta-feira às 3h40 da madrugada de sábado (1º).

O calor não impediu a plateia de dançar junto com as escolas, enquanto os sambas-enredo ressoavam em coro pela Nego Quirido. Os integrantes mais velhos eram os mais animados. A apenas dez metros de cruzar a linha de chegada, ainda sobrava energia para entoar o samba-enredo a plenos pulmões.

Das ervas sagradas, passando pelos deuses gregos e orixás, e terminando com as telas do artista Hassis, as escolas de samba trouxeram à Nego Quirido uma diversidade característica do Carnaval.

Veja como foi o primeiro dia de desfiles das escolas de samba em Florianópolis

Nação Guarani

Comissão de frente trouxe a Pajelança: uma prática religiosa que envolve rituais, crenças e conhecimentos de ervas, uma tradição dos povos indígenas e - Divulgação/Mafalda Press/ND

Comissão de frente trouxe a Pajelança: uma prática religiosa que envolve rituais, crenças e conhecimentos de ervas, uma tradição dos povos indígenas e – Divulgação/Mafalda Press/ND

Casal de cidadãos samba interpretaram as manifestações artísticas dos ancestrais africanos e indígenas - Divulgação/Mafalda Press/ND

Casal de cidadãos samba interpretaram as manifestações artísticas dos ancestrais africanos e indígenas – Divulgação/Mafalda Press/ND

Ala das crianças representou a Ibeijada - Geovani Martins/ND

Ala das crianças representou a Ibeijada – Geovani Martins/ND

A inclusão de pessoas com deficiência foi uma das marcas do desfile da Nação Guarani - Geovani Martins/ND

A inclusão de pessoas com deficiência foi uma das marcas do desfile da Nação Guarani – Geovani Martins/ND

A ala das passistas representou Iansã, divindade das religiões afro-brasileiras e da mitologia iorubá associada aos ventos e às águas - Geovani Martins/ND

A ala das passistas representou Iansã, divindade das religiões afro-brasileiras e da mitologia iorubá associada aos ventos e às águas – Geovani Martins/ND

Sempre presente, a ala das baianas homenageou Oxalá, divindade africana divindade da razão e da sabedoria - Geovani Martins/ND

Sempre presente, a ala das baianas homenageou Oxalá, divindade africana divindade da razão e da sabedoria – Geovani Martins/ND

Estrutura da primeira alegoria balançou bastante enquanto era empurrada, mas isso não tirou o samba do pé dos dançarinos - Geovani Martins/ND

Estrutura da primeira alegoria balançou bastante enquanto era empurrada, mas isso não tirou o samba do pé dos dançarinos – Geovani Martins/ND

Primeira escola a desfilar na Nego Quirido no Carnaval 2025, a Nação Guarani, de Palhoça, entrou na passarela às 21h10 para exaltar a ancestralidade indígena e africana, com destaque para a natureza e suas divindades.

O samba-enredo “Os Filhos do Tambor – Espíritos Indígenas, Mensageiros dos Orixás”, celebrou as tradições e forças espirituais das culturas dos povos nativos e afro-brasileiros, evocando os elementos místicos e sagrados da natureza e invocando espíritos ancestrais e dos orixás, como Xangô e Obatalá.

Completando 15 anos, a última parte do desfile fez referências aos sambas históricos da escola, além de homenagear seu fundador, Márcio Schitz, falecido há um mês.

De acordo com a Comissão Permanente do Carnaval, a escola já deve começar a apuração com perda de pontos. Isso porque a comissão contou apenas 97 integrantes na bateria, sendo que a quantidade mínima, segundo o artigo 4º regulamento do desfile, é de 120 ritmistas.

Dascuia

Patrick Vicente e Lara Lyandra Da Cunha formam o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Dascuia - Divulgação/Mafalda Press/ND

Patrick Vicente e Lara Lyandra Da Cunha formam o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Dascuia – Divulgação/Mafalda Press/ND

Comissão de Frente da Dascuia - Divulgação/Mafalda Press/ND

Comissão de Frente da Dascuia – Divulgação/Mafalda Press/ND

Eduarda Mendes desfilou grávida de oito meses - Beatriz Rohde/ND

Eduarda Mendes desfilou grávida de oito meses – Beatriz Rohde/ND

Dascuia narrou a trajetória de princesa africana na Nego Quirido - Divulgação/Mafalda Press/ND

Dascuia narrou a trajetória de princesa africana na Nego Quirido – Divulgação/Mafalda Press/ND

Abre-alas representou Zacimba Gaba - Divulgação/Mafalda Press/ND

Abre-alas representou Zacimba Gaba – Divulgação/Mafalda Press/ND

O tripé trouxe a figura do leão, símbolo do povo de Cabinda e também da Dascuia - Beatriz Rohde/ND

O tripé trouxe a figura do leão, símbolo do povo de Cabinda e também da Dascuia – Beatriz Rohde/ND

Segunda alegoria apresentou a chegada no “Novo Mundo” - Beatriz Rohde/ND

Segunda alegoria apresentou a chegada no “Novo Mundo” – Beatriz Rohde/ND

Terceiro e último carro da Dascuia retratou o Quilombo de Zacimba, tendo à frente a imagem da serpente que contribui para a libertação dos cativos e formação de um espaço de resistência - Beatriz Rohde/ND

Terceiro e último carro da Dascuia retratou o Quilombo de Zacimba, tendo à frente a imagem da serpente que contribui para a libertação dos cativos e formação de um espaço de resistência – Beatriz Rohde/ND

Para a matriarca da Dascuia, Dona Valdeonira, o samba-enredo deste ano representou “uma aula de história”. A segunda escola a desfilar, às 22h30 de sexta-feira, homenageou Zacimba Gaba, princesa africana que se tornou símbolo da resistência à escravidão no Brasil.

O enredo “Zacimba Gaba – A princesa da liberdade” narra a trajetória da princesa desde sua captura em Cabinda, na Angola, até sua libertação e aquilombamento no estado do Espírito Santo.

A rainha de bateria Eduarda Mendes, 32 anos, encantou o público ao sambar grávida de 8 meses. Ela garante que o primeiro filho, que se chamará Lucca, “vai nascer Dascuia, com certeza”.

Acadêmicos do Sul da Ilha

Cordão de pessoas abriu o desfile da Acadêmicos do Sul da Ilha - Geovani Martins/ND

Cordão de pessoas abriu o desfile da Acadêmicos do Sul da Ilha – Geovani Martins/ND

Primeiro carro calegórico da Acadêmicos do Sul da Ilha - Geovani Martins/ND

Primeiro carro calegórico da Acadêmicos do Sul da Ilha – Geovani Martins/ND

Primeira alegoria trouxe a figura de Poseidon em destaque - Divulgação/Mafalda Press/ND

Primeira alegoria trouxe a figura de Poseidon em destaque – Divulgação/Mafalda Press/ND

Primeira porta-bandeira da escola representou as águas do Sul da Ilha - Divulgação/Mafalda Press/ND

Primeira porta-bandeira da escola representou as águas do Sul da Ilha – Divulgação/Mafalda Press/ND

Bateria da escola foi chefiada pelos mestres Guilherme e Luana Nascimento - Divulgação/Mafalda Press/ND

Bateria da escola foi chefiada pelos mestres Guilherme e Luana Nascimento – Divulgação/Mafalda Press/ND

Madrinha da escola desfilou à frente do segundo carro alegórico - Divulgação/Mafalda Press/ND

Madrinha da escola desfilou à frente do segundo carro alegórico – Divulgação/Mafalda Press/ND

A tradicional ala das crianças trouxe os pequenos foliões vestidos de marinheiros - Geovani Martins/ND

A tradicional ala das crianças trouxe os pequenos foliões vestidos de marinheiros – Geovani Martins/ND

A Acadêmicos do Sul da Ilha entrou na avenida às 23h50 e trouxe “um arrastão de amor”. A azul e rosa da Tapera chamou atenção pelos carros alegóricos detalhadamente decorados e uma Comissão de Frente com roupas que esguicham água.

O enredo “Os Sete Segredos do Mar” trouxe “histórias de pescador” que permeiam o imaginário de quem tem a vida e o trabalho associados ao mar, como tesouros, sereias e serpentes gigantes. Essas histórias e mistérios das águas foram relembradas pela escola neste ano.

Uma cena curiosa foi protagonizada por um simpático cachorro caramelo, que entrou na pista enquanto a primeira ala passava. O animal andou no meio dos foliões, mas foi retirado do desfile logo em seguida.

Unidos da Coloninha

A Coloninha trouxe para a avenida sete ervas que afastam o mau olhado e as más energias - Divulgação/Mafalda Press/ND

A Coloninha trouxe para a avenida sete ervas que afastam o mau olhado e as más energias – Divulgação/Mafalda Press/ND

Primeiro carro alegório trouxe a mãe África e o orixá Ogum montado em seu cavalo - Beatriz Rohde/ND

Primeiro carro alegório trouxe a mãe África e o orixá Ogum montado em seu cavalo – Beatriz Rohde/ND

Pablo Sorriso e Monique Gil compuseram o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da unidos da Coloninha - Beatriz Rohde/ND

Pablo Sorriso e Monique Gil compuseram o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da unidos da Coloninha – Beatriz Rohde/ND

A velha guarda representou os ancestrais, mirongueiros que preservam a
cultura e os saberes das ervas - Divulgação/Mafalda Press/ND

A velha guarda representou os ancestrais, mirongueiros que preservam a
cultura e os saberes das ervas – Divulgação/Mafalda Press/ND

“Encruzilhada” da Coloninha levou o público à África, Américas, Império Romano, Grécia e Índia – Beatriz Rohde/ND

Camila Ventura, rainha de bateria da Coloninha - Beatriz Rohde/ND

Camila Ventura, rainha de bateria da Coloninha – Beatriz Rohde/ND

Última alegoria trouxe a Vovó Cambina para abençoar o desfile - Beatriz Rohde/ND

Última alegoria trouxe a Vovó Cambina para abençoar o desfile – Beatriz Rohde/ND

Maria de Lurdes e a filha se emocionaram ao fim do desfile - Beatriz Rohde/ND

Maria de Lurdes e a filha se emocionaram ao fim do desfile – Beatriz Rohde/ND

Com o tradicional canto “Sou Coloninha, uma explosão de amor”, a Unidos da Coloninha mais uma vez levantou a plateia da passarela Nego Quirido. Penúltima a desfilar na madrugada de sábado, a escola da região continental de Florianópolis levou o tema “Benzimento: o poder das 7 Ervas Sagradas” à avenida.

Apesar do espetáculo carregado de energia, a escola entrou na avenida já com uma penalização garantida, por não ter entregado o book — documento técnico com detalhes do desfile — aos jurados.

Para compensar, a Coloninha fez questão de erguer placas com os nomes de cada ala para facilitar a identificação pelos jurados. “A gente quer mostrar que é a gigante do Continente só por desfilar. Com book ou sem book, vamos passar e ser avaliados sim porque nós estamos com um lindo carnaval”, disparou o presidente da escola, Duda Neto.

Movida pelos poderes das ervas sagradas, a escola levou o público por uma viagem que passou pela África, Américas, Império Romano, Índia e Grécia. Ao fim do desfile, houve pressa e gritaria para terminar no tempo.

Embaixada Copa Lord

Foliã não segurou a emoção no início do desfile - Geovani Martins/ND

Foliã não segurou a emoção no início do desfile – Geovani Martins/ND

Ela precisou enxugar as lágrimas para prosseguir - Geovani Martins/ND

Ela precisou enxugar as lágrimas para prosseguir – Geovani Martins/ND

O chapéu de um dançarino chegou a cair e a equipe de figurino precisou intervir para que o desfile prosseguisse sem interrupções - Geovani Martins/ND

O chapéu de um dançarino chegou a cair e a equipe de figurino precisou intervir para que o desfile prosseguisse sem interrupções – Geovani Martins/ND

Primeira alegoria da Copa Lord trouxe uma escultura não realista de Hassis, feita em papel kraft e respingada com tintas de várias cores - Geovani Martins/ND

Primeira alegoria da Copa Lord trouxe uma escultura não realista de Hassis, feita em papel kraft e respingada com tintas de várias cores – Geovani Martins/ND

Destaques de chão do primeiro setor desfilaram com cores diferentes, representando as tintas do pintor - Divulgação/Mafalda Press/ND

Destaques de chão do primeiro setor desfilaram com cores diferentes, representando as tintas do pintor – Divulgação/Mafalda Press/ND

Ala das crianças desfilou dentro da 'bernunça', personagem icônico do folclore manezinho - Divulgação/Mafalda Press/ND

Ala das crianças desfilou dentro da ‘bernunça’, personagem icônico do folclore manezinho – Divulgação/Mafalda Press/ND

Comissão de Frente representou as 'Bruxas de Pedras' do Itaguaçu - Divulgação/Mafalda Press/ND

Comissão de Frente representou as ‘Bruxas de Pedras’ do Itaguaçu – Divulgação/Mafalda Press/ND

O último desfile do primeiro dia do Carnaval de Florianópolis ficou por conta da segunda escola de samba mais antiga da capital catarinense, a Embaixada Copa Lord. Com um enredo homenageando Hassis, pintor importante para a cultura manezinha, a escola agitou a torcida com o show da sua bateria e emocionou os foliões que dançaram na avenida.

O carnavalesco William Tadeu explicou que a escola buscou entender o olhar de Hassis sobre o mundo para refleti-lo no enredo. “O Hassis é arte e a identidade de Florianópolis, então a preparação foi se inspirar nas telas dele, entender como ele representa a cidade e traduzir isso, fazer a comunidade entender. E o pessoal comprou muito a ideia”.

O desfile de 2025 é o primeiro da Copa Lord, em muitos anos, sem Seu Lidinho, icônica figura da escola e do Carnaval de Florianópolis, falecido em agosto do ano passado. “A gente se emocionou bastante durante todo o processo, né? É uma figura que a gente sempre lembra e está todo mundo emocionado também para honrar a memória dele. Com certeza ele está aqui entre nós hoje”, pontuou Tadeu.

Em uma noite de céu limpo e tempo abafado, cinco escolas de samba encantaram as arquibancadas lotadas da Passarela Nego Quirido, na sexta-feira (28), na primeira rodada de desfiles em Florianópolis.

Primeira noite de desfiles em FlorianópolisCinco escolas de samba deram um espetáculo cheio de energia na Passarela Nego Quirido, em Florianópolis – Foto: Divulgação/Mafalda Press/ND

Nação Guarani, Dascuia, Acadêmicos do Sul da Ilha, Coloninha e Copa Lord agitaram a avenida das 21h10 de sexta-feira às 3h40 da madrugada de sábado (1º).

O calor não impediu a plateia de dançar junto com as escolas, enquanto os sambas-enredo ressoavam em coro pela Nego Quirido. Os integrantes mais velhos eram os mais animados. A apenas dez metros de cruzar a linha de chegada, ainda sobrava energia para entoar o samba-enredo a plenos pulmões.

Das ervas sagradas, passando pelos deuses gregos e orixás, e terminando com as telas do artista Hassis, as escolas de samba trouxeram à Nego Quirido uma diversidade característica do Carnaval.

Veja como foi o primeiro dia de desfiles das escolas de samba em Florianópolis

Nação Guarani

Comissão de frente trouxe a Pajelança: uma prática religiosa que envolve rituais, crenças e conhecimentos de ervas, uma tradição dos povos indígenas e - Divulgação/Mafalda Press/ND

Comissão de frente trouxe a Pajelança: uma prática religiosa que envolve rituais, crenças e conhecimentos de ervas, uma tradição dos povos indígenas e – Divulgação/Mafalda Press/ND

Casal de cidadãos samba interpretaram as manifestações artísticas dos ancestrais africanos e indígenas - Divulgação/Mafalda Press/ND

Casal de cidadãos samba interpretaram as manifestações artísticas dos ancestrais africanos e indígenas – Divulgação/Mafalda Press/ND

Ala das crianças representou a Ibeijada - Geovani Martins/ND

Ala das crianças representou a Ibeijada – Geovani Martins/ND

A inclusão de pessoas com deficiência foi uma das marcas do desfile da Nação Guarani - Geovani Martins/ND

A inclusão de pessoas com deficiência foi uma das marcas do desfile da Nação Guarani – Geovani Martins/ND

A ala das passistas representou Iansã, divindade das religiões afro-brasileiras e da mitologia iorubá associada aos ventos e às águas - Geovani Martins/ND

A ala das passistas representou Iansã, divindade das religiões afro-brasileiras e da mitologia iorubá associada aos ventos e às águas – Geovani Martins/ND

Sempre presente, a ala das baianas homenageou Oxalá, divindade africana divindade da razão e da sabedoria - Geovani Martins/ND

Sempre presente, a ala das baianas homenageou Oxalá, divindade africana divindade da razão e da sabedoria – Geovani Martins/ND

Estrutura da primeira alegoria balançou bastante enquanto era empurrada, mas isso não tirou o samba do pé dos dançarinos - Geovani Martins/ND

Estrutura da primeira alegoria balançou bastante enquanto era empurrada, mas isso não tirou o samba do pé dos dançarinos – Geovani Martins/ND

Primeira escola a desfilar na Nego Quirido no Carnaval 2025, a Nação Guarani, de Palhoça, entrou na passarela às 21h10 para exaltar a ancestralidade indígena e africana, com destaque para a natureza e suas divindades.

O samba-enredo “Os Filhos do Tambor – Espíritos Indígenas, Mensageiros dos Orixás”, celebrou as tradições e forças espirituais das culturas dos povos nativos e afro-brasileiros, evocando os elementos místicos e sagrados da natureza e invocando espíritos ancestrais e dos orixás, como Xangô e Obatalá.

Completando 15 anos, a última parte do desfile fez referências aos sambas históricos da escola, além de homenagear seu fundador, Márcio Schitz, falecido há um mês.

De acordo com a Comissão Permanente do Carnaval, a escola já deve começar a apuração com perda de pontos. Isso porque a comissão contou apenas 97 integrantes na bateria, sendo que a quantidade mínima, segundo o artigo 4º regulamento do desfile, é de 120 ritmistas.

Dascuia

Patrick Vicente e Lara Lyandra Da Cunha formam o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Dascuia - Divulgação/Mafalda Press/ND

Patrick Vicente e Lara Lyandra Da Cunha formam o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Dascuia – Divulgação/Mafalda Press/ND

Comissão de Frente da Dascuia - Divulgação/Mafalda Press/ND

Comissão de Frente da Dascuia – Divulgação/Mafalda Press/ND

Eduarda Mendes desfilou grávida de oito meses - Beatriz Rohde/ND

Eduarda Mendes desfilou grávida de oito meses – Beatriz Rohde/ND

Dascuia narrou a trajetória de princesa africana na Nego Quirido - Divulgação/Mafalda Press/ND

Dascuia narrou a trajetória de princesa africana na Nego Quirido – Divulgação/Mafalda Press/ND

Abre-alas representou Zacimba Gaba - Divulgação/Mafalda Press/ND

Abre-alas representou Zacimba Gaba – Divulgação/Mafalda Press/ND

O tripé trouxe a figura do leão, símbolo do povo de Cabinda e também da Dascuia - Beatriz Rohde/ND

O tripé trouxe a figura do leão, símbolo do povo de Cabinda e também da Dascuia – Beatriz Rohde/ND

Segunda alegoria apresentou a chegada no “Novo Mundo” - Beatriz Rohde/ND

Segunda alegoria apresentou a chegada no “Novo Mundo” – Beatriz Rohde/ND

Terceiro e último carro da Dascuia retratou o Quilombo de Zacimba, tendo à frente a imagem da serpente que contribui para a libertação dos cativos e formação de um espaço de resistência - Beatriz Rohde/ND

Terceiro e último carro da Dascuia retratou o Quilombo de Zacimba, tendo à frente a imagem da serpente que contribui para a libertação dos cativos e formação de um espaço de resistência – Beatriz Rohde/ND

Para a matriarca da Dascuia, Dona Valdeonira, o samba-enredo deste ano representou “uma aula de história”. A segunda escola a desfilar, às 22h30 de sexta-feira, homenageou Zacimba Gaba, princesa africana que se tornou símbolo da resistência à escravidão no Brasil.

O enredo “Zacimba Gaba – A princesa da liberdade” narra a trajetória da princesa desde sua captura em Cabinda, na Angola, até sua libertação e aquilombamento no estado do Espírito Santo.

A rainha de bateria Eduarda Mendes, 32 anos, encantou o público ao sambar grávida de 8 meses. Ela garante que o primeiro filho, que se chamará Lucca, “vai nascer Dascuia, com certeza”.

Acadêmicos do Sul da Ilha

Cordão de pessoas abriu o desfile da Acadêmicos do Sul da Ilha - Geovani Martins/ND

Cordão de pessoas abriu o desfile da Acadêmicos do Sul da Ilha – Geovani Martins/ND

Primeiro carro calegórico da Acadêmicos do Sul da Ilha - Geovani Martins/ND

Primeiro carro calegórico da Acadêmicos do Sul da Ilha – Geovani Martins/ND

Primeira alegoria trouxe a figura de Poseidon em destaque - Divulgação/Mafalda Press/ND

Primeira alegoria trouxe a figura de Poseidon em destaque – Divulgação/Mafalda Press/ND

Primeira porta-bandeira da escola representou as águas do Sul da Ilha - Divulgação/Mafalda Press/ND

Primeira porta-bandeira da escola representou as águas do Sul da Ilha – Divulgação/Mafalda Press/ND

Bateria da escola foi chefiada pelos mestres Guilherme e Luana Nascimento - Divulgação/Mafalda Press/ND

Bateria da escola foi chefiada pelos mestres Guilherme e Luana Nascimento – Divulgação/Mafalda Press/ND

Madrinha da escola desfilou à frente do segundo carro alegórico - Divulgação/Mafalda Press/ND

Madrinha da escola desfilou à frente do segundo carro alegórico – Divulgação/Mafalda Press/ND

A tradicional ala das crianças trouxe os pequenos foliões vestidos de marinheiros - Geovani Martins/ND

A tradicional ala das crianças trouxe os pequenos foliões vestidos de marinheiros – Geovani Martins/ND

A Acadêmicos do Sul da Ilha entrou na avenida às 23h50 e trouxe “um arrastão de amor”. A azul e rosa da Tapera chamou atenção pelos carros alegóricos detalhadamente decorados e uma Comissão de Frente com roupas que esguicham água.

O enredo “Os Sete Segredos do Mar” trouxe “histórias de pescador” que permeiam o imaginário de quem tem a vida e o trabalho associados ao mar, como tesouros, sereias e serpentes gigantes. Essas histórias e mistérios das águas foram relembradas pela escola neste ano.

Uma cena curiosa foi protagonizada por um simpático cachorro caramelo, que entrou na pista enquanto a primeira ala passava. O animal andou no meio dos foliões, mas foi retirado do desfile logo em seguida.

Unidos da Coloninha

A Coloninha trouxe para a avenida sete ervas que afastam o mau olhado e as más energias - Divulgação/Mafalda Press/ND

A Coloninha trouxe para a avenida sete ervas que afastam o mau olhado e as más energias – Divulgação/Mafalda Press/ND

Primeiro carro alegório trouxe a mãe África e o orixá Ogum montado em seu cavalo - Beatriz Rohde/ND

Primeiro carro alegório trouxe a mãe África e o orixá Ogum montado em seu cavalo – Beatriz Rohde/ND

Pablo Sorriso e Monique Gil compuseram o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da unidos da Coloninha - Beatriz Rohde/ND

Pablo Sorriso e Monique Gil compuseram o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da unidos da Coloninha – Beatriz Rohde/ND

A velha guarda representou os ancestrais, mirongueiros que preservam a
cultura e os saberes das ervas - Divulgação/Mafalda Press/ND

A velha guarda representou os ancestrais, mirongueiros que preservam a
cultura e os saberes das ervas – Divulgação/Mafalda Press/ND

“Encruzilhada” da Coloninha levou o público à África, Américas, Império Romano, Grécia e Índia – Beatriz Rohde/ND

Camila Ventura, rainha de bateria da Coloninha - Beatriz Rohde/ND

Camila Ventura, rainha de bateria da Coloninha – Beatriz Rohde/ND

Última alegoria trouxe a Vovó Cambina para abençoar o desfile - Beatriz Rohde/ND

Última alegoria trouxe a Vovó Cambina para abençoar o desfile – Beatriz Rohde/ND

Maria de Lurdes e a filha se emocionaram ao fim do desfile - Beatriz Rohde/ND

Maria de Lurdes e a filha se emocionaram ao fim do desfile – Beatriz Rohde/ND

Com o tradicional canto “Sou Coloninha, uma explosão de amor”, a Unidos da Coloninha mais uma vez levantou a plateia da passarela Nego Quirido. Penúltima a desfilar na madrugada de sábado, a escola da região continental de Florianópolis levou o tema “Benzimento: o poder das 7 Ervas Sagradas” à avenida.

Apesar do espetáculo carregado de energia, a escola entrou na avenida já com uma penalização garantida, por não ter entregado o book — documento técnico com detalhes do desfile — aos jurados.

Para compensar, a Coloninha fez questão de erguer placas com os nomes de cada ala para facilitar a identificação pelos jurados. “A gente quer mostrar que é a gigante do Continente só por desfilar. Com book ou sem book, vamos passar e ser avaliados sim porque nós estamos com um lindo carnaval”, disparou o presidente da escola, Duda Neto.

Movida pelos poderes das ervas sagradas, a escola levou o público por uma viagem que passou pela África, Américas, Império Romano, Índia e Grécia. Ao fim do desfile, houve pressa e gritaria para terminar no tempo.

Embaixada Copa Lord

Foliã não segurou a emoção no início do desfile - Geovani Martins/ND

Foliã não segurou a emoção no início do desfile – Geovani Martins/ND

Ela precisou enxugar as lágrimas para prosseguir - Geovani Martins/ND

Ela precisou enxugar as lágrimas para prosseguir – Geovani Martins/ND

O chapéu de um dançarino chegou a cair e a equipe de figurino precisou intervir para que o desfile prosseguisse sem interrupções - Geovani Martins/ND

O chapéu de um dançarino chegou a cair e a equipe de figurino precisou intervir para que o desfile prosseguisse sem interrupções – Geovani Martins/ND

Primeira alegoria da Copa Lord trouxe uma escultura não realista de Hassis, feita em papel kraft e respingada com tintas de várias cores - Geovani Martins/ND

Primeira alegoria da Copa Lord trouxe uma escultura não realista de Hassis, feita em papel kraft e respingada com tintas de várias cores – Geovani Martins/ND

Destaques de chão do primeiro setor desfilaram com cores diferentes, representando as tintas do pintor - Divulgação/Mafalda Press/ND

Destaques de chão do primeiro setor desfilaram com cores diferentes, representando as tintas do pintor – Divulgação/Mafalda Press/ND

Ala das crianças desfilou dentro da 'bernunça', personagem icônico do folclore manezinho - Divulgação/Mafalda Press/ND

Ala das crianças desfilou dentro da ‘bernunça’, personagem icônico do folclore manezinho – Divulgação/Mafalda Press/ND

Comissão de Frente representou as 'Bruxas de Pedras' do Itaguaçu - Divulgação/Mafalda Press/ND

Comissão de Frente representou as ‘Bruxas de Pedras’ do Itaguaçu – Divulgação/Mafalda Press/ND

O último desfile do primeiro dia do Carnaval de Florianópolis ficou por conta da segunda escola de samba mais antiga da capital catarinense, a Embaixada Copa Lord. Com um enredo homenageando Hassis, pintor importante para a cultura manezinha, a escola agitou a torcida com o show da sua bateria e emocionou os foliões que dançaram na avenida.

O carnavalesco William Tadeu explicou que a escola buscou entender o olhar de Hassis sobre o mundo para refleti-lo no enredo. “O Hassis é arte e a identidade de Florianópolis, então a preparação foi se inspirar nas telas dele, entender como ele representa a cidade e traduzir isso, fazer a comunidade entender. E o pessoal comprou muito a ideia”.

O desfile de 2025 é o primeiro da Copa Lord, em muitos anos, sem Seu Lidinho, icônica figura da escola e do Carnaval de Florianópolis, falecido em agosto do ano passado. “A gente se emocionou bastante durante todo o processo, né? É uma figura que a gente sempre lembra e está todo mundo emocionado também para honrar a memória dele. Com certeza ele está aqui entre nós hoje”, pontuou Tadeu.



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