O cinema brasileiro está em destaque na edição de 2025 do Oscar, marcada para este domingo, 2 de março, em Los Angeles, com transmissão ao vivo pela TV Globo. “Ainda estou aqui”, produção original do Globoplay dirigida por Walter Salles, concorre em três categorias: melhor filme, melhor atriz para Fernanda Torres e melhor filme internacional. A missão de vencer como melhor filme com apenas três indicações é desafiadora, mas não inédita na história da premiação, que já viu quatro filmes alcançarem tal feito em 96 edições. Caso leve ao menos uma estatueta, o longa marcará a primeira vitória do Brasil na competição, um marco aguardado há décadas pelos cineastas e fãs do país.
A trama, ambientada durante a ditadura militar, acompanha Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, em sua busca por justiça após o desaparecimento do marido, Rubens Paiva, nos anos 1970. O filme, que mescla drama histórico e emoção, conquistou críticas positivas e colocou o Brasil novamente no radar da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Historicamente, vencer a categoria principal com poucas indicações é raro, mas exemplos como “No ritmo do coração”, em 2021, com três nomeações, mostram que o cenário é possível, dando esperança à equipe brasileira enquanto o evento se aproxima.
A competição deste ano reúne grandes produções, mas “Ainda estou aqui” destaca-se por sua relevância temática e pela atuação de Torres, que já venceu prêmios internacionais por outros trabalhos. A premiação, uma das mais prestigiadas do mundo, será acompanhada por milhões, e a torcida brasileira cresce a cada hora para ver o país finalmente subir ao palco do Dolby Theatre.
Histórico raro anima a disputa
Ganhar o Oscar de melhor filme com três ou menos indicações é uma façanha incomum, registrada apenas quatro vezes desde 1929. O primeiro caso foi “Asas”, em 1929, um filme mudo sobre pilotos da Primeira Guerra Mundial que levou as duas categorias em que foi indicado: melhor filme e melhores efeitos de engenharia. Em 1930, “Melodia da Broadway” venceu como melhor filme entre suas três nomeações, incluindo melhor atriz e melhor diretor, destacando-se como um marco dos musicais com som. Já “Grande Hotel”, em 1932, entrou para a história como o único a conquistar a categoria principal com apenas uma indicação, apoiado por um elenco estelar liderado por Greta Garbo.
Mais recentemente, “No ritmo do coração” surpreendeu em 2021 ao vencer suas três indicações: melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante para Troy Kotsur. O longa, primeiro de uma plataforma de streaming a vencer a principal categoria, narra a jornada de uma jovem em uma família surda, provando que histórias simples podem superar blockbusters com mais nomeações. Esses precedentes alimentam a expectativa de que “Ainda estou aqui” possa repetir o feito neste domingo.
Perfil de “Ainda estou aqui”
O filme brasileiro chega ao Oscar com uma narrativa poderosa e atuações marcantes. Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva, uma mulher que enfrenta a repressão da ditadura militar para buscar respostas sobre o destino do marido, Rubens, desaparecido em 1971. A direção de Walter Salles, conhecido por “Central do Brasil”, indicado ao Oscar em 1999, traz um olhar sensível à história real, explorando temas de resistência e memória. Com três indicações, o longa compete em um território dominado por produções com mais nomeações, mas sua força emocional é um trunfo.
A escolha de Torres como protagonista reforça a aposta na categoria de melhor atriz, onde ela enfrenta concorrentes de peso. A indicação a melhor filme internacional, por sua vez, coloca “Ainda estou aqui” como representante do Brasil contra outras cinematografias globais, enquanto a disputa por melhor filme o posiciona entre os grandes do ano.
Precedentes que inspiram
Ao longo de quase um século, os vencedores de melhor filme com poucas indicações mostram que qualidade pode superar quantidade. “Asas”, de 1929, foi um pioneiro ao retratar um triângulo amoroso em meio à guerra, destacando-se em uma era de transição para o cinema falado. “Melodia da Broadway”, no ano seguinte, trouxe a inovação do som e das cores em uma sequência, conquistando o público com a saga de duas irmãs na Broadway. “Grande Hotel”, em 1932, impressionou com sua narrativa entrelaçada em um hotel de Berlim, eternizando a fala de Greta Garbo: “Eu quero ficar sozinha”.
“No ritmo do coração”, de 2021, é o exemplo mais próximo para “Ainda estou aqui”. Com apenas três indicações, o filme da Apple TV+ mostrou que histórias humanas e atuações autênticas podem vencer em um cenário dominado por superproduções. Esses casos históricos reforçam a chance do longa brasileiro neste domingo, mesmo diante de uma concorrência acirrada.
Caminho até o Oscar 2025
A trajetória de “Ainda estou aqui” rumo ao Oscar começou com sua estreia no Festival de Veneza, onde recebeu elogios pela direção de Salles e pela intensidade de Torres. A seleção como representante brasileiro na categoria de filme internacional veio em seguida, consolidando sua relevância. As três indicações anunciadas em janeiro de 2025 surpreenderam, mas também geraram otimismo, já que o Brasil nunca venceu um Oscar, apesar de nomeações anteriores como “O Pagador de Promessas” (1963) e “Cidade de Deus” (2004).
O evento deste domingo, em Los Angeles, marca o ápice de uma campanha que mobilizou o cinema nacional. A cerimônia, que começa às 20h no horário local (meia-noite no Brasil), terá cobertura global, e a expectativa é alta para que o filme entre para a história.
Números dos vencedores com poucas indicações
Os quatro filmes que venceram melhor filme com três ou menos indicações têm marcas distintas:
- “Asas” (1929): 2 indicações, 2 vitórias.
- “Melodia da Broadway” (1930): 3 indicações, 1 vitória.
- “Grande Hotel” (1932): 1 indicação, 1 vitória.
- “No ritmo do coração” (2021): 3 indicações, 3 vitórias.
Esses dados mostram que não há padrão fixo: alguns dominaram todas as categorias em que concorreram, enquanto outros levaram apenas o principal. Para “Ainda estou aqui”, vencer em qualquer uma das três já seria um feito histórico para o Brasil.
Cronograma do Oscar 2025
O evento segue um calendário anual que culmina na noite de premiação. Para 2025, as datas principais incluem:
- Janeiro: Anúncio das indicações (ocorrido).
- 2 de março: Cerimônia do Oscar, às 20h (horário de Los Angeles).
- 3 de março: Divulgação oficial dos vencedores.
A transmissão ao vivo pela TV Globo e plataformas digitais permitirá que brasileiros acompanhem cada momento, especialmente a torcida por “Ainda estou aqui” nas três categorias disputadas.
Força de Fernanda Torres no elenco
Fernanda Torres é o coração de “Ainda estou aqui”, trazendo uma atuação que mistura força e vulnerabilidade ao papel de Eunice Paiva. Com uma carreira premiada, incluindo o troféu de melhor atriz em Cannes por “Eu Sei que Vou Te Amar” (1986), ela enfrenta concorrentes internacionais de peso na categoria. Sua interpretação da esposa de um desaparecido político ressoa com a memória brasileira, elevando as chances do filme em melhor atriz e, indiretamente, em melhor filme.
A presença de Torres também reforça o apelo emocional do longa, que já emocionou plateias em festivais. Sua indicação é vista como um reconhecimento ao talento nacional, independentemente do resultado final neste domingo.
Chances reais para o Brasil
“Ainda estou aqui” entra na disputa com credenciais sólidas, mas enfrenta um cenário competitivo. Filmes com mais indicações, como os típicos blockbusters americanos, historicamente dominam a categoria de melhor filme. Contudo, a vitória de “No ritmo do coração” em 2021, com apenas três nomeações, prova que a Academia pode valorizar narrativas emocionantes e bem-executadas acima de produções com maior visibilidade técnica.
A categoria de melhor filme internacional é outra aposta forte, onde o Brasil já esteve perto do pódio com “Central do Brasil”. A mistura de história real, direção de Salles e o peso de Torres dá ao longa um diferencial que pode conquistar os votantes da Academia nos últimos instantes antes do anúncio.

O cinema brasileiro está em destaque na edição de 2025 do Oscar, marcada para este domingo, 2 de março, em Los Angeles, com transmissão ao vivo pela TV Globo. “Ainda estou aqui”, produção original do Globoplay dirigida por Walter Salles, concorre em três categorias: melhor filme, melhor atriz para Fernanda Torres e melhor filme internacional. A missão de vencer como melhor filme com apenas três indicações é desafiadora, mas não inédita na história da premiação, que já viu quatro filmes alcançarem tal feito em 96 edições. Caso leve ao menos uma estatueta, o longa marcará a primeira vitória do Brasil na competição, um marco aguardado há décadas pelos cineastas e fãs do país.
A trama, ambientada durante a ditadura militar, acompanha Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, em sua busca por justiça após o desaparecimento do marido, Rubens Paiva, nos anos 1970. O filme, que mescla drama histórico e emoção, conquistou críticas positivas e colocou o Brasil novamente no radar da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Historicamente, vencer a categoria principal com poucas indicações é raro, mas exemplos como “No ritmo do coração”, em 2021, com três nomeações, mostram que o cenário é possível, dando esperança à equipe brasileira enquanto o evento se aproxima.
A competição deste ano reúne grandes produções, mas “Ainda estou aqui” destaca-se por sua relevância temática e pela atuação de Torres, que já venceu prêmios internacionais por outros trabalhos. A premiação, uma das mais prestigiadas do mundo, será acompanhada por milhões, e a torcida brasileira cresce a cada hora para ver o país finalmente subir ao palco do Dolby Theatre.
Histórico raro anima a disputa
Ganhar o Oscar de melhor filme com três ou menos indicações é uma façanha incomum, registrada apenas quatro vezes desde 1929. O primeiro caso foi “Asas”, em 1929, um filme mudo sobre pilotos da Primeira Guerra Mundial que levou as duas categorias em que foi indicado: melhor filme e melhores efeitos de engenharia. Em 1930, “Melodia da Broadway” venceu como melhor filme entre suas três nomeações, incluindo melhor atriz e melhor diretor, destacando-se como um marco dos musicais com som. Já “Grande Hotel”, em 1932, entrou para a história como o único a conquistar a categoria principal com apenas uma indicação, apoiado por um elenco estelar liderado por Greta Garbo.
Mais recentemente, “No ritmo do coração” surpreendeu em 2021 ao vencer suas três indicações: melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante para Troy Kotsur. O longa, primeiro de uma plataforma de streaming a vencer a principal categoria, narra a jornada de uma jovem em uma família surda, provando que histórias simples podem superar blockbusters com mais nomeações. Esses precedentes alimentam a expectativa de que “Ainda estou aqui” possa repetir o feito neste domingo.
Perfil de “Ainda estou aqui”
O filme brasileiro chega ao Oscar com uma narrativa poderosa e atuações marcantes. Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva, uma mulher que enfrenta a repressão da ditadura militar para buscar respostas sobre o destino do marido, Rubens, desaparecido em 1971. A direção de Walter Salles, conhecido por “Central do Brasil”, indicado ao Oscar em 1999, traz um olhar sensível à história real, explorando temas de resistência e memória. Com três indicações, o longa compete em um território dominado por produções com mais nomeações, mas sua força emocional é um trunfo.
A escolha de Torres como protagonista reforça a aposta na categoria de melhor atriz, onde ela enfrenta concorrentes de peso. A indicação a melhor filme internacional, por sua vez, coloca “Ainda estou aqui” como representante do Brasil contra outras cinematografias globais, enquanto a disputa por melhor filme o posiciona entre os grandes do ano.
Precedentes que inspiram
Ao longo de quase um século, os vencedores de melhor filme com poucas indicações mostram que qualidade pode superar quantidade. “Asas”, de 1929, foi um pioneiro ao retratar um triângulo amoroso em meio à guerra, destacando-se em uma era de transição para o cinema falado. “Melodia da Broadway”, no ano seguinte, trouxe a inovação do som e das cores em uma sequência, conquistando o público com a saga de duas irmãs na Broadway. “Grande Hotel”, em 1932, impressionou com sua narrativa entrelaçada em um hotel de Berlim, eternizando a fala de Greta Garbo: “Eu quero ficar sozinha”.
“No ritmo do coração”, de 2021, é o exemplo mais próximo para “Ainda estou aqui”. Com apenas três indicações, o filme da Apple TV+ mostrou que histórias humanas e atuações autênticas podem vencer em um cenário dominado por superproduções. Esses casos históricos reforçam a chance do longa brasileiro neste domingo, mesmo diante de uma concorrência acirrada.
Caminho até o Oscar 2025
A trajetória de “Ainda estou aqui” rumo ao Oscar começou com sua estreia no Festival de Veneza, onde recebeu elogios pela direção de Salles e pela intensidade de Torres. A seleção como representante brasileiro na categoria de filme internacional veio em seguida, consolidando sua relevância. As três indicações anunciadas em janeiro de 2025 surpreenderam, mas também geraram otimismo, já que o Brasil nunca venceu um Oscar, apesar de nomeações anteriores como “O Pagador de Promessas” (1963) e “Cidade de Deus” (2004).
O evento deste domingo, em Los Angeles, marca o ápice de uma campanha que mobilizou o cinema nacional. A cerimônia, que começa às 20h no horário local (meia-noite no Brasil), terá cobertura global, e a expectativa é alta para que o filme entre para a história.
Números dos vencedores com poucas indicações
Os quatro filmes que venceram melhor filme com três ou menos indicações têm marcas distintas:
- “Asas” (1929): 2 indicações, 2 vitórias.
- “Melodia da Broadway” (1930): 3 indicações, 1 vitória.
- “Grande Hotel” (1932): 1 indicação, 1 vitória.
- “No ritmo do coração” (2021): 3 indicações, 3 vitórias.
Esses dados mostram que não há padrão fixo: alguns dominaram todas as categorias em que concorreram, enquanto outros levaram apenas o principal. Para “Ainda estou aqui”, vencer em qualquer uma das três já seria um feito histórico para o Brasil.
Cronograma do Oscar 2025
O evento segue um calendário anual que culmina na noite de premiação. Para 2025, as datas principais incluem:
- Janeiro: Anúncio das indicações (ocorrido).
- 2 de março: Cerimônia do Oscar, às 20h (horário de Los Angeles).
- 3 de março: Divulgação oficial dos vencedores.
A transmissão ao vivo pela TV Globo e plataformas digitais permitirá que brasileiros acompanhem cada momento, especialmente a torcida por “Ainda estou aqui” nas três categorias disputadas.
Força de Fernanda Torres no elenco
Fernanda Torres é o coração de “Ainda estou aqui”, trazendo uma atuação que mistura força e vulnerabilidade ao papel de Eunice Paiva. Com uma carreira premiada, incluindo o troféu de melhor atriz em Cannes por “Eu Sei que Vou Te Amar” (1986), ela enfrenta concorrentes internacionais de peso na categoria. Sua interpretação da esposa de um desaparecido político ressoa com a memória brasileira, elevando as chances do filme em melhor atriz e, indiretamente, em melhor filme.
A presença de Torres também reforça o apelo emocional do longa, que já emocionou plateias em festivais. Sua indicação é vista como um reconhecimento ao talento nacional, independentemente do resultado final neste domingo.
Chances reais para o Brasil
“Ainda estou aqui” entra na disputa com credenciais sólidas, mas enfrenta um cenário competitivo. Filmes com mais indicações, como os típicos blockbusters americanos, historicamente dominam a categoria de melhor filme. Contudo, a vitória de “No ritmo do coração” em 2021, com apenas três nomeações, prova que a Academia pode valorizar narrativas emocionantes e bem-executadas acima de produções com maior visibilidade técnica.
A categoria de melhor filme internacional é outra aposta forte, onde o Brasil já esteve perto do pódio com “Central do Brasil”. A mistura de história real, direção de Salles e o peso de Torres dá ao longa um diferencial que pode conquistar os votantes da Academia nos últimos instantes antes do anúncio.
