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30 Apr 2025, Wed

Conclave triunfa no Oscar 2025 com roteiro adaptado premiado

Conclave


A noite de 2 de março marcou um momento histórico para o cinema com a vitória de Conclave na categoria de Melhor Roteiro Adaptado durante a 97ª edição do Oscar, realizada no Dolby Theatre, em Hollywood. O filme, adaptado por Peter Straughan a partir do romance de Robert Harris, transformou a complexa eleição de um novo papa em um thriller político envolvente, conquistando críticos e público com sua narrativa densa e cheia de reviravoltas. Com um total de oito indicações, o longa dirigido por Edward Berger se destacou em uma disputa acirrada, superando concorrentes como Emilia Pérez e Nickel Boys, e consolidou sua posição como um dos grandes destaques da temporada de premiações. A trama, que explora os bastidores do Vaticano e os conflitos éticos dos cardeais, ganhou força não apenas pela qualidade do texto, mas também pela atuação impecável de Ralph Fiennes, que interpreta o Cardeal Lawrence, e pelo crescente interesse em temas relacionados à Igreja Católica em um contexto global marcado por incertezas.

A escolha da Academia reflete uma valorização de roteiros que combinam profundidade intelectual com apelo emocional, algo que Conclave entrega de forma magistral. A adaptação de Straughan foi elogiada por preservar a essência do livro enquanto adicionava camadas de suspense cinematográfico, mantendo os espectadores presos do início ao fim. O sucesso do filme também é evidenciado por sua trajetória em outras premiações, como o Critics Choice Awards, o BAFTA e o SAG Awards, onde o elenco foi reconhecido por sua química excepcional.

Além disso, a vitória de Conclave ocorre em um ano competitivo, com a Academia premiando uma obra que já vinha ganhando força desde sua estreia. O longa, distribuído pela Focus Features, encontrou um público amplo graças à disponibilidade em plataformas como Peacock, Prime Video e Apple TV, o que pode ter influenciado os votantes em um momento em que o alcance digital pesa na percepção dos filmes.

Caminho de Conclave até o topo da temporada

A ascensão de Conclave na temporada de premiações foi marcada por uma combinação de aclamação crítica e vitórias estratégicas em eventos importantes. Inicialmente visto como um azarão diante de favoritos como Anora e The Brutalist, o filme ganhou impulso com o passar dos meses, especialmente após sua estreia positiva nos festivais de cinema. Ralph Fiennes, no papel do Cardeal Lawrence, traz uma complexidade que reflete os dilemas de um homem dividido entre dever e moralidade, enquanto o elenco de apoio, com nomes como Stanley Tucci e Isabella Rossellini, eleva a narrativa a outro patamar.

O trabalho de Peter Straughan no roteiro foi essencial para essa trajetória, transformando o livro de Robert Harris em uma obra que respira cinema. A adaptação mantém os detalhes históricos do processo de eleição papal, mas adiciona um ritmo que torna a história acessível a todos os públicos, um feito que poucos roteiristas conseguem alcançar em adaptações tão densas.

Um elenco que faz história

O reconhecimento do elenco de Conclave no SAG Awards, onde venceu como Melhor Performance de Elenco, foi um marco que sinalizou sua força coletiva. Stanley Tucci, como o Cardeal Bellini, e John Lithgow, no papel do Cardeal Tremblay, trazem nuances que enriquecem os debates e as intrigas dentro do conclave, enquanto Isabella Rossellini, indicada a Melhor Atriz Coadjuvante, entrega uma interpretação poderosa como a freira Agnes, uma figura que desafia as expectativas em um ambiente dominado por homens.

Detalhes que definiram o sucesso do roteiro

O texto de Peter Straughan brilha pela capacidade de equilibrar diálogos afiados com silêncios carregados de tensão, uma marca que diferencia Conclave de outras adaptações. A trama acompanha o Cardeal Lawrence enquanto ele supervisiona a eleição do novo papa após a morte do antecessor, revelando segredos e rivalidades entre os cardeais em um processo que deveria ser sagrado, mas se mostra profundamente humano. Esse enfoque transforma o filme em um estudo sobre poder, fé e corrupção, temas que ressoam em um mundo contemporâneo cheio de polarizações.

Straughan trabalhou de perto com o diretor Edward Berger para garantir que cada cena refletisse o peso das decisões tomadas pelos personagens. A colaboração resultou em um roteiro que não apenas adapta o livro, mas o expande, adicionando camadas visuais que complementam a narrativa. A vitória no Oscar é um reconhecimento dessa parceria, mesmo que Berger não tenha sido indicado na categoria de direção, algo que surpreendeu muitos observadores da temporada.

O impacto do roteiro também se reflete nas vendas do livro de Robert Harris, que dispararam após o lançamento do filme. Traduzido para mais de 40 idiomas, o romance original ganhou uma nova onda de leitores, muitos dos quais atraídos pela adaptação premiada e pela curiosidade de comparar as duas versões da história.

Concorrência acirrada na categoria de roteiro adaptado

A categoria de Melhor Roteiro Adaptado no Oscar deste ano foi uma das mais disputadas, com cinco indicados que representavam estilos e abordagens distintas. Emilia Pérez, dirigido por Jacques Audiard, trouxe um roteiro musical inovador que misturava drama e crime, enquanto Nickel Boys, baseado no romance de Colson Whitehead, impressionou pela sensibilidade ao tratar da brutalidade em um reformatório na década de 1960. A Complete Unknown, com Timothée Chalamet como Bob Dylan, e Sing Sing, sobre a redenção de ex-detentos, completavam a lista, mas foi Conclave quem se destacou pela consistência e força narrativa.

A vitória de Straughan sobre esses concorrentes reforça a preferência da Academia por adaptações que respeitam a obra original enquanto criam algo novo para o cinema. A ausência de uma indicação ao Writers Guild of America não prejudicou o filme, mostrando que o Oscar muitas vezes segue critérios próprios na hora de premiar.

O favoritismo de Conclave já vinha sendo construído desde o Critics Choice Awards, em dezembro, e se solidificou com o BAFTA em fevereiro, quando o filme levou o prêmio de Melhor Filme. Esses triunfos prévios criaram uma expectativa que se concretizou na noite do Oscar, consolidando o roteiro como um dos pontos altos da temporada.

Momentos marcantes da temporada de premiações

A trajetória de Conclave rumo ao Oscar pode ser dividida em etapas cruciais que mostram sua evolução ao longo dos meses. Confira os principais marcos da campanha do filme:

  • Lançamento nos festivais de cinema gerou críticas positivas e colocou o filme no radar dos votantes.
  • Vitória no Critics Choice Awards em dezembro marcou o início de sua ascensão na categoria de roteiro.
  • Triunfo no BAFTA como Melhor Filme em fevereiro surpreendeu e consolidou seu status de favorito.
  • Prêmio de Melhor Elenco no SAG Awards reforçou a força coletiva da produção antes do Oscar.

Esses passos estratégicos mostram como Conclave soube crescer em um momento em que a competição estava especialmente equilibrada, com filmes como Anora e The Brutalist também na disputa por atenção.

Contexto histórico e relevância atual

A narrativa de Conclave ganha um peso extra quando vista no contexto atual da Igreja Católica. O Papa Francisco, aos 88 anos, enfrenta problemas de saúde que alimentam especulações sobre o futuro do Vaticano, tornando o filme quase um reflexo da realidade. A trama fictícia sobre a eleição de um novo papa, cheia de intrigas e segredos, ecoa as discussões sobre a sucessão papal que circulam na mídia internacional, embora o filme não tenha a intenção de retratar eventos reais.

Ralph Fiennes, indicado a Melhor Ator, mergulhou na pesquisa histórica para dar vida ao Cardeal Lawrence, estudando inclusive o latim usado nas cerimônias do conclave. Sua preparação trouxe autenticidade ao papel, enquanto Isabella Rossellini, como a freira Agnes, oferece um contraponto feminino em um universo dominado por figuras masculinas. Esses elementos reforçam a relevância do filme em um momento em que a Igreja enfrenta desafios internos e externos.

O sucesso de Conclave também impulsionou o interesse pelo romance de Robert Harris, que já vendeu milhões de cópias desde seu lançamento em 2016. A adaptação cinematográfica trouxe novos leitores para a obra, especialmente após a vitória no Oscar, que elevou ainda mais sua visibilidade global.

Bastidores da produção que impressionam

A produção de Conclave envolveu um esforço meticuloso para recriar o ambiente do Vaticano com precisão. As filmagens em Roma, incluindo locações próximas à Cidade do Vaticano, deram ao filme uma autenticidade que impressiona nas telas. O figurino, assinado por Lisy Christl e indicado ao Oscar, reproduziu as vestes dos cardeais com detalhes que refletem séculos de tradição, enquanto a trilha sonora de Volker Bertelmann, também na disputa por um prêmio, adicionou uma camada de tensão que amplifica o impacto do roteiro.

Edward Berger, conhecido por Nada de Novo no Front, trouxe uma direção segura que valoriza os silêncios tanto quanto os diálogos, permitindo que o texto de Straughan brilhe. A ausência de uma indicação ao Oscar de Melhor Direção não diminui o trabalho do cineasta, que foi essencial para transformar o livro em um thriller acessível e cativante.

O cuidado com os detalhes se estende ao elenco, que passou por um processo de ensaios intensos para capturar a dinâmica entre os cardeais. Ralph Fiennes, por exemplo, dedicou semanas ao estudo das nuances do latim e dos rituais católicos, enquanto Stanley Tucci trouxe um humor sutil ao papel do ambicioso Cardeal Bellini, equilibrando a seriedade da trama.

Força do elenco e suas indicações

A indicação de Ralph Fiennes a Melhor Ator é um dos pontos altos da campanha de Conclave. Sua primeira nomeação ao Oscar em 28 anos, desde O Paciente Inglês, destaca a maturidade de um ator que encontrou no Cardeal Lawrence um papel à altura de seu talento. Isabella Rossellini, por sua vez, entra para a história como parte de um raro grupo de mães e filhas indicadas ao Oscar, ao lado de nomes como Diane Ladd e Laura Dern, com sua interpretação da freira Agnes.

Stanley Tucci e John Lithgow, embora não indicados individualmente, foram peças-chave no sucesso do elenco, que venceu o SAG Awards. A química entre os atores é evidente em cada cena, especialmente nas sequências de debates acalorados que revelam as rivalidades dentro do conclave. Esse trabalho coletivo é um dos pilares que sustentam o filme e justificam seu impacto na temporada.

A força das atuações também reflete a direção de Edward Berger, que soube extrair o melhor de cada intérprete. A ausência de uma indicação para o diretor não apagou sua contribuição, reconhecida indiretamente pela vitória do roteiro, que depende de uma execução precisa para funcionar tão bem nas telas.



A noite de 2 de março marcou um momento histórico para o cinema com a vitória de Conclave na categoria de Melhor Roteiro Adaptado durante a 97ª edição do Oscar, realizada no Dolby Theatre, em Hollywood. O filme, adaptado por Peter Straughan a partir do romance de Robert Harris, transformou a complexa eleição de um novo papa em um thriller político envolvente, conquistando críticos e público com sua narrativa densa e cheia de reviravoltas. Com um total de oito indicações, o longa dirigido por Edward Berger se destacou em uma disputa acirrada, superando concorrentes como Emilia Pérez e Nickel Boys, e consolidou sua posição como um dos grandes destaques da temporada de premiações. A trama, que explora os bastidores do Vaticano e os conflitos éticos dos cardeais, ganhou força não apenas pela qualidade do texto, mas também pela atuação impecável de Ralph Fiennes, que interpreta o Cardeal Lawrence, e pelo crescente interesse em temas relacionados à Igreja Católica em um contexto global marcado por incertezas.

A escolha da Academia reflete uma valorização de roteiros que combinam profundidade intelectual com apelo emocional, algo que Conclave entrega de forma magistral. A adaptação de Straughan foi elogiada por preservar a essência do livro enquanto adicionava camadas de suspense cinematográfico, mantendo os espectadores presos do início ao fim. O sucesso do filme também é evidenciado por sua trajetória em outras premiações, como o Critics Choice Awards, o BAFTA e o SAG Awards, onde o elenco foi reconhecido por sua química excepcional.

Além disso, a vitória de Conclave ocorre em um ano competitivo, com a Academia premiando uma obra que já vinha ganhando força desde sua estreia. O longa, distribuído pela Focus Features, encontrou um público amplo graças à disponibilidade em plataformas como Peacock, Prime Video e Apple TV, o que pode ter influenciado os votantes em um momento em que o alcance digital pesa na percepção dos filmes.

Caminho de Conclave até o topo da temporada

A ascensão de Conclave na temporada de premiações foi marcada por uma combinação de aclamação crítica e vitórias estratégicas em eventos importantes. Inicialmente visto como um azarão diante de favoritos como Anora e The Brutalist, o filme ganhou impulso com o passar dos meses, especialmente após sua estreia positiva nos festivais de cinema. Ralph Fiennes, no papel do Cardeal Lawrence, traz uma complexidade que reflete os dilemas de um homem dividido entre dever e moralidade, enquanto o elenco de apoio, com nomes como Stanley Tucci e Isabella Rossellini, eleva a narrativa a outro patamar.

O trabalho de Peter Straughan no roteiro foi essencial para essa trajetória, transformando o livro de Robert Harris em uma obra que respira cinema. A adaptação mantém os detalhes históricos do processo de eleição papal, mas adiciona um ritmo que torna a história acessível a todos os públicos, um feito que poucos roteiristas conseguem alcançar em adaptações tão densas.

Um elenco que faz história

O reconhecimento do elenco de Conclave no SAG Awards, onde venceu como Melhor Performance de Elenco, foi um marco que sinalizou sua força coletiva. Stanley Tucci, como o Cardeal Bellini, e John Lithgow, no papel do Cardeal Tremblay, trazem nuances que enriquecem os debates e as intrigas dentro do conclave, enquanto Isabella Rossellini, indicada a Melhor Atriz Coadjuvante, entrega uma interpretação poderosa como a freira Agnes, uma figura que desafia as expectativas em um ambiente dominado por homens.

Detalhes que definiram o sucesso do roteiro

O texto de Peter Straughan brilha pela capacidade de equilibrar diálogos afiados com silêncios carregados de tensão, uma marca que diferencia Conclave de outras adaptações. A trama acompanha o Cardeal Lawrence enquanto ele supervisiona a eleição do novo papa após a morte do antecessor, revelando segredos e rivalidades entre os cardeais em um processo que deveria ser sagrado, mas se mostra profundamente humano. Esse enfoque transforma o filme em um estudo sobre poder, fé e corrupção, temas que ressoam em um mundo contemporâneo cheio de polarizações.

Straughan trabalhou de perto com o diretor Edward Berger para garantir que cada cena refletisse o peso das decisões tomadas pelos personagens. A colaboração resultou em um roteiro que não apenas adapta o livro, mas o expande, adicionando camadas visuais que complementam a narrativa. A vitória no Oscar é um reconhecimento dessa parceria, mesmo que Berger não tenha sido indicado na categoria de direção, algo que surpreendeu muitos observadores da temporada.

O impacto do roteiro também se reflete nas vendas do livro de Robert Harris, que dispararam após o lançamento do filme. Traduzido para mais de 40 idiomas, o romance original ganhou uma nova onda de leitores, muitos dos quais atraídos pela adaptação premiada e pela curiosidade de comparar as duas versões da história.

Concorrência acirrada na categoria de roteiro adaptado

A categoria de Melhor Roteiro Adaptado no Oscar deste ano foi uma das mais disputadas, com cinco indicados que representavam estilos e abordagens distintas. Emilia Pérez, dirigido por Jacques Audiard, trouxe um roteiro musical inovador que misturava drama e crime, enquanto Nickel Boys, baseado no romance de Colson Whitehead, impressionou pela sensibilidade ao tratar da brutalidade em um reformatório na década de 1960. A Complete Unknown, com Timothée Chalamet como Bob Dylan, e Sing Sing, sobre a redenção de ex-detentos, completavam a lista, mas foi Conclave quem se destacou pela consistência e força narrativa.

A vitória de Straughan sobre esses concorrentes reforça a preferência da Academia por adaptações que respeitam a obra original enquanto criam algo novo para o cinema. A ausência de uma indicação ao Writers Guild of America não prejudicou o filme, mostrando que o Oscar muitas vezes segue critérios próprios na hora de premiar.

O favoritismo de Conclave já vinha sendo construído desde o Critics Choice Awards, em dezembro, e se solidificou com o BAFTA em fevereiro, quando o filme levou o prêmio de Melhor Filme. Esses triunfos prévios criaram uma expectativa que se concretizou na noite do Oscar, consolidando o roteiro como um dos pontos altos da temporada.

Momentos marcantes da temporada de premiações

A trajetória de Conclave rumo ao Oscar pode ser dividida em etapas cruciais que mostram sua evolução ao longo dos meses. Confira os principais marcos da campanha do filme:

  • Lançamento nos festivais de cinema gerou críticas positivas e colocou o filme no radar dos votantes.
  • Vitória no Critics Choice Awards em dezembro marcou o início de sua ascensão na categoria de roteiro.
  • Triunfo no BAFTA como Melhor Filme em fevereiro surpreendeu e consolidou seu status de favorito.
  • Prêmio de Melhor Elenco no SAG Awards reforçou a força coletiva da produção antes do Oscar.

Esses passos estratégicos mostram como Conclave soube crescer em um momento em que a competição estava especialmente equilibrada, com filmes como Anora e The Brutalist também na disputa por atenção.

Contexto histórico e relevância atual

A narrativa de Conclave ganha um peso extra quando vista no contexto atual da Igreja Católica. O Papa Francisco, aos 88 anos, enfrenta problemas de saúde que alimentam especulações sobre o futuro do Vaticano, tornando o filme quase um reflexo da realidade. A trama fictícia sobre a eleição de um novo papa, cheia de intrigas e segredos, ecoa as discussões sobre a sucessão papal que circulam na mídia internacional, embora o filme não tenha a intenção de retratar eventos reais.

Ralph Fiennes, indicado a Melhor Ator, mergulhou na pesquisa histórica para dar vida ao Cardeal Lawrence, estudando inclusive o latim usado nas cerimônias do conclave. Sua preparação trouxe autenticidade ao papel, enquanto Isabella Rossellini, como a freira Agnes, oferece um contraponto feminino em um universo dominado por figuras masculinas. Esses elementos reforçam a relevância do filme em um momento em que a Igreja enfrenta desafios internos e externos.

O sucesso de Conclave também impulsionou o interesse pelo romance de Robert Harris, que já vendeu milhões de cópias desde seu lançamento em 2016. A adaptação cinematográfica trouxe novos leitores para a obra, especialmente após a vitória no Oscar, que elevou ainda mais sua visibilidade global.

Bastidores da produção que impressionam

A produção de Conclave envolveu um esforço meticuloso para recriar o ambiente do Vaticano com precisão. As filmagens em Roma, incluindo locações próximas à Cidade do Vaticano, deram ao filme uma autenticidade que impressiona nas telas. O figurino, assinado por Lisy Christl e indicado ao Oscar, reproduziu as vestes dos cardeais com detalhes que refletem séculos de tradição, enquanto a trilha sonora de Volker Bertelmann, também na disputa por um prêmio, adicionou uma camada de tensão que amplifica o impacto do roteiro.

Edward Berger, conhecido por Nada de Novo no Front, trouxe uma direção segura que valoriza os silêncios tanto quanto os diálogos, permitindo que o texto de Straughan brilhe. A ausência de uma indicação ao Oscar de Melhor Direção não diminui o trabalho do cineasta, que foi essencial para transformar o livro em um thriller acessível e cativante.

O cuidado com os detalhes se estende ao elenco, que passou por um processo de ensaios intensos para capturar a dinâmica entre os cardeais. Ralph Fiennes, por exemplo, dedicou semanas ao estudo das nuances do latim e dos rituais católicos, enquanto Stanley Tucci trouxe um humor sutil ao papel do ambicioso Cardeal Bellini, equilibrando a seriedade da trama.

Força do elenco e suas indicações

A indicação de Ralph Fiennes a Melhor Ator é um dos pontos altos da campanha de Conclave. Sua primeira nomeação ao Oscar em 28 anos, desde O Paciente Inglês, destaca a maturidade de um ator que encontrou no Cardeal Lawrence um papel à altura de seu talento. Isabella Rossellini, por sua vez, entra para a história como parte de um raro grupo de mães e filhas indicadas ao Oscar, ao lado de nomes como Diane Ladd e Laura Dern, com sua interpretação da freira Agnes.

Stanley Tucci e John Lithgow, embora não indicados individualmente, foram peças-chave no sucesso do elenco, que venceu o SAG Awards. A química entre os atores é evidente em cada cena, especialmente nas sequências de debates acalorados que revelam as rivalidades dentro do conclave. Esse trabalho coletivo é um dos pilares que sustentam o filme e justificam seu impacto na temporada.

A força das atuações também reflete a direção de Edward Berger, que soube extrair o melhor de cada intérprete. A ausência de uma indicação para o diretor não apagou sua contribuição, reconhecida indiretamente pela vitória do roteiro, que depende de uma execução precisa para funcionar tão bem nas telas.



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