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14 Mar 2025, Fri

Palmeiras liquida dívida de R$ 24,9 milhões com a Crefisa e inicia nova era com Sportingbet

Palmeiras


O Palmeiras alcançou um marco financeiro significativo em 2024 ao quitar integralmente sua dívida com a Crefisa, empresa que por uma década foi sua principal patrocinadora. O valor, que no início do ano era de R$ 24,9 milhões, foi zerado após anos de pagamentos graduais, encerrando uma relação que começou em 2015 e envolveu investimentos expressivos no clube. A parceria, marcada por aportes em contratações de jogadores e exposição da marca no uniforme, chegou ao fim em dezembro, dando lugar a um novo acordo com a casa de apostas Sportingbet. Esse movimento reflete uma estratégia de reestruturação financeira e reposicionamento comercial do clube, que fechou o ano com receita recorde de R$ 1,2 bilhão.

Originada em operações de aquisição de atletas, a dívida com a Crefisa atingiu seu pico em 2019, registrando R$ 172 milhões. Desde então, o Palmeiras adotou uma política de redução gradual, utilizando recursos de vendas de jogadores e bônus por títulos conquistados. A quitação total, confirmada no balanço financeiro de dezembro, foi celebrada como um passo rumo à independência financeira, especialmente após a transição para um novo patrocinador máster. O clube, presidido por Leila Pereira, também dona da Crefisa, agora volta suas atenções para fortalecer o elenco e competir em alto nível no cenário nacional e internacional.

A substituição da Crefisa pela Sportingbet, oficializada em um contrato assinado na véspera do Natal, sinaliza uma mudança de rumos. O novo acordo prevê R$ 100 milhões anuais fixos, com possibility de alcançar até R$ 170 milhões mediante bônus por metas, como conquistas de títulos. Esse incremento nas receitas de patrocínio, aliados aos ganhos com transferências de atletas e gestão do Allianz Parque, coloca o Palmeiras em uma posição financeira robusta para 2025, ano em que o foco será o inédito Mundial de Clubes.

Da origem do débito à quitação total

Uma dívida que começou com contratações

A relação entre Palmeiras e Crefisa começou em 2015, quando a empresa passou a estampar sua marca no uniforme do clube e a investir diretamente na contratação de jogadores. Nomes como Dudu, Miguel Borja, Luan, Alejandro Guerra e Carlos Eduardo chegaram ao elenco com aportes da patrocinadora, que inicialmente registrava esses valores como ações de marketing ou doações. Tudo mudou em 2018, após intervenção da Receita Federal, que exigiu a reclassificação desses investimentos como empréstimos. Com isso, o clube assumiu o compromisso de devolver os montantes com juros atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), criando uma dívida que chegou a R$ 172 milhões no fim de 2019.

Aquele período marcou um ponto de inflexão. Antes, os aportes da Crefisa eram vistos como uma vantagem competitiva, permitindo ao Palmeiras reforçar seu elenco em um momento de reconstrução. No entanto, a transformação em dívida formal trouxe desafios financeiros. Para quitá-la, o clube passou a usar parte das receitas de transferências – como as vendas de Artur ao Zenit e Kevin ao Shakhtar Donetsk – e os bônus pagos pela Crefisa por conquistas, como os R$ 12 milhões recebidos pelo título brasileiro de 2022. Esse método foi mantido ao longo dos anos, reduzindo o débito ano a ano até chegar aos R$ 24,9 milhões no início de 2024.

Estratégias que levaram ao fim do débito

Quitar a dívida não foi tarefa simples, mas o Palmeiras demonstrou disciplina financeira. Em 2023, o saldo devido à Crefisa caiu de R$ 66 milhões para R$ 24,9 milhões, um abatimento de quase R$ 40 milhões em apenas 12 meses. Esse progresso continuou em 2024, com o clube aproveitando sua receita crescente para liquidar os R$ 429 mil restantes até novembro. A estratégia incluiu o uso de premiações, como os R$ 4 milhões recebidos pelo título paulista, e uma política de não depender mais de aportes externos para contratações, iniciada ainda na gestão de Maurício Galiotte, antecessor de Leila Pereira.

Além disso, o Palmeiras se beneficiou de um modelo de gestão que priorizou receitas recorrentes. O acordo com a WTorre, administradora do Allianz Parque, e as vendas de jovens talentos, como Endrick ao Real Madrid por R$ 400 milhões (registrados contabilmente em 2024), turbinaram os cofres. Esses recursos permitiram que o clube honrasse seus compromissos sem comprometer investimentos no elenco, como a recente chegada de Vitor Roque, emprestado pelo Barcelona, e os R$ 190 milhões gastos em Facundo Torres e Paulinho.

Uma nova fase com a Sportingbet

O fim de uma era e o começo de outra

Encerrar o contrato com a Crefisa marcou o fim de uma era vitoriosa para o Palmeiras. Durante os dez anos de parceria, o clube levantou 14 títulos relevantes, incluindo duas Libertadores (2020 e 2021) e quatro Brasileiros (2016, 2018, 2022 e 2023). A empresa, liderada por Leila Pereira, aportou mais de R$ 800 milhões em patrocínios fixos, sem contar os investimentos em jogadores que viraram dívida. Apesar das críticas de parte da torcida e da oposição por suposto conflito de interesses – já que Leila comanda tanto o clube quanto a Crefisa –, a saída da patrocinadora foi vista como um movimento natural, abrindo espaço para um acordo mais lucrativo com a Sportingbet.

Assinado em dezembro de 2024, o novo contrato com a casa de apostas foi apresentado oficialmente em 13 de janeiro, em evento no Mirante do Allianz Parque. Com duração inicial de três anos, prorrogáveis por mais um, o vínculo garante R$ 100 milhões fixos por temporada, quase dobrando os R$ 81 milhões anuais pagos pela Crefisa em seu último acordo. Há ainda a possibilidade de adicionar R$ 70 milhões extras por meio de bônus, dependendo do desempenho em competições. A estreia da nova marca no uniforme ocorreu com pompa, exibindo os jogadores Raphael Veiga, Weverton e Laís como protagonistas.

Cronograma da transição financeira

A transição do Palmeiras para uma nova realidade financeira seguiu um planejamento claro. Veja os principais marcos:

  • 2015: Início da parceria com a Crefisa, com patrocínio e aportes em contratações.
  • 2018: Reclassificação dos investimentos como dívida, com pico de R$ 172 milhões em 2019.
  • 2021: Renovação do patrocínio por três anos, mantendo R$ 81 milhões anuais fixos.
  • 2023: Dívida reduzida para R$ 24,9 milhões, com projeção de quitação em 2024.
  • Dezembro de 2024: Fim do contrato com a Crefisa e assinatura com a Sportingbet.
  • Janeiro de 2025: Apresentação oficial do novo patrocinador máster.

Esse calendário reflete a evolução do clube rumo à sustentabilidade financeira, culminando na receita recorde de R$ 1,207 bilhão em 2024, aprovada pelo Conselho Fiscal, e um superávit de R$ 198,1 milhões.

Impactos no elenco e nas ambições do clube

Com a dívida zerada e novas receitas garantidas, o Palmeiras intensificou seus planos para 2025. A chegada de Facundo Torres, ex-Orlando City, e Paulinho, ex-Atlético Mineiro, por R$ 72 milhões e R$ 118 milhões, respectivamente, mostra a ambição de montar um elenco competitivo para o Super Mundial de Clubes, que será disputado entre junho e julho nos Estados Unidos. A diretoria, que inicialmente reservou R$ 220 milhões para reforços, decidiu ampliar os investimentos após o vice-campeonato brasileiro, mirando um título que escapou ao clube em 2024.

O clube também aposta em jovens valores e repatriados. Vitor Roque, emprestado com opção de compra, foi elogiado por Felipe Melo como um reforço ideal para o ataque. Além disso, negociações por outros nomes seguem em andamento, aproveitando a janela de transferências e a saúde financeira renovada. A combinação de patrocínio mais robusto, receitas de bilheteria e vendas de atletas posiciona o Palmeiras como um dos favoritos em competições futuras, especialmente no torneio mundial que Leila Pereira definiu como prioridade absoluta.



O Palmeiras alcançou um marco financeiro significativo em 2024 ao quitar integralmente sua dívida com a Crefisa, empresa que por uma década foi sua principal patrocinadora. O valor, que no início do ano era de R$ 24,9 milhões, foi zerado após anos de pagamentos graduais, encerrando uma relação que começou em 2015 e envolveu investimentos expressivos no clube. A parceria, marcada por aportes em contratações de jogadores e exposição da marca no uniforme, chegou ao fim em dezembro, dando lugar a um novo acordo com a casa de apostas Sportingbet. Esse movimento reflete uma estratégia de reestruturação financeira e reposicionamento comercial do clube, que fechou o ano com receita recorde de R$ 1,2 bilhão.

Originada em operações de aquisição de atletas, a dívida com a Crefisa atingiu seu pico em 2019, registrando R$ 172 milhões. Desde então, o Palmeiras adotou uma política de redução gradual, utilizando recursos de vendas de jogadores e bônus por títulos conquistados. A quitação total, confirmada no balanço financeiro de dezembro, foi celebrada como um passo rumo à independência financeira, especialmente após a transição para um novo patrocinador máster. O clube, presidido por Leila Pereira, também dona da Crefisa, agora volta suas atenções para fortalecer o elenco e competir em alto nível no cenário nacional e internacional.

A substituição da Crefisa pela Sportingbet, oficializada em um contrato assinado na véspera do Natal, sinaliza uma mudança de rumos. O novo acordo prevê R$ 100 milhões anuais fixos, com possibility de alcançar até R$ 170 milhões mediante bônus por metas, como conquistas de títulos. Esse incremento nas receitas de patrocínio, aliados aos ganhos com transferências de atletas e gestão do Allianz Parque, coloca o Palmeiras em uma posição financeira robusta para 2025, ano em que o foco será o inédito Mundial de Clubes.

Da origem do débito à quitação total

Uma dívida que começou com contratações

A relação entre Palmeiras e Crefisa começou em 2015, quando a empresa passou a estampar sua marca no uniforme do clube e a investir diretamente na contratação de jogadores. Nomes como Dudu, Miguel Borja, Luan, Alejandro Guerra e Carlos Eduardo chegaram ao elenco com aportes da patrocinadora, que inicialmente registrava esses valores como ações de marketing ou doações. Tudo mudou em 2018, após intervenção da Receita Federal, que exigiu a reclassificação desses investimentos como empréstimos. Com isso, o clube assumiu o compromisso de devolver os montantes com juros atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), criando uma dívida que chegou a R$ 172 milhões no fim de 2019.

Aquele período marcou um ponto de inflexão. Antes, os aportes da Crefisa eram vistos como uma vantagem competitiva, permitindo ao Palmeiras reforçar seu elenco em um momento de reconstrução. No entanto, a transformação em dívida formal trouxe desafios financeiros. Para quitá-la, o clube passou a usar parte das receitas de transferências – como as vendas de Artur ao Zenit e Kevin ao Shakhtar Donetsk – e os bônus pagos pela Crefisa por conquistas, como os R$ 12 milhões recebidos pelo título brasileiro de 2022. Esse método foi mantido ao longo dos anos, reduzindo o débito ano a ano até chegar aos R$ 24,9 milhões no início de 2024.

Estratégias que levaram ao fim do débito

Quitar a dívida não foi tarefa simples, mas o Palmeiras demonstrou disciplina financeira. Em 2023, o saldo devido à Crefisa caiu de R$ 66 milhões para R$ 24,9 milhões, um abatimento de quase R$ 40 milhões em apenas 12 meses. Esse progresso continuou em 2024, com o clube aproveitando sua receita crescente para liquidar os R$ 429 mil restantes até novembro. A estratégia incluiu o uso de premiações, como os R$ 4 milhões recebidos pelo título paulista, e uma política de não depender mais de aportes externos para contratações, iniciada ainda na gestão de Maurício Galiotte, antecessor de Leila Pereira.

Além disso, o Palmeiras se beneficiou de um modelo de gestão que priorizou receitas recorrentes. O acordo com a WTorre, administradora do Allianz Parque, e as vendas de jovens talentos, como Endrick ao Real Madrid por R$ 400 milhões (registrados contabilmente em 2024), turbinaram os cofres. Esses recursos permitiram que o clube honrasse seus compromissos sem comprometer investimentos no elenco, como a recente chegada de Vitor Roque, emprestado pelo Barcelona, e os R$ 190 milhões gastos em Facundo Torres e Paulinho.

Uma nova fase com a Sportingbet

O fim de uma era e o começo de outra

Encerrar o contrato com a Crefisa marcou o fim de uma era vitoriosa para o Palmeiras. Durante os dez anos de parceria, o clube levantou 14 títulos relevantes, incluindo duas Libertadores (2020 e 2021) e quatro Brasileiros (2016, 2018, 2022 e 2023). A empresa, liderada por Leila Pereira, aportou mais de R$ 800 milhões em patrocínios fixos, sem contar os investimentos em jogadores que viraram dívida. Apesar das críticas de parte da torcida e da oposição por suposto conflito de interesses – já que Leila comanda tanto o clube quanto a Crefisa –, a saída da patrocinadora foi vista como um movimento natural, abrindo espaço para um acordo mais lucrativo com a Sportingbet.

Assinado em dezembro de 2024, o novo contrato com a casa de apostas foi apresentado oficialmente em 13 de janeiro, em evento no Mirante do Allianz Parque. Com duração inicial de três anos, prorrogáveis por mais um, o vínculo garante R$ 100 milhões fixos por temporada, quase dobrando os R$ 81 milhões anuais pagos pela Crefisa em seu último acordo. Há ainda a possibilidade de adicionar R$ 70 milhões extras por meio de bônus, dependendo do desempenho em competições. A estreia da nova marca no uniforme ocorreu com pompa, exibindo os jogadores Raphael Veiga, Weverton e Laís como protagonistas.

Cronograma da transição financeira

A transição do Palmeiras para uma nova realidade financeira seguiu um planejamento claro. Veja os principais marcos:

  • 2015: Início da parceria com a Crefisa, com patrocínio e aportes em contratações.
  • 2018: Reclassificação dos investimentos como dívida, com pico de R$ 172 milhões em 2019.
  • 2021: Renovação do patrocínio por três anos, mantendo R$ 81 milhões anuais fixos.
  • 2023: Dívida reduzida para R$ 24,9 milhões, com projeção de quitação em 2024.
  • Dezembro de 2024: Fim do contrato com a Crefisa e assinatura com a Sportingbet.
  • Janeiro de 2025: Apresentação oficial do novo patrocinador máster.

Esse calendário reflete a evolução do clube rumo à sustentabilidade financeira, culminando na receita recorde de R$ 1,207 bilhão em 2024, aprovada pelo Conselho Fiscal, e um superávit de R$ 198,1 milhões.

Impactos no elenco e nas ambições do clube

Com a dívida zerada e novas receitas garantidas, o Palmeiras intensificou seus planos para 2025. A chegada de Facundo Torres, ex-Orlando City, e Paulinho, ex-Atlético Mineiro, por R$ 72 milhões e R$ 118 milhões, respectivamente, mostra a ambição de montar um elenco competitivo para o Super Mundial de Clubes, que será disputado entre junho e julho nos Estados Unidos. A diretoria, que inicialmente reservou R$ 220 milhões para reforços, decidiu ampliar os investimentos após o vice-campeonato brasileiro, mirando um título que escapou ao clube em 2024.

O clube também aposta em jovens valores e repatriados. Vitor Roque, emprestado com opção de compra, foi elogiado por Felipe Melo como um reforço ideal para o ataque. Além disso, negociações por outros nomes seguem em andamento, aproveitando a janela de transferências e a saúde financeira renovada. A combinação de patrocínio mais robusto, receitas de bilheteria e vendas de atletas posiciona o Palmeiras como um dos favoritos em competições futuras, especialmente no torneio mundial que Leila Pereira definiu como prioridade absoluta.



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