O Carnaval de 2025 trouxe uma mudança significativa para os assinantes de TV paga no Brasil: desde o dia 1º de março, a The Walt Disney Company retirou do ar diversos canais tradicionais, como Disney Channel, Baby TV, Cinecanal, FX e National Geographic. A decisão, anunciada ainda em dezembro de 2024, reflete uma estratégia global da empresa para concentrar seus esforços no Disney+, plataforma de streaming que agora abriga os conteúdos antes exibidos na programação linear. Apenas os canais ESPN, voltados para esportes, foram mantidos nas grades das operadoras, enquanto os demais deixaram de ser transmitidos, marcando o fim de uma era na televisão por assinatura brasileira. A medida impacta milhões de telespectadores e reforça a transição do entretenimento para o ambiente digital.
A partir do sábado de Carnaval, as operadoras passaram a exibir mensagens nas telas onde antes estavam os canais descontinuados, informando que a interrupção ocorreu por decisão da própria Disney. Programas infantis, filmes clássicos e documentários que faziam parte da grade agora estão disponíveis exclusivamente no Disney+, que já conta com um catálogo robusto e vem ganhando assinantes no país. Em 2024, a empresa reportou 124,6 milhões de usuários globais na plataforma, um crescimento que sustenta a aposta no streaming como o futuro do consumo de mídia.
Esse movimento não é isolado. A Disney já vinha reduzindo sua presença na TV linear em outros mercados, como Reino Unido, Austrália e partes da América Latina, desde o lançamento do Disney+ em 2019. No Brasil, a saída dos canais durante o feriado carnavalesco pegou alguns assinantes de surpresa, mas alinha-se à tendência de migração do público para serviços sob demanda, que oferecem maior flexibilidade e acesso a conteúdos exclusivos.
Estratégia global da Disney rumo ao digital
Centralizar o entretenimento no Disney+ faz parte de uma estratégia bem definida pela companhia. Em dezembro de 2024, a empresa justificou a retirada dos canais afirmando que a medida responde às transformações no cenário de mídia e entretenimento, buscando atender às demandas dos consumidores com agilidade. A transição começou a ser implementada em etapas no Brasil, com o fim de canais como Disney XD e Nat Geo Kids ainda em 2022, mas agora atinge nomes icônicos como Disney Channel e National Geographic, que por décadas foram referências na TV paga.
A mudança também reflete o sucesso financeiro do streaming. No relatório de resultados de 2024, divulgado em fevereiro, a Disney registrou uma receita de US$ 24,7 bilhões, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. O crescimento do Disney+, que superou os 124 milhões de assinantes globais, foi um dos destaques, mostrando que a plataforma já é rentável em diversos mercados. No Brasil, a fusão do Star+ com o Disney+, concluída em meados de 2024, ampliou o catálogo com produções adultas e esportes, consolidando ainda mais a oferta digital.
Enquanto isso, a TV por assinatura enfrenta desafios no país. Dados apontam que o número de assinantes de TV paga caiu de 19,5 milhões em 2014 para cerca de 11 milhões em 2023, uma queda impulsionada pela popularidade de serviços como Netflix, Amazon Prime e o próprio Disney+. A decisão da Disney acelera essa tendência, transferindo conteúdos que antes dependiam de horários fixos para uma experiência sob demanda.
Impacto imediato nos assinantes brasileiros
Milhões de famílias que acompanhavam o Disney Channel durante o Carnaval notaram a ausência do canal logo no início de março. Crianças acostumadas a séries como “Phineas e Ferb” ou “Gravity Falls” agora precisam recorrer ao Disney+ para continuar assistindo. O mesmo vale para os fãs de documentários do National Geographic e filmes exibidos no Cinecanal e FX, que perderam espaço na grade tradicional.
Operadoras como Claro, Vivo e SKY exibiram comunicados informando que a interrupção foi uma escolha da programadora, sem relação com suas políticas. Para muitos assinantes, a mudança exige uma adaptação rápida, especialmente em lares sem acesso à internet de alta velocidade, essencial para o streaming. A ESPN, por outro lado, segue firme, mantendo transmissões ao vivo de eventos como NBA, NFL e Libertadores, que ainda atraem grande audiência na TV linear.
O que muda com a saída dos canais
A retirada dos canais da Disney da TV paga transforma a forma como o público brasileiro consome entretenimento. O Disney Channel, lançado no Brasil em 2001, foi por anos líder entre os canais infantojuvenis, competindo com Cartoon Network e Nickelodeon. Séries como “Hannah Montana” e “Os Feiticeiros de Waverly Place” marcaram gerações, enquanto o National Geographic trouxe documentários premiados sobre natureza e ciência. Agora, esses conteúdos estão restritos ao ambiente digital, exigindo uma assinatura do Disney+ para acesso.
A plataforma já oferece vantagens, como a possibilidade de assistir a qualquer hora e em múltiplos dispositivos. No Brasil, o serviço custa a partir de R$ 33,90 por mês no plano básico, valor competitivo frente aos pacotes de TV por assinatura. Além disso, o catálogo inclui produções exclusivas, como “The Mandalorian” e “WandaVision”, que não estavam disponíveis nos canais lineares. A fusão com o Star+ também agregou filmes e séries voltados ao público adulto, ampliando o alcance do serviço.
Por outro lado, a mudança pode limitar o acesso em regiões onde a conectividade é precária. Estima-se que cerca de 25% dos domicílios brasileiros ainda não tenham banda larga fixa, o que pode dificultar a transição para o streaming em áreas rurais ou periféricas. Para esses públicos, a TV paga era uma opção mais acessível, especialmente em pacotes básicos que incluíam os canais Disney.
Cronologia da transição no Brasil e no mundo
A saída dos canais no Brasil segue um padrão global adotado pela Disney nos últimos anos. Veja os principais marcos dessa mudança:
- 2019: Lançamento do Disney+ em mercados como Estados Unidos e Canadá, iniciando a redução de canais lineares.
- 2020: Fim do Disney Channel no Reino Unido, com conteúdo migrado para o streaming.
- 2022: Encerramento de Disney XD, Nat Geo Kids e outros canais na América Latina, incluindo Brasil.
- 2024: Fusão do Star+ com o Disney+ no Brasil, unificando entretenimento geral e esportes.
- 1º de março de 2025: Descontinuação de Disney Channel, National Geographic, FX, Cinecanal e Baby TV na TV paga brasileira.
A ESPN, mantida na grade, reflete a força do esporte ao vivo, um segmento que ainda resiste à migração total para o digital devido à demanda por transmissões em tempo real.
Conteúdos que migram para o Disney+
Com os canais fora do ar, o Disney+ passa a ser o destino exclusivo de um vasto catálogo. Séries infantis, filmes de ação e documentários agora convivem no mesmo ambiente, acessíveis por uma única assinatura. Entre os destaques estão programas clássicos do Disney Channel, como “Lizzie McGuire” e “A Casa do Mickey Mouse”, além de conteúdos do National Geographic sobre vida selvagem e exploração espacial.
A plataforma também investe em produções locais. No Brasil, séries como “Mundo Mistério” e “Que História É Essa, Porchat?” foram lançadas nos últimos anos, mostrando um esforço para atrair o público nacional. A integração do Star+ trouxe ainda mais opções, com filmes de grande bilheteria e séries como “Os Simpsons” e “Grey’s Anatomy”, antes exibidas no FX e Star Channel.
Como o mercado reagiu à mudança
A decisão da Disney gerou reações variadas no setor de TV paga. Operadoras perderam canais de peso, o que pode acelerar a debandada de assinantes para plataformas digitais. Por outro lado, a ESPN mantém um público fiel, especialmente entre os amantes de esportes, o que garante alguma estabilidade às empresas de TV por assinatura. Em 2023, a audiência dos canais esportivos da Disney no Brasil liderou o segmento, com jogos da Libertadores alcançando picos de mais de 5 milhões de telespectadores.
No mercado financeiro, a estratégia foi bem recebida. Após o anúncio dos resultados de 2024, as ações da Disney subiram cerca de 3%, impulsionadas pelo desempenho do Disney+. Analistas apontam que o foco no streaming reduz custos operacionais, como os associados à manutenção de canais lineares, e aumenta a receita recorrente com assinaturas.
Futuro do entretenimento no Brasil
O fim dos canais da Disney na TV paga durante o Carnaval de 2025 simboliza uma virada no consumo de mídia no Brasil. Com o Disney+ consolidado como principal canal de distribuição, a empresa aposta na flexibilidade do streaming para conquistar novas gerações. A plataforma já oferece recursos como download para assistir offline e perfis personalizados, atendendo às expectativas de um público cada vez mais conectado.
A tendência deve influenciar outras programadoras. A queda na base de assinantes de TV paga, que perdeu cerca de 40% do pico histórico, sugere que mais empresas podem seguir o mesmo caminho, priorizando serviços digitais. Para os consumidores, a mudança traz opções mais amplas, mas também destaca a necessidade de infraestrutura de internet robusta para acompanhar essa evolução.

O Carnaval de 2025 trouxe uma mudança significativa para os assinantes de TV paga no Brasil: desde o dia 1º de março, a The Walt Disney Company retirou do ar diversos canais tradicionais, como Disney Channel, Baby TV, Cinecanal, FX e National Geographic. A decisão, anunciada ainda em dezembro de 2024, reflete uma estratégia global da empresa para concentrar seus esforços no Disney+, plataforma de streaming que agora abriga os conteúdos antes exibidos na programação linear. Apenas os canais ESPN, voltados para esportes, foram mantidos nas grades das operadoras, enquanto os demais deixaram de ser transmitidos, marcando o fim de uma era na televisão por assinatura brasileira. A medida impacta milhões de telespectadores e reforça a transição do entretenimento para o ambiente digital.
A partir do sábado de Carnaval, as operadoras passaram a exibir mensagens nas telas onde antes estavam os canais descontinuados, informando que a interrupção ocorreu por decisão da própria Disney. Programas infantis, filmes clássicos e documentários que faziam parte da grade agora estão disponíveis exclusivamente no Disney+, que já conta com um catálogo robusto e vem ganhando assinantes no país. Em 2024, a empresa reportou 124,6 milhões de usuários globais na plataforma, um crescimento que sustenta a aposta no streaming como o futuro do consumo de mídia.
Esse movimento não é isolado. A Disney já vinha reduzindo sua presença na TV linear em outros mercados, como Reino Unido, Austrália e partes da América Latina, desde o lançamento do Disney+ em 2019. No Brasil, a saída dos canais durante o feriado carnavalesco pegou alguns assinantes de surpresa, mas alinha-se à tendência de migração do público para serviços sob demanda, que oferecem maior flexibilidade e acesso a conteúdos exclusivos.
Estratégia global da Disney rumo ao digital
Centralizar o entretenimento no Disney+ faz parte de uma estratégia bem definida pela companhia. Em dezembro de 2024, a empresa justificou a retirada dos canais afirmando que a medida responde às transformações no cenário de mídia e entretenimento, buscando atender às demandas dos consumidores com agilidade. A transição começou a ser implementada em etapas no Brasil, com o fim de canais como Disney XD e Nat Geo Kids ainda em 2022, mas agora atinge nomes icônicos como Disney Channel e National Geographic, que por décadas foram referências na TV paga.
A mudança também reflete o sucesso financeiro do streaming. No relatório de resultados de 2024, divulgado em fevereiro, a Disney registrou uma receita de US$ 24,7 bilhões, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. O crescimento do Disney+, que superou os 124 milhões de assinantes globais, foi um dos destaques, mostrando que a plataforma já é rentável em diversos mercados. No Brasil, a fusão do Star+ com o Disney+, concluída em meados de 2024, ampliou o catálogo com produções adultas e esportes, consolidando ainda mais a oferta digital.
Enquanto isso, a TV por assinatura enfrenta desafios no país. Dados apontam que o número de assinantes de TV paga caiu de 19,5 milhões em 2014 para cerca de 11 milhões em 2023, uma queda impulsionada pela popularidade de serviços como Netflix, Amazon Prime e o próprio Disney+. A decisão da Disney acelera essa tendência, transferindo conteúdos que antes dependiam de horários fixos para uma experiência sob demanda.
Impacto imediato nos assinantes brasileiros
Milhões de famílias que acompanhavam o Disney Channel durante o Carnaval notaram a ausência do canal logo no início de março. Crianças acostumadas a séries como “Phineas e Ferb” ou “Gravity Falls” agora precisam recorrer ao Disney+ para continuar assistindo. O mesmo vale para os fãs de documentários do National Geographic e filmes exibidos no Cinecanal e FX, que perderam espaço na grade tradicional.
Operadoras como Claro, Vivo e SKY exibiram comunicados informando que a interrupção foi uma escolha da programadora, sem relação com suas políticas. Para muitos assinantes, a mudança exige uma adaptação rápida, especialmente em lares sem acesso à internet de alta velocidade, essencial para o streaming. A ESPN, por outro lado, segue firme, mantendo transmissões ao vivo de eventos como NBA, NFL e Libertadores, que ainda atraem grande audiência na TV linear.
O que muda com a saída dos canais
A retirada dos canais da Disney da TV paga transforma a forma como o público brasileiro consome entretenimento. O Disney Channel, lançado no Brasil em 2001, foi por anos líder entre os canais infantojuvenis, competindo com Cartoon Network e Nickelodeon. Séries como “Hannah Montana” e “Os Feiticeiros de Waverly Place” marcaram gerações, enquanto o National Geographic trouxe documentários premiados sobre natureza e ciência. Agora, esses conteúdos estão restritos ao ambiente digital, exigindo uma assinatura do Disney+ para acesso.
A plataforma já oferece vantagens, como a possibilidade de assistir a qualquer hora e em múltiplos dispositivos. No Brasil, o serviço custa a partir de R$ 33,90 por mês no plano básico, valor competitivo frente aos pacotes de TV por assinatura. Além disso, o catálogo inclui produções exclusivas, como “The Mandalorian” e “WandaVision”, que não estavam disponíveis nos canais lineares. A fusão com o Star+ também agregou filmes e séries voltados ao público adulto, ampliando o alcance do serviço.
Por outro lado, a mudança pode limitar o acesso em regiões onde a conectividade é precária. Estima-se que cerca de 25% dos domicílios brasileiros ainda não tenham banda larga fixa, o que pode dificultar a transição para o streaming em áreas rurais ou periféricas. Para esses públicos, a TV paga era uma opção mais acessível, especialmente em pacotes básicos que incluíam os canais Disney.
Cronologia da transição no Brasil e no mundo
A saída dos canais no Brasil segue um padrão global adotado pela Disney nos últimos anos. Veja os principais marcos dessa mudança:
- 2019: Lançamento do Disney+ em mercados como Estados Unidos e Canadá, iniciando a redução de canais lineares.
- 2020: Fim do Disney Channel no Reino Unido, com conteúdo migrado para o streaming.
- 2022: Encerramento de Disney XD, Nat Geo Kids e outros canais na América Latina, incluindo Brasil.
- 2024: Fusão do Star+ com o Disney+ no Brasil, unificando entretenimento geral e esportes.
- 1º de março de 2025: Descontinuação de Disney Channel, National Geographic, FX, Cinecanal e Baby TV na TV paga brasileira.
A ESPN, mantida na grade, reflete a força do esporte ao vivo, um segmento que ainda resiste à migração total para o digital devido à demanda por transmissões em tempo real.
Conteúdos que migram para o Disney+
Com os canais fora do ar, o Disney+ passa a ser o destino exclusivo de um vasto catálogo. Séries infantis, filmes de ação e documentários agora convivem no mesmo ambiente, acessíveis por uma única assinatura. Entre os destaques estão programas clássicos do Disney Channel, como “Lizzie McGuire” e “A Casa do Mickey Mouse”, além de conteúdos do National Geographic sobre vida selvagem e exploração espacial.
A plataforma também investe em produções locais. No Brasil, séries como “Mundo Mistério” e “Que História É Essa, Porchat?” foram lançadas nos últimos anos, mostrando um esforço para atrair o público nacional. A integração do Star+ trouxe ainda mais opções, com filmes de grande bilheteria e séries como “Os Simpsons” e “Grey’s Anatomy”, antes exibidas no FX e Star Channel.
Como o mercado reagiu à mudança
A decisão da Disney gerou reações variadas no setor de TV paga. Operadoras perderam canais de peso, o que pode acelerar a debandada de assinantes para plataformas digitais. Por outro lado, a ESPN mantém um público fiel, especialmente entre os amantes de esportes, o que garante alguma estabilidade às empresas de TV por assinatura. Em 2023, a audiência dos canais esportivos da Disney no Brasil liderou o segmento, com jogos da Libertadores alcançando picos de mais de 5 milhões de telespectadores.
No mercado financeiro, a estratégia foi bem recebida. Após o anúncio dos resultados de 2024, as ações da Disney subiram cerca de 3%, impulsionadas pelo desempenho do Disney+. Analistas apontam que o foco no streaming reduz custos operacionais, como os associados à manutenção de canais lineares, e aumenta a receita recorrente com assinaturas.
Futuro do entretenimento no Brasil
O fim dos canais da Disney na TV paga durante o Carnaval de 2025 simboliza uma virada no consumo de mídia no Brasil. Com o Disney+ consolidado como principal canal de distribuição, a empresa aposta na flexibilidade do streaming para conquistar novas gerações. A plataforma já oferece recursos como download para assistir offline e perfis personalizados, atendendo às expectativas de um público cada vez mais conectado.
A tendência deve influenciar outras programadoras. A queda na base de assinantes de TV paga, que perdeu cerca de 40% do pico histórico, sugere que mais empresas podem seguir o mesmo caminho, priorizando serviços digitais. Para os consumidores, a mudança traz opções mais amplas, mas também destaca a necessidade de infraestrutura de internet robusta para acompanhar essa evolução.
