Aos 59 anos, Fernanda Torres viveu um marco em sua trajetória artística ao interpretar Eunice Paiva no filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles. Vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz e indicada ao Oscar na mesma categoria, a atriz brasileira revelou que o papel não apenas elevou sua visibilidade internacional, mas também mudou profundamente sua percepção sobre a profissão. Em um momento histórico para o cinema nacional, o longa conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2 de março de 2025, no Dolby Theatre, em Los Angeles, consolidando o Brasil como potência cinematográfica. Fernanda, que já acumula 40 anos de carreira, destacou que o projeto a levou a explorar dimensões emocionais inéditas, redefinindo seu método de atuação e abrindo portas para novos desafios no cenário global.
Interpretar Eunice Paiva, uma mulher que enfrentou a ditadura militar brasileira em busca de justiça pelo desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, exigiu de Fernanda uma entrega única. A atriz mergulhou em um processo intenso de preparação, que incluiu meses de pesquisa sobre a história da repressão no país e a vida da militante. Esse papel, segundo ela, trouxe uma nova compreensão sobre o poder da contenção na atuação, um contraste com os personagens cômicos e expansivos que marcaram boa parte de sua trajetória, como em “Os Normais”.
Com o sucesso de “Ainda estou aqui”, Fernanda Torres se tornou um nome cotado em Hollywood, recebendo convites para produções internacionais e festivais. A experiência, que ela descreve como transformadora, não apenas reforçou sua posição como ícone do cinema brasileiro, mas também a conectou de forma visceral à história do país, um legado que ela pretende carregar em seus próximos trabalhos.
O impacto de Eunice Paiva na trajetória de Fernanda Torres
Dar vida a Eunice Paiva foi um divisor de águas para Fernanda Torres. A personagem, uma dona de casa que se transformou em advogada e ativista após a tragédia que abalou sua família, exigiu da atriz um nível de sutileza e profundidade que ela nunca havia explorado. “Eunice me mudou como atriz, visitei lugares como atriz que nunca tinha visitado”, afirmou Fernanda, enfatizando como o papel a levou a acessar emoções contidas, como o luto e a resiliência, de maneira autêntica. Esse aprendizado, segundo ela, foi guiado pela direção precisa de Walter Salles, que buscou eliminar qualquer traço de artificialidade nas cenas.
O processo de construção da personagem começou em 2022, quando as filmagens tiveram início no Rio de Janeiro. Fernanda dedicou meses a estudar documentos da Comissão da Verdade, cartas pessoais de Eunice e relatos da ditadura militar, que durou de 1964 a 1985. A atriz também participou de ensaios e workshops com Salles, ajustando o tom emocional para refletir a força silenciosa de uma mulher que, mesmo diante da perda, manteve-se firme por seus cinco filhos. “Eu descobri o poder da contenção, do realismo no lugar mais honesto e próximo, que é uma atuação do ser ou não ser, que é ser”, declarou, destacando como essa abordagem marcou um novo capítulo em sua carreira.
A autenticidade da performance impressionou até a própria Fernanda. Ao assistir ao filme pela primeira vez, ela ficou surpresa com a naturalidade do elenco. “Fiquei meio chocada de me ver, como a gente parecia pessoas reais, como a gente era honesto na atuação da gente”, contou. Esse realismo, segundo ela, foi essencial para conectar o público à história de uma família marcada pela repressão, mas que resistiu com dignidade.
A parceria com Walter Salles e o realismo em cena
A direção de Walter Salles foi fundamental para o sucesso de “Ainda estou aqui” e para a transformação de Fernanda Torres como atriz. Conhecido por obras como “Central do Brasil”, Salles trouxe uma visão minuciosa ao projeto, buscando capturar a essência de uma história que ele mesmo conhecia de perto – a casa dos Paiva, no Rio, era um lugar que o diretor frequentou na infância. “Isso tem muito a mão do Walter, que foi limpando tudo o que parecia falso”, revelou Fernanda, descrevendo como o cineasta eliminava qualquer elemento que soasse artificial, guiado por uma busca incansável pela verdade.
Durante as filmagens, Salles priorizou a honestidade emocional, cortando cenas em que Fernanda chorava, por exemplo, para refletir a contenção de Eunice Paiva. Essa escolha, embora desafiadora, resultou em uma atuação que transmitia dor e força sem exageros. “Era uma casa que ele tinha visitado, tudo que soava como ficção batia mal no ouvido e na alma dele”, explicou a atriz, destacando como a visão do diretor transformou o filme em algo que “parecia uma família real, não parecia cinema”. Esse realismo, paradoxalmente, é o que ela acredita tornar o longa tão cinematográfico.
A colaboração entre Fernanda e Salles também reforçou a conexão do filme com o público internacional. Exibido em festivais como Veneza e Toronto, “Ainda estou aqui” recebeu aplausos de pé e críticas elogiosas, que destacaram a “delicadeza emocional” e a “graça extraordinária” da atuação de Fernanda. A vitória no Oscar de Melhor Filme Internacional, em março de 2025, foi o ápice de uma jornada que começou com a estreia nacional em novembro de 2024 e consolidou o Brasil como destaque no cinema mundial.
Cronologia de um marco no cinema brasileiro
A trajetória de “Ainda estou aqui” é repleta de momentos significativos que culminaram em seu reconhecimento global. Confira os principais marcos do filme até o Oscar 2025:
- 2022: Início das filmagens no Rio de Janeiro, com Fernanda Torres e Selton Mello no elenco principal.
- Setembro de 2024: Estreia mundial no Festival de Veneza, onde o longa recebe 10 minutos de aplausos.
- Novembro de 2024: Lançamento nos cinemas brasileiros, alcançando mais de 3 milhões de espectadores em 12 semanas.
- Janeiro de 2025: Fernanda Torres vence o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama, em Los Angeles.
- Fevereiro de 2025: Indicação ao Oscar nas categorias Melhor Filme Internacional, Melhor Filme e Melhor Atriz.
- 2 de março de 2025: Vitória no Oscar de Melhor Filme Internacional, no Dolby Theatre.
Esse calendário reflete o impacto crescente da obra, que superou concorrentes de 92 países e trouxe ao Brasil sua segunda estatueta na categoria, após “O Pagador de Promessas”, em 1963.
Os desafios de interpretar Eunice Paiva
Encarnar Eunice Paiva não foi uma tarefa simples para Fernanda Torres. A personagem, que perdeu o marido em 1971 e enfrentou décadas de incerteza, exigiu da atriz um equilíbrio entre força e vulnerabilidade. “Suportar algo que é impossível enfrentar, seguir em frente, sorrir, lutar, não quebrar – isso criou dentro de mim um fogo tão poderoso”, afirmou, refletindo sobre o peso emocional do papel. As cenas mais intensas, como a busca por Rubens Paiva no auge da repressão, levaram Fernanda a chorar genuinamente durante as gravações, um contraste com a contenção exigida em cena.
A preparação para o papel envolveu um mergulho profundo na história da ditadura. Fernanda analisou relatórios oficiais, depoimentos de sobreviventes e materiais pessoais da família Paiva, incluindo o livro de Marcelo Rubens Paiva, que inspirou o filme. Esse estudo permitiu que ela captasse a essência de uma mulher que, apesar da dor, rejeitou o melodrama para proteger seus filhos. “Ela foi uma heroína. Encarou a tragédia evitando o melodrama”, observou a atriz, destacando a resiliência que tornou Eunice um símbolo de resistência.
O impacto do papel também foi físico. Para retratar Eunice em diferentes fases da vida, Fernanda passou por uma transformação que incluiu perda de peso controlada, especialmente para as cenas que mostram o desgaste emocional da personagem. Esse esforço, aliado à direção de Salles, resultou em uma atuação aplaudida por nomes como Meryl Streep e Bradley Cooper na noite do Oscar.
Reconhecimento internacional e novos horizontes
O sucesso de “Ainda estou aqui” catapultou Fernanda Torres para o cenário global. Após o Globo de Ouro, em janeiro de 2025, e a indicação ao Oscar, a atriz viu sua visibilidade crescer exponencialmente. “Eu tive a sorte de ser o cavalo dela pra me apresentar dessa forma maior ao mundo”, disse, referindo-se a Eunice Paiva como a força por trás de seu reconhecimento. A performance, elogiada por críticos internacionais como “gloriosa” e “magnífica”, colocou Fernanda entre os nomes mais cotados para a estatueta de Melhor Atriz, embora ela não tenha vencido na categoria.
A experiência abriu portas para novos projetos. Produtores de Hollywood já demonstram interesse em sua capacidade de transmitir emoções complexas, e Fernanda tem sido convidada para palestras sobre o cinema brasileiro e os reflexos da ditadura. O filme também impulsionou o debate sobre a memória histórica no Brasil, com mais de 3,7 milhões de espectadores até março de 2025, além de estreias planejadas na Itália, Espanha e Inglaterra no início do ano.
Para Fernanda, o reconhecimento vai além dos prêmios. “Pude me apresentar ao mundo com a grandeza da Eunice, eles reconheciam em mim a grandeza, a civilidade e a inteligência dessa mulher”, afirmou, destacando como o papel a conectou a uma figura que transcende o cinema e se torna um símbolo de luta e humanidade.
Momentos marcantes da atuação de Fernanda Torres
A performance de Fernanda em “Ainda estou aqui” é repleta de cenas que emocionaram público e crítica. Aqui estão alguns destaques:
- A rejeição ao drama: Quando um fotógrafo pede uma imagem séria da família para a imprensa, Eunice insiste em sorrir, desafiando a vitimização.
- O silêncio da dor: Em momentos de busca por Rubens, Fernanda transmite o sofrimento da personagem com olhares e gestos sutis, sem lágrimas.
- A força na adversidade: A cena em que Eunice enfrenta autoridades militares reflete sua determinação, capturada com precisão pela atriz.
- A transformação final: Já como advogada, a personagem mostra uma evolução que Fernanda encarna com naturalidade e profundidade.
Esses instantes reforçam o impacto da atuação, que levou Fernanda a ser comparada a grandes nomes do cinema mundial.

Aos 59 anos, Fernanda Torres viveu um marco em sua trajetória artística ao interpretar Eunice Paiva no filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles. Vencedora do Globo de Ouro de Melhor Atriz e indicada ao Oscar na mesma categoria, a atriz brasileira revelou que o papel não apenas elevou sua visibilidade internacional, mas também mudou profundamente sua percepção sobre a profissão. Em um momento histórico para o cinema nacional, o longa conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2 de março de 2025, no Dolby Theatre, em Los Angeles, consolidando o Brasil como potência cinematográfica. Fernanda, que já acumula 40 anos de carreira, destacou que o projeto a levou a explorar dimensões emocionais inéditas, redefinindo seu método de atuação e abrindo portas para novos desafios no cenário global.
Interpretar Eunice Paiva, uma mulher que enfrentou a ditadura militar brasileira em busca de justiça pelo desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, exigiu de Fernanda uma entrega única. A atriz mergulhou em um processo intenso de preparação, que incluiu meses de pesquisa sobre a história da repressão no país e a vida da militante. Esse papel, segundo ela, trouxe uma nova compreensão sobre o poder da contenção na atuação, um contraste com os personagens cômicos e expansivos que marcaram boa parte de sua trajetória, como em “Os Normais”.
Com o sucesso de “Ainda estou aqui”, Fernanda Torres se tornou um nome cotado em Hollywood, recebendo convites para produções internacionais e festivais. A experiência, que ela descreve como transformadora, não apenas reforçou sua posição como ícone do cinema brasileiro, mas também a conectou de forma visceral à história do país, um legado que ela pretende carregar em seus próximos trabalhos.
O impacto de Eunice Paiva na trajetória de Fernanda Torres
Dar vida a Eunice Paiva foi um divisor de águas para Fernanda Torres. A personagem, uma dona de casa que se transformou em advogada e ativista após a tragédia que abalou sua família, exigiu da atriz um nível de sutileza e profundidade que ela nunca havia explorado. “Eunice me mudou como atriz, visitei lugares como atriz que nunca tinha visitado”, afirmou Fernanda, enfatizando como o papel a levou a acessar emoções contidas, como o luto e a resiliência, de maneira autêntica. Esse aprendizado, segundo ela, foi guiado pela direção precisa de Walter Salles, que buscou eliminar qualquer traço de artificialidade nas cenas.
O processo de construção da personagem começou em 2022, quando as filmagens tiveram início no Rio de Janeiro. Fernanda dedicou meses a estudar documentos da Comissão da Verdade, cartas pessoais de Eunice e relatos da ditadura militar, que durou de 1964 a 1985. A atriz também participou de ensaios e workshops com Salles, ajustando o tom emocional para refletir a força silenciosa de uma mulher que, mesmo diante da perda, manteve-se firme por seus cinco filhos. “Eu descobri o poder da contenção, do realismo no lugar mais honesto e próximo, que é uma atuação do ser ou não ser, que é ser”, declarou, destacando como essa abordagem marcou um novo capítulo em sua carreira.
A autenticidade da performance impressionou até a própria Fernanda. Ao assistir ao filme pela primeira vez, ela ficou surpresa com a naturalidade do elenco. “Fiquei meio chocada de me ver, como a gente parecia pessoas reais, como a gente era honesto na atuação da gente”, contou. Esse realismo, segundo ela, foi essencial para conectar o público à história de uma família marcada pela repressão, mas que resistiu com dignidade.
A parceria com Walter Salles e o realismo em cena
A direção de Walter Salles foi fundamental para o sucesso de “Ainda estou aqui” e para a transformação de Fernanda Torres como atriz. Conhecido por obras como “Central do Brasil”, Salles trouxe uma visão minuciosa ao projeto, buscando capturar a essência de uma história que ele mesmo conhecia de perto – a casa dos Paiva, no Rio, era um lugar que o diretor frequentou na infância. “Isso tem muito a mão do Walter, que foi limpando tudo o que parecia falso”, revelou Fernanda, descrevendo como o cineasta eliminava qualquer elemento que soasse artificial, guiado por uma busca incansável pela verdade.
Durante as filmagens, Salles priorizou a honestidade emocional, cortando cenas em que Fernanda chorava, por exemplo, para refletir a contenção de Eunice Paiva. Essa escolha, embora desafiadora, resultou em uma atuação que transmitia dor e força sem exageros. “Era uma casa que ele tinha visitado, tudo que soava como ficção batia mal no ouvido e na alma dele”, explicou a atriz, destacando como a visão do diretor transformou o filme em algo que “parecia uma família real, não parecia cinema”. Esse realismo, paradoxalmente, é o que ela acredita tornar o longa tão cinematográfico.
A colaboração entre Fernanda e Salles também reforçou a conexão do filme com o público internacional. Exibido em festivais como Veneza e Toronto, “Ainda estou aqui” recebeu aplausos de pé e críticas elogiosas, que destacaram a “delicadeza emocional” e a “graça extraordinária” da atuação de Fernanda. A vitória no Oscar de Melhor Filme Internacional, em março de 2025, foi o ápice de uma jornada que começou com a estreia nacional em novembro de 2024 e consolidou o Brasil como destaque no cinema mundial.
Cronologia de um marco no cinema brasileiro
A trajetória de “Ainda estou aqui” é repleta de momentos significativos que culminaram em seu reconhecimento global. Confira os principais marcos do filme até o Oscar 2025:
- 2022: Início das filmagens no Rio de Janeiro, com Fernanda Torres e Selton Mello no elenco principal.
- Setembro de 2024: Estreia mundial no Festival de Veneza, onde o longa recebe 10 minutos de aplausos.
- Novembro de 2024: Lançamento nos cinemas brasileiros, alcançando mais de 3 milhões de espectadores em 12 semanas.
- Janeiro de 2025: Fernanda Torres vence o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama, em Los Angeles.
- Fevereiro de 2025: Indicação ao Oscar nas categorias Melhor Filme Internacional, Melhor Filme e Melhor Atriz.
- 2 de março de 2025: Vitória no Oscar de Melhor Filme Internacional, no Dolby Theatre.
Esse calendário reflete o impacto crescente da obra, que superou concorrentes de 92 países e trouxe ao Brasil sua segunda estatueta na categoria, após “O Pagador de Promessas”, em 1963.
Os desafios de interpretar Eunice Paiva
Encarnar Eunice Paiva não foi uma tarefa simples para Fernanda Torres. A personagem, que perdeu o marido em 1971 e enfrentou décadas de incerteza, exigiu da atriz um equilíbrio entre força e vulnerabilidade. “Suportar algo que é impossível enfrentar, seguir em frente, sorrir, lutar, não quebrar – isso criou dentro de mim um fogo tão poderoso”, afirmou, refletindo sobre o peso emocional do papel. As cenas mais intensas, como a busca por Rubens Paiva no auge da repressão, levaram Fernanda a chorar genuinamente durante as gravações, um contraste com a contenção exigida em cena.
A preparação para o papel envolveu um mergulho profundo na história da ditadura. Fernanda analisou relatórios oficiais, depoimentos de sobreviventes e materiais pessoais da família Paiva, incluindo o livro de Marcelo Rubens Paiva, que inspirou o filme. Esse estudo permitiu que ela captasse a essência de uma mulher que, apesar da dor, rejeitou o melodrama para proteger seus filhos. “Ela foi uma heroína. Encarou a tragédia evitando o melodrama”, observou a atriz, destacando a resiliência que tornou Eunice um símbolo de resistência.
O impacto do papel também foi físico. Para retratar Eunice em diferentes fases da vida, Fernanda passou por uma transformação que incluiu perda de peso controlada, especialmente para as cenas que mostram o desgaste emocional da personagem. Esse esforço, aliado à direção de Salles, resultou em uma atuação aplaudida por nomes como Meryl Streep e Bradley Cooper na noite do Oscar.
Reconhecimento internacional e novos horizontes
O sucesso de “Ainda estou aqui” catapultou Fernanda Torres para o cenário global. Após o Globo de Ouro, em janeiro de 2025, e a indicação ao Oscar, a atriz viu sua visibilidade crescer exponencialmente. “Eu tive a sorte de ser o cavalo dela pra me apresentar dessa forma maior ao mundo”, disse, referindo-se a Eunice Paiva como a força por trás de seu reconhecimento. A performance, elogiada por críticos internacionais como “gloriosa” e “magnífica”, colocou Fernanda entre os nomes mais cotados para a estatueta de Melhor Atriz, embora ela não tenha vencido na categoria.
A experiência abriu portas para novos projetos. Produtores de Hollywood já demonstram interesse em sua capacidade de transmitir emoções complexas, e Fernanda tem sido convidada para palestras sobre o cinema brasileiro e os reflexos da ditadura. O filme também impulsionou o debate sobre a memória histórica no Brasil, com mais de 3,7 milhões de espectadores até março de 2025, além de estreias planejadas na Itália, Espanha e Inglaterra no início do ano.
Para Fernanda, o reconhecimento vai além dos prêmios. “Pude me apresentar ao mundo com a grandeza da Eunice, eles reconheciam em mim a grandeza, a civilidade e a inteligência dessa mulher”, afirmou, destacando como o papel a conectou a uma figura que transcende o cinema e se torna um símbolo de luta e humanidade.
Momentos marcantes da atuação de Fernanda Torres
A performance de Fernanda em “Ainda estou aqui” é repleta de cenas que emocionaram público e crítica. Aqui estão alguns destaques:
- A rejeição ao drama: Quando um fotógrafo pede uma imagem séria da família para a imprensa, Eunice insiste em sorrir, desafiando a vitimização.
- O silêncio da dor: Em momentos de busca por Rubens, Fernanda transmite o sofrimento da personagem com olhares e gestos sutis, sem lágrimas.
- A força na adversidade: A cena em que Eunice enfrenta autoridades militares reflete sua determinação, capturada com precisão pela atriz.
- A transformação final: Já como advogada, a personagem mostra uma evolução que Fernanda encarna com naturalidade e profundidade.
Esses instantes reforçam o impacto da atuação, que levou Fernanda a ser comparada a grandes nomes do cinema mundial.
