
Compartilhar
Carnaval de BH: da tradição à revolução das ruas
por André Duarte Massahud, Patrícia Urias, Ísis Detomi e Ana Laura Souza Vargas
Mais do que celebração, o carnaval de BH é resistência, cultura popular e disputa por espaço público
Para compreender a característica pujante e popular do carnaval belo-horizontino é importante retomar às suas origens históricas. O carnaval nasceu antes da inauguração da nova capital, mais precisamente em março de 1897. Conforme nos contou Jorge Fernando dos Santos (2023) em seu trabalho “Belo Horizonte em letra e música, os operários que participaram da construção da capital, travestidos de mulheres, desfilaram com os rostos pintados em carroças enfeitadas, seguindo da Praça da Liberdade até a Avenida Afonso Pena.
Posteriormente, no século XX, mais precisamente na década de 1920, o carnaval caracterizou-se por haver pessoas brincando nas ruas, jogando confete e serpentina, atrás dos corsos, que tiveram destaque nas ruas no início da década de 1930. Os corsos eram carros abertos enfeitados, sendo esses carros os antecessores dos carros alegóricos da atualidade.
Corso. Foto: Igino Bonfioli/Arquivo EM.
Na década de 1930, no ano de 1937, surgiu a primeira escola de samba da cidade, composta por moradores da Pedreira Prado Lopes, chamada de Escola de Samba Pedreira Unida. Outro episódio relevante na história do carnaval da capital foi a criação do primeiro bloco de rua, denominado “O Leão da Lagoinha”, em 1947.Tanto o nascimento dessa escola de samba, quanto a criação do bloco de rua, evidenciam o caráter popular do carnaval belo-horizontino.
Bloco de Carnaval “O Leão da Lagoinha”. Década de 1950. Acervo BELOTUR.
Nos anos seguintes, a festa seguiu se reinventando: na década de 1950, surgiram os blocos caricatos, que, com suas fantasias elaboradas, permanecem até os dias atuais como parte da identidade carnavalesca da cidade.
Com o passar das décadas, o Carnaval de Belo Horizonte não apenas preservou suas tradições, como também assumiu novas camadas de significado. Mais do que uma celebração, tornou-se um ato político. Nas ruas do centro, os blocos que arrastam milhões de foliões também carregam a marca de um processo mais profundo: a disputa pelo direito à cidade. A ocupação dos espaços públicos pela cultura popular periférica não é um evento pontual, mas um reflexo de uma transformação urbana que desafia estruturas históricas de segregação.
Nos últimos anos, Belo Horizonte viu seu carnaval crescer de forma exponencial: de 500 mil foliões em 2013 para mais de 5,5 milhões em 2024, consolidando-se como uma das maiores festas do país. Em 2025, a expectativa é de 6 milhões de participantes e um impacto econômico de R$ 1 bilhão. Mas, mais do que números, o carnaval de rua se firmou como um espaço de manifestação e resistência, onde blocos independentes e coletivos culturais não apenas celebram, mas também confrontam o poder público, reivindicando reconhecimento, infraestrutura e o direito à cidade.
Esse caráter político, que hoje marca a folia, ganhou força na retomada do Carnaval de Belo Horizonte no final dos anos 2000, impulsionado por movimentos que defendiam a ocupação dos espaços públicos para lazer e expressão popular. Um episódio simbólico desse embate ocorreu em dezembro de 2009, quando o então prefeito Márcio Lacerda assinou o decreto nº 13.798, proibindo a realização de eventos de qualquer natureza na Praça da Estação. A justificativa oficial mencionava dificuldades em controlar o público, garantir a segurança e evitar a depredação do patrimônio. No entanto, a medida foi amplamente interpretada como uma tentativa de restringir a presença popular nos espaços centrais da cidade, intensificando a mobilização por um Carnaval verdadeiramente democrático.
A insatisfação popular diante dessa proibição levou diversos grupos a se organizarem por meio de redes sociais e blogs, culminando no movimento conhecido como “Praia da Estação”. Esse movimento consistia em ocupações festivas e lúdicas da praça, onde os participantes, munidos de trajes de banho, guarda-sóis e instrumentos musicais, reivindicavam o direito ao uso dos espaços públicos de forma autônoma e horizontal. O evento não contava com nenhum tipo de financiamento externo, originado apenas da organização coletiva e voluntária por parte daqueles que se moviam por uma causa: o direito de ocupar o centro da cidade.
O movimento “Praia da Estação” desempenhou um papel crucial na retomada do carnaval de rua em Belo Horizonte, transformando-o em um espaço de resistência cultural. Esse movimento se insere no contexto das mobilizações populares de 2013, quando o Brasil foi palco de protestos contra a desigualdade social e a falta de políticas públicas. As ruas se tornaram símbolos de contestação e reivindicação pelo direito à cidade, com a ocupação dos espaços públicos reforçando a ideia de que esses locais devem ser utilizados para expressão e lazer. Desde então, a festa carnavalesca na capital mineira tem se caracterizado por uma ocupação intensa e diversa dos espaços públicos, refletindo a luta contínua pelo direito à cidade e à manifestação cultural.
O caráter político do carnaval de Belo Horizonte se expressa na forte associação dos blocos de rua às pautas sociais e ambientais da cidade. Nesse sentido, a festa tem sido um espaço de articulação com movimentos sociais, coletivos culturais e ativistas urbanos, refletindo debates sobre a ocupação do espaço público, sustentabilidade e diversidade.
Os blocos de rua vão além da música e da festa: muitos adotam temas que dialogam com a política urbana da cidade, questionando desigualdades, reivindicando direitos e promovendo a inclusão social. Seja na luta por uma cidade mais acessível e democrática, seja na denúncia de processos de gentrificação e privatização de espaços públicos, o carnaval se consolida como um momento de resistência e engajamento.
Além disso, o compromisso de fazer da festa uma experiência verdadeiramente popular se reflete na organização autônoma dos blocos, na valorização da cultura local e no incentivo à participação coletiva. O movimento carnavalesco em Belo Horizonte não se limita aos dias de folia, mas se manifesta ao longo do ano por meio de eventos, debates e ações que fortalecem a luta pelo direito à cidade.
Se antes o Estado reprimia as manifestações espontâneas da cultura de rua, hoje precisa reconhecê-las como parte fundamental do tecido urbano. O carnaval de Belo Horizonte forçou uma reorganização das políticas públicas para a cultura e o espaço público. Hoje, a prefeitura investe cerca de R$ 10 milhões no suporte à festa, incluindo limpeza urbana, segurança e fomento à economia criativa. Mas o que ainda falta?
A permanência dessa ocupação cultural no centro da cidade ainda enfrenta desafios. Se por um lado a festa gera uma movimentação econômica imensa, por outro, há uma constante disputa pelo que significa essa ocupação. A cidade, enquanto espaço de festa, é também um campo fértil para a expressão de diversas culturas, que se tornam potentes agentes de resistência e transformação social. No entanto, o mercado imobiliário e setores mais conservadores veem com receio essa explosão popular. A recente escalada de restrições a horários e percursos de blocos evidencia essa tensão. A cidade, como um espaço vivido e de celebrações, reflete as dinâmicas e as lutas das comunidades que a habitam.
Além disso, a segurança pública continua sendo uma questão central. O policiamento do Carnaval segue um padrão problemático: enquanto grandes blocos comerciais e eventos fechados contam com forte presença policial para proteção, as periferias seguem sendo alvo da abordagem violenta e seletiva do Estado. No Carnaval de 2024, denúncias de repressão em blocos negros e periféricos expuseram essa desigualdade no direito à festa e à cidade.
Mas nem repressão, nem restrições conseguem conter o ritmo pulsante da festa. O Carnaval de BH é alegria, é tambor, é samba, funk, axé, congado e maracatu. É a batida forte dos blocos afro, a irreverência dos cortejos Queer, a energia das baterias ensurdecedoras que fazem tremer o asfalto quente da cidade. É um movimento que não pede licença — ocupa, dança, reinventa.
E se a periferia ocupa o centro com sua música e sua arte, é porque a cidade pulsa nesse ritmo. Mais do que uma festa, o carnaval é a prova de que BH é viva, plural e cheia de possibilidades. O desafio do poder público não é conter essa potência, mas fortalecê-la, garantindo que essa explosão de criatividade e diversidade siga crescendo.
Porque quando a periferia toma as ruas e transforma a cidade em festa, não é só folia — é revolução com glitter, tambores e o ritmo pulsante da liberdade.
André Duarte Massahud é Advogado e Mobilizador Social, experiência e atuação em projetos sociais nas áreas de cultura, educação, meio ambiente e urbanismo social. Pesquisador de temas urbanos. Integrante da Trama Coletiva.
Patrícia Urias é Professora com formação e experiência interdisciplinares. Historiadora, Arquiteta e Urbanista. Doutora pelo NPGAU/UFMG, integrante da Trama Coletiva.
Ísis Detomi é Arquiteta e urbanista, doutoranda no NPGAU-UFMG, integrante da Trama Coletiva e faz parte da Coordenação de Comunicação Nacional da rede BrCidades
Ana Laura Souza Vargas é Arquiteta e urbanista, mestre pela NPGAU-UFMG e integrante da Trama Coletiva. Atua com urbanismo social, políticas públicas e metodologias participativas
O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para [email protected]. O artigo será publicado se atender aos critérios do Jornal GGN.
“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn “
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Carnaval de BH: da tradição à revolução das ruas
por André Duarte Massahud, Patrícia Urias, Ísis Detomi e Ana Laura Souza Vargas
Mais do que celebração, o carnaval de BH é resistência, cultura popular e disputa por espaço público
Para compreender a característica pujante e popular do carnaval belo-horizontino é importante retomar às suas origens históricas. O carnaval nasceu antes da inauguração da nova capital, mais precisamente em março de 1897. Conforme nos contou Jorge Fernando dos Santos (2023) em seu trabalho “Belo Horizonte em letra e música, os operários que participaram da construção da capital, travestidos de mulheres, desfilaram com os rostos pintados em carroças enfeitadas, seguindo da Praça da Liberdade até a Avenida Afonso Pena.
Posteriormente, no século XX, mais precisamente na década de 1920, o carnaval caracterizou-se por haver pessoas brincando nas ruas, jogando confete e serpentina, atrás dos corsos, que tiveram destaque nas ruas no início da década de 1930. Os corsos eram carros abertos enfeitados, sendo esses carros os antecessores dos carros alegóricos da atualidade.
Corso. Foto: Igino Bonfioli/Arquivo EM.
Na década de 1930, no ano de 1937, surgiu a primeira escola de samba da cidade, composta por moradores da Pedreira Prado Lopes, chamada de Escola de Samba Pedreira Unida. Outro episódio relevante na história do carnaval da capital foi a criação do primeiro bloco de rua, denominado “O Leão da Lagoinha”, em 1947.Tanto o nascimento dessa escola de samba, quanto a criação do bloco de rua, evidenciam o caráter popular do carnaval belo-horizontino.
Bloco de Carnaval “O Leão da Lagoinha”. Década de 1950. Acervo BELOTUR.
Nos anos seguintes, a festa seguiu se reinventando: na década de 1950, surgiram os blocos caricatos, que, com suas fantasias elaboradas, permanecem até os dias atuais como parte da identidade carnavalesca da cidade.
Com o passar das décadas, o Carnaval de Belo Horizonte não apenas preservou suas tradições, como também assumiu novas camadas de significado. Mais do que uma celebração, tornou-se um ato político. Nas ruas do centro, os blocos que arrastam milhões de foliões também carregam a marca de um processo mais profundo: a disputa pelo direito à cidade. A ocupação dos espaços públicos pela cultura popular periférica não é um evento pontual, mas um reflexo de uma transformação urbana que desafia estruturas históricas de segregação.
Nos últimos anos, Belo Horizonte viu seu carnaval crescer de forma exponencial: de 500 mil foliões em 2013 para mais de 5,5 milhões em 2024, consolidando-se como uma das maiores festas do país. Em 2025, a expectativa é de 6 milhões de participantes e um impacto econômico de R$ 1 bilhão. Mas, mais do que números, o carnaval de rua se firmou como um espaço de manifestação e resistência, onde blocos independentes e coletivos culturais não apenas celebram, mas também confrontam o poder público, reivindicando reconhecimento, infraestrutura e o direito à cidade.
Esse caráter político, que hoje marca a folia, ganhou força na retomada do Carnaval de Belo Horizonte no final dos anos 2000, impulsionado por movimentos que defendiam a ocupação dos espaços públicos para lazer e expressão popular. Um episódio simbólico desse embate ocorreu em dezembro de 2009, quando o então prefeito Márcio Lacerda assinou o decreto nº 13.798, proibindo a realização de eventos de qualquer natureza na Praça da Estação. A justificativa oficial mencionava dificuldades em controlar o público, garantir a segurança e evitar a depredação do patrimônio. No entanto, a medida foi amplamente interpretada como uma tentativa de restringir a presença popular nos espaços centrais da cidade, intensificando a mobilização por um Carnaval verdadeiramente democrático.
A insatisfação popular diante dessa proibição levou diversos grupos a se organizarem por meio de redes sociais e blogs, culminando no movimento conhecido como “Praia da Estação”. Esse movimento consistia em ocupações festivas e lúdicas da praça, onde os participantes, munidos de trajes de banho, guarda-sóis e instrumentos musicais, reivindicavam o direito ao uso dos espaços públicos de forma autônoma e horizontal. O evento não contava com nenhum tipo de financiamento externo, originado apenas da organização coletiva e voluntária por parte daqueles que se moviam por uma causa: o direito de ocupar o centro da cidade.
O movimento “Praia da Estação” desempenhou um papel crucial na retomada do carnaval de rua em Belo Horizonte, transformando-o em um espaço de resistência cultural. Esse movimento se insere no contexto das mobilizações populares de 2013, quando o Brasil foi palco de protestos contra a desigualdade social e a falta de políticas públicas. As ruas se tornaram símbolos de contestação e reivindicação pelo direito à cidade, com a ocupação dos espaços públicos reforçando a ideia de que esses locais devem ser utilizados para expressão e lazer. Desde então, a festa carnavalesca na capital mineira tem se caracterizado por uma ocupação intensa e diversa dos espaços públicos, refletindo a luta contínua pelo direito à cidade e à manifestação cultural.
O caráter político do carnaval de Belo Horizonte se expressa na forte associação dos blocos de rua às pautas sociais e ambientais da cidade. Nesse sentido, a festa tem sido um espaço de articulação com movimentos sociais, coletivos culturais e ativistas urbanos, refletindo debates sobre a ocupação do espaço público, sustentabilidade e diversidade.
Os blocos de rua vão além da música e da festa: muitos adotam temas que dialogam com a política urbana da cidade, questionando desigualdades, reivindicando direitos e promovendo a inclusão social. Seja na luta por uma cidade mais acessível e democrática, seja na denúncia de processos de gentrificação e privatização de espaços públicos, o carnaval se consolida como um momento de resistência e engajamento.
Além disso, o compromisso de fazer da festa uma experiência verdadeiramente popular se reflete na organização autônoma dos blocos, na valorização da cultura local e no incentivo à participação coletiva. O movimento carnavalesco em Belo Horizonte não se limita aos dias de folia, mas se manifesta ao longo do ano por meio de eventos, debates e ações que fortalecem a luta pelo direito à cidade.
Se antes o Estado reprimia as manifestações espontâneas da cultura de rua, hoje precisa reconhecê-las como parte fundamental do tecido urbano. O carnaval de Belo Horizonte forçou uma reorganização das políticas públicas para a cultura e o espaço público. Hoje, a prefeitura investe cerca de R$ 10 milhões no suporte à festa, incluindo limpeza urbana, segurança e fomento à economia criativa. Mas o que ainda falta?
A permanência dessa ocupação cultural no centro da cidade ainda enfrenta desafios. Se por um lado a festa gera uma movimentação econômica imensa, por outro, há uma constante disputa pelo que significa essa ocupação. A cidade, enquanto espaço de festa, é também um campo fértil para a expressão de diversas culturas, que se tornam potentes agentes de resistência e transformação social. No entanto, o mercado imobiliário e setores mais conservadores veem com receio essa explosão popular. A recente escalada de restrições a horários e percursos de blocos evidencia essa tensão. A cidade, como um espaço vivido e de celebrações, reflete as dinâmicas e as lutas das comunidades que a habitam.
Além disso, a segurança pública continua sendo uma questão central. O policiamento do Carnaval segue um padrão problemático: enquanto grandes blocos comerciais e eventos fechados contam com forte presença policial para proteção, as periferias seguem sendo alvo da abordagem violenta e seletiva do Estado. No Carnaval de 2024, denúncias de repressão em blocos negros e periféricos expuseram essa desigualdade no direito à festa e à cidade.
Mas nem repressão, nem restrições conseguem conter o ritmo pulsante da festa. O Carnaval de BH é alegria, é tambor, é samba, funk, axé, congado e maracatu. É a batida forte dos blocos afro, a irreverência dos cortejos Queer, a energia das baterias ensurdecedoras que fazem tremer o asfalto quente da cidade. É um movimento que não pede licença — ocupa, dança, reinventa.
E se a periferia ocupa o centro com sua música e sua arte, é porque a cidade pulsa nesse ritmo. Mais do que uma festa, o carnaval é a prova de que BH é viva, plural e cheia de possibilidades. O desafio do poder público não é conter essa potência, mas fortalecê-la, garantindo que essa explosão de criatividade e diversidade siga crescendo.
Porque quando a periferia toma as ruas e transforma a cidade em festa, não é só folia — é revolução com glitter, tambores e o ritmo pulsante da liberdade.
André Duarte Massahud é Advogado e Mobilizador Social, experiência e atuação em projetos sociais nas áreas de cultura, educação, meio ambiente e urbanismo social. Pesquisador de temas urbanos. Integrante da Trama Coletiva.
Patrícia Urias é Professora com formação e experiência interdisciplinares. Historiadora, Arquiteta e Urbanista. Doutora pelo NPGAU/UFMG, integrante da Trama Coletiva.
Ísis Detomi é Arquiteta e urbanista, doutoranda no NPGAU-UFMG, integrante da Trama Coletiva e faz parte da Coordenação de Comunicação Nacional da rede BrCidades
Ana Laura Souza Vargas é Arquiteta e urbanista, mestre pela NPGAU-UFMG e integrante da Trama Coletiva. Atua com urbanismo social, políticas públicas e metodologias participativas
O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para [email protected]. O artigo será publicado se atender aos critérios do Jornal GGN.
“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn “
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.