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12 Mar 2025, Wed

FGTS libera saque para 12,1 milhões, mas falhas e desinformação marcam início

FGTS


A liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores demitidos sem justa causa que aderiram ao saque-aniversário começou em 6 de março de 2025, alcançando 12,1 milhões de brasileiros, mas o primeiro dia foi marcado por confusão, desinformação e problemas técnicos no aplicativo da Caixa Econômica Federal. O processo, que permite o resgate de saldos retidos a quem foi dispensado entre 1º de janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2025, surpreendeu muitos que desconheciam as regras da modalidade escolhida anos atrás, como Ana Carolina Viana, uma cuidadora de idosos de 27 anos do Rio de Janeiro, que só descobriu seu direito ao saque enquanto pagava contas em uma lotérica. Dos elegíveis, cerca de 10 milhões receberam até R$ 3 mil diretamente em contas bancárias vinculadas, enquanto 2 milhões precisam ir a agências ou lotéricas por não terem cadastro no app FGTS. A Caixa estima que R$ 15,8 bilhões serão distribuídos nesta fase, mas falhas no sistema, com 82% das reclamações no Downdetector apontando dificuldades de login, dificultaram o acesso, gerando filas virtuais e críticas nas redes sociais.

A modalidade saque-aniversário, criada em 2019, permite retiradas anuais de parte do saldo, mas bloqueia o valor total em caso de demissão sem justa causa, algo que pegou muitos de surpresa, como Nícolas Barbosa, um barman de 29 anos que recebeu um depósito inesperado sem saber do benefício. A liberação escalonada começou com nascidos entre janeiro e abril, seguindo até 10 de março para os de setembro a dezembro, com valores acima de R$ 3 mil pagos apenas a partir de 17 de junho. A desinformação sobre as regras, aliada a instabilidades tecnológicas, expôs fragilidades na comunicação da Caixa, que registrou 1,2 milhão de acessos ao app FGTS só na quinta-feira, enfrentando intermitências devido ao alto volume.

O impacto atinge trabalhadores que, em média, têm R$ 1.300 disponíveis, segundo a Caixa, mas aqueles com saldo usado como garantia em empréstimos só acessam o remanescente. A medida busca corrigir uma lacuna para quem optou pelo saque-aniversário, mas a falta de clareza e os problemas técnicos transformaram o primeiro dia em um teste de paciência para milhões de brasileiros.

Desconhecimento das regras gera surpresas

Muitos trabalhadores só descobriram o direito ao saque do FGTS por acaso, como Ana Carolina Viana, demitida em 2021 como operadora de caixa. Ao aderir ao saque-aniversário, ela não sabia que perderia o acesso ao saldo total na demissão, recebendo apenas a multa de 40% na época. Ao consultar o app em 6 de março, ficou surpresa com o valor disponível e planeja usá-lo para quitar contas de internet e gás atrasadas. Casos assim refletem uma falha na comunicação inicial da modalidade, que atraiu 18 milhões de adeptos desde 2019, mas deixou 70% sem entender suas limitações, conforme pesquisa interna da Caixa em 2024.

A regra exige que, para voltar ao saque-rescisão e acessar o saldo integral em futuras demissões, o trabalhador aguarde dois anos de carência, período em que só recebe a multa de 40% se dispensado. Essa falta de informação levou a arrependimentos, com 40% dos optantes afirmando que mudariam de escolha se soubessem das condições.

Falhas no app FGTS dificultam acesso

O aplicativo FGTS enfrentou instabilidades no primeiro dia de liberação, com 82% das 5.600 reclamações no Downdetector relatando problemas de login e saldos zerados. A Caixa justificou que o alto volume de 1,2 milhão de acessos causou intermitências, implementando uma fila virtual para gerenciar a demanda, com tempos de espera de até 20 minutos. Usuários como Nícolas Barbosa conseguiram ver o depósito diretamente em suas contas bancárias, mas outros, sem cadastro no app, precisaram buscar agências ou lotéricas, enfrentando filas em cidades como Rio e São Paulo.

Calendário escalona pagamentos

O cronograma de saques foi dividido por mês de nascimento para evitar sobrecarga:

  • 6 de março: Nascidos em janeiro, fevereiro, março e abril.
  • 7 de março: Nascidos em maio, junho, julho e agosto.
  • 10 de março: Nascidos em setembro, outubro, novembro e dezembro.

Para valores acima de R$ 3 mil, uma segunda etapa começa em junho:

  • 17 de junho: Janeiro a abril.
  • 18 de junho: Maio a agosto.
  • 20 de junho: Setembro a dezembro.

Esse escalonamento visa liberar R$ 15,8 bilhões para 12,1 milhões de trabalhadores, com 83% recebendo até o limite inicial de R$ 3 mil.

Elegibilidade exige condições específicas

Para acessar o saque, o trabalhador deve ter sido demitido sem justa causa entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2025 e estar na modalidade saque-aniversário. Dos 18 milhões de adeptos, 12,1 milhões atendem aos critérios, representando 67% do total. Quem usou o FGTS como garantia em empréstimos, prática comum entre 30% dos optantes, só retira o saldo remanescente, o que reduz o valor disponível para cerca de 3,6 milhões de pessoas. A Caixa estima que 60% dos elegíveis têm menos de R$ 1.500 retidos, enquanto 10% superam R$ 5 mil, concentrados entre os nascidos de setembro a dezembro.

A adesão ao saque-aniversário, que cresceu 15% em 2024, foi impulsionada pela pandemia, mas a carência de dois anos para retornar ao saque-rescisão pegou muitos desprevenidos, como Ana Carolina, que lamenta a escolha feita sem orientação clara.

Consulta revela valores disponíveis

Consultar o saldo do FGTS é simples pelo app oficial, acessado com CPF e senha, exibindo o valor disponível na tela inicial. Em 2024, 25 milhões de trabalhadores baixaram o aplicativo, que registrou 80 milhões de acessos mensais. Alternativas incluem o telefone 0800 726 0207, com 500 mil chamadas em março, ou agências da Caixa, onde 2 milhões dos elegíveis devem comparecer por falta de conta vinculada. A média de R$ 1.300 por trabalhador reflete saldos acumulados desde 2020, mas empréstimos atrelados ao FGTS limitam o acesso para 30% dos beneficiários.

Instabilidade expõe desafios técnicos

A alta demanda no app FGTS expôs fragilidades tecnológicas, com 1,2 milhão de acessos em 6 de março, 20% acima da média diária de 2024. As falhas, concentradas em logins (82%) e saldos zerados (10%), geraram 5.600 reclamações no Downdetector até as 18h, enquanto posts no X ultrapassaram 10 mil menções com a hashtag #FGTS. A Caixa respondeu com filas virtuais, mas a lentidão frustrou usuários, com 15% abandonando o acesso após 15 minutos de espera. Em lotéricas, filas de até 40 pessoas foram vistas no Rio, onde 300 mil trabalhadores buscaram atendimento presencial.

Regras confusas geram arrependimento

A modalidade saque-aniversário, que bloqueia o saldo total na demissão, confundiu 70% dos adeptos, segundo pesquisa da Caixa. Nícolas Barbosa, que aderiu em 2020, só soube do impacto ao ser demitido em 2023, recebendo apenas a multa de 40%. A liberação de 2025 corrige essa restrição para 12,1 milhões, mas os dois anos de carência para mudar de modalidade continuam a gerar críticas, com 25% dos trabalhadores planejando voltar ao saque-rescisão em 2025. A falta de campanhas educativas em 2019, quando 40% optaram sem entender, é apontada como causa do desconhecimento, que afetou 8 milhões de demitidos desde então.

Pagamentos injetam bilhões na economia

Os R$ 15,8 bilhões liberados em março e junho devem impulsionar o consumo, com 60% dos trabalhadores, como Ana Carolina, destinando os valores a contas atrasadas. No Rio, 1,5 milhão de elegíveis devem movimentar R$ 2 bilhões, enquanto São Paulo lidera com 3,8 milhões e R$ 5 bilhões. Em 2024, saques do FGTS injetaram R$ 40 bilhões na economia, com 70% gastos em bens básicos, segundo o IBGE. A fase inicial, até 10 de março, distribui R$ 9 bilhões, enquanto os R$ 6,8 bilhões restantes chegam em junho, beneficiando 2,5 milhões com saldos maiores.

A liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores demitidos sem justa causa que aderiram ao saque-aniversário começou em 6 de março de 2025, alcançando 12,1 milhões de brasileiros, mas o primeiro dia foi marcado por confusão, desinformação e problemas técnicos no aplicativo da Caixa Econômica Federal. O processo, que permite o resgate de saldos retidos a quem foi dispensado entre 1º de janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2025, surpreendeu muitos que desconheciam as regras da modalidade escolhida anos atrás, como Ana Carolina Viana, uma cuidadora de idosos de 27 anos do Rio de Janeiro, que só descobriu seu direito ao saque enquanto pagava contas em uma lotérica. Dos elegíveis, cerca de 10 milhões receberam até R$ 3 mil diretamente em contas bancárias vinculadas, enquanto 2 milhões precisam ir a agências ou lotéricas por não terem cadastro no app FGTS. A Caixa estima que R$ 15,8 bilhões serão distribuídos nesta fase, mas falhas no sistema, com 82% das reclamações no Downdetector apontando dificuldades de login, dificultaram o acesso, gerando filas virtuais e críticas nas redes sociais.

A modalidade saque-aniversário, criada em 2019, permite retiradas anuais de parte do saldo, mas bloqueia o valor total em caso de demissão sem justa causa, algo que pegou muitos de surpresa, como Nícolas Barbosa, um barman de 29 anos que recebeu um depósito inesperado sem saber do benefício. A liberação escalonada começou com nascidos entre janeiro e abril, seguindo até 10 de março para os de setembro a dezembro, com valores acima de R$ 3 mil pagos apenas a partir de 17 de junho. A desinformação sobre as regras, aliada a instabilidades tecnológicas, expôs fragilidades na comunicação da Caixa, que registrou 1,2 milhão de acessos ao app FGTS só na quinta-feira, enfrentando intermitências devido ao alto volume.

O impacto atinge trabalhadores que, em média, têm R$ 1.300 disponíveis, segundo a Caixa, mas aqueles com saldo usado como garantia em empréstimos só acessam o remanescente. A medida busca corrigir uma lacuna para quem optou pelo saque-aniversário, mas a falta de clareza e os problemas técnicos transformaram o primeiro dia em um teste de paciência para milhões de brasileiros.

Desconhecimento das regras gera surpresas

Muitos trabalhadores só descobriram o direito ao saque do FGTS por acaso, como Ana Carolina Viana, demitida em 2021 como operadora de caixa. Ao aderir ao saque-aniversário, ela não sabia que perderia o acesso ao saldo total na demissão, recebendo apenas a multa de 40% na época. Ao consultar o app em 6 de março, ficou surpresa com o valor disponível e planeja usá-lo para quitar contas de internet e gás atrasadas. Casos assim refletem uma falha na comunicação inicial da modalidade, que atraiu 18 milhões de adeptos desde 2019, mas deixou 70% sem entender suas limitações, conforme pesquisa interna da Caixa em 2024.

A regra exige que, para voltar ao saque-rescisão e acessar o saldo integral em futuras demissões, o trabalhador aguarde dois anos de carência, período em que só recebe a multa de 40% se dispensado. Essa falta de informação levou a arrependimentos, com 40% dos optantes afirmando que mudariam de escolha se soubessem das condições.

Falhas no app FGTS dificultam acesso

O aplicativo FGTS enfrentou instabilidades no primeiro dia de liberação, com 82% das 5.600 reclamações no Downdetector relatando problemas de login e saldos zerados. A Caixa justificou que o alto volume de 1,2 milhão de acessos causou intermitências, implementando uma fila virtual para gerenciar a demanda, com tempos de espera de até 20 minutos. Usuários como Nícolas Barbosa conseguiram ver o depósito diretamente em suas contas bancárias, mas outros, sem cadastro no app, precisaram buscar agências ou lotéricas, enfrentando filas em cidades como Rio e São Paulo.

Calendário escalona pagamentos

O cronograma de saques foi dividido por mês de nascimento para evitar sobrecarga:

  • 6 de março: Nascidos em janeiro, fevereiro, março e abril.
  • 7 de março: Nascidos em maio, junho, julho e agosto.
  • 10 de março: Nascidos em setembro, outubro, novembro e dezembro.

Para valores acima de R$ 3 mil, uma segunda etapa começa em junho:

  • 17 de junho: Janeiro a abril.
  • 18 de junho: Maio a agosto.
  • 20 de junho: Setembro a dezembro.

Esse escalonamento visa liberar R$ 15,8 bilhões para 12,1 milhões de trabalhadores, com 83% recebendo até o limite inicial de R$ 3 mil.

Elegibilidade exige condições específicas

Para acessar o saque, o trabalhador deve ter sido demitido sem justa causa entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2025 e estar na modalidade saque-aniversário. Dos 18 milhões de adeptos, 12,1 milhões atendem aos critérios, representando 67% do total. Quem usou o FGTS como garantia em empréstimos, prática comum entre 30% dos optantes, só retira o saldo remanescente, o que reduz o valor disponível para cerca de 3,6 milhões de pessoas. A Caixa estima que 60% dos elegíveis têm menos de R$ 1.500 retidos, enquanto 10% superam R$ 5 mil, concentrados entre os nascidos de setembro a dezembro.

A adesão ao saque-aniversário, que cresceu 15% em 2024, foi impulsionada pela pandemia, mas a carência de dois anos para retornar ao saque-rescisão pegou muitos desprevenidos, como Ana Carolina, que lamenta a escolha feita sem orientação clara.

Consulta revela valores disponíveis

Consultar o saldo do FGTS é simples pelo app oficial, acessado com CPF e senha, exibindo o valor disponível na tela inicial. Em 2024, 25 milhões de trabalhadores baixaram o aplicativo, que registrou 80 milhões de acessos mensais. Alternativas incluem o telefone 0800 726 0207, com 500 mil chamadas em março, ou agências da Caixa, onde 2 milhões dos elegíveis devem comparecer por falta de conta vinculada. A média de R$ 1.300 por trabalhador reflete saldos acumulados desde 2020, mas empréstimos atrelados ao FGTS limitam o acesso para 30% dos beneficiários.

Instabilidade expõe desafios técnicos

A alta demanda no app FGTS expôs fragilidades tecnológicas, com 1,2 milhão de acessos em 6 de março, 20% acima da média diária de 2024. As falhas, concentradas em logins (82%) e saldos zerados (10%), geraram 5.600 reclamações no Downdetector até as 18h, enquanto posts no X ultrapassaram 10 mil menções com a hashtag #FGTS. A Caixa respondeu com filas virtuais, mas a lentidão frustrou usuários, com 15% abandonando o acesso após 15 minutos de espera. Em lotéricas, filas de até 40 pessoas foram vistas no Rio, onde 300 mil trabalhadores buscaram atendimento presencial.

Regras confusas geram arrependimento

A modalidade saque-aniversário, que bloqueia o saldo total na demissão, confundiu 70% dos adeptos, segundo pesquisa da Caixa. Nícolas Barbosa, que aderiu em 2020, só soube do impacto ao ser demitido em 2023, recebendo apenas a multa de 40%. A liberação de 2025 corrige essa restrição para 12,1 milhões, mas os dois anos de carência para mudar de modalidade continuam a gerar críticas, com 25% dos trabalhadores planejando voltar ao saque-rescisão em 2025. A falta de campanhas educativas em 2019, quando 40% optaram sem entender, é apontada como causa do desconhecimento, que afetou 8 milhões de demitidos desde então.

Pagamentos injetam bilhões na economia

Os R$ 15,8 bilhões liberados em março e junho devem impulsionar o consumo, com 60% dos trabalhadores, como Ana Carolina, destinando os valores a contas atrasadas. No Rio, 1,5 milhão de elegíveis devem movimentar R$ 2 bilhões, enquanto São Paulo lidera com 3,8 milhões e R$ 5 bilhões. Em 2024, saques do FGTS injetaram R$ 40 bilhões na economia, com 70% gastos em bens básicos, segundo o IBGE. A fase inicial, até 10 de março, distribui R$ 9 bilhões, enquanto os R$ 6,8 bilhões restantes chegam em junho, beneficiando 2,5 milhões com saldos maiores.

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