A vacinação contra o HPV na rede pública de saúde tem se consolidado como uma das principais estratégias de prevenção a doenças graves, como o câncer de colo do útero, em adolescentes entre 9 e 14 anos. Disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina é oferecida a meninas e meninos nessa faixa etária, com o objetivo de imunizá-los antes da exposição ao vírus, que é transmitido principalmente por contato sexual. No Brasil, a ampliação do acesso à imunização e a recente adoção do esquema de dose única, anunciada pelo Ministério da Saúde, reforçam a importância dessa medida para a saúde pública. Dados recentes mostram que a cobertura vacinal ainda enfrenta desafios, com mais de 25% dos adolescentes elegíveis sem receber a proteção, o que acende um alerta para a necessidade de campanhas de conscientização. Além disso, a iniciativa tem impacto comprovado na redução de infecções por HPV e casos de lesões pré-cancerosas, especialmente entre os mais jovens.
Em países como a Inglaterra, onde o programa de vacinação contra HPV é referência, os resultados impressionam: a incidência de câncer cervical caiu drasticamente entre mulheres vacinadas na adolescência. No Brasil, a expectativa é semelhante, mas especialistas apontam que o sucesso depende do aumento da adesão. A imunização protege contra os tipos mais comuns do vírus, como os 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero, além dos tipos 6 e 11, associados a verrugas genitais. O programa nacional, que começou em 2014 voltado para meninas, foi ampliado em 2017 para incluir meninos, reconhecendo que o HPV também causa cânceres de garganta, pênis e ânus.
A mudança para a dose única, implementada em 2024, visa facilitar o acesso e aumentar a cobertura vacinal. Antes, o esquema exigia duas doses, aplicadas com intervalo de seis meses, o que dificultava a adesão em algumas regiões. Agora, adolescentes de 9 a 14 anos recebem apenas uma aplicação, enquanto jovens até 19 anos não vacinados podem buscar a imunização como parte de uma campanha de “atualização”. A medida segue recomendações de estudos internacionais que confirmam a eficácia da dose única na geração de imunidade duradoura.
Impactos da vacinação na saúde pública
A introdução da vacina contra o HPV no calendário nacional transformou o cenário da prevenção de doenças relacionadas ao vírus. Estudos recentes nos Estados Unidos apontam uma queda de 80% nas taxas de lesões pré-cancerosas entre mulheres de 20 a 24 anos que foram vacinadas na adolescência. Esse dado reflete o potencial da imunização precoce, já que o HPV é a principal causa de câncer cervical, responsável por cerca de 10.800 casos anuais no país norte-americano. No Brasil, onde o câncer de colo do útero é o terceiro mais comum entre mulheres, com aproximadamente 17 mil novos casos por ano, a expectativa é que os números diminuam nas próximas décadas à medida que a geração vacinada envelhece. A proteção oferecida pela vacina vai além do câncer cervical, abrangendo também tumores de cabeça e pescoço, que afetam tanto homens quanto mulheres.
No SUS, a vacina quadrivalente, que combate os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV, é distribuída em unidades de saúde e escolas públicas. A parceria com o sistema educacional facilita o alcance dos adolescentes, mas a adesão varia entre regiões. Em 2023, a cobertura entre meninas de 9 a 14 anos no Brasil foi de cerca de 73%, enquanto entre meninos ficou em 68%, segundo dados do Ministério da Saúde. Apesar do avanço em relação aos anos anteriores, quando as taxas eram ainda mais baixas, o índice está longe do ideal de 80% estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para maximizar o impacto na saúde coletiva.
Jovens que perderam a janela de vacinação na faixa etária regular ainda têm opções. Até os 19 anos, adolescentes não imunizados podem procurar postos de saúde para receber a dose única. Em alguns países, como Filipinas e Namíbia, programas semelhantes estão em expansão, com foco em meninas de 9 a 14 anos, mas o Brasil se destaca por incluir ambos os sexos no programa de rotina, promovendo uma proteção mais ampla contra as complicações do HPV.
Desafios para ampliar a cobertura vacinal
Alcançar uma cobertura vacinal mais homogênea no Brasil exige superar barreiras logísticas e culturais. Em áreas rurais e periferias urbanas, o acesso aos postos de saúde nem sempre é simples, seja por distância ou falta de transporte. Além disso, a desinformação sobre a segurança e a necessidade da vacina ainda persiste entre pais e responsáveis, o que reduz a adesão. Em Northamptonshire, na Inglaterra, por exemplo, a taxa de vacinação entre meninos de 14 a 15 anos foi de apenas 69,6% em 2023,低于 a média nacional de 74,1% para meninas da mesma idade, evidenciando que a hesitação vacinal não é um problema exclusivo do Brasil.
A conscientização é outro ponto crítico. Uma pesquisa recente no Reino Unido revelou que 38% dos adultos não sabem quem é elegível para a vacina contra HPV, e apenas 18% têm conhecimento de que ela é oferecida a meninos e meninas. No Brasil, campanhas educativas têm buscado esclarecer que a imunização protege contra diversos tipos de câncer, não apenas o cervical. Em Haringey, Londres, uma iniciativa envolvendo escolas e vídeos educativos foi lançada em março de 2025 para combater mitos e incentivar a vacinação entre jovens.
Benefícios da dose única em foco
A transição para o esquema de dose única trouxe um novo fôlego ao programa brasileiro de vacinação contra HPV. Anunciada em abril de 2024 pelo Ministério da Saúde, a mudança foi baseada em evidências científicas que mostram que uma única aplicação oferece proteção suficiente contra os tipos mais perigosos do vírus. Estudos conduzidos pelo Fred Hutchinson Cancer Center, nos Estados Unidos, indicam que duas doses já garantiam imunidade semelhante a três, e agora a dose única se mostra igualmente eficaz, simplificando a logística e reduzindo custos.
Essa adaptação também beneficia adolescentes que enfrentam dificuldades para completar o esquema anterior. No Brasil, cerca de 505 mil meninas do quarto ano do ensino fundamental foram vacinadas até dezembro de 2024, representando 64,48% do público-alvo dessa faixa. Com a dose única, a expectativa é que mais jovens sejam imunizados em menos tempo. Países como a Namíbia, que planejam implementar a vacina para meninas de 9 a 14 anos, observam o modelo brasileiro como referência para suas estratégias de saúde pública.
No SUS, a vacinação ocorre em unidades básicas de saúde e durante campanhas escolares, como o programa “Bakuna Eskwela” nas Filipinas, que imunizou mais de 900 mil meninas em 2024. A inclusão de meninos no Brasil desde 2017 reforça a visão de que o HPV é uma questão de saúde coletiva, já que a imunização masculina reduz a circulação do vírus na população.
Cronograma da vacinação no Brasil
O programa de vacinação contra HPV no Brasil passou por várias etapas desde sua introdução. Confira os principais marcos:
- 2014: Início da vacinação no SUS, voltada para meninas de 11 a 13 anos, com esquema de duas doses.
- 2017: Ampliação para meninos de 11 a 14 anos, mantendo o esquema de duas doses.
- 2022: Faixa etária ajustada para 9 a 14 anos, com foco em ambos os sexos.
- 2024: Adoção da dose única para adolescentes de 9 a 14 anos e extensão para jovens até 19 anos não vacinados.
Essas mudanças refletem o compromisso do país em alinhar-se às melhores práticas globais, adaptando-se às necessidades locais e aos avanços científicos.
Dicas para pais e responsáveis
Orientar os jovens sobre a importância da vacinação contra HPV é essencial para o sucesso do programa. Veja algumas recomendações práticas:
- Leve seu filho ou filha a um posto de saúde para verificar o cartão de vacinação.
- Aproveite as campanhas escolares, que facilitam o acesso à dose única.
- Converse com um profissional de saúde para esclarecer dúvidas sobre a segurança da vacina.
- Incentive a imunização antes dos 15 anos, quando a eficácia é maior.
A vacina é segura, gratuita e não exige prescrição médica no SUS, tornando-se uma ferramenta acessível para prevenir doenças graves.
Resultados globais inspiram o Brasil
Países com alta cobertura vacinal contra HPV oferecem lições valiosas. Na Inglaterra, a taxa de vacinação entre meninas do oitavo ano subiu para 72,9% em 2023, um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior. Entre meninos, o índice chegou a 67,7%, 2,5% acima do registrado em 2022. Esses números mostram que o engajamento contínuo pode elevar a adesão. Nos Estados Unidos, a redução de 80% nas lesões pré-cancerosas entre mulheres jovens vacinadas reforça o impacto a longo prazo da imunização.
No Brasil, o programa segue em expansão, com mais de 3,8 milhões de estudantes do ensino público alvo de campanhas recentes. A meta é alcançar 80% de cobertura nos próximos anos, alinhando-se às recomendações da OMS. A proteção coletiva depende do esforço conjunto entre famílias, escolas e sistema de saúde.

A vacinação contra o HPV na rede pública de saúde tem se consolidado como uma das principais estratégias de prevenção a doenças graves, como o câncer de colo do útero, em adolescentes entre 9 e 14 anos. Disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina é oferecida a meninas e meninos nessa faixa etária, com o objetivo de imunizá-los antes da exposição ao vírus, que é transmitido principalmente por contato sexual. No Brasil, a ampliação do acesso à imunização e a recente adoção do esquema de dose única, anunciada pelo Ministério da Saúde, reforçam a importância dessa medida para a saúde pública. Dados recentes mostram que a cobertura vacinal ainda enfrenta desafios, com mais de 25% dos adolescentes elegíveis sem receber a proteção, o que acende um alerta para a necessidade de campanhas de conscientização. Além disso, a iniciativa tem impacto comprovado na redução de infecções por HPV e casos de lesões pré-cancerosas, especialmente entre os mais jovens.
Em países como a Inglaterra, onde o programa de vacinação contra HPV é referência, os resultados impressionam: a incidência de câncer cervical caiu drasticamente entre mulheres vacinadas na adolescência. No Brasil, a expectativa é semelhante, mas especialistas apontam que o sucesso depende do aumento da adesão. A imunização protege contra os tipos mais comuns do vírus, como os 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero, além dos tipos 6 e 11, associados a verrugas genitais. O programa nacional, que começou em 2014 voltado para meninas, foi ampliado em 2017 para incluir meninos, reconhecendo que o HPV também causa cânceres de garganta, pênis e ânus.
A mudança para a dose única, implementada em 2024, visa facilitar o acesso e aumentar a cobertura vacinal. Antes, o esquema exigia duas doses, aplicadas com intervalo de seis meses, o que dificultava a adesão em algumas regiões. Agora, adolescentes de 9 a 14 anos recebem apenas uma aplicação, enquanto jovens até 19 anos não vacinados podem buscar a imunização como parte de uma campanha de “atualização”. A medida segue recomendações de estudos internacionais que confirmam a eficácia da dose única na geração de imunidade duradoura.
Impactos da vacinação na saúde pública
A introdução da vacina contra o HPV no calendário nacional transformou o cenário da prevenção de doenças relacionadas ao vírus. Estudos recentes nos Estados Unidos apontam uma queda de 80% nas taxas de lesões pré-cancerosas entre mulheres de 20 a 24 anos que foram vacinadas na adolescência. Esse dado reflete o potencial da imunização precoce, já que o HPV é a principal causa de câncer cervical, responsável por cerca de 10.800 casos anuais no país norte-americano. No Brasil, onde o câncer de colo do útero é o terceiro mais comum entre mulheres, com aproximadamente 17 mil novos casos por ano, a expectativa é que os números diminuam nas próximas décadas à medida que a geração vacinada envelhece. A proteção oferecida pela vacina vai além do câncer cervical, abrangendo também tumores de cabeça e pescoço, que afetam tanto homens quanto mulheres.
No SUS, a vacina quadrivalente, que combate os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV, é distribuída em unidades de saúde e escolas públicas. A parceria com o sistema educacional facilita o alcance dos adolescentes, mas a adesão varia entre regiões. Em 2023, a cobertura entre meninas de 9 a 14 anos no Brasil foi de cerca de 73%, enquanto entre meninos ficou em 68%, segundo dados do Ministério da Saúde. Apesar do avanço em relação aos anos anteriores, quando as taxas eram ainda mais baixas, o índice está longe do ideal de 80% estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para maximizar o impacto na saúde coletiva.
Jovens que perderam a janela de vacinação na faixa etária regular ainda têm opções. Até os 19 anos, adolescentes não imunizados podem procurar postos de saúde para receber a dose única. Em alguns países, como Filipinas e Namíbia, programas semelhantes estão em expansão, com foco em meninas de 9 a 14 anos, mas o Brasil se destaca por incluir ambos os sexos no programa de rotina, promovendo uma proteção mais ampla contra as complicações do HPV.
Desafios para ampliar a cobertura vacinal
Alcançar uma cobertura vacinal mais homogênea no Brasil exige superar barreiras logísticas e culturais. Em áreas rurais e periferias urbanas, o acesso aos postos de saúde nem sempre é simples, seja por distância ou falta de transporte. Além disso, a desinformação sobre a segurança e a necessidade da vacina ainda persiste entre pais e responsáveis, o que reduz a adesão. Em Northamptonshire, na Inglaterra, por exemplo, a taxa de vacinação entre meninos de 14 a 15 anos foi de apenas 69,6% em 2023,低于 a média nacional de 74,1% para meninas da mesma idade, evidenciando que a hesitação vacinal não é um problema exclusivo do Brasil.
A conscientização é outro ponto crítico. Uma pesquisa recente no Reino Unido revelou que 38% dos adultos não sabem quem é elegível para a vacina contra HPV, e apenas 18% têm conhecimento de que ela é oferecida a meninos e meninas. No Brasil, campanhas educativas têm buscado esclarecer que a imunização protege contra diversos tipos de câncer, não apenas o cervical. Em Haringey, Londres, uma iniciativa envolvendo escolas e vídeos educativos foi lançada em março de 2025 para combater mitos e incentivar a vacinação entre jovens.
Benefícios da dose única em foco
A transição para o esquema de dose única trouxe um novo fôlego ao programa brasileiro de vacinação contra HPV. Anunciada em abril de 2024 pelo Ministério da Saúde, a mudança foi baseada em evidências científicas que mostram que uma única aplicação oferece proteção suficiente contra os tipos mais perigosos do vírus. Estudos conduzidos pelo Fred Hutchinson Cancer Center, nos Estados Unidos, indicam que duas doses já garantiam imunidade semelhante a três, e agora a dose única se mostra igualmente eficaz, simplificando a logística e reduzindo custos.
Essa adaptação também beneficia adolescentes que enfrentam dificuldades para completar o esquema anterior. No Brasil, cerca de 505 mil meninas do quarto ano do ensino fundamental foram vacinadas até dezembro de 2024, representando 64,48% do público-alvo dessa faixa. Com a dose única, a expectativa é que mais jovens sejam imunizados em menos tempo. Países como a Namíbia, que planejam implementar a vacina para meninas de 9 a 14 anos, observam o modelo brasileiro como referência para suas estratégias de saúde pública.
No SUS, a vacinação ocorre em unidades básicas de saúde e durante campanhas escolares, como o programa “Bakuna Eskwela” nas Filipinas, que imunizou mais de 900 mil meninas em 2024. A inclusão de meninos no Brasil desde 2017 reforça a visão de que o HPV é uma questão de saúde coletiva, já que a imunização masculina reduz a circulação do vírus na população.
Cronograma da vacinação no Brasil
O programa de vacinação contra HPV no Brasil passou por várias etapas desde sua introdução. Confira os principais marcos:
- 2014: Início da vacinação no SUS, voltada para meninas de 11 a 13 anos, com esquema de duas doses.
- 2017: Ampliação para meninos de 11 a 14 anos, mantendo o esquema de duas doses.
- 2022: Faixa etária ajustada para 9 a 14 anos, com foco em ambos os sexos.
- 2024: Adoção da dose única para adolescentes de 9 a 14 anos e extensão para jovens até 19 anos não vacinados.
Essas mudanças refletem o compromisso do país em alinhar-se às melhores práticas globais, adaptando-se às necessidades locais e aos avanços científicos.
Dicas para pais e responsáveis
Orientar os jovens sobre a importância da vacinação contra HPV é essencial para o sucesso do programa. Veja algumas recomendações práticas:
- Leve seu filho ou filha a um posto de saúde para verificar o cartão de vacinação.
- Aproveite as campanhas escolares, que facilitam o acesso à dose única.
- Converse com um profissional de saúde para esclarecer dúvidas sobre a segurança da vacina.
- Incentive a imunização antes dos 15 anos, quando a eficácia é maior.
A vacina é segura, gratuita e não exige prescrição médica no SUS, tornando-se uma ferramenta acessível para prevenir doenças graves.
Resultados globais inspiram o Brasil
Países com alta cobertura vacinal contra HPV oferecem lições valiosas. Na Inglaterra, a taxa de vacinação entre meninas do oitavo ano subiu para 72,9% em 2023, um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior. Entre meninos, o índice chegou a 67,7%, 2,5% acima do registrado em 2022. Esses números mostram que o engajamento contínuo pode elevar a adesão. Nos Estados Unidos, a redução de 80% nas lesões pré-cancerosas entre mulheres jovens vacinadas reforça o impacto a longo prazo da imunização.
No Brasil, o programa segue em expansão, com mais de 3,8 milhões de estudantes do ensino público alvo de campanhas recentes. A meta é alcançar 80% de cobertura nos próximos anos, alinhando-se às recomendações da OMS. A proteção coletiva depende do esforço conjunto entre famílias, escolas e sistema de saúde.
