Na Zona Oeste de São Paulo, um estudante de 22 anos, identificado apenas como Lucca, virou o jogo contra um golpista que tentou aplicar um golpe de R$ 2 mil por meio de uma máquina de cartão adulterada. O caso, ocorrido na última sexta-feira, 7 de março, ganhou destaque após um vídeo registrado por uma câmera de segurança viralizar nas redes sociais, mostrando o momento em que o jovem toma o aparelho das mãos do criminoso e reverte a cobrança indevida. A ação rápida e a presença de espírito de Lucca frustraram a tentativa de estelionato, expondo uma prática criminosa que tem se tornado comum em grandes cidades brasileiras. A Polícia Militar foi acionada, mas o suspeito, que fugiu usando um capacete de moto para ocultar o rosto, ainda não foi identificado.
O episódio começou de forma aparentemente trivial, com a contratação de um serviço para consertar o interfone de um prédio via plataforma online. Lucca aguardava a entrega de uma peça de R$ 47,99, essencial para o reparo, mas o que parecia uma transação simples logo se transformou em uma armadilha. A combinação de desconfiança e agilidade do estudante foi determinante para evitar o prejuízo, enquanto o caso reacende o debate sobre a segurança em transações presenciais e o aumento de golpes envolvendo máquinas de pagamento.
😳 Vítima reage a golpe, toma máquina de cartão de motoboy e recupera R$ 2 mil; veja vídeo – https://t.co/5SHSIhatri pic.twitter.com/q2eWrPtZMi
— Folha de Pernambuco (@folhape) March 8, 2025
A situação também reflete um cenário preocupante: o crescimento de crimes de estelionato no Brasil, especialmente em áreas urbanas. Dados recentes apontam que São Paulo lidera o ranking de registros desse tipo de ocorrência, com milhares de vítimas enfrentando situações semelhantes todos os anos. O caso de Lucca, porém, destaca como a reação das vítimas pode mudar o desfecho dessas histórias.
Como o golpe foi descoberto e revertido
Tudo começou quando Lucca combinou a entrega da peça para o interfone por meio de uma plataforma digital, um método cada vez mais utilizado por brasileiros em busca de praticidade. O entregador chegou ao local com uma máquina de cartão, e o valor de R$ 47,99 aparecia corretamente no visor. No entanto, ao tentar realizar o pagamento, a transação foi recusada. Desconfiado, o estudante observou o comportamento do entregador, que alegou um problema no aparelho e informou que buscaria outra máquina. Enquanto isso, Lucca fechou o portão do prédio discretamente, mantendo a cautela.
Quando o suspeito retornou com um novo equipamento, o visor não estava visível, o que aumentou as suspeitas. Mesmo assim, Lucca decidiu prosseguir com a tentativa de pagamento. Foi então que a notificação em seu celular revelou a verdade: em vez dos R$ 47,99 combinados, a cobrança registrada foi de R$ 2 mil. Sem hesitar, o jovem aproveitou o momento em que o golpista passou a máquina pelo portão para uma nova tentativa e tomou o aparelho das mãos dele. O criminoso, surpreso, fugiu correndo, enquanto Lucca, em casa, acessou as funções da máquina e encontrou a opção de estorno, recuperando o valor cobrado indevidamente.
A atitude do estudante não apenas evitou o prejuízo como também expôs a fragilidade do golpe. O vídeo da câmera de segurança mostra o golpista, com o rosto coberto por um capacete, tentando argumentar antes de abandonar a cena. A rapidez de Lucca em agir e a falha do criminoso em proteger o equipamento foram fatores decisivos para o desfecho inusitado.
Reação da polícia e investigação em andamento
Após o incidente, Lucca acionou o 190 para relatar o ocorrido, mas a Polícia Militar, ao chegar ao local, não conseguiu localizá-lo para prestar atendimento imediato. O caso foi registrado como estelionato por meio da Delegacia Eletrônica, uma ferramenta que permite o registro de ocorrências sem a necessidade de deslocamento até uma unidade policial. A vítima foi orientada a formalizar a representação criminal dentro de seis meses, prazo necessário para que um inquérito seja aberto e a investigação avance. Até o momento, however, o suspeito segue foragido, e as autoridades não divulgaram pistas sobre sua identidade.
O uso de capacetes para ocultar o rosto é uma tática recorrente em crimes desse tipo, dificultando a identificação por câmeras de segurança ou testemunhas. Além disso, a máquina de cartão adulterada sugere um nível de planejamento por parte do golpista, que provavelmente já aplicou o mesmo golpe em outras vítimas. A Polícia Militar reforçou que atua em rondas e atendimentos de emergência, mas a investigação detalhada cabe à Polícia Civil, que pode cruzar dados como o número de série do aparelho ou registros de transações para rastrear o responsável.
Casos de estelionato envolvendo máquinas de pagamento têm crescido no estado. Em 2023, por exemplo, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo registrou mais de 150 mil ocorrências desse tipo, um aumento de 12% em relação ao ano anterior. A popularização de plataformas online para contratação de serviços, embora prática, também abriu brechas para criminosos, que se aproveitam da confiança das vítimas em transações rápidas.
Golpes com máquinas de cartão: um problema crescente
O golpe enfrentado por Lucca não é um caso isolado, mas parte de uma onda de crimes que exploram a tecnologia de pagamento eletrônico. Criminosos utilizam máquinas adulteradas ou configuradas para exibir valores falsos no visor, enquanto a cobrança real, enviada ao banco, é muito superior. Em muitos casos, as vítimas só percebem o problema horas ou dias depois, quando o estorno já não é mais uma opção viável. A criatividade dos golpistas varia: alguns fingem ser prestadores de serviço, como no caso de Lucca, enquanto outros abordam pessoas em locais públicos oferecendo produtos ou doações.
Estatísticas mostram que o prejuízo causado por esses golpes no Brasil ultrapassou R$ 1 bilhão em 2024, segundo levantamentos de associações de defesa do consumidor. São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte lideram as cidades com maior incidência, especialmente em bairros residenciais e comerciais. A facilidade de adquirir máquinas de cartão no mercado paralelo e a falta de fiscalização em algumas plataformas digitais contribuem para a proliferação do crime.
Algumas medidas simples podem ajudar a evitar cair nesse tipo de armadilha:
- Sempre confira o valor no visor da máquina antes de digitar a senha.
- Prefira transações em que o recibo ou comprovante seja emitido na hora.
- Desconfie de aparelhos com visor danificado ou que não exibam informações claras.
- Em caso de suspeita, cheque imediatamente as notificações do banco no celular.
Essas precauções, embora básicas, podem fazer a diferença entre evitar um golpe e se tornar mais uma vítima.
Cronologia do caso de Lucca
O episódio na Zona Oeste de São Paulo seguiu uma sequência de eventos que culminou na vitória do estudante sobre o golpista. Entender o passo a passo ajuda a compreender como a situação se desenrolou:
- Início da semana: Lucca contrata o conserto do interfone por uma plataforma online e aguarda a entrega de uma peça de R$ 47,99.
- 7 de março, tarde: O entregador chega ao prédio com uma máquina de cartão, mas a transação é recusada, gerando desconfiança.
- Minutos depois: O suspeito retorna com outra máquina, e Lucca percebe a cobrança de R$ 2 mil ao conferir o celular.
- Reação imediata: O estudante toma a máquina, o golpista foge, e o estorno é realizado com sucesso.
- Noite do mesmo dia: A Polícia Militar é acionada, mas não localiza Lucca no momento; o caso é registrado online.
A cronologia destaca a importância de agir rapidamente em situações de risco, algo que Lucca fez com precisão.
Impacto nas redes sociais e lições do caso
O vídeo do incidente, capturado por uma câmera de segurança, rapidamente se espalhou por plataformas como Instagram e X, acumulando milhares de visualizações em poucas horas. Nas imagens, é possível ver o momento exato em que Lucca puxa a máquina de cartão e o golpista, desorientado, corre para fora do alcance da câmera. Comentários nas redes variam entre elogios à coragem do estudante e alertas sobre a frequência de golpes semelhantes. A viralização do caso transformou Lucca em um exemplo de como a iniciativa pode reverter situações adversas.
A história também levanta questões sobre a segurança em transações do dia a dia. Especialistas apontam que o uso de máquinas de cartão adulteradas é apenas uma das muitas estratégias adotadas por criminosos. Outras táticas incluem clonagem de cartões, links falsos enviados por mensagens e até abordagens diretas em locais movimentados. A popularidade de serviços online, embora traga conveniência, exige maior atenção dos consumidores, especialmente em relação à procedência dos prestadores contratados.
A reação de Lucca, embora eficaz, não é recomendada como regra, já que confrontar criminosos pode trazer riscos. Autoridades sugerem que, em situações suspeitas, o melhor é recusar a transação e acionar a polícia imediatamente, evitando qualquer tipo de contato físico com o suspeito.
Números que mostram a dimensão do estelionato no Brasil
Dados recentes revelam o tamanho do desafio enfrentado no combate a golpes como o que Lucca frustrou. Em 2024, o Brasil registrou mais de 300 mil casos de estelionato, segundo estimativas baseadas em boletins de ocorrência e denúncias a órgãos de defesa do consumidor. São Paulo concentra cerca de 30% desse total, com a capital sendo o principal alvo dos criminosos. O uso de máquinas de cartão manipuladas responde por uma fatia significativa dessas ocorrências, especialmente em transações presenciais.
O perfil das vítimas é variado, incluindo desde jovens, como Lucca, até idosos, que muitas vezes têm menos familiaridade com tecnologias de pagamento. O prejuízo médio por golpe gira em torno de R$ 1.500, mas há registros de valores muito superiores, especialmente em fraudes envolvendo compras maiores. A recuperação do dinheiro, como no caso do estudante, é rara: menos de 10% das vítimas conseguem reaver o valor perdido sem recorrer a processos judiciais.
A tecnologia, ao mesmo tempo em que facilita a vida cotidiana, também abre portas para criminosos. A venda de máquinas de cartão no mercado informal, muitas vezes sem registro ou fiscalização, é um dos fatores que alimentam esse tipo de crime. Iniciativas para coibir a prática incluem campanhas de conscientização e parcerias entre bancos e polícias para rastrear aparelhos usados em golpes.

Na Zona Oeste de São Paulo, um estudante de 22 anos, identificado apenas como Lucca, virou o jogo contra um golpista que tentou aplicar um golpe de R$ 2 mil por meio de uma máquina de cartão adulterada. O caso, ocorrido na última sexta-feira, 7 de março, ganhou destaque após um vídeo registrado por uma câmera de segurança viralizar nas redes sociais, mostrando o momento em que o jovem toma o aparelho das mãos do criminoso e reverte a cobrança indevida. A ação rápida e a presença de espírito de Lucca frustraram a tentativa de estelionato, expondo uma prática criminosa que tem se tornado comum em grandes cidades brasileiras. A Polícia Militar foi acionada, mas o suspeito, que fugiu usando um capacete de moto para ocultar o rosto, ainda não foi identificado.
O episódio começou de forma aparentemente trivial, com a contratação de um serviço para consertar o interfone de um prédio via plataforma online. Lucca aguardava a entrega de uma peça de R$ 47,99, essencial para o reparo, mas o que parecia uma transação simples logo se transformou em uma armadilha. A combinação de desconfiança e agilidade do estudante foi determinante para evitar o prejuízo, enquanto o caso reacende o debate sobre a segurança em transações presenciais e o aumento de golpes envolvendo máquinas de pagamento.
😳 Vítima reage a golpe, toma máquina de cartão de motoboy e recupera R$ 2 mil; veja vídeo – https://t.co/5SHSIhatri pic.twitter.com/q2eWrPtZMi
— Folha de Pernambuco (@folhape) March 8, 2025
A situação também reflete um cenário preocupante: o crescimento de crimes de estelionato no Brasil, especialmente em áreas urbanas. Dados recentes apontam que São Paulo lidera o ranking de registros desse tipo de ocorrência, com milhares de vítimas enfrentando situações semelhantes todos os anos. O caso de Lucca, porém, destaca como a reação das vítimas pode mudar o desfecho dessas histórias.
Como o golpe foi descoberto e revertido
Tudo começou quando Lucca combinou a entrega da peça para o interfone por meio de uma plataforma digital, um método cada vez mais utilizado por brasileiros em busca de praticidade. O entregador chegou ao local com uma máquina de cartão, e o valor de R$ 47,99 aparecia corretamente no visor. No entanto, ao tentar realizar o pagamento, a transação foi recusada. Desconfiado, o estudante observou o comportamento do entregador, que alegou um problema no aparelho e informou que buscaria outra máquina. Enquanto isso, Lucca fechou o portão do prédio discretamente, mantendo a cautela.
Quando o suspeito retornou com um novo equipamento, o visor não estava visível, o que aumentou as suspeitas. Mesmo assim, Lucca decidiu prosseguir com a tentativa de pagamento. Foi então que a notificação em seu celular revelou a verdade: em vez dos R$ 47,99 combinados, a cobrança registrada foi de R$ 2 mil. Sem hesitar, o jovem aproveitou o momento em que o golpista passou a máquina pelo portão para uma nova tentativa e tomou o aparelho das mãos dele. O criminoso, surpreso, fugiu correndo, enquanto Lucca, em casa, acessou as funções da máquina e encontrou a opção de estorno, recuperando o valor cobrado indevidamente.
A atitude do estudante não apenas evitou o prejuízo como também expôs a fragilidade do golpe. O vídeo da câmera de segurança mostra o golpista, com o rosto coberto por um capacete, tentando argumentar antes de abandonar a cena. A rapidez de Lucca em agir e a falha do criminoso em proteger o equipamento foram fatores decisivos para o desfecho inusitado.
Reação da polícia e investigação em andamento
Após o incidente, Lucca acionou o 190 para relatar o ocorrido, mas a Polícia Militar, ao chegar ao local, não conseguiu localizá-lo para prestar atendimento imediato. O caso foi registrado como estelionato por meio da Delegacia Eletrônica, uma ferramenta que permite o registro de ocorrências sem a necessidade de deslocamento até uma unidade policial. A vítima foi orientada a formalizar a representação criminal dentro de seis meses, prazo necessário para que um inquérito seja aberto e a investigação avance. Até o momento, however, o suspeito segue foragido, e as autoridades não divulgaram pistas sobre sua identidade.
O uso de capacetes para ocultar o rosto é uma tática recorrente em crimes desse tipo, dificultando a identificação por câmeras de segurança ou testemunhas. Além disso, a máquina de cartão adulterada sugere um nível de planejamento por parte do golpista, que provavelmente já aplicou o mesmo golpe em outras vítimas. A Polícia Militar reforçou que atua em rondas e atendimentos de emergência, mas a investigação detalhada cabe à Polícia Civil, que pode cruzar dados como o número de série do aparelho ou registros de transações para rastrear o responsável.
Casos de estelionato envolvendo máquinas de pagamento têm crescido no estado. Em 2023, por exemplo, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo registrou mais de 150 mil ocorrências desse tipo, um aumento de 12% em relação ao ano anterior. A popularização de plataformas online para contratação de serviços, embora prática, também abriu brechas para criminosos, que se aproveitam da confiança das vítimas em transações rápidas.
Golpes com máquinas de cartão: um problema crescente
O golpe enfrentado por Lucca não é um caso isolado, mas parte de uma onda de crimes que exploram a tecnologia de pagamento eletrônico. Criminosos utilizam máquinas adulteradas ou configuradas para exibir valores falsos no visor, enquanto a cobrança real, enviada ao banco, é muito superior. Em muitos casos, as vítimas só percebem o problema horas ou dias depois, quando o estorno já não é mais uma opção viável. A criatividade dos golpistas varia: alguns fingem ser prestadores de serviço, como no caso de Lucca, enquanto outros abordam pessoas em locais públicos oferecendo produtos ou doações.
Estatísticas mostram que o prejuízo causado por esses golpes no Brasil ultrapassou R$ 1 bilhão em 2024, segundo levantamentos de associações de defesa do consumidor. São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte lideram as cidades com maior incidência, especialmente em bairros residenciais e comerciais. A facilidade de adquirir máquinas de cartão no mercado paralelo e a falta de fiscalização em algumas plataformas digitais contribuem para a proliferação do crime.
Algumas medidas simples podem ajudar a evitar cair nesse tipo de armadilha:
- Sempre confira o valor no visor da máquina antes de digitar a senha.
- Prefira transações em que o recibo ou comprovante seja emitido na hora.
- Desconfie de aparelhos com visor danificado ou que não exibam informações claras.
- Em caso de suspeita, cheque imediatamente as notificações do banco no celular.
Essas precauções, embora básicas, podem fazer a diferença entre evitar um golpe e se tornar mais uma vítima.
Cronologia do caso de Lucca
O episódio na Zona Oeste de São Paulo seguiu uma sequência de eventos que culminou na vitória do estudante sobre o golpista. Entender o passo a passo ajuda a compreender como a situação se desenrolou:
- Início da semana: Lucca contrata o conserto do interfone por uma plataforma online e aguarda a entrega de uma peça de R$ 47,99.
- 7 de março, tarde: O entregador chega ao prédio com uma máquina de cartão, mas a transação é recusada, gerando desconfiança.
- Minutos depois: O suspeito retorna com outra máquina, e Lucca percebe a cobrança de R$ 2 mil ao conferir o celular.
- Reação imediata: O estudante toma a máquina, o golpista foge, e o estorno é realizado com sucesso.
- Noite do mesmo dia: A Polícia Militar é acionada, mas não localiza Lucca no momento; o caso é registrado online.
A cronologia destaca a importância de agir rapidamente em situações de risco, algo que Lucca fez com precisão.
Impacto nas redes sociais e lições do caso
O vídeo do incidente, capturado por uma câmera de segurança, rapidamente se espalhou por plataformas como Instagram e X, acumulando milhares de visualizações em poucas horas. Nas imagens, é possível ver o momento exato em que Lucca puxa a máquina de cartão e o golpista, desorientado, corre para fora do alcance da câmera. Comentários nas redes variam entre elogios à coragem do estudante e alertas sobre a frequência de golpes semelhantes. A viralização do caso transformou Lucca em um exemplo de como a iniciativa pode reverter situações adversas.
A história também levanta questões sobre a segurança em transações do dia a dia. Especialistas apontam que o uso de máquinas de cartão adulteradas é apenas uma das muitas estratégias adotadas por criminosos. Outras táticas incluem clonagem de cartões, links falsos enviados por mensagens e até abordagens diretas em locais movimentados. A popularidade de serviços online, embora traga conveniência, exige maior atenção dos consumidores, especialmente em relação à procedência dos prestadores contratados.
A reação de Lucca, embora eficaz, não é recomendada como regra, já que confrontar criminosos pode trazer riscos. Autoridades sugerem que, em situações suspeitas, o melhor é recusar a transação e acionar a polícia imediatamente, evitando qualquer tipo de contato físico com o suspeito.
Números que mostram a dimensão do estelionato no Brasil
Dados recentes revelam o tamanho do desafio enfrentado no combate a golpes como o que Lucca frustrou. Em 2024, o Brasil registrou mais de 300 mil casos de estelionato, segundo estimativas baseadas em boletins de ocorrência e denúncias a órgãos de defesa do consumidor. São Paulo concentra cerca de 30% desse total, com a capital sendo o principal alvo dos criminosos. O uso de máquinas de cartão manipuladas responde por uma fatia significativa dessas ocorrências, especialmente em transações presenciais.
O perfil das vítimas é variado, incluindo desde jovens, como Lucca, até idosos, que muitas vezes têm menos familiaridade com tecnologias de pagamento. O prejuízo médio por golpe gira em torno de R$ 1.500, mas há registros de valores muito superiores, especialmente em fraudes envolvendo compras maiores. A recuperação do dinheiro, como no caso do estudante, é rara: menos de 10% das vítimas conseguem reaver o valor perdido sem recorrer a processos judiciais.
A tecnologia, ao mesmo tempo em que facilita a vida cotidiana, também abre portas para criminosos. A venda de máquinas de cartão no mercado informal, muitas vezes sem registro ou fiscalização, é um dos fatores que alimentam esse tipo de crime. Iniciativas para coibir a prática incluem campanhas de conscientização e parcerias entre bancos e polícias para rastrear aparelhos usados em golpes.
