análise revela 5 cuidados essenciais antes de comprar a picape usada

A Toyota Hilux SRX 2.8 Turbo 4×4 Cabine Dupla 2020 automática é uma das picapes mais desejadas no mercado de usados no Brasil, especialmente por quem busca um veículo robusto para trabalho pesado ou aventuras off-road. Equipada com um motor 2.8 turbodiesel de 177 cv e tração integral temporária, ela combina potência, durabilidade e tecnologia, características que a consolidaram como referência no segmento. No entanto, apesar de sua fama de resistência, adquirir um modelo usado exige atenção redobrada a detalhes como manutenção, desgaste de componentes e histórico de uso, já que falhas podem gerar custos elevados. Com preços aproximados girando em torno de R$ 211 mil, conforme dados recentes do mercado, a picape atrai tanto trabalhadores rurais quanto motoristas urbanos em busca de versatilidade.

Por trás de sua popularidade, estão os sete airbags, o controle de estabilidade e a central multimídia com GPS, que garantem segurança e conforto. A caçamba de 1.000 litros e a capacidade de carga de até 1.000 kg reforçam sua vocação para o trabalho, enquanto a autonomia de até 840 km em rodovias a torna ideal para longas viagens. Ainda assim, especialistas alertam para pontos como a suspensão rígida e o consumo elevado, que podem impactar a experiência de uso, especialmente em vias urbanas.

Comprar uma Hilux SRX 2020 usada exige mais do que avaliar o preço ou a aparência. Verificar o estado do motor, da suspensão e do câmbio automático é fundamental para evitar surpresas. Modelos que passaram por serviços pesados, como em frotas ou terrenos extremos, podem apresentar desgaste prematuro em peças como buchas e injetores, o que eleva os custos de reparo. Assim, antes de fechar negócio, uma análise detalhada é o primeiro passo para garantir um investimento seguro.

Robustez em destaque: o que torna a Hilux SRX 2020 uma escolha popular

Equipada com um motor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros, a Toyota Hilux SRX 2020 entrega 177 cv a 3.400 rpm e um torque robusto de 45,9 kgfm a apenas 1.600 rpm, números que asseguram força em diferentes situações. A transmissão automática de seis marchas, fabricada pela Aisin, proporciona trocas suaves e adaptação eficiente tanto em estradas quanto em terrenos acidentados. A tração 4×4 temporária permite alternar entre tração traseira e integral, oferecendo flexibilidade para quem enfrenta lama, areia ou asfalto com a mesma confiança. Esse conjunto mecânico é um dos principais motivos para a picape ser tão procurada por quem precisa de um veículo resistente e confiável.

No interior, o conforto não fica de lado. A cabine dupla acomoda cinco pessoas com bancos revestidos em couro e ajuste elétrico para o motorista, enquanto o ar-condicionado automático e as saídas de ar traseiras mantêm o ambiente agradável em viagens longas. A segurança é outro destaque, com airbags frontais, laterais e de cortina, além de sistemas como controle automático de descida e assistente de partida em rampa, ideais para terrenos inclinados. A central multimídia, com Bluetooth, USB e até TV digital, eleva o nível de entretenimento, agradando quem busca um veículo versátil para o dia a dia.

A caçamba, com capacidade de 1.000 litros e carga útil de 1.000 kg, atende às necessidades de transporte de materiais pesados ou equipamentos, enquanto o reboque com freio suporta até 3.500 kg. Com altura mínima do solo de 286 mm e ângulos de entrada e saída de 31 e 26 graus, respectivamente, a picape encara obstáculos com facilidade. Esses atributos fazem da Hilux SRX 2020 uma opção que une funcionalidade e desempenho, mantendo seu apelo no mercado de usados.

Pontos de atenção: consumo e manutenção podem pesar no bolso

Apesar de suas qualidades, a Hilux SRX 2020 tem aspectos que demandam cuidado. O consumo de combustível, por exemplo, fica em 9 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada, números considerados altos para uma picape diesel. Com um tanque de 80 litros, a autonomia chega a 720 km em trechos urbanos e 840 km em rodovias, mas motoristas que rodam muito em áreas urbanas podem sentir o impacto no bolso. A qualidade do diesel e o estilo de condução também influenciam esses valores, e manter os pneus calibrados e o óleo 5W-30 em dia ajuda a otimizar o rendimento.

Outro ponto crítico é a suspensão, que usa um sistema dianteiro independente com molas helicoidais e um eixo rígido traseiro com feixe de molas. Embora seja resistente para cargas pesadas, ela é conhecida pela rigidez, o que compromete o conforto em ruas esburacadas ou pavimentos irregulares. Proprietários relatam ainda desgaste precoce em buchas de suspensão e injetores do motor, especialmente em unidades que enfrentaram uso intenso. Esses componentes, quando danificados, elevam os custos de manutenção, tornando essencial uma inspeção minuciosa antes da compra.

A durabilidade da Hilux é inquestionável, mas o histórico de uso faz diferença. Veículos que pertenceram a frotas empresariais ou foram usados em serviços agrícolas tendem a apresentar maior desgaste no chassi, na carroceria e no sistema de tração. Verificar ruídos no câmbio automático e vibrações durante um teste de direção pode revelar problemas ocultos. Assim, o comprador precisa equilibrar os benefícios da picape com os possíveis gastos extras que ela pode trazer.

Como avaliar uma Hilux SRX 2020 usada: 5 dicas práticas

Comprar uma picape usada como a Hilux SRX 2020 exige atenção a detalhes que vão além do visual. Alguns cuidados simples podem fazer a diferença entre um bom negócio e uma dor de cabeça. Confira cinco dicas essenciais para avaliar o veículo antes de fechar a compra:

• Histórico de manutenção: Priorize unidades com revisões documentadas, de preferência feitas em concessionárias ou oficinas especializadas, para garantir que o motor e o câmbio foram bem cuidados.
• Estado da suspensão: Teste o veículo em diferentes tipos de terreno e observe sinais de rangidos ou instabilidade, que podem indicar desgaste nas buchas ou molas.
• Funcionamento do motor: Ligue o carro em marcha lenta e acelere para verificar ruídos anormais ou fumaça excessiva, sinais de problemas nos injetores ou no turbo.
• Tração 4×4: Ative o sistema de tração integral em um teste e confira se há atrasos ou falhas na transição entre os modos.
• Caçamba e chassi: Inspecione marcas de ferrugem, amassados ou sinais de sobrecarga, que podem comprometer a estrutura em longo prazo.

Esses passos ajudam a identificar falhas que nem sempre aparecem em uma análise superficial. Um mecânico de confiança ou uma vistoria técnica também podem complementar a avaliação, especialmente em modelos com alta quilometragem.

Cronograma de manutenção: o que observar nos primeiros anos

A Toyota Hilux SRX 2020 exige um plano de manutenção regular para manter seu desempenho e evitar surpresas. Nos primeiros anos de uso, alguns itens precisam de atenção especial, conforme o padrão de desgaste do modelo. Veja um calendário básico baseado em recomendações gerais para picapes diesel:

• Aos 10.000 km: Troca de óleo 5W-30 e filtro, além de inspeção nos freios e pneus.
• Aos 20.000 km: Verificação do sistema de injeção e alinhamento da suspensão.
• Aos 40.000 km: Revisão completa do turbo e substituição de filtros de ar e combustível.
• Aos 60.000 km: Checagem do câmbio automático e dos componentes da tração 4×4.

Seguir esse cronograma reduz o risco de falhas graves, como desgaste nos injetores ou problemas no conversor de torque. Modelos usados que já passaram dessas marcas precisam de uma análise detalhada para confirmar se as revisões foram feitas corretamente.

Preços e versões: quanto custa a Hilux 2020 no mercado atual

No mercado de usados, a Hilux 2020 apresenta uma faixa de preços variada, dependendo da versão e do estado de conservação. A SRX 2.8 Turbo 4×4 automática, foco desta análise, tem valor médio de R$ 211 mil, mas outras configurações também estão disponíveis. Entre as opções diesel, a Hilux CD SR 4×4 2.8 automática sai por cerca de R$ 178 mil, enquanto a topo de linha GR-S 4×4 2.8 alcança R$ 212 mil. Já as versões flex, como a SRV 4×2 2.7, partem de R$ 170 mil, oferecendo uma alternativa mais acessível para quem não precisa de tração integral.

A diferença de preço reflete os equipamentos e a motorização. A SRX, por exemplo, traz acabamento premium, com bancos de couro e central multimídia avançada, enquanto versões mais básicas, como a Chassi 4×4 2.8 (R$ 156 mil), são voltadas para trabalho bruto. A depreciação da Hilux é considerada baixa, o que mantém seu valor de revenda elevado, mas unidades com histórico de uso severo podem ser negociadas por menos, desde que o comprador esteja disposto a investir em reparos.

Por dentro da cabine: conforto e tecnologia em destaque

O interior da Hilux SRX 2020 surpreende pelo nível de acabamento e pelos recursos oferecidos. Os bancos em couro com ajuste elétrico para o motorista garantem ergonomia, enquanto o ar-condicionado automático mantém a temperatura estável, mesmo com cinco ocupantes a bordo. A central multimídia, com tela sensível ao toque, inclui GPS, Bluetooth e espelhamento de celular, além de extras como TV digital e DVD player, que tornam as viagens mais agradáveis. O volante multifuncional e o computador de bordo facilitam o controle das funções sem tirar as mãos da direção.

A segurança também é um ponto forte na cabine. Além dos sete airbags, o modelo conta com câmera de ré, sensores de estacionamento e sistemas como vetorização de torque e controle de estabilidade, que aumentam a confiança em manobras ou terrenos difíceis. A direção hidráulica, ajustável em altura e profundidade, melhora a precisão nas curvas e facilita o estacionamento, apesar do diâmetro de giro de 12,8 metros. Para quem compra usado, é importante checar o estado dos revestimentos e da multimídia, já que o desgaste pode ser visível em unidades mal cuidadas.