Na manhã desta segunda-feira, o Corinthians deu início à preparação para um dos jogos mais decisivos da temporada. Após garantir vaga na final do Campeonato Paulista com uma vitória sobre o Santos, o foco agora é o confronto de volta contra o Barcelona-EQU, pela terceira fase preliminar da Conmebol Libertadores. A partida, marcada para quarta-feira na Neo Química Arena, exige do Timão uma reação inédita: reverter uma derrota por 3 a 0 sofrida no jogo de ida, em Guayaquil. Para alcançar a fase de grupos, o time comandado por Ramón Díaz precisará vencer por quatro gols de diferença ou, no mínimo, por três para levar a decisão aos pênaltis. Com pouco tempo de preparação e a pressão nas alturas, o elenco alvinegro sabe que está diante de um desafio histórico.
A vitória sobre o Santos, no último domingo, trouxe ânimo ao grupo, mas também deixou marcas físicas. Yuri Alberto, artilheiro da temporada com seis gols, sofreu um trauma no tornozelo esquerdo durante o clássico e já iniciou tratamento intensivo para estar em campo na quarta-feira. Enquanto isso, o técnico Ramón Díaz aproveitou o dia para trabalhar com os reservas em campo, deixando os titulares em atividades regenerativas no CT Joaquim Grava. A definição da escalação só ocorrerá na terça-feira, quando o treinador terá a única oportunidade de treinar com o elenco completo antes do duelo decisivo. A expectativa é de um Corinthians mais ofensivo, mas também estrategicamente ajustado para evitar qualquer vacilo defensivo.
Mudanças na equipe são certas. Fabrizio Angileri, titular na lateral-esquerda contra o Santos, não está inscrito na Libertadores e dará lugar a Matheus Bidu, favorito para assumir a posição. Outras alterações podem surgir, especialmente no setor ofensivo, já que o Timão precisará pressionar desde o apito inicial. A torcida, que esgotou os ingressos para o jogo, será um trunfo essencial na busca por essa virada improvável, mas não impossível. O clima é de mobilização total em Itaquera, com o clube ciente de que uma eliminação precoce pode gerar um prejuízo financeiro estimado em R$ 21 milhões, além de frustrar as expectativas para 2025.
Escalação em xeque após derrota no Equador
O Corinthians chegou ao confronto contra o Barcelona-EQU com moral elevada após eliminar a Universidad Central, da Venezuela, na fase anterior. Porém, o jogo de ida em Guayaquil expôs fragilidades preocupantes. Dominado taticamente, o Timão sofreu três gols – dois de Janner Corozo e um de Rivero – e teve apenas uma finalização no alvo, salva pelo goleiro José Contreras. Ramón Díaz reconheceu a superioridade do adversário, destacando a diferença de ritmo e organização em relação ao futebol brasileiro. A derrota por 3 a 0 repetiu o placar de algumas das piores atuações do clube na história da Libertadores, reacendendo o fantasma de eliminações na pré-fase.
No vestiário, o clima foi de cobrança intensa. Durante o intervalo, jogadores trocaram palavras duras, precisando ser contidos pelo auxiliar Fabinho Soldado. O meia Maycon, que entrou no segundo tempo, admitiu que o sentimento era de “vergonha” e pediu desculpas aos torcedores. A preparação para o jogo de volta, portanto, não envolve apenas ajustes táticos, mas também a recuperação do psicológico do elenco. Com 16 jogos na temporada, o Corinthians já foi vazado 19 vezes, o que liga o sinal de alerta para Ramón Díaz. Contra o Santos, a defesa se manteve sólida, mas a necessidade de atacar na quarta-feira pode abrir brechas perigosas.
Para o duelo decisivo, há boas notícias no sistema defensivo. Os volantes José Martínez e Raniele, que se recuperam de lesões, avançaram no processo de transição e podem estar disponíveis. Martínez tem mais chances de retornar, enquanto Raniele, com uma contusão no bíceps femoral da coxa direita desde fevereiro, ainda é dúvida. A presença de ambos seria um reforço importante, especialmente para conter os contra-ataques do Barcelona-EQU, que já se mostraram letais no primeiro jogo. A escalação final, no entanto, dependerá do treino de terça-feira e da estratégia adotada por Díaz.
Retrospecto desafiador na Libertadores
Reverter um placar de 3 a 0 não é algo que o Corinthians já tenha conseguido em sua história na Libertadores. Em 18 participações no torneio, o clube disputou 13 mata-matas em que perdeu o jogo de ida. Apenas uma vez, em 2000, contra o Rosario Central, conseguiu a classificação após uma derrota inicial – mas a desvantagem era de apenas um gol. Em situações com três gols de diferença, como em 1991 contra o Boca Juniors, o Timão não teve sucesso. Esse histórico negativo aumenta a pressão sobre o elenco atual, que precisará de um desempenho excepcional para mudar as estatísticas.
Entre os desafios, está a falta de vitórias como visitante em mata-matas da Libertadores há 13 anos. A última veio em 2012, contra o Santos, na Vila Belmiro, com gol de Emerson Sheik, em uma campanha que terminou com o título continental. Já como mandante, o Corinthians tem um aproveitamento mais favorável em casa, mas a necessidade de marcar quatro gols sem sofrer nenhum torna a missão quase inédita. A torcida, que lotará a Neo Química Arena, espera que a força de Itaquera seja o diferencial para quebrar esse tabu e manter viva a esperança de disputar a fase de grupos.
Cronograma decisivo em março
O calendário do Corinthians em março está repleto de compromissos cruciais. Veja como estão os próximos passos do clube:
- 11 de março: Treino final com elenco completo para o jogo contra o Barcelona-EQU.
- 12 de março: Corinthians x Barcelona-EQU, às 21h30, na Neo Química Arena, pela Libertadores.
- 17 de março: Sorteio da fase de grupos da Libertadores, caso o Timão se classifique.
- Data a definir: Final do Campeonato Paulista contra o vencedor de Palmeiras x São Paulo.
Com apenas um treino completo antes do jogo de quarta-feira, o tempo é curto para ajustes. A partida contra o Barcelona-EQU será o foco absoluto, mas a final do Paulistão já está no horizonte, exigindo do elenco uma gestão cuidadosa de energia e foco. A proximidade entre os jogos aumenta a importância de recuperar jogadores como Yuri Alberto e contar com o retorno de Martínez e Raniele.
Pressão por gols e apoio da torcida
Marcar gols será a palavra de ordem na Neo Química Arena. O Corinthians precisará de uma postura ofensiva desde o início, algo que não conseguiu em Guayaquil, onde foi neutralizado pelo Barcelona-EQU. Yuri Alberto, principal esperança de gols, terá a missão de liderar o ataque, mesmo após o trauma no tornozelo. Outros nomes, como Ángel Romero e Memphis Depay, que marcaram contra o Mirassol nas quartas de final do Paulistão, também podem ser peças-chave. A estratégia de Ramón Díaz deve priorizar pressão alta e eficiência nas finalizações, algo que faltou no jogo de ida.
A torcida alvinegra, conhecida por transformar a arena em um caldeirão, já deu mostras de seu apoio. Todos os ingressos para o confronto foram vendidos, e a expectativa é de um ambiente ensurdecedor para empurrar o time. Nos últimos anos, a força das arquibancadas foi decisiva em jogos importantes, como na classificação contra o Guaraní em 2020, quando o Timão venceu por 2 a 1 em casa. Desta vez, porém, o placar necessário é mais elástico, e cada gol marcado será celebrado como um passo rumo ao improvável.
Fatores que podem definir o jogo
Vários elementos serão determinantes para o sucesso ou fracasso do Corinthians na quarta-feira. Confira alguns pontos que podem influenciar o resultado:
- Postura ofensiva: Pressionar desde o início é essencial para construir o placar necessário.
- Solidez defensiva: Não sofrer gols será crucial, já que qualquer tento do Barcelona-EQU complicaria ainda mais a missão.
- Condição física: Com jogos seguidos, a recuperação de jogadores como Yuri Alberto e a volta de Martínez e Raniele podem fazer a diferença.
- Fator casa: O apoio da torcida pode ser o impulso extra para um desempenho acima da média.
A preparação intensa desta semana será vital para alinhar esses fatores. O técnico Ramón Díaz, que soma 28 vitórias em 50 jogos pelo Corinthians, terá seu maior teste até agora. A derrota no Equador foi um golpe duro, mas o treinador mantém o discurso de esperança, afirmando que o time “não desiste” de buscar a classificação.
Barcelona-EQU chega com vantagem sólida
Enquanto o Corinthians se prepara para a virada, o Barcelona-EQU desembarca em São Paulo com confiança renovada. A vitória por 3 a 0 em casa encerrou uma sequência de 12 jogos sem triunfos contra brasileiros em competições sul-americanas, a última em 2021 contra o Santos. O técnico Segundo Castillo, que chamou atenção com seu estilo elegante à beira do campo, com paletó branco e gravata borboleta, aposta na organização tática para segurar a vantagem. Janner Corozo, autor de dois gols no jogo de ida, é a principal arma equatoriana e deve explorar os contra-ataques.
No primeiro confronto, o Barcelona-EQU mostrou superioridade em todos os setores. Além dos gols, a equipe teve mais posse de bola e finalizações, aproveitando os erros defensivos do Corinthians. Para o jogo de volta, Castillo sabe que pode perder por até dois gols de diferença e ainda assim avançar. A experiência do elenco em competições continentais e a tranquilidade de jogar com o regulamento a favor tornam o time equatoriano um adversário difícil de ser superado.
Desafio financeiro e esportivo em jogo
Eliminar o Barcelona-EQU não é apenas uma questão de orgulho para o Corinthians. A classificação à fase de grupos da Libertadores garante premiações significativas, que podem chegar a cerca de R$ 30 milhões caso o time alcance as oitavas de final, com base nos valores de temporadas anteriores. Uma queda agora representaria um prejuízo de R$ 21 milhões no orçamento planejado para 2025, que prevê uma arrecadação bruta de R$ 795 milhões. O superávit projetado de R$ 34 milhões também ficaria em risco, impactando investimentos no elenco e na infraestrutura do clube.
Esportivamente, avançar na Libertadores manteria o Corinthians no radar das grandes competições continentais, reforçando sua marca e atraindo mais visibilidade. A ausência no torneio em 2024 já foi um golpe sentido pela torcida e pela diretoria, e uma nova eliminação precoce ampliaria a pressão sobre Ramón Díaz e os jogadores. O confronto de quarta-feira, portanto, é um divisor de águas para o planejamento alvinegro em 2025, com reflexos que vão além do campo.

Na manhã desta segunda-feira, o Corinthians deu início à preparação para um dos jogos mais decisivos da temporada. Após garantir vaga na final do Campeonato Paulista com uma vitória sobre o Santos, o foco agora é o confronto de volta contra o Barcelona-EQU, pela terceira fase preliminar da Conmebol Libertadores. A partida, marcada para quarta-feira na Neo Química Arena, exige do Timão uma reação inédita: reverter uma derrota por 3 a 0 sofrida no jogo de ida, em Guayaquil. Para alcançar a fase de grupos, o time comandado por Ramón Díaz precisará vencer por quatro gols de diferença ou, no mínimo, por três para levar a decisão aos pênaltis. Com pouco tempo de preparação e a pressão nas alturas, o elenco alvinegro sabe que está diante de um desafio histórico.
A vitória sobre o Santos, no último domingo, trouxe ânimo ao grupo, mas também deixou marcas físicas. Yuri Alberto, artilheiro da temporada com seis gols, sofreu um trauma no tornozelo esquerdo durante o clássico e já iniciou tratamento intensivo para estar em campo na quarta-feira. Enquanto isso, o técnico Ramón Díaz aproveitou o dia para trabalhar com os reservas em campo, deixando os titulares em atividades regenerativas no CT Joaquim Grava. A definição da escalação só ocorrerá na terça-feira, quando o treinador terá a única oportunidade de treinar com o elenco completo antes do duelo decisivo. A expectativa é de um Corinthians mais ofensivo, mas também estrategicamente ajustado para evitar qualquer vacilo defensivo.
Mudanças na equipe são certas. Fabrizio Angileri, titular na lateral-esquerda contra o Santos, não está inscrito na Libertadores e dará lugar a Matheus Bidu, favorito para assumir a posição. Outras alterações podem surgir, especialmente no setor ofensivo, já que o Timão precisará pressionar desde o apito inicial. A torcida, que esgotou os ingressos para o jogo, será um trunfo essencial na busca por essa virada improvável, mas não impossível. O clima é de mobilização total em Itaquera, com o clube ciente de que uma eliminação precoce pode gerar um prejuízo financeiro estimado em R$ 21 milhões, além de frustrar as expectativas para 2025.
Escalação em xeque após derrota no Equador
O Corinthians chegou ao confronto contra o Barcelona-EQU com moral elevada após eliminar a Universidad Central, da Venezuela, na fase anterior. Porém, o jogo de ida em Guayaquil expôs fragilidades preocupantes. Dominado taticamente, o Timão sofreu três gols – dois de Janner Corozo e um de Rivero – e teve apenas uma finalização no alvo, salva pelo goleiro José Contreras. Ramón Díaz reconheceu a superioridade do adversário, destacando a diferença de ritmo e organização em relação ao futebol brasileiro. A derrota por 3 a 0 repetiu o placar de algumas das piores atuações do clube na história da Libertadores, reacendendo o fantasma de eliminações na pré-fase.
No vestiário, o clima foi de cobrança intensa. Durante o intervalo, jogadores trocaram palavras duras, precisando ser contidos pelo auxiliar Fabinho Soldado. O meia Maycon, que entrou no segundo tempo, admitiu que o sentimento era de “vergonha” e pediu desculpas aos torcedores. A preparação para o jogo de volta, portanto, não envolve apenas ajustes táticos, mas também a recuperação do psicológico do elenco. Com 16 jogos na temporada, o Corinthians já foi vazado 19 vezes, o que liga o sinal de alerta para Ramón Díaz. Contra o Santos, a defesa se manteve sólida, mas a necessidade de atacar na quarta-feira pode abrir brechas perigosas.
Para o duelo decisivo, há boas notícias no sistema defensivo. Os volantes José Martínez e Raniele, que se recuperam de lesões, avançaram no processo de transição e podem estar disponíveis. Martínez tem mais chances de retornar, enquanto Raniele, com uma contusão no bíceps femoral da coxa direita desde fevereiro, ainda é dúvida. A presença de ambos seria um reforço importante, especialmente para conter os contra-ataques do Barcelona-EQU, que já se mostraram letais no primeiro jogo. A escalação final, no entanto, dependerá do treino de terça-feira e da estratégia adotada por Díaz.
Retrospecto desafiador na Libertadores
Reverter um placar de 3 a 0 não é algo que o Corinthians já tenha conseguido em sua história na Libertadores. Em 18 participações no torneio, o clube disputou 13 mata-matas em que perdeu o jogo de ida. Apenas uma vez, em 2000, contra o Rosario Central, conseguiu a classificação após uma derrota inicial – mas a desvantagem era de apenas um gol. Em situações com três gols de diferença, como em 1991 contra o Boca Juniors, o Timão não teve sucesso. Esse histórico negativo aumenta a pressão sobre o elenco atual, que precisará de um desempenho excepcional para mudar as estatísticas.
Entre os desafios, está a falta de vitórias como visitante em mata-matas da Libertadores há 13 anos. A última veio em 2012, contra o Santos, na Vila Belmiro, com gol de Emerson Sheik, em uma campanha que terminou com o título continental. Já como mandante, o Corinthians tem um aproveitamento mais favorável em casa, mas a necessidade de marcar quatro gols sem sofrer nenhum torna a missão quase inédita. A torcida, que lotará a Neo Química Arena, espera que a força de Itaquera seja o diferencial para quebrar esse tabu e manter viva a esperança de disputar a fase de grupos.
Cronograma decisivo em março
O calendário do Corinthians em março está repleto de compromissos cruciais. Veja como estão os próximos passos do clube:
- 11 de março: Treino final com elenco completo para o jogo contra o Barcelona-EQU.
- 12 de março: Corinthians x Barcelona-EQU, às 21h30, na Neo Química Arena, pela Libertadores.
- 17 de março: Sorteio da fase de grupos da Libertadores, caso o Timão se classifique.
- Data a definir: Final do Campeonato Paulista contra o vencedor de Palmeiras x São Paulo.
Com apenas um treino completo antes do jogo de quarta-feira, o tempo é curto para ajustes. A partida contra o Barcelona-EQU será o foco absoluto, mas a final do Paulistão já está no horizonte, exigindo do elenco uma gestão cuidadosa de energia e foco. A proximidade entre os jogos aumenta a importância de recuperar jogadores como Yuri Alberto e contar com o retorno de Martínez e Raniele.
Pressão por gols e apoio da torcida
Marcar gols será a palavra de ordem na Neo Química Arena. O Corinthians precisará de uma postura ofensiva desde o início, algo que não conseguiu em Guayaquil, onde foi neutralizado pelo Barcelona-EQU. Yuri Alberto, principal esperança de gols, terá a missão de liderar o ataque, mesmo após o trauma no tornozelo. Outros nomes, como Ángel Romero e Memphis Depay, que marcaram contra o Mirassol nas quartas de final do Paulistão, também podem ser peças-chave. A estratégia de Ramón Díaz deve priorizar pressão alta e eficiência nas finalizações, algo que faltou no jogo de ida.
A torcida alvinegra, conhecida por transformar a arena em um caldeirão, já deu mostras de seu apoio. Todos os ingressos para o confronto foram vendidos, e a expectativa é de um ambiente ensurdecedor para empurrar o time. Nos últimos anos, a força das arquibancadas foi decisiva em jogos importantes, como na classificação contra o Guaraní em 2020, quando o Timão venceu por 2 a 1 em casa. Desta vez, porém, o placar necessário é mais elástico, e cada gol marcado será celebrado como um passo rumo ao improvável.
Fatores que podem definir o jogo
Vários elementos serão determinantes para o sucesso ou fracasso do Corinthians na quarta-feira. Confira alguns pontos que podem influenciar o resultado:
- Postura ofensiva: Pressionar desde o início é essencial para construir o placar necessário.
- Solidez defensiva: Não sofrer gols será crucial, já que qualquer tento do Barcelona-EQU complicaria ainda mais a missão.
- Condição física: Com jogos seguidos, a recuperação de jogadores como Yuri Alberto e a volta de Martínez e Raniele podem fazer a diferença.
- Fator casa: O apoio da torcida pode ser o impulso extra para um desempenho acima da média.
A preparação intensa desta semana será vital para alinhar esses fatores. O técnico Ramón Díaz, que soma 28 vitórias em 50 jogos pelo Corinthians, terá seu maior teste até agora. A derrota no Equador foi um golpe duro, mas o treinador mantém o discurso de esperança, afirmando que o time “não desiste” de buscar a classificação.
Barcelona-EQU chega com vantagem sólida
Enquanto o Corinthians se prepara para a virada, o Barcelona-EQU desembarca em São Paulo com confiança renovada. A vitória por 3 a 0 em casa encerrou uma sequência de 12 jogos sem triunfos contra brasileiros em competições sul-americanas, a última em 2021 contra o Santos. O técnico Segundo Castillo, que chamou atenção com seu estilo elegante à beira do campo, com paletó branco e gravata borboleta, aposta na organização tática para segurar a vantagem. Janner Corozo, autor de dois gols no jogo de ida, é a principal arma equatoriana e deve explorar os contra-ataques.
No primeiro confronto, o Barcelona-EQU mostrou superioridade em todos os setores. Além dos gols, a equipe teve mais posse de bola e finalizações, aproveitando os erros defensivos do Corinthians. Para o jogo de volta, Castillo sabe que pode perder por até dois gols de diferença e ainda assim avançar. A experiência do elenco em competições continentais e a tranquilidade de jogar com o regulamento a favor tornam o time equatoriano um adversário difícil de ser superado.
Desafio financeiro e esportivo em jogo
Eliminar o Barcelona-EQU não é apenas uma questão de orgulho para o Corinthians. A classificação à fase de grupos da Libertadores garante premiações significativas, que podem chegar a cerca de R$ 30 milhões caso o time alcance as oitavas de final, com base nos valores de temporadas anteriores. Uma queda agora representaria um prejuízo de R$ 21 milhões no orçamento planejado para 2025, que prevê uma arrecadação bruta de R$ 795 milhões. O superávit projetado de R$ 34 milhões também ficaria em risco, impactando investimentos no elenco e na infraestrutura do clube.
Esportivamente, avançar na Libertadores manteria o Corinthians no radar das grandes competições continentais, reforçando sua marca e atraindo mais visibilidade. A ausência no torneio em 2024 já foi um golpe sentido pela torcida e pela diretoria, e uma nova eliminação precoce ampliaria a pressão sobre Ramón Díaz e os jogadores. O confronto de quarta-feira, portanto, é um divisor de águas para o planejamento alvinegro em 2025, com reflexos que vão além do campo.
