A Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação de grande escala na segunda-feira, dia 10 de março, resultando na apreensão de 10.520 celulares roubados ou furtados em diversas regiões do estado. Batizada de Operação Big Mobile, a ação mobilizou quase 3 mil agentes que vistoriaram lojas e endereços suspeitos, com base em um trabalho de inteligência que analisou cerca de 1,5 mil boletins de ocorrência registrados entre janeiro e 26 de fevereiro na capital paulista. Os dados fornecidos pelas vítimas, incluindo a geolocalização dos aparelhos, foram cruciais para identificar os pontos de receptação, concentrados principalmente nos bairros da República e Glicério, no Centro, e na favela de Paraisópolis, na Zona Sul da cidade. A operação reflete o esforço contínuo das autoridades para combater o mercado ilegal de eletrônicos, que alimenta crimes como furtos, roubos e até latrocínios no estado. Desde o início do ano, mais de 22 mil casos de subtração de celulares foram registrados apenas em janeiro, evidenciando a gravidade do problema na segurança pública.
Quase 2 mil agentes foram distribuídos por todo o estado, com 476 policiais do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) atuando na capital, partindo da Praça da República, e outros 381 na região metropolitana. O restante se dividiu entre as sedes dos Departamentos de Polícia Judiciária do Interior, garantindo uma ação simultânea e coordenada. A estratégia, que já havia recuperado mais de 16 mil aparelhos em fases anteriores em janeiro, agora soma resultados impressionantes, com destaque para a devolução de quase 36 mil celulares aos seus donos ao longo de 2024.
A operação também expôs os desafios enfrentados pelas forças de segurança. Em um prédio na Rua dos Guaianeses, no Centro, a geolocalização apontou a presença de aparelhos roubados, mas a falta de mandados judiciais específicos para cada apartamento impediu a recuperação total dos dispositivos, frustrando parte do esforço policial e deixando vítimas como o engenheiro civil Davi Helles Cunha Barros ainda sem seus pertences.
Tecnologia e inteligência guiam a operação
Utilizar a geolocalização fornecida pelas vítimas foi o ponto de partida para o sucesso da Operação Big Mobile. Os 1,5 mil boletins de ocorrência analisados indicaram que os celulares roubados ou furtados frequentemente acabavam em três áreas específicas da capital: República, Glicério e Paraisópolis. Essas regiões, conhecidas pelo comércio intenso e pela presença de estabelecimentos que revendem eletrônicos sem procedência, tornaram-se alvos prioritários das equipes policiais. A ação começou cedo, com os agentes saindo às ruas na manhã de segunda-feira para inspecionar lojas e pontos suspeitos.
O delegado-geral da Polícia Civil, Artur José Dian, destacou a importância da colaboração da população. Ele afirmou que os registros detalhados, especialmente com informações de localização, são essenciais para que as equipes possam agir com precisão. Apesar disso, a falta de mandados para buscas em residências, como no caso do prédio na Rua dos Guaianeses, revelou uma limitação que dificulta o combate aos receptadores em larga escala.
A operação também contou com o apoio de drones, viaturas e até um helicóptero, reforçando a capacidade de monitoramento e resposta rápida. Esse aparato tecnológico, aliado à análise de inteligência, permitiu que a polícia chegasse a locais exatos onde os aparelhos estavam escondidos, embora nem todos tenham sido recuperados devido a barreiras legais.

Desafios no combate ao crime organizado
Enfrentar o mercado ilegal de celulares roubados é uma tarefa complexa que vai além da recuperação dos aparelhos. Artur José Dian explicou que muitos dispositivos são desmontados para revenda de peças ou enviados ao exterior, onde são desbloqueados e reutilizados. Esse comércio internacional dificulta a repressão total ao crime, já que os receptadores operam em redes organizadas que lucram com a alta demanda por eletrônicos de baixo custo. Em São Paulo, o problema é agravado pela ação de falsos motoboys, que têm contribuído para o aumento de latrocínios relacionados ao roubo de celulares na capital.
A quantidade de aparelhos subtraídos impressiona: só em janeiro, foram registrados 22 mil casos no estado, uma média de 30 por hora. Esse número reflete a vulnerabilidade dos cidadãos e a ousadia dos criminosos, que muitas vezes agem em áreas movimentadas e durante eventos de grande público, como o carnaval. Para conter essa onda, a polícia chegou a adotar táticas criativas, como agentes fantasiados de super-heróis infiltrados entre foliões, resultando na prisão de 24 suspeitos e na recuperação de 89 celulares durante os festejos.
A sensação de impotência relatada por vítimas como Davi Helles Cunha Barros, que rastreou seu celular roubado em janeiro sem conseguir recuperá-lo, evidencia os limites da ação policial. Ele descreveu o sentimento de frustração ao cumprir seu papel de cidadão, pagando impostos e registrando o crime, mas ainda assim não ter o problema resolvido.
Histórico da Operação Big Mobile mostra resultados
A Operação Big Mobile não é uma iniciativa isolada, mas parte de um esforço contínuo da Polícia Civil para desmantelar redes de receptação. Em janeiro, as duas primeiras fases da ação já haviam recuperado mais de 16 mil celulares na capital e na Baixada Santista, com 39 pessoas presas em flagrante. Em 2024, o total de aparelhos recuperados ultrapassou 39 mil, dos quais cerca de 36 mil foram devolvidos aos proprietários, um índice significativo que depende da identificação via número IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel).
Agora, com os 10,5 mil aparelhos apreendidos na fase mais recente, as autoridades planejam uma força-tarefa para analisar os dispositivos e contatar as vítimas. Esse processo envolve verificar os IMEIs e cruzar os dados com os boletins de ocorrência, um trabalho minucioso que exige tempo e organização. A expectativa é que boa parte dos celulares retorne aos donos, reduzindo o prejuízo de quem foi alvo dos criminosos.
A escala da operação impressiona: quase 3 mil agentes foram mobilizados em um único dia, com ações coordenadas em todo o estado. Na capital, 476 policiais do Dope se reuniram na Praça da República antes de iniciar as buscas, enquanto 381 atuaram na região metropolitana, demonstrando a amplitude do esforço policial.
Cronologia das ações contra roubo de celulares em 2025
O combate ao roubo e furto de celulares em São Paulo ganhou força neste ano. Veja os principais momentos da Operação Big Mobile e ações relacionadas:
- Janeiro: Primeira e segunda fases recuperam mais de 16 mil celulares na capital e Baixada Santista, com 39 prisões.
- Fevereiro: Durante o carnaval, policiais disfarçados de super-heróis prendem 24 suspeitos e recuperam 89 aparelhos.
- 10 de março: Terceira fase apreende 10,5 mil celulares, com quase 3 mil agentes mobilizados em todo o estado.
Esses marcos mostram a intensificação das estratégias policiais, que combinam tecnologia, inteligência e presença ostensiva nas ruas.
Impacto nas vítimas e na segurança pública
Recuperar 10,5 mil celulares é um marco, mas o impacto vai além dos números. Para as vítimas, como Davi Helles Cunha Barros, a perda de um aparelho vai além do prejuízo financeiro: é uma sensação de vulnerabilidade que persiste mesmo após o registro do crime. Ele rastreou seu celular roubado em janeiro e informou a polícia, mas a falta de acesso a determinados locais impediu a devolução, um problema recorrente apontado pelo delegado Artur Dian.
A ação também tem um efeito preventivo. Ao fechar pontos de receptação e prender suspeitos, a polícia busca sufocar o mercado ilegal, desincentivando novos crimes. Em 2024, mais de 500 celulares foram roubados ou furtados por dia na cidade de São Paulo, um dado alarmante que justifica operações como essa. A presença de quase 3 mil agentes em um único dia reforça a mensagem de que as autoridades estão atentas, embora os desafios legais e logísticos limitem o alcance total.
A estratégia de usar geolocalização e boletins de ocorrência como base para as buscas provou ser eficaz, mas depende da colaboração da população. O delegado-geral reforçou que registrar o crime e informar a última localização do aparelho são passos fundamentais para o sucesso das investigações.
Limitações e próximos passos da polícia
Embora a Operação Big Mobile tenha apreendido milhares de aparelhos, barreiras legais continuam a ser um obstáculo. No prédio da Rua dos Guaianeses, por exemplo, os policiais sabiam onde os celulares estavam, mas não puderam entrar nos apartamentos sem ordens judiciais específicas. Artur Dian admitiu que obter mandados coletivos é mais difícil, especialmente em áreas residenciais densas como o Centro de São Paulo, onde o comércio de peças e aparelhos roubados é intenso.
A exportação de dispositivos para outros países também complica o cenário. Muitos aparelhos são desmontados ou desbloqueados no exterior, alimentando um mercado global que lucra com os crimes cometidos no Brasil. Para combater isso, a polícia planeja intensificar a fiscalização em pontos estratégicos e ampliar a cooperação com outras forças de segurança.
Os próximos passos incluem a análise dos 10,5 mil aparelhos apreendidos, que já foram encaminhados às delegacias para identificação. A expectativa é que as vítimas sejam contatadas em breve, mas o trabalho depende da precisão dos registros feitos anteriormente.
Como as vítimas podem ajudar no combate
Colaborar com a polícia é essencial para o sucesso de operações como a Big Mobile. Quem teve o celular roubado ou furtado pode采取 algumas medidas simples para aumentar as chances de recuperação:
- Registrar um boletim de ocorrência com o máximo de detalhes, incluindo o número IMEI.
- Informar a última localização conhecida do aparelho, se disponível.
- Alterar senhas de aplicativos e contas bancárias imediatamente após o crime.
Essas ações não só facilitam a devolução do aparelho, mas também ajudam a mapear os pontos de receptação, como os identificados em República, Glicério e Paraisópolis.
Esforço contínuo contra a criminalidade
A Operação Big Mobile reforça o compromisso da Polícia Civil em enfrentar um dos crimes mais comuns em São Paulo. Com 22 mil casos registrados só em janeiro, a média de 30 furtos ou roubos por hora exige respostas rápidas e coordenadas. A mobilização de quase 3 mil agentes em um dia demonstra a escala do problema e a determinação das autoridades em reduzi-lo, mesmo com limitações como a falta de mandados específicos.
A recuperação de 10,5 mil aparelhos é um passo significativo, mas o mercado ilegal continua ativo, alimentado pela alta demanda e pela dificuldade de rastrear todos os dispositivos. A experiência de Davi Helles Cunha Barros reflete o sentimento de muitos cidadãos: a frustração de cumprir seu papel sem ver resultados imediatos. Ainda assim, as ações policiais, como as do carnaval e da Big Mobile, mostram que a luta contra os receptadores segue em curso.
Para o futuro, a polícia planeja novas fases da operação, ajustando estratégias para superar os entraves legais e atingir redes criminosas mais amplas. Enquanto isso, os aparelhos apreendidos aguardam análise, e as vítimas esperam pela chance de recuperar o que lhes foi tirado.

A Polícia Civil de São Paulo realizou uma operação de grande escala na segunda-feira, dia 10 de março, resultando na apreensão de 10.520 celulares roubados ou furtados em diversas regiões do estado. Batizada de Operação Big Mobile, a ação mobilizou quase 3 mil agentes que vistoriaram lojas e endereços suspeitos, com base em um trabalho de inteligência que analisou cerca de 1,5 mil boletins de ocorrência registrados entre janeiro e 26 de fevereiro na capital paulista. Os dados fornecidos pelas vítimas, incluindo a geolocalização dos aparelhos, foram cruciais para identificar os pontos de receptação, concentrados principalmente nos bairros da República e Glicério, no Centro, e na favela de Paraisópolis, na Zona Sul da cidade. A operação reflete o esforço contínuo das autoridades para combater o mercado ilegal de eletrônicos, que alimenta crimes como furtos, roubos e até latrocínios no estado. Desde o início do ano, mais de 22 mil casos de subtração de celulares foram registrados apenas em janeiro, evidenciando a gravidade do problema na segurança pública.
Quase 2 mil agentes foram distribuídos por todo o estado, com 476 policiais do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) atuando na capital, partindo da Praça da República, e outros 381 na região metropolitana. O restante se dividiu entre as sedes dos Departamentos de Polícia Judiciária do Interior, garantindo uma ação simultânea e coordenada. A estratégia, que já havia recuperado mais de 16 mil aparelhos em fases anteriores em janeiro, agora soma resultados impressionantes, com destaque para a devolução de quase 36 mil celulares aos seus donos ao longo de 2024.
A operação também expôs os desafios enfrentados pelas forças de segurança. Em um prédio na Rua dos Guaianeses, no Centro, a geolocalização apontou a presença de aparelhos roubados, mas a falta de mandados judiciais específicos para cada apartamento impediu a recuperação total dos dispositivos, frustrando parte do esforço policial e deixando vítimas como o engenheiro civil Davi Helles Cunha Barros ainda sem seus pertences.
Tecnologia e inteligência guiam a operação
Utilizar a geolocalização fornecida pelas vítimas foi o ponto de partida para o sucesso da Operação Big Mobile. Os 1,5 mil boletins de ocorrência analisados indicaram que os celulares roubados ou furtados frequentemente acabavam em três áreas específicas da capital: República, Glicério e Paraisópolis. Essas regiões, conhecidas pelo comércio intenso e pela presença de estabelecimentos que revendem eletrônicos sem procedência, tornaram-se alvos prioritários das equipes policiais. A ação começou cedo, com os agentes saindo às ruas na manhã de segunda-feira para inspecionar lojas e pontos suspeitos.
O delegado-geral da Polícia Civil, Artur José Dian, destacou a importância da colaboração da população. Ele afirmou que os registros detalhados, especialmente com informações de localização, são essenciais para que as equipes possam agir com precisão. Apesar disso, a falta de mandados para buscas em residências, como no caso do prédio na Rua dos Guaianeses, revelou uma limitação que dificulta o combate aos receptadores em larga escala.
A operação também contou com o apoio de drones, viaturas e até um helicóptero, reforçando a capacidade de monitoramento e resposta rápida. Esse aparato tecnológico, aliado à análise de inteligência, permitiu que a polícia chegasse a locais exatos onde os aparelhos estavam escondidos, embora nem todos tenham sido recuperados devido a barreiras legais.

Desafios no combate ao crime organizado
Enfrentar o mercado ilegal de celulares roubados é uma tarefa complexa que vai além da recuperação dos aparelhos. Artur José Dian explicou que muitos dispositivos são desmontados para revenda de peças ou enviados ao exterior, onde são desbloqueados e reutilizados. Esse comércio internacional dificulta a repressão total ao crime, já que os receptadores operam em redes organizadas que lucram com a alta demanda por eletrônicos de baixo custo. Em São Paulo, o problema é agravado pela ação de falsos motoboys, que têm contribuído para o aumento de latrocínios relacionados ao roubo de celulares na capital.
A quantidade de aparelhos subtraídos impressiona: só em janeiro, foram registrados 22 mil casos no estado, uma média de 30 por hora. Esse número reflete a vulnerabilidade dos cidadãos e a ousadia dos criminosos, que muitas vezes agem em áreas movimentadas e durante eventos de grande público, como o carnaval. Para conter essa onda, a polícia chegou a adotar táticas criativas, como agentes fantasiados de super-heróis infiltrados entre foliões, resultando na prisão de 24 suspeitos e na recuperação de 89 celulares durante os festejos.
A sensação de impotência relatada por vítimas como Davi Helles Cunha Barros, que rastreou seu celular roubado em janeiro sem conseguir recuperá-lo, evidencia os limites da ação policial. Ele descreveu o sentimento de frustração ao cumprir seu papel de cidadão, pagando impostos e registrando o crime, mas ainda assim não ter o problema resolvido.
Histórico da Operação Big Mobile mostra resultados
A Operação Big Mobile não é uma iniciativa isolada, mas parte de um esforço contínuo da Polícia Civil para desmantelar redes de receptação. Em janeiro, as duas primeiras fases da ação já haviam recuperado mais de 16 mil celulares na capital e na Baixada Santista, com 39 pessoas presas em flagrante. Em 2024, o total de aparelhos recuperados ultrapassou 39 mil, dos quais cerca de 36 mil foram devolvidos aos proprietários, um índice significativo que depende da identificação via número IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel).
Agora, com os 10,5 mil aparelhos apreendidos na fase mais recente, as autoridades planejam uma força-tarefa para analisar os dispositivos e contatar as vítimas. Esse processo envolve verificar os IMEIs e cruzar os dados com os boletins de ocorrência, um trabalho minucioso que exige tempo e organização. A expectativa é que boa parte dos celulares retorne aos donos, reduzindo o prejuízo de quem foi alvo dos criminosos.
A escala da operação impressiona: quase 3 mil agentes foram mobilizados em um único dia, com ações coordenadas em todo o estado. Na capital, 476 policiais do Dope se reuniram na Praça da República antes de iniciar as buscas, enquanto 381 atuaram na região metropolitana, demonstrando a amplitude do esforço policial.
Cronologia das ações contra roubo de celulares em 2025
O combate ao roubo e furto de celulares em São Paulo ganhou força neste ano. Veja os principais momentos da Operação Big Mobile e ações relacionadas:
- Janeiro: Primeira e segunda fases recuperam mais de 16 mil celulares na capital e Baixada Santista, com 39 prisões.
- Fevereiro: Durante o carnaval, policiais disfarçados de super-heróis prendem 24 suspeitos e recuperam 89 aparelhos.
- 10 de março: Terceira fase apreende 10,5 mil celulares, com quase 3 mil agentes mobilizados em todo o estado.
Esses marcos mostram a intensificação das estratégias policiais, que combinam tecnologia, inteligência e presença ostensiva nas ruas.
Impacto nas vítimas e na segurança pública
Recuperar 10,5 mil celulares é um marco, mas o impacto vai além dos números. Para as vítimas, como Davi Helles Cunha Barros, a perda de um aparelho vai além do prejuízo financeiro: é uma sensação de vulnerabilidade que persiste mesmo após o registro do crime. Ele rastreou seu celular roubado em janeiro e informou a polícia, mas a falta de acesso a determinados locais impediu a devolução, um problema recorrente apontado pelo delegado Artur Dian.
A ação também tem um efeito preventivo. Ao fechar pontos de receptação e prender suspeitos, a polícia busca sufocar o mercado ilegal, desincentivando novos crimes. Em 2024, mais de 500 celulares foram roubados ou furtados por dia na cidade de São Paulo, um dado alarmante que justifica operações como essa. A presença de quase 3 mil agentes em um único dia reforça a mensagem de que as autoridades estão atentas, embora os desafios legais e logísticos limitem o alcance total.
A estratégia de usar geolocalização e boletins de ocorrência como base para as buscas provou ser eficaz, mas depende da colaboração da população. O delegado-geral reforçou que registrar o crime e informar a última localização do aparelho são passos fundamentais para o sucesso das investigações.
Limitações e próximos passos da polícia
Embora a Operação Big Mobile tenha apreendido milhares de aparelhos, barreiras legais continuam a ser um obstáculo. No prédio da Rua dos Guaianeses, por exemplo, os policiais sabiam onde os celulares estavam, mas não puderam entrar nos apartamentos sem ordens judiciais específicas. Artur Dian admitiu que obter mandados coletivos é mais difícil, especialmente em áreas residenciais densas como o Centro de São Paulo, onde o comércio de peças e aparelhos roubados é intenso.
A exportação de dispositivos para outros países também complica o cenário. Muitos aparelhos são desmontados ou desbloqueados no exterior, alimentando um mercado global que lucra com os crimes cometidos no Brasil. Para combater isso, a polícia planeja intensificar a fiscalização em pontos estratégicos e ampliar a cooperação com outras forças de segurança.
Os próximos passos incluem a análise dos 10,5 mil aparelhos apreendidos, que já foram encaminhados às delegacias para identificação. A expectativa é que as vítimas sejam contatadas em breve, mas o trabalho depende da precisão dos registros feitos anteriormente.
Como as vítimas podem ajudar no combate
Colaborar com a polícia é essencial para o sucesso de operações como a Big Mobile. Quem teve o celular roubado ou furtado pode采取 algumas medidas simples para aumentar as chances de recuperação:
- Registrar um boletim de ocorrência com o máximo de detalhes, incluindo o número IMEI.
- Informar a última localização conhecida do aparelho, se disponível.
- Alterar senhas de aplicativos e contas bancárias imediatamente após o crime.
Essas ações não só facilitam a devolução do aparelho, mas também ajudam a mapear os pontos de receptação, como os identificados em República, Glicério e Paraisópolis.
Esforço contínuo contra a criminalidade
A Operação Big Mobile reforça o compromisso da Polícia Civil em enfrentar um dos crimes mais comuns em São Paulo. Com 22 mil casos registrados só em janeiro, a média de 30 furtos ou roubos por hora exige respostas rápidas e coordenadas. A mobilização de quase 3 mil agentes em um dia demonstra a escala do problema e a determinação das autoridades em reduzi-lo, mesmo com limitações como a falta de mandados específicos.
A recuperação de 10,5 mil aparelhos é um passo significativo, mas o mercado ilegal continua ativo, alimentado pela alta demanda e pela dificuldade de rastrear todos os dispositivos. A experiência de Davi Helles Cunha Barros reflete o sentimento de muitos cidadãos: a frustração de cumprir seu papel sem ver resultados imediatos. Ainda assim, as ações policiais, como as do carnaval e da Big Mobile, mostram que a luta contra os receptadores segue em curso.
Para o futuro, a polícia planeja novas fases da operação, ajustando estratégias para superar os entraves legais e atingir redes criminosas mais amplas. Enquanto isso, os aparelhos apreendidos aguardam análise, e as vítimas esperam pela chance de recuperar o que lhes foi tirado.
