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9 May 2025, Fri

STJD absolve Botafogo e Atlético-MG por tumulto em jogo no Brasileirão 2024

A.RICARDO / Shutterstock.com


A decisão da 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) trouxe alívio para Botafogo e Atlético-MG ao absolver ambos os clubes de punições mais severas relacionadas a uma confusão registrada em novembro de 2024, durante a 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto, disputado na Arena Independência, terminou em um empate sem gols e foi marcado por desentendimentos entre jogadores, membros das delegações e seguranças após o apito final. A partida, que serviu como uma espécie de prévia da final da Libertadores vencida pelo Botafogo dez dias depois, ganhou destaque não apenas pelo equilíbrio em campo, mas também pelos incidentes extracampo que levaram à análise disciplinar. Apesar da absolvição dos clubes, o caso resultou em punições individuais, como a suspensão de Luiz Henrique, ex-atacante do Botafogo, e de Daniel Cruz da Silva, segurança do time carioca.

Ocorrido em Belo Horizonte, o jogo teve momentos de tensão que extrapolaram as quatro linhas. A rivalidade entre as equipes, intensificada pela proximidade da decisão continental, contribuiu para o clima acirrado. O STJD avaliou os episódios sob a ótica do artigo 257 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de “rixa, conflito ou tumulto” e prevê multas de até R$ 20 mil. A absolvição dos clubes, no entanto, não excluiu sanções a indivíduos envolvidos, evidenciando a preocupação do tribunal em punir condutas específicas sem comprometer as instituições.

No embate, que reuniu o líder Botafogo, futuro campeão brasileiro com 79 pontos, e o Atlético-MG, que terminaria o torneio em 12º lugar com 47 pontos, o placar zerado refletiu a cautela tática de ambos os lados. A confusão pós-jogo, no entanto, roubou a cena, com destaque para a expulsão de Luiz Henrique por arremessar uma garrafa em direção aos seguranças e para o envolvimento de membros da delegação carioca em atritos próximos aos vestiários. O desfecho do julgamento, anunciado em março de 2025, colocou um ponto final nas especulações sobre possíveis perdas de mando de campo ou multas mais pesadas.

Confusão na Arena Independência esquenta rivalidade antes da Libertadores

Durante o confronto na Arena Independência, a tensão já era palpável desde os minutos finais. O zagueiro Alexander Barboza, do Botafogo, foi expulso nos acréscimos após receber o segundo cartão amarelo, enquanto Rubens, do Atlético-MG, deixou o campo ainda no primeiro tempo com um vermelho direto por acumular advertências. Esses incidentes em campo serviram como estopim para o que viria depois. Ao fim da partida, a saída para os vestiários foi marcada por empurrões e discussões entre seguranças e membros das delegações, com um auxiliar do então técnico botafoguense Artur Jorge envolvido em um episódio com um jornalista.

A proximidade da final da Libertadores, disputada em 30 de novembro de 2024 no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, adicionou uma camada extra de rivalidade ao jogo. O Botafogo sairia vitorioso naquela decisão continental, conquistando o título inédito contra o mesmo Atlético-MG, o que tornou o empate no Brasileirão um capítulo ainda mais significativo na temporada. A confusão na Arena Independência, amplamente registrada por câmeras e relatada na súmula do árbitro Luiz Flávio de Oliveira, incluiu desde arremessos de objetos até ameaças de seguranças do estádio, que chegaram a cogitar jogar uma grade na delegação carioca.

Julgamento do STJD define punições individuais e livra clubes

Após meses de análise, o STJD tomou uma decisão que privilegiou a responsabilização individual em vez de sanções coletivas. Botafogo e Atlético-MG, inicialmente denunciados por participação em tumulto, escaparam de multas ou perdas de mando de campo. A absolvição foi vista como um reconhecimento de que os clubes não tiveram controle direto sobre as ações isoladas de jogadores e funcionários. O julgamento, realizado em março de 2025, trouxe um desfecho aguardado por torcedores e dirigentes, que temiam impactos maiores nas campanhas futuras das equipes.

Luiz Henrique, então atacante do Botafogo e hoje no Zenit, da Rússia, recebeu uma suspensão de um jogo por arremessar uma garrafa em direção aos seguranças do estádio. A pena, baseada no artigo 258 do CBJD, que pune condutas antidesportivas, já havia sido cumprida automaticamente na rodada seguinte, contra o Vitória. O jogador, que deixou o clube carioca após a temporada vitoriosa de 2024, foi um dos protagonistas do incidente, mas sua punição não gerou reflexos adicionais para o Glorioso.

Outro desdobramento do julgamento envolveu Daniel Cruz da Silva, segurança do Botafogo, suspenso por 30 dias por agressão, enquadrado no artigo 254-A do CBJD. O funcionário foi apontado como um dos responsáveis por escalar a confusão próximo aos vestiários. Já Alexander Barboza e Rubens, expulsos durante o jogo, tiveram suas denúncias arquivadas, ficando livres de punições adicionais. O Atlético-MG, por sua vez, foi multado em R$ 2 mil por atrasar o retorno do intervalo em dois minutos, uma infração considerada menor diante do contexto geral.

Detalhes do jogo que antecedeu o título continental do Botafogo

Realizado em 20 de novembro de 2024, o empate sem gols entre Atlético-MG e Botafogo foi mais do que um simples confronto do Brasileirão. Com portões fechados devido a uma punição anterior do Galo, decorrente de incidentes na final da Copa do Brasil contra o Flamengo, o jogo na Arena Independência teve um clima de decisão. O Botafogo, líder do campeonato com 69 pontos àquela altura, pressionou o adversário, que ficou com um jogador a menos após a expulsão de Rubens aos 36 minutos do primeiro tempo. Apesar da superioridade numérica, o Glorioso não conseguiu furar a defesa adversária, liderada pelo goleiro Everson.

A partida foi marcada por uma série de eventos que testaram a disciplina de ambas as equipes. Além das expulsões de Rubens e Barboza, o jogo registrou cartões amarelos para nomes como Deyverson, Mariano e Igor Rabello, do Atlético-MG, e discussões acaloradas em campo. O árbitro Luiz Flávio de Oliveira, auxiliado pelo VAR comandado por Rodrigo D’Alonso Ferreira, teve trabalho para conter os ânimos. O duelo, embora sem gols, serviu como um aquecimento para a final da Libertadores, onde o Botafogo levaria a melhor com uma atuação histórica na Argentina.

No contexto do campeonato, o resultado manteve o Botafogo na liderança, mas permitiu que o Palmeiras, futuro vice-campeão com 73 pontos, reduzisse a diferença para dois pontos após vencer o Bahia na mesma rodada. O Atlético-MG, por outro lado, viu sua campanha irregular se consolidar, encerrando o ano longe das primeiras posições e com o vice-campeonato continental como principal destaque.

Punições e absolvições: o que aconteceu com os envolvidos

A decisão do STJD trouxe clareza sobre os desdobramentos do tumulto. Enquanto os clubes foram absolvidos da acusação de participação em rixa, as punições individuais refletiram a gravidade de ações específicas. Luiz Henrique, por exemplo, foi julgado por uma infração que poderia render até seis jogos de suspensão, mas a pena de uma partida, já cumprida, foi considerada suficiente diante das circunstâncias. O atacante, que marcou época no Botafogo antes de sua transferência, saiu do incidente sem maiores prejuízos à sua carreira.

Daniel Cruz da Silva, por outro lado, enfrentou uma sanção mais dura. A suspensão de 30 dias, aplicada por agressão física, destacou a postura rígida do tribunal em relação a funcionários que extrapolam suas funções. O segurança foi identificado em imagens como um dos principais envolvidos no confronto com seguranças do estádio, o que agravou sua situação. Já as absolvições de Alexander Barboza e Rubens reforçaram a ideia de que as expulsões em campo, embora tenham contribuído para o clima tenso, não justificaram punições além do jogo em si.

O Atlético-MG, apesar de escapar de sanções mais graves, não saiu ileso. A multa de R$ 2 mil por atraso no segundo tempo foi registrada na súmula como uma falha administrativa, resultado da demora da equipe em retornar ao gramado. Esses detalhes, embora menores, mostram como o STJD buscou equilibrar a aplicação de penalidades sem comprometer o andamento das competições.

Cronologia dos eventos: do jogo ao julgamento

Para entender o caso, é importante acompanhar a sequência dos acontecimentos que culminaram na decisão do STJD. Confira os principais momentos:

  • 20 de novembro de 2024: Atlético-MG e Botafogo empatam em 0 a 0 na Arena Independência, pela 35ª rodada do Brasileirão. Expulsões de Rubens e Barboza marcam o jogo, seguido por confusão na saída de campo.
  • 30 de novembro de 2024: Botafogo derrota o Atlético-MG na final da Libertadores, em Buenos Aires, conquistando o título inédito.
  • 25 de novembro de 2024: Procuradoria do STJD denuncia os clubes e indivíduos envolvidos no tumulto, com base em súmula e imagens.
  • 10 de março de 2025: 1ª Comissão Disciplinar absolve os clubes, pune Luiz Henrique com um jogo (já cumprido), suspende Daniel Cruz por 30 dias e arquiva denúncias contra Barboza e Rubens.

Esse calendário reflete a rapidez com que o caso foi analisado, especialmente considerando a relevância das equipes e a proximidade do fim da temporada.

Impactos do tumulto na temporada de Botafogo e Atlético-MG

Mesmo com a absolvição, o incidente deixou marcas na temporada das duas equipes. O Botafogo, que já liderava o Brasileirão, consolidou sua supremacia ao conquistar o título nacional com 79 pontos, seis a mais que o Palmeiras. O empate contra o Atlético-MG, embora sem gols, foi um teste de resiliência para o time de Artur Jorge, que soube administrar a pressão extracampo para brilhar na Libertadores. A confusão, portanto, acabou sendo apenas um capítulo secundário em uma campanha histórica.

Para o Atlético-MG, o confronto reforçou os desafios de uma temporada irregular. O 12º lugar no Brasileirão, com 47 pontos, contrastou com o vice-campeonato continental, evidenciando a dificuldade do time de Gabriel Milito em manter consistência. A multa de R$ 2 mil, embora simbólica, somou-se a outras punições enfrentadas pelo clube ao longo do ano, como a interdição da Arena MRV após incidentes na Copa do Brasil.

Principais envolvidos no caso e suas punições

A clareza sobre quem foi afetado pelo julgamento ajuda a dimensionar o caso. Veja os destaques:

  • Luiz Henrique (Botafogo): Suspenso por um jogo por arremessar uma garrafa; pena já cumprida.
  • Daniel Cruz da Silva (segurança do Botafogo): Suspenso por 30 dias por agressão.
  • Alexander Barboza (Botafogo) e Rubens (Atlético-MG): Absolvidos de punições adicionais após expulsões.
  • Atlético-MG: Multado em R$ 2 mil por atraso no retorno do intervalo.

Essas medidas mostram o esforço do STJD em punir condutas específicas sem ampliar o impacto para os clubes.

A decisão da 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) trouxe alívio para Botafogo e Atlético-MG ao absolver ambos os clubes de punições mais severas relacionadas a uma confusão registrada em novembro de 2024, durante a 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto, disputado na Arena Independência, terminou em um empate sem gols e foi marcado por desentendimentos entre jogadores, membros das delegações e seguranças após o apito final. A partida, que serviu como uma espécie de prévia da final da Libertadores vencida pelo Botafogo dez dias depois, ganhou destaque não apenas pelo equilíbrio em campo, mas também pelos incidentes extracampo que levaram à análise disciplinar. Apesar da absolvição dos clubes, o caso resultou em punições individuais, como a suspensão de Luiz Henrique, ex-atacante do Botafogo, e de Daniel Cruz da Silva, segurança do time carioca.

Ocorrido em Belo Horizonte, o jogo teve momentos de tensão que extrapolaram as quatro linhas. A rivalidade entre as equipes, intensificada pela proximidade da decisão continental, contribuiu para o clima acirrado. O STJD avaliou os episódios sob a ótica do artigo 257 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de “rixa, conflito ou tumulto” e prevê multas de até R$ 20 mil. A absolvição dos clubes, no entanto, não excluiu sanções a indivíduos envolvidos, evidenciando a preocupação do tribunal em punir condutas específicas sem comprometer as instituições.

No embate, que reuniu o líder Botafogo, futuro campeão brasileiro com 79 pontos, e o Atlético-MG, que terminaria o torneio em 12º lugar com 47 pontos, o placar zerado refletiu a cautela tática de ambos os lados. A confusão pós-jogo, no entanto, roubou a cena, com destaque para a expulsão de Luiz Henrique por arremessar uma garrafa em direção aos seguranças e para o envolvimento de membros da delegação carioca em atritos próximos aos vestiários. O desfecho do julgamento, anunciado em março de 2025, colocou um ponto final nas especulações sobre possíveis perdas de mando de campo ou multas mais pesadas.

Confusão na Arena Independência esquenta rivalidade antes da Libertadores

Durante o confronto na Arena Independência, a tensão já era palpável desde os minutos finais. O zagueiro Alexander Barboza, do Botafogo, foi expulso nos acréscimos após receber o segundo cartão amarelo, enquanto Rubens, do Atlético-MG, deixou o campo ainda no primeiro tempo com um vermelho direto por acumular advertências. Esses incidentes em campo serviram como estopim para o que viria depois. Ao fim da partida, a saída para os vestiários foi marcada por empurrões e discussões entre seguranças e membros das delegações, com um auxiliar do então técnico botafoguense Artur Jorge envolvido em um episódio com um jornalista.

A proximidade da final da Libertadores, disputada em 30 de novembro de 2024 no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, adicionou uma camada extra de rivalidade ao jogo. O Botafogo sairia vitorioso naquela decisão continental, conquistando o título inédito contra o mesmo Atlético-MG, o que tornou o empate no Brasileirão um capítulo ainda mais significativo na temporada. A confusão na Arena Independência, amplamente registrada por câmeras e relatada na súmula do árbitro Luiz Flávio de Oliveira, incluiu desde arremessos de objetos até ameaças de seguranças do estádio, que chegaram a cogitar jogar uma grade na delegação carioca.

Julgamento do STJD define punições individuais e livra clubes

Após meses de análise, o STJD tomou uma decisão que privilegiou a responsabilização individual em vez de sanções coletivas. Botafogo e Atlético-MG, inicialmente denunciados por participação em tumulto, escaparam de multas ou perdas de mando de campo. A absolvição foi vista como um reconhecimento de que os clubes não tiveram controle direto sobre as ações isoladas de jogadores e funcionários. O julgamento, realizado em março de 2025, trouxe um desfecho aguardado por torcedores e dirigentes, que temiam impactos maiores nas campanhas futuras das equipes.

Luiz Henrique, então atacante do Botafogo e hoje no Zenit, da Rússia, recebeu uma suspensão de um jogo por arremessar uma garrafa em direção aos seguranças do estádio. A pena, baseada no artigo 258 do CBJD, que pune condutas antidesportivas, já havia sido cumprida automaticamente na rodada seguinte, contra o Vitória. O jogador, que deixou o clube carioca após a temporada vitoriosa de 2024, foi um dos protagonistas do incidente, mas sua punição não gerou reflexos adicionais para o Glorioso.

Outro desdobramento do julgamento envolveu Daniel Cruz da Silva, segurança do Botafogo, suspenso por 30 dias por agressão, enquadrado no artigo 254-A do CBJD. O funcionário foi apontado como um dos responsáveis por escalar a confusão próximo aos vestiários. Já Alexander Barboza e Rubens, expulsos durante o jogo, tiveram suas denúncias arquivadas, ficando livres de punições adicionais. O Atlético-MG, por sua vez, foi multado em R$ 2 mil por atrasar o retorno do intervalo em dois minutos, uma infração considerada menor diante do contexto geral.

Detalhes do jogo que antecedeu o título continental do Botafogo

Realizado em 20 de novembro de 2024, o empate sem gols entre Atlético-MG e Botafogo foi mais do que um simples confronto do Brasileirão. Com portões fechados devido a uma punição anterior do Galo, decorrente de incidentes na final da Copa do Brasil contra o Flamengo, o jogo na Arena Independência teve um clima de decisão. O Botafogo, líder do campeonato com 69 pontos àquela altura, pressionou o adversário, que ficou com um jogador a menos após a expulsão de Rubens aos 36 minutos do primeiro tempo. Apesar da superioridade numérica, o Glorioso não conseguiu furar a defesa adversária, liderada pelo goleiro Everson.

A partida foi marcada por uma série de eventos que testaram a disciplina de ambas as equipes. Além das expulsões de Rubens e Barboza, o jogo registrou cartões amarelos para nomes como Deyverson, Mariano e Igor Rabello, do Atlético-MG, e discussões acaloradas em campo. O árbitro Luiz Flávio de Oliveira, auxiliado pelo VAR comandado por Rodrigo D’Alonso Ferreira, teve trabalho para conter os ânimos. O duelo, embora sem gols, serviu como um aquecimento para a final da Libertadores, onde o Botafogo levaria a melhor com uma atuação histórica na Argentina.

No contexto do campeonato, o resultado manteve o Botafogo na liderança, mas permitiu que o Palmeiras, futuro vice-campeão com 73 pontos, reduzisse a diferença para dois pontos após vencer o Bahia na mesma rodada. O Atlético-MG, por outro lado, viu sua campanha irregular se consolidar, encerrando o ano longe das primeiras posições e com o vice-campeonato continental como principal destaque.

Punições e absolvições: o que aconteceu com os envolvidos

A decisão do STJD trouxe clareza sobre os desdobramentos do tumulto. Enquanto os clubes foram absolvidos da acusação de participação em rixa, as punições individuais refletiram a gravidade de ações específicas. Luiz Henrique, por exemplo, foi julgado por uma infração que poderia render até seis jogos de suspensão, mas a pena de uma partida, já cumprida, foi considerada suficiente diante das circunstâncias. O atacante, que marcou época no Botafogo antes de sua transferência, saiu do incidente sem maiores prejuízos à sua carreira.

Daniel Cruz da Silva, por outro lado, enfrentou uma sanção mais dura. A suspensão de 30 dias, aplicada por agressão física, destacou a postura rígida do tribunal em relação a funcionários que extrapolam suas funções. O segurança foi identificado em imagens como um dos principais envolvidos no confronto com seguranças do estádio, o que agravou sua situação. Já as absolvições de Alexander Barboza e Rubens reforçaram a ideia de que as expulsões em campo, embora tenham contribuído para o clima tenso, não justificaram punições além do jogo em si.

O Atlético-MG, apesar de escapar de sanções mais graves, não saiu ileso. A multa de R$ 2 mil por atraso no segundo tempo foi registrada na súmula como uma falha administrativa, resultado da demora da equipe em retornar ao gramado. Esses detalhes, embora menores, mostram como o STJD buscou equilibrar a aplicação de penalidades sem comprometer o andamento das competições.

Cronologia dos eventos: do jogo ao julgamento

Para entender o caso, é importante acompanhar a sequência dos acontecimentos que culminaram na decisão do STJD. Confira os principais momentos:

  • 20 de novembro de 2024: Atlético-MG e Botafogo empatam em 0 a 0 na Arena Independência, pela 35ª rodada do Brasileirão. Expulsões de Rubens e Barboza marcam o jogo, seguido por confusão na saída de campo.
  • 30 de novembro de 2024: Botafogo derrota o Atlético-MG na final da Libertadores, em Buenos Aires, conquistando o título inédito.
  • 25 de novembro de 2024: Procuradoria do STJD denuncia os clubes e indivíduos envolvidos no tumulto, com base em súmula e imagens.
  • 10 de março de 2025: 1ª Comissão Disciplinar absolve os clubes, pune Luiz Henrique com um jogo (já cumprido), suspende Daniel Cruz por 30 dias e arquiva denúncias contra Barboza e Rubens.

Esse calendário reflete a rapidez com que o caso foi analisado, especialmente considerando a relevância das equipes e a proximidade do fim da temporada.

Impactos do tumulto na temporada de Botafogo e Atlético-MG

Mesmo com a absolvição, o incidente deixou marcas na temporada das duas equipes. O Botafogo, que já liderava o Brasileirão, consolidou sua supremacia ao conquistar o título nacional com 79 pontos, seis a mais que o Palmeiras. O empate contra o Atlético-MG, embora sem gols, foi um teste de resiliência para o time de Artur Jorge, que soube administrar a pressão extracampo para brilhar na Libertadores. A confusão, portanto, acabou sendo apenas um capítulo secundário em uma campanha histórica.

Para o Atlético-MG, o confronto reforçou os desafios de uma temporada irregular. O 12º lugar no Brasileirão, com 47 pontos, contrastou com o vice-campeonato continental, evidenciando a dificuldade do time de Gabriel Milito em manter consistência. A multa de R$ 2 mil, embora simbólica, somou-se a outras punições enfrentadas pelo clube ao longo do ano, como a interdição da Arena MRV após incidentes na Copa do Brasil.

Principais envolvidos no caso e suas punições

A clareza sobre quem foi afetado pelo julgamento ajuda a dimensionar o caso. Veja os destaques:

  • Luiz Henrique (Botafogo): Suspenso por um jogo por arremessar uma garrafa; pena já cumprida.
  • Daniel Cruz da Silva (segurança do Botafogo): Suspenso por 30 dias por agressão.
  • Alexander Barboza (Botafogo) e Rubens (Atlético-MG): Absolvidos de punições adicionais após expulsões.
  • Atlético-MG: Multado em R$ 2 mil por atraso no retorno do intervalo.

Essas medidas mostram o esforço do STJD em punir condutas específicas sem ampliar o impacto para os clubes.

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