A polêmica envolvendo os gramados sintéticos no futebol brasileiro alcançou um novo patamar em março de 2025, quando Leila Pereira, presidente do Palmeiras, fez declarações contundentes contra um movimento liderado por jogadores renomados. No último mês, um manifesto coletivo pedindo o fim desse tipo de superfície no país foi compartilhado por nomes como Neymar, Thiago Silva, Philippe Coutinho, Bruno Henrique e Gabigol, entre outros. Após uma reunião do Conselho Técnico da CBF no dia 12, no Rio de Janeiro, a dirigente rebateu as críticas, afirmando que os atletas que reclamam são, em sua maioria, mais velhos e preocupados em prolongar suas carreiras.
O manifesto, que rapidamente ganhou tração nas redes sociais, reacendeu o debate sobre a qualidade dos campos no Brasil, colocando em lados opostos jogadores e alguns dos principais clubes da Série A, como Palmeiras, Botafogo e Athletico-PR, que utilizam gramados artificiais. Leila Pereira não mediu palavras ao defender o Allianz Parque, destacando que a realidade brasileira não permite comparações com os padrões europeus e que os sintéticos de alta qualidade superam muitos gramados naturais em condições precárias pelo país.
Durante o encontro na CBF, a entidade apresentou um estudo preliminar sobre os impactos dos diferentes tipos de superfície, mas optou por não votar o veto ao sintético. Em vez disso, foi criado um grupo de trabalho para aprofundar a análise ao longo de 2025, sinalizando que qualquer decisão ficará para o futuro. Enquanto isso, as declarações da presidente palmeirense jogaram lenha na fogueira, expondo tensões entre dirigentes e atletas em um momento crucial para o futebol nacional.
Leila Pereira responde jogadores que pedem fim do gramado sintético: “Já deveriam ter parado de jogar”https://t.co/IxOuiG8xUw pic.twitter.com/aizWzC2arD
— Cahê Mota (@cahemota) March 12, 2025
Declarações de Leila Pereira inflamam o debate
Ao sair da reunião no Rio de Janeiro, Leila Pereira foi direta ao abordar o manifesto dos jogadores. Ela afirmou que as reclamações partem principalmente de atletas mais velhos, que, segundo ela, buscam justificativas para prolongar suas carreiras em vez de aceitar o desgaste natural da profissão. A dirigente destacou que o Palmeiras investiu pesado no gramado sintético do Allianz Parque, instalado em 2020, e que ele atende aos padrões internacionais, sendo uma solução viável diante das dificuldades climáticas e financeiras do Brasil.
A presidente também questionou a ausência de comprovação científica nas críticas dos jogadores, desafiando-os a permanecer na Europa, onde os gramados naturais são de qualidade superior, se o problema fosse apenas o sintético. Suas falas foram interpretadas como uma resposta direta a nomes como Neymar, de 33 anos, e Thiago Silva, de 40, que encabeçaram o movimento. A CBF, por meio do médico Jorge Pagura, reforçou a posição de Leila ao apresentar dados iniciais que não indicam maior incidência de lesões em campos artificiais.
O tom incisivo da dirigente contrastou com a cautela da CBF, que evitou decisões imediatas. O estudo apresentado por Pagura analisou jogos do Brasileirão 2024, mas ainda carece de conclusões definitivas, o que mantém o embate entre jogadores e clubes em aberto.
Manifesto dos jogadores ganha força e adeptos
O movimento contra os gramados sintéticos começou em fevereiro de 2025, quando um grupo de jogadores publicou um manifesto conjunto nas redes sociais. Neymar, atualmente no Al-Hilal, da Arábia Saudita, foi um dos primeiros a compartilhar o texto, seguido por Thiago Silva, do Chelsea, e Philippe Coutinho, que joga no Vasco. No Brasil, Bruno Henrique e Gabigol, ambos do Flamengo, engrossaram o coro, ampliando a visibilidade da campanha, que também contou com apoio de outros atletas da Série A e de divisões inferiores.
O texto apontava o aumento do risco de lesões musculares e articulares como principal problema dos sintéticos, além de citar o desconforto em jogos de alta temperatura, comum no Brasil. A iniciativa repercutiu entre torcedores e reacendeu discussões sobre a segurança no futebol, especialmente após contusões de destaque em 2024, como a lesão de Neymar em um amistoso disputado em campo artificial. Apesar da ausência de dados científicos no manifesto, a força dos nomes envolvidos pressionou a CBF a abordar o tema com urgência.
Resposta do Palmeiras e apoio de outros clubes
Leila Pereira não foi a única a se posicionar contra o manifesto. O Palmeiras, que trocou o gramado natural pelo sintético em 2020, viu no movimento uma crítica direta ao Allianz Parque, palco de conquistas como o Brasileirão 2022 e a Libertadores 2021. O clube já havia enfrentado reclamações de adversários sobre o campo, mas sempre defendeu sua escolha com base em estudos internos que mostram manutenção mais barata e maior resistência a eventos multiuso.
Outros times com gramados artificiais, como Botafogo e Athletico-PR, também reagiram. O Botafogo, campeão brasileiro em 2023 com 100% de aproveitamento em casa no primeiro turno, destacou a adaptação dos jogadores ao Nilton Santos. Já o Athletico-PR, pioneiro no uso do sintético desde 2016, lembrou que seu desempenho na Ligga Arena foi decisivo para títulos como a Sul-Americana de 2018. Esses clubes formam um bloco alinhado à visão de Leila, que vê no manifesto uma resistência injustificada à modernização.
Por outro lado, equipes como Fluminense e São Paulo apoiaram os jogadores. O presidente tricolor, Mário Bittencourt, já criticou o sintético em 2024, enquanto Julio Casares, do São Paulo, usou a reunião da CBF para pedir mais estudos, alinhando-se ao movimento. A divisão entre os clubes reflete interesses distintos, mas também rivalidades históricas, como a entre Palmeiras e São Paulo.
Estudo da CBF e os números em jogo
A CBF entrou no debate com um levantamento preliminar conduzido ao longo do Brasileirão 2024. Jorge Pagura apresentou dados que analisaram mais de mil horas de jogo, comparando lesões em gramados sintéticos e naturais. Os resultados iniciais indicam que não há diferença significativa no número ou na gravidade dos traumas entre os dois tipos de superfície, desafiando as alegações dos jogadores.
Entre os pontos levantados, destacam-se:
- Lesões musculares foram mais frequentes em gramados naturais mal conservados, como os do Maracanã em 2023.
- Traumas em joelhos e tornozelos apareceram em proporções semelhantes em ambas as superfícies.
- Campos sintéticos representaram cerca de 15% dos jogos da Série A em 2024.
A entidade planeja expandir a pesquisa com a ajuda de uma consultoria internacional e relatos médicos dos clubes, com resultados finais previstos para dezembro de 2025.
Cronograma da CBF para o tema dos gramados
A CBF definiu um calendário para tratar da questão ao longo de 2025, buscando uma solução equilibrada. Confira as etapas principais:
- Março de 2025: Reunião inicial apresenta estudo preliminar e cria comissão de análise.
- Junho de 2025: Reunião com médicos dos clubes e início de parceria internacional.
- Dezembro de 2025: Relatório final com dados consolidados do Brasileirão 2024.
- Março de 2026: Discussão final para possíveis mudanças no regulamento.
Esse cronograma mostra a intenção da CBF de evitar decisões precipitadas, mas também adia qualquer resolução prática.
Repercussão entre jogadores e torcedores
As declarações de Leila Pereira geraram reações imediatas entre os atletas citados no manifesto. Neymar, Thiago Silva e Gabigol evitaram responder diretamente, mas postaram mensagens nas redes sociais reforçando a campanha. Coutinho, por sua vez, destacou a importância de proteger a saúde dos jogadores, enquanto Bruno Henrique lembrou que a discussão vai além da idade, atingindo também os mais jovens. A torcida se dividiu: palmeirenses apoiaram a presidente, enquanto flamenguistas e tricolores criticaram o tom das falas.
A ausência de consenso mantém o tema quente. Enquanto os jogadores pressionam por mudanças, a CBF e clubes como o Palmeiras defendem uma abordagem técnica, baseada em dados. O embate expõe não apenas questões esportivas, mas também as diferenças entre o futebol brasileiro e os padrões globais.
Caminho à frente no futebol brasileiro
O futuro dos gramados sintéticos no Brasil dependerá do relatório final da CBF, mas o posicionamento de Leila Pereira já marca o debate. Sua crítica aos jogadores mais velhos, como Neymar e Thiago Silva, reforça a visão de que o problema não está no tipo de gramado, mas na adaptação dos atletas e na qualidade geral dos campos no país. A dirigente insiste que os sintéticos de ponta, como o do Allianz Parque, são uma solução prática frente aos desafios locais.
Enquanto isso, a comissão criada pela CBF, formada por clubes como Fluminense e Internacional, terá a missão de equilibrar os interesses. A expectativa é que o estudo de 2025 traga clareza, mas até lá, a troca de farpas entre jogadores e dirigentes, liderada por Leila Pereira, deve continuar alimentando a polêmica no futebol brasileiro.

A polêmica envolvendo os gramados sintéticos no futebol brasileiro alcançou um novo patamar em março de 2025, quando Leila Pereira, presidente do Palmeiras, fez declarações contundentes contra um movimento liderado por jogadores renomados. No último mês, um manifesto coletivo pedindo o fim desse tipo de superfície no país foi compartilhado por nomes como Neymar, Thiago Silva, Philippe Coutinho, Bruno Henrique e Gabigol, entre outros. Após uma reunião do Conselho Técnico da CBF no dia 12, no Rio de Janeiro, a dirigente rebateu as críticas, afirmando que os atletas que reclamam são, em sua maioria, mais velhos e preocupados em prolongar suas carreiras.
O manifesto, que rapidamente ganhou tração nas redes sociais, reacendeu o debate sobre a qualidade dos campos no Brasil, colocando em lados opostos jogadores e alguns dos principais clubes da Série A, como Palmeiras, Botafogo e Athletico-PR, que utilizam gramados artificiais. Leila Pereira não mediu palavras ao defender o Allianz Parque, destacando que a realidade brasileira não permite comparações com os padrões europeus e que os sintéticos de alta qualidade superam muitos gramados naturais em condições precárias pelo país.
Durante o encontro na CBF, a entidade apresentou um estudo preliminar sobre os impactos dos diferentes tipos de superfície, mas optou por não votar o veto ao sintético. Em vez disso, foi criado um grupo de trabalho para aprofundar a análise ao longo de 2025, sinalizando que qualquer decisão ficará para o futuro. Enquanto isso, as declarações da presidente palmeirense jogaram lenha na fogueira, expondo tensões entre dirigentes e atletas em um momento crucial para o futebol nacional.
Leila Pereira responde jogadores que pedem fim do gramado sintético: “Já deveriam ter parado de jogar”https://t.co/IxOuiG8xUw pic.twitter.com/aizWzC2arD
— Cahê Mota (@cahemota) March 12, 2025
Declarações de Leila Pereira inflamam o debate
Ao sair da reunião no Rio de Janeiro, Leila Pereira foi direta ao abordar o manifesto dos jogadores. Ela afirmou que as reclamações partem principalmente de atletas mais velhos, que, segundo ela, buscam justificativas para prolongar suas carreiras em vez de aceitar o desgaste natural da profissão. A dirigente destacou que o Palmeiras investiu pesado no gramado sintético do Allianz Parque, instalado em 2020, e que ele atende aos padrões internacionais, sendo uma solução viável diante das dificuldades climáticas e financeiras do Brasil.
A presidente também questionou a ausência de comprovação científica nas críticas dos jogadores, desafiando-os a permanecer na Europa, onde os gramados naturais são de qualidade superior, se o problema fosse apenas o sintético. Suas falas foram interpretadas como uma resposta direta a nomes como Neymar, de 33 anos, e Thiago Silva, de 40, que encabeçaram o movimento. A CBF, por meio do médico Jorge Pagura, reforçou a posição de Leila ao apresentar dados iniciais que não indicam maior incidência de lesões em campos artificiais.
O tom incisivo da dirigente contrastou com a cautela da CBF, que evitou decisões imediatas. O estudo apresentado por Pagura analisou jogos do Brasileirão 2024, mas ainda carece de conclusões definitivas, o que mantém o embate entre jogadores e clubes em aberto.
Manifesto dos jogadores ganha força e adeptos
O movimento contra os gramados sintéticos começou em fevereiro de 2025, quando um grupo de jogadores publicou um manifesto conjunto nas redes sociais. Neymar, atualmente no Al-Hilal, da Arábia Saudita, foi um dos primeiros a compartilhar o texto, seguido por Thiago Silva, do Chelsea, e Philippe Coutinho, que joga no Vasco. No Brasil, Bruno Henrique e Gabigol, ambos do Flamengo, engrossaram o coro, ampliando a visibilidade da campanha, que também contou com apoio de outros atletas da Série A e de divisões inferiores.
O texto apontava o aumento do risco de lesões musculares e articulares como principal problema dos sintéticos, além de citar o desconforto em jogos de alta temperatura, comum no Brasil. A iniciativa repercutiu entre torcedores e reacendeu discussões sobre a segurança no futebol, especialmente após contusões de destaque em 2024, como a lesão de Neymar em um amistoso disputado em campo artificial. Apesar da ausência de dados científicos no manifesto, a força dos nomes envolvidos pressionou a CBF a abordar o tema com urgência.
Resposta do Palmeiras e apoio de outros clubes
Leila Pereira não foi a única a se posicionar contra o manifesto. O Palmeiras, que trocou o gramado natural pelo sintético em 2020, viu no movimento uma crítica direta ao Allianz Parque, palco de conquistas como o Brasileirão 2022 e a Libertadores 2021. O clube já havia enfrentado reclamações de adversários sobre o campo, mas sempre defendeu sua escolha com base em estudos internos que mostram manutenção mais barata e maior resistência a eventos multiuso.
Outros times com gramados artificiais, como Botafogo e Athletico-PR, também reagiram. O Botafogo, campeão brasileiro em 2023 com 100% de aproveitamento em casa no primeiro turno, destacou a adaptação dos jogadores ao Nilton Santos. Já o Athletico-PR, pioneiro no uso do sintético desde 2016, lembrou que seu desempenho na Ligga Arena foi decisivo para títulos como a Sul-Americana de 2018. Esses clubes formam um bloco alinhado à visão de Leila, que vê no manifesto uma resistência injustificada à modernização.
Por outro lado, equipes como Fluminense e São Paulo apoiaram os jogadores. O presidente tricolor, Mário Bittencourt, já criticou o sintético em 2024, enquanto Julio Casares, do São Paulo, usou a reunião da CBF para pedir mais estudos, alinhando-se ao movimento. A divisão entre os clubes reflete interesses distintos, mas também rivalidades históricas, como a entre Palmeiras e São Paulo.
Estudo da CBF e os números em jogo
A CBF entrou no debate com um levantamento preliminar conduzido ao longo do Brasileirão 2024. Jorge Pagura apresentou dados que analisaram mais de mil horas de jogo, comparando lesões em gramados sintéticos e naturais. Os resultados iniciais indicam que não há diferença significativa no número ou na gravidade dos traumas entre os dois tipos de superfície, desafiando as alegações dos jogadores.
Entre os pontos levantados, destacam-se:
- Lesões musculares foram mais frequentes em gramados naturais mal conservados, como os do Maracanã em 2023.
- Traumas em joelhos e tornozelos apareceram em proporções semelhantes em ambas as superfícies.
- Campos sintéticos representaram cerca de 15% dos jogos da Série A em 2024.
A entidade planeja expandir a pesquisa com a ajuda de uma consultoria internacional e relatos médicos dos clubes, com resultados finais previstos para dezembro de 2025.
Cronograma da CBF para o tema dos gramados
A CBF definiu um calendário para tratar da questão ao longo de 2025, buscando uma solução equilibrada. Confira as etapas principais:
- Março de 2025: Reunião inicial apresenta estudo preliminar e cria comissão de análise.
- Junho de 2025: Reunião com médicos dos clubes e início de parceria internacional.
- Dezembro de 2025: Relatório final com dados consolidados do Brasileirão 2024.
- Março de 2026: Discussão final para possíveis mudanças no regulamento.
Esse cronograma mostra a intenção da CBF de evitar decisões precipitadas, mas também adia qualquer resolução prática.
Repercussão entre jogadores e torcedores
As declarações de Leila Pereira geraram reações imediatas entre os atletas citados no manifesto. Neymar, Thiago Silva e Gabigol evitaram responder diretamente, mas postaram mensagens nas redes sociais reforçando a campanha. Coutinho, por sua vez, destacou a importância de proteger a saúde dos jogadores, enquanto Bruno Henrique lembrou que a discussão vai além da idade, atingindo também os mais jovens. A torcida se dividiu: palmeirenses apoiaram a presidente, enquanto flamenguistas e tricolores criticaram o tom das falas.
A ausência de consenso mantém o tema quente. Enquanto os jogadores pressionam por mudanças, a CBF e clubes como o Palmeiras defendem uma abordagem técnica, baseada em dados. O embate expõe não apenas questões esportivas, mas também as diferenças entre o futebol brasileiro e os padrões globais.
Caminho à frente no futebol brasileiro
O futuro dos gramados sintéticos no Brasil dependerá do relatório final da CBF, mas o posicionamento de Leila Pereira já marca o debate. Sua crítica aos jogadores mais velhos, como Neymar e Thiago Silva, reforça a visão de que o problema não está no tipo de gramado, mas na adaptação dos atletas e na qualidade geral dos campos no país. A dirigente insiste que os sintéticos de ponta, como o do Allianz Parque, são uma solução prática frente aos desafios locais.
Enquanto isso, a comissão criada pela CBF, formada por clubes como Fluminense e Internacional, terá a missão de equilibrar os interesses. A expectativa é que o estudo de 2025 traga clareza, mas até lá, a troca de farpas entre jogadores e dirigentes, liderada por Leila Pereira, deve continuar alimentando a polêmica no futebol brasileiro.
