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25 Mar 2025, Tue

Fernanda Montenegro anuncia aposentadoria após 80 anos de carreira dedicada à arte

Fernanda Montenegro


Aos 95 anos, Fernanda Montenegro, ícone absoluto da dramaturgia brasileira, anunciou sua aposentadoria das artes em uma entrevista ao Canal Brasil, realizada na pré-estreia do filme “Vitória”, na quarta-feira, 12 de março de 2025. Com quase oito décadas de trajetória, a atriz encerra uma carreira marcada por papéis memoráveis, prêmios internacionais e um legado que transcende gerações. Seu último trabalho, a comédia “Velhos bandidos”, dirigida por seu filho Cláudio Torres, será lançado ainda este ano, fechando um ciclo que começou em 1945, quando ela tinha apenas 15 anos. A decisão, segundo a própria artista, foi guiada pelo acaso, mas carrega um simbolismo especial por envolver projetos ao lado de familiares.

Celebrada como a “grande dama” do teatro, cinema e televisão brasileiros, Fernanda deixa uma marca indelével na cultura nacional e internacional. Durante a entrevista, ela destacou a coincidência de seus últimos trabalhos serem dirigidos por seu genro, Andrucha Waddington, em “Vitória”, e por seu filho em “Velhos bandidos”. A atriz também aproveitou o momento para enaltecer o sucesso de sua filha, Fernanda Torres, que recentemente conquistou o Globo de Ouro de Melhor Atriz e o Oscar de Melhor Filme Internacional com “Ainda estou aqui”, um marco histórico para o cinema brasileiro.

Com uma trajetória que abrange mais de 70 anos de atuações no palco, nas telas e até no rádio, Fernanda Montenegro se despede em um momento de reconhecimento global. Sua carreira, que começou na adolescência, atravessou diferentes eras da dramaturgia, consolidando-a como referência mundial. A aposentadoria, anunciada de forma serena, reflete o desejo de encerrar sua jornada artística em projetos que unem laços familiares e profissionais, um desfecho que ela descreveu como um presente do acaso.

Inicio de uma lenda nos palcos e na TV

Fernanda Montenegro deu os primeiros passos na arte em 1945, aos 15 anos, quando integrou o elenco da peça “Nuestra Natacha”, ainda como Arlette Pinheiro Esteves da Silva, seu nome de batismo. Nascida em 16 de outubro de 1929, no Rio de Janeiro, ela começou sua trajetória no rádio, como locutora e radioatriz na Rádio MEC, antes de migrar para o teatro. Em 1950, ao lado de seu marido, Fernando Torres, com quem foi casada por 56 anos, estreou profissionalmente no palco com “Alegres canções nas montanhas”. Esse foi o pontapé inicial de uma carreira que logo a levaria à televisão, onde se tornou a primeira contratada da TV Tupi, em 1951, participando de cerca de 80 teleteatros.

A transição para a TV marcou o início de sua consolidação como uma das maiores artistas do Brasil. Na década de 1950, Fernanda já era reconhecida por sua versatilidade, atuando em peças clássicas e programas policiais. Sua estreia em telenovelas veio em 1954, com “A muralha”, na TV Record, mas foi na Globo, a partir de 1981, que ela alcançaria o grande público com papéis icônicos como Charlô, em “Guerra dos sexos” (1983), e Bia Falcão, em “Belíssima” (2005). Sua presença na televisão brasileira trouxe à tona discussões sociais, como o beijo entre duas idosas em “Babilônia” (2015), desafiando preconceitos e tabus.

Anos de dedicação renderam a Fernanda um lugar único na história da dramaturgia. Em 1998, sua atuação como Dora em “Central do Brasil” a levou a ser a primeira brasileira e latino-americana indicada ao Oscar de Melhor Atriz, um feito que, embora não tenha resultado em vitória, colocou o Brasil no mapa do cinema mundial. O papel também lhe valeu o Urso de Prata no Festival de Berlim e o prêmio do National Board of Review, consolidando seu prestígio internacional.

Conquistas que atravessaram fronteiras

A carreira de Fernanda Montenegro é um marco não apenas pela longevidade, mas pelos feitos históricos que acumula. Em 2013, ela se tornou a primeira brasileira a vencer o Emmy Internacional de Melhor Atriz, por seu papel como Dona Picucha na minissérie “Doce de mãe”. O reconhecimento veio após uma trajetória repleta de prêmios nacionais, como cinco Molières e três troféus do Prêmio Governador do Estado de São Paulo, além de condecorações como a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, recebida em 1999 do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Além do Emmy, Fernanda brilhou em produções que ecoaram além das fronteiras brasileiras. Sua participação em “O amor nos tempos do cólera” (2007), adaptação do romance de Gabriel García Márquez, ao lado de Javier Bardem, mostrou sua capacidade de se destacar em Hollywood sem abandonar suas raízes. Mais recentemente, em 2024, ela integrou o elenco de “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles, que conquistou o primeiro Oscar de Melhor Filme Internacional para o Brasil, um momento de glória compartilhado com sua filha, Fernanda Torres, premiada no Globo de Ouro pelo mesmo filme.

Reconhecida por sua versatilidade, Fernanda também deixou sua marca no teatro. Durante o regime militar, nos anos 1960 e 1970, ela integrou o Teatro dos Sete, companhia que desafiava a censura com peças como “Cristo proclamado”. Sua eleição como imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2022, ocupando a cadeira 17, reforça seu impacto cultural, indo além da atuação e alcançando o campo literário com obras como “Prólogo, ato, epílogo” (2019).

Cronologia de uma carreira lendária

Traçar a trajetória de Fernanda Montenegro é revisitar os marcos da dramaturgia brasileira. Sua evolução acompanha as transformações das artes cênicas no país, desde os anos de rádio até o cinema premiado internacionalmente. Veja os principais momentos:

  • 1945: Estreia no teatro com “Nuestra Natacha”, aos 15 anos.
  • 1950: Primeiro papel profissional em “Alegres canções nas montanhas”, ao lado de Fernando Torres.
  • 1951: Torna-se a primeira contratada da TV Tupi, atuando em dezenas de teleteatros.
  • 1998: Indicada ao Oscar por “Central do Brasil”, vencendo em Berlim e no National Board of Review.
  • 2013: Conquista o Emmy Internacional com “Doce de mãe”.
  • 2024: Participa de “Ainda estou aqui”, primeiro filme brasileiro a vencer o Oscar de Melhor Filme Internacional.
  • 2025: Anuncia aposentadoria após “Vitória” e “Velhos bandidos”.

Cada etapa reflete o compromisso de Fernanda com a arte e sua habilidade de se reinventar. Seus últimos projetos, “Vitória” e “Velhos bandidos”, previstos para 2025, encerram essa jornada com um toque pessoal, unindo laços familiares e profissionais em um desfecho poético.

Legado familiar e últimos trabalhos

Nos últimos anos, Fernanda Montenegro escolheu projetos que reforçam sua conexão com a família. “Vitória”, dirigido por Andrucha Waddington, seu genro, é um drama que marca seu penúltimo trabalho no cinema. Já “Velhos bandidos”, uma comédia sob a direção de seu filho Cláudio Torres, será sua despedida definitiva das telas, com lançamento previsto para ainda este ano. A atriz destacou o simbolismo de encerrar a carreira ao lado de entes queridos, uma decisão que, segundo ela, foi guiada pelo acaso, mas que reflete sua trajetória de união entre vida pessoal e arte.

A parceria com a filha, Fernanda Torres, também ganhou destaque em “Ainda estou aqui”. O filme, que levou o Brasil ao topo do cinema mundial com o Oscar de 2024, trouxe mãe e filha juntas em um momento histórico. Enquanto Fernanda Torres conquistava o Globo de Ouro de Melhor Atriz, Montenegro celebrava o sucesso da filha e o reconhecimento de uma obra que também contava com sua participação. Esse marco reforça o legado familiar, que inclui ainda o trabalho de Cláudio Torres como diretor e produtor.

Feitos inesquecíveis de Fernanda Montenegro

Ao longo de quase 80 anos, Fernanda Montenegro acumulou conquistas que a tornam uma figura singular na cultura brasileira. Aqui estão alguns destaques de sua carreira:

  • Primeira brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz, em 1998, por “Central do Brasil”.
  • Vencedora do Emmy Internacional em 2013, por “Doce de mãe”.
  • Premiada com o Urso de Prata no Festival de Berlim, em 1998.
  • Eleita imortal da Academia Brasileira de Letras em 2022.
  • Participante do primeiro Oscar brasileiro, em 2024, com “Ainda estou aqui”.

Esses feitos evidenciam a amplitude de seu talento, que vai do teatro de resistência à consagração em Hollywood. Sua aposentadoria, anunciada em março de 2025, não apaga o brilho de uma carreira que continuará inspirando artistas e público por gerações.

Despedida em grande estilo

A pré-estreia de “Vitória”, em 12 de março de 2025, foi o palco escolhido por Fernanda Montenegro para anunciar sua aposentadoria. Durante a entrevista ao Canal Brasil, a atriz de 95 anos expressou gratidão por encerrar sua trajetória com projetos tão pessoais. “Quis o acaso, e o acaso tem sempre a última palavra, como diz Simone de Beauvoir, que o último drama que eu faço é com meu genro e a última comédia é com meu filho”, afirmou, destacando a coincidência que uniu família e arte em seus momentos finais como atriz.

Com “Velhos bandidos” ainda por vir, Fernanda se despede deixando um vazio no cenário artístico brasileiro. Sua carreira, que começou em um palco modesto em 1945, alcançou o mundo com indicações ao Oscar, vitórias no Emmy e um impacto cultural que poucos conseguiram igualar. Aos 95 anos, ela encerra um capítulo que não apenas moldou a dramaturgia nacional, mas também elevou o nome do Brasil no exterior.

Aos 95 anos, Fernanda Montenegro, ícone absoluto da dramaturgia brasileira, anunciou sua aposentadoria das artes em uma entrevista ao Canal Brasil, realizada na pré-estreia do filme “Vitória”, na quarta-feira, 12 de março de 2025. Com quase oito décadas de trajetória, a atriz encerra uma carreira marcada por papéis memoráveis, prêmios internacionais e um legado que transcende gerações. Seu último trabalho, a comédia “Velhos bandidos”, dirigida por seu filho Cláudio Torres, será lançado ainda este ano, fechando um ciclo que começou em 1945, quando ela tinha apenas 15 anos. A decisão, segundo a própria artista, foi guiada pelo acaso, mas carrega um simbolismo especial por envolver projetos ao lado de familiares.

Celebrada como a “grande dama” do teatro, cinema e televisão brasileiros, Fernanda deixa uma marca indelével na cultura nacional e internacional. Durante a entrevista, ela destacou a coincidência de seus últimos trabalhos serem dirigidos por seu genro, Andrucha Waddington, em “Vitória”, e por seu filho em “Velhos bandidos”. A atriz também aproveitou o momento para enaltecer o sucesso de sua filha, Fernanda Torres, que recentemente conquistou o Globo de Ouro de Melhor Atriz e o Oscar de Melhor Filme Internacional com “Ainda estou aqui”, um marco histórico para o cinema brasileiro.

Com uma trajetória que abrange mais de 70 anos de atuações no palco, nas telas e até no rádio, Fernanda Montenegro se despede em um momento de reconhecimento global. Sua carreira, que começou na adolescência, atravessou diferentes eras da dramaturgia, consolidando-a como referência mundial. A aposentadoria, anunciada de forma serena, reflete o desejo de encerrar sua jornada artística em projetos que unem laços familiares e profissionais, um desfecho que ela descreveu como um presente do acaso.

Inicio de uma lenda nos palcos e na TV

Fernanda Montenegro deu os primeiros passos na arte em 1945, aos 15 anos, quando integrou o elenco da peça “Nuestra Natacha”, ainda como Arlette Pinheiro Esteves da Silva, seu nome de batismo. Nascida em 16 de outubro de 1929, no Rio de Janeiro, ela começou sua trajetória no rádio, como locutora e radioatriz na Rádio MEC, antes de migrar para o teatro. Em 1950, ao lado de seu marido, Fernando Torres, com quem foi casada por 56 anos, estreou profissionalmente no palco com “Alegres canções nas montanhas”. Esse foi o pontapé inicial de uma carreira que logo a levaria à televisão, onde se tornou a primeira contratada da TV Tupi, em 1951, participando de cerca de 80 teleteatros.

A transição para a TV marcou o início de sua consolidação como uma das maiores artistas do Brasil. Na década de 1950, Fernanda já era reconhecida por sua versatilidade, atuando em peças clássicas e programas policiais. Sua estreia em telenovelas veio em 1954, com “A muralha”, na TV Record, mas foi na Globo, a partir de 1981, que ela alcançaria o grande público com papéis icônicos como Charlô, em “Guerra dos sexos” (1983), e Bia Falcão, em “Belíssima” (2005). Sua presença na televisão brasileira trouxe à tona discussões sociais, como o beijo entre duas idosas em “Babilônia” (2015), desafiando preconceitos e tabus.

Anos de dedicação renderam a Fernanda um lugar único na história da dramaturgia. Em 1998, sua atuação como Dora em “Central do Brasil” a levou a ser a primeira brasileira e latino-americana indicada ao Oscar de Melhor Atriz, um feito que, embora não tenha resultado em vitória, colocou o Brasil no mapa do cinema mundial. O papel também lhe valeu o Urso de Prata no Festival de Berlim e o prêmio do National Board of Review, consolidando seu prestígio internacional.

Conquistas que atravessaram fronteiras

A carreira de Fernanda Montenegro é um marco não apenas pela longevidade, mas pelos feitos históricos que acumula. Em 2013, ela se tornou a primeira brasileira a vencer o Emmy Internacional de Melhor Atriz, por seu papel como Dona Picucha na minissérie “Doce de mãe”. O reconhecimento veio após uma trajetória repleta de prêmios nacionais, como cinco Molières e três troféus do Prêmio Governador do Estado de São Paulo, além de condecorações como a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, recebida em 1999 do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Além do Emmy, Fernanda brilhou em produções que ecoaram além das fronteiras brasileiras. Sua participação em “O amor nos tempos do cólera” (2007), adaptação do romance de Gabriel García Márquez, ao lado de Javier Bardem, mostrou sua capacidade de se destacar em Hollywood sem abandonar suas raízes. Mais recentemente, em 2024, ela integrou o elenco de “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles, que conquistou o primeiro Oscar de Melhor Filme Internacional para o Brasil, um momento de glória compartilhado com sua filha, Fernanda Torres, premiada no Globo de Ouro pelo mesmo filme.

Reconhecida por sua versatilidade, Fernanda também deixou sua marca no teatro. Durante o regime militar, nos anos 1960 e 1970, ela integrou o Teatro dos Sete, companhia que desafiava a censura com peças como “Cristo proclamado”. Sua eleição como imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 2022, ocupando a cadeira 17, reforça seu impacto cultural, indo além da atuação e alcançando o campo literário com obras como “Prólogo, ato, epílogo” (2019).

Cronologia de uma carreira lendária

Traçar a trajetória de Fernanda Montenegro é revisitar os marcos da dramaturgia brasileira. Sua evolução acompanha as transformações das artes cênicas no país, desde os anos de rádio até o cinema premiado internacionalmente. Veja os principais momentos:

  • 1945: Estreia no teatro com “Nuestra Natacha”, aos 15 anos.
  • 1950: Primeiro papel profissional em “Alegres canções nas montanhas”, ao lado de Fernando Torres.
  • 1951: Torna-se a primeira contratada da TV Tupi, atuando em dezenas de teleteatros.
  • 1998: Indicada ao Oscar por “Central do Brasil”, vencendo em Berlim e no National Board of Review.
  • 2013: Conquista o Emmy Internacional com “Doce de mãe”.
  • 2024: Participa de “Ainda estou aqui”, primeiro filme brasileiro a vencer o Oscar de Melhor Filme Internacional.
  • 2025: Anuncia aposentadoria após “Vitória” e “Velhos bandidos”.

Cada etapa reflete o compromisso de Fernanda com a arte e sua habilidade de se reinventar. Seus últimos projetos, “Vitória” e “Velhos bandidos”, previstos para 2025, encerram essa jornada com um toque pessoal, unindo laços familiares e profissionais em um desfecho poético.

Legado familiar e últimos trabalhos

Nos últimos anos, Fernanda Montenegro escolheu projetos que reforçam sua conexão com a família. “Vitória”, dirigido por Andrucha Waddington, seu genro, é um drama que marca seu penúltimo trabalho no cinema. Já “Velhos bandidos”, uma comédia sob a direção de seu filho Cláudio Torres, será sua despedida definitiva das telas, com lançamento previsto para ainda este ano. A atriz destacou o simbolismo de encerrar a carreira ao lado de entes queridos, uma decisão que, segundo ela, foi guiada pelo acaso, mas que reflete sua trajetória de união entre vida pessoal e arte.

A parceria com a filha, Fernanda Torres, também ganhou destaque em “Ainda estou aqui”. O filme, que levou o Brasil ao topo do cinema mundial com o Oscar de 2024, trouxe mãe e filha juntas em um momento histórico. Enquanto Fernanda Torres conquistava o Globo de Ouro de Melhor Atriz, Montenegro celebrava o sucesso da filha e o reconhecimento de uma obra que também contava com sua participação. Esse marco reforça o legado familiar, que inclui ainda o trabalho de Cláudio Torres como diretor e produtor.

Feitos inesquecíveis de Fernanda Montenegro

Ao longo de quase 80 anos, Fernanda Montenegro acumulou conquistas que a tornam uma figura singular na cultura brasileira. Aqui estão alguns destaques de sua carreira:

  • Primeira brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz, em 1998, por “Central do Brasil”.
  • Vencedora do Emmy Internacional em 2013, por “Doce de mãe”.
  • Premiada com o Urso de Prata no Festival de Berlim, em 1998.
  • Eleita imortal da Academia Brasileira de Letras em 2022.
  • Participante do primeiro Oscar brasileiro, em 2024, com “Ainda estou aqui”.

Esses feitos evidenciam a amplitude de seu talento, que vai do teatro de resistência à consagração em Hollywood. Sua aposentadoria, anunciada em março de 2025, não apaga o brilho de uma carreira que continuará inspirando artistas e público por gerações.

Despedida em grande estilo

A pré-estreia de “Vitória”, em 12 de março de 2025, foi o palco escolhido por Fernanda Montenegro para anunciar sua aposentadoria. Durante a entrevista ao Canal Brasil, a atriz de 95 anos expressou gratidão por encerrar sua trajetória com projetos tão pessoais. “Quis o acaso, e o acaso tem sempre a última palavra, como diz Simone de Beauvoir, que o último drama que eu faço é com meu genro e a última comédia é com meu filho”, afirmou, destacando a coincidência que uniu família e arte em seus momentos finais como atriz.

Com “Velhos bandidos” ainda por vir, Fernanda se despede deixando um vazio no cenário artístico brasileiro. Sua carreira, que começou em um palco modesto em 1945, alcançou o mundo com indicações ao Oscar, vitórias no Emmy e um impacto cultural que poucos conseguiram igualar. Aos 95 anos, ela encerra um capítulo que não apenas moldou a dramaturgia nacional, mas também elevou o nome do Brasil no exterior.

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