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17 Mar 2025, Mon

Gabriel Bortoleto estreia na F1 com Sauber e 6 novatos agitam grid em 2025

Formula 1


A Fórmula 1 está de volta após três meses de pausa, e o campeonato de 2025 promete ser um marco na história da categoria. Com início marcado para 16 de março no GP da Austrália, a temporada traz uma série de mudanças nas regras, um recorde de novatos no grid e o retorno de um piloto brasileiro à elite do automobilismo após oito anos. Gabriel Bortoleto, de apenas 20 anos, assume um dos cockpits da Sauber, trazendo expectativas para os fãs brasileiros e dividindo os holofotes com outros cinco estreantes. Além disso, eventos inéditos, como o lançamento simultâneo das pinturas dos carros, e ajustes no regulamento, como o fim do ponto extra pela volta mais rápida, aquecem a preparação para um ano que mistura tradição e renovação. O palco está montado em Melbourne, e as novidades já movimentam o paddock antes mesmo da largada.

Entre os destaques, a presença de Bortoleto simboliza um recomeço para o Brasil na F1. Atual campeão da Fórmula 2, o jovem de Osasco, São Paulo, chega com um currículo impressionante e o respaldo de Fernando Alonso, bicampeão mundial que gerencia sua carreira. Sua estreia ocorre em um momento de transformação da Sauber, que se prepara para virar Audi em 2026, mas enfrenta desafios com um carro que, segundo testes de pré-temporada, pode estar entre os menos competitivos do grid.

A temporada também será marcada por uma onda de juventude. Seis novatos, com média de idade de 20,3 anos, entram em cena, o maior número desde 2010. Além de Bortoleto, Oliver Bearman, Andrea Kimi Antonelli, Isack Hadjar, Jack Doohan e Liam Lawson prometem trazer energia nova às pistas, desafiando veteranos e testando os limites de suas equipes.

O retorno triunfal do Brasil com Bortoleto

Gabriel Bortoleto chega à Fórmula 1 carregando o peso de uma nação apaixonada por automobilismo. Desde a saída de Felipe Massa em 2017, o Brasil não tinha um representante fixo no grid, marcando o maior jejum de pilotos titulares desde 1969. Com a Sauber, o jovem paulista terá a chance de reescrever essa história. Nos testes de pré-temporada em Bahrain, ele completou 174 voltas, atingiu 322 km/h e percorreu 941 km, entregando à equipe dados valiosos para ajustes no C45. Apesar do desempenho sólido, analistas apontam que o carro da Sauber pode brigar apenas na parte de trás do pelotão, o que limita as expectativas de resultados imediatos. Ainda assim, sua consistência impressionou, especialmente em stints curtos com pneus C3, onde ficou a apenas 0,040s por volta do ritmo de Isack Hadjar, da Racing Bulls.

A trajetória de Bortoleto até aqui é digna de注目. Ele conquistou os títulos da Fórmula 3 em 2023 e da Fórmula 2 em 2024, ambos em sua temporada de estreia nas categorias, feito raro que demonstra velocidade e adaptabilidade. Gerenciado por Fernando Alonso desde 2022, o brasileiro encontrou no espanhol um mentor que o ajudou a superar dificuldades financeiras e abriu portas para sua ascensão. Agora, ao lado do experiente Nico Hülkenberg, ele terá um parâmetro de peso para medir seu potencial na F1.

Apesar das credenciais, o desafio será grande. A Sauber terminou 2024 como a pior equipe do campeonato, somando poucos pontos e lutando para sair do fundo do grid. Hülkenberg, com 227 largadas e nenhum pódio, traz experiência, mas também enfrenta a missão de extrair o máximo de um carro que, segundo observadores em Bahrain, parecia rígido e instável nas curvas. Para Bortoleto, o foco será aprender rápido e mostrar competitividade contra o alemão.

Mudanças nas regras agitam a temporada

A Fórmula 1 de 2025 não será apenas sobre novos pilotos, mas também sobre um regulamento renovado que impactará estratégias e disputas. Uma das alterações mais comentadas é o fim do ponto extra pela volta mais rápida, introduzido em 2019. A decisão veio após polêmicas, como a de Daniel Ricciardo no GP de Singapura de 2024, quando ele admitiu ter buscado o ponto para ajudar Max Verstappen na briga pelo título contra Lando Norris. Com a extinção do bônus, a categoria visa equilibrar a competição e evitar táticas que beneficiem apenas os líderes.

No GP de Mônaco, uma novidade histórica: dois pit stops serão obrigatórios. A medida busca aumentar a ação em uma pista conhecida por sua dificuldade de ultrapassagem. Cada piloto deverá usar ao menos três jogos de pneus, variando entre dois compostos em condições de pista seca, o que pode abrir espaço para estratégias ousadas e mudar a dinâmica da corrida mais glamourosa do calendário.

Outra mudança significativa é o protocolo de resfriamento para os pilotos. Após episódios preocupantes no GP do Catar de 2023, onde o calor extremo deixou pilotos como Oscar Piastri exaustos, a F1 agora exige o uso de um kit de resfriamento — um colete com fluidos refrigerados — sempre que as temperaturas excederem 31ºC. A etapa catari, aliás, foi reposicionada para dezembro, aproveitando o inverno local.

Calendário da F1 em 2025: 24 corridas em destaque

O campeonato de 2025 terá 24 etapas, mantendo a intensidade de um calendário global. O GP da Austrália abre a temporada em 16 de março, enquanto o encerramento está marcado para 7 de dezembro no GP de Abu Dhabi. O Brasil retorna ao circuito com o GP de São Paulo, agendado para 9 de novembro, prometendo emoção extra com a presença de Bortoleto no grid.

Veja as principais datas confirmadas:

  • 16 de março: GP da Austrália (Melbourne)
  • 23 de março: GP da China (Xangai)
  • 20 de abril: GP do Japão (Suzuka)
  • 18 de maio: GP de Mônaco (Monte Carlo)
  • 9 de novembro: GP de São Paulo (Interlagos)
  • 7 de dezembro: GP de Abu Dhabi (Yas Marina)

Entre as novidades, o GP de São Paulo terá um significado especial após as chuvas de 2024, que forçaram ajustes no cronograma e inspiraram mudanças nas regras de formação do grid em emergências.

Um grid renovado com 6 novatos

Pela primeira vez desde 2010, a Fórmula 1 terá seis estreantes em uma única temporada, trazendo uma onda de renovação ao esporte. Além de Gabriel Bortoleto na Sauber, o grid contará com Oliver Bearman (Haas), Andrea Kimi Antonelli (Mercedes), Isack Hadjar (Racing Bulls), Jack Doohan (Alpine) e Liam Lawson (Red Bull). Com idades entre 18 e 22 anos, eles representam a geração mais jovem a chegar à categoria em anos, com média de 20,3 anos.

Bearman, de 19 anos, já mostrou talento ao substituir Kevin Magnussen na Haas em 2024, enquanto Antonelli, de 18, assume a pesada missão de suceder Lewis Hamilton na Mercedes. Hadjar e Lawson, ambos de 20 anos, chegam com o respaldo da Red Bull, e Doohan, de 22, tenta provar seu valor na Alpine. A presença de tantos calouros reflete a confiança das equipes em apostar na juventude, inspiradas por atuações como a de Franco Colapinto em 2024 na Williams.

Para Bortoleto, a rivalidade com esses pilotos não é novidade. Ele competiu contra eles desde os tempos de kart e Fórmula 3, especialmente contra Bearman, com quem dividiu pódios. A expectativa é que esses jovens tragam disputas intensas, mesmo que alguns, como Bortoleto e Hadjar, enfrentem limitações de equipamento em suas equipes.

Evento inédito marca o lançamento dos carros

Antes mesmo de os motores roncarem, a Fórmula 1 inovou com um evento único em Londres, no dia 18 de fevereiro. Pela primeira vez, todas as dez equipes revelaram as pinturas de seus carros para 2025 na Arena O2, diante de mais de 20 mil espectadores presenciais e 7,5 milhões online. A iniciativa, batizada de F1 75 Live, celebrou os 75 anos da categoria e gerou buzz nas redes sociais, com as novas cores e designs — como o verde vibrante da Aston Martin e o azul escuro da McLaren — dominando as discussões entre os fãs.

O sucesso do evento reforça a estratégia da F1 de se aproximar do público, combinando espetáculo e tecnologia. Para as equipes, foi uma oportunidade de exibir os monopostos que, a partir do GP da Austrália, serão testados em condições reais de corrida.

Regras mais rígidas e testes aprimorados

Além das mudanças visíveis, o regulamento de 2025 traz ajustes técnicos e disciplinares. A FIA endureceu as punições por linguagem inadequada, ampliando multas e incluindo possíveis suspensões ou perda de pontos, como já visto no Mundial de Rali. Max Verstappen, que em 2024 deu uma “entrevista” improvisada fora da sala de imprensa em Singapura, pode ser um dos alvos dessa nova política.

Nos aspectos técnicos, as asas dos carros passarão por testes mais rigorosos a partir do GP da Espanha. Após reclamações da RBR e Ferrari em 2024 sobre a flexibilidade das asas da McLaren e Mercedes, a F1 limitará o movimento permitido, impactando o downforce e a aerodinâmica. A medida visa nivelar a competição e evitar vantagens controversas.

As equipes também terão de ceder seus carros a pilotos reservas em quatro treinos livres, dobro do exigido anteriormente. Felipe Drugovich, campeão da F2 em 2022 e reserva da Aston Martin, está entre os beneficiados, ganhando mais tempo de pista para se preparar para um eventual salto ao grid titular.

Desafios e expectativas para Bortoleto na Sauber

Entrar na Fórmula 1 pela Sauber coloca Gabriel Bortoleto em uma posição única. Enquanto seu contrato plurianual garante estabilidade até a transição para a Audi em 2026, o desempenho do C45 nos testes de Bahrain levanta dúvidas. Especialistas destacam que o carro foi o mais lento em ritmo de longa duração e exibiu dificuldades em curvas, o que pode dificultar a vida do brasileiro em sua temporada de estreia.

Nico Hülkenberg, seu companheiro, elogiou a velocidade de Bortoleto, descrevendo-o como “rápido pra caramba” nos testes. A relação entre os dois começou bem, com boa sintonia em eventos de patrocinadores, mas o alemão, com vasta experiência, será um termômetro para o novato. Se Bortoleto conseguir se aproximar do ritmo de Hülkenberg, já será um sinal de sucesso em um ano de aprendizado.

A preparação de Bortoleto tem sido intensa. Ele visita a sede da Sauber em Hinwil, na Suíça, duas a três vezes por semana, trabalhando no simulador e se entrosando com os engenheiros. Sua adaptação aos pneus da F1, diferentes dos usados na F2, é outro foco, assim como a comunicação com a equipe, agora liderada por Jonathan Wheatley, ex-Red Bull, que assume como chefe em abril.

O que esperar do GP da Austrália

O GP da Austrália, em 16 de março, será o pontapé inicial de uma temporada cheia de promessas. Melbourne volta a sediar a abertura da F1, trazendo um circuito que mistura curvas rápidas e trechos técnicos, ideal para testar os novos carros e pilotos. Para Bortoleto e os outros novatos, a corrida será um primeiro grande teste em condições reais, com a pressão de um grid renovado e regras ajustadas.

A Sauber entra na prova com expectativas modestas, mas o foco estará na performance de Bortoleto contra Hülkenberg e na capacidade da equipe de evitar o fundo do pelotão. Enquanto isso, equipes como McLaren, Ferrari e Red Bull, favoritas após os testes, devem dominar as atenções na frente, mas os olhos do Brasil estarão voltados para o jovem de Osasco.

Com 24 corridas pela frente, a Fórmula 1 de 2025 começa sob o signo da renovação. Seis novatos, um brasileiro de volta ao grid e mudanças que prometem mexer com as estratégias das equipes garantem que a temporada terá emoção desde a primeira bandeirada.



A Fórmula 1 está de volta após três meses de pausa, e o campeonato de 2025 promete ser um marco na história da categoria. Com início marcado para 16 de março no GP da Austrália, a temporada traz uma série de mudanças nas regras, um recorde de novatos no grid e o retorno de um piloto brasileiro à elite do automobilismo após oito anos. Gabriel Bortoleto, de apenas 20 anos, assume um dos cockpits da Sauber, trazendo expectativas para os fãs brasileiros e dividindo os holofotes com outros cinco estreantes. Além disso, eventos inéditos, como o lançamento simultâneo das pinturas dos carros, e ajustes no regulamento, como o fim do ponto extra pela volta mais rápida, aquecem a preparação para um ano que mistura tradição e renovação. O palco está montado em Melbourne, e as novidades já movimentam o paddock antes mesmo da largada.

Entre os destaques, a presença de Bortoleto simboliza um recomeço para o Brasil na F1. Atual campeão da Fórmula 2, o jovem de Osasco, São Paulo, chega com um currículo impressionante e o respaldo de Fernando Alonso, bicampeão mundial que gerencia sua carreira. Sua estreia ocorre em um momento de transformação da Sauber, que se prepara para virar Audi em 2026, mas enfrenta desafios com um carro que, segundo testes de pré-temporada, pode estar entre os menos competitivos do grid.

A temporada também será marcada por uma onda de juventude. Seis novatos, com média de idade de 20,3 anos, entram em cena, o maior número desde 2010. Além de Bortoleto, Oliver Bearman, Andrea Kimi Antonelli, Isack Hadjar, Jack Doohan e Liam Lawson prometem trazer energia nova às pistas, desafiando veteranos e testando os limites de suas equipes.

O retorno triunfal do Brasil com Bortoleto

Gabriel Bortoleto chega à Fórmula 1 carregando o peso de uma nação apaixonada por automobilismo. Desde a saída de Felipe Massa em 2017, o Brasil não tinha um representante fixo no grid, marcando o maior jejum de pilotos titulares desde 1969. Com a Sauber, o jovem paulista terá a chance de reescrever essa história. Nos testes de pré-temporada em Bahrain, ele completou 174 voltas, atingiu 322 km/h e percorreu 941 km, entregando à equipe dados valiosos para ajustes no C45. Apesar do desempenho sólido, analistas apontam que o carro da Sauber pode brigar apenas na parte de trás do pelotão, o que limita as expectativas de resultados imediatos. Ainda assim, sua consistência impressionou, especialmente em stints curtos com pneus C3, onde ficou a apenas 0,040s por volta do ritmo de Isack Hadjar, da Racing Bulls.

A trajetória de Bortoleto até aqui é digna de注目. Ele conquistou os títulos da Fórmula 3 em 2023 e da Fórmula 2 em 2024, ambos em sua temporada de estreia nas categorias, feito raro que demonstra velocidade e adaptabilidade. Gerenciado por Fernando Alonso desde 2022, o brasileiro encontrou no espanhol um mentor que o ajudou a superar dificuldades financeiras e abriu portas para sua ascensão. Agora, ao lado do experiente Nico Hülkenberg, ele terá um parâmetro de peso para medir seu potencial na F1.

Apesar das credenciais, o desafio será grande. A Sauber terminou 2024 como a pior equipe do campeonato, somando poucos pontos e lutando para sair do fundo do grid. Hülkenberg, com 227 largadas e nenhum pódio, traz experiência, mas também enfrenta a missão de extrair o máximo de um carro que, segundo observadores em Bahrain, parecia rígido e instável nas curvas. Para Bortoleto, o foco será aprender rápido e mostrar competitividade contra o alemão.

Mudanças nas regras agitam a temporada

A Fórmula 1 de 2025 não será apenas sobre novos pilotos, mas também sobre um regulamento renovado que impactará estratégias e disputas. Uma das alterações mais comentadas é o fim do ponto extra pela volta mais rápida, introduzido em 2019. A decisão veio após polêmicas, como a de Daniel Ricciardo no GP de Singapura de 2024, quando ele admitiu ter buscado o ponto para ajudar Max Verstappen na briga pelo título contra Lando Norris. Com a extinção do bônus, a categoria visa equilibrar a competição e evitar táticas que beneficiem apenas os líderes.

No GP de Mônaco, uma novidade histórica: dois pit stops serão obrigatórios. A medida busca aumentar a ação em uma pista conhecida por sua dificuldade de ultrapassagem. Cada piloto deverá usar ao menos três jogos de pneus, variando entre dois compostos em condições de pista seca, o que pode abrir espaço para estratégias ousadas e mudar a dinâmica da corrida mais glamourosa do calendário.

Outra mudança significativa é o protocolo de resfriamento para os pilotos. Após episódios preocupantes no GP do Catar de 2023, onde o calor extremo deixou pilotos como Oscar Piastri exaustos, a F1 agora exige o uso de um kit de resfriamento — um colete com fluidos refrigerados — sempre que as temperaturas excederem 31ºC. A etapa catari, aliás, foi reposicionada para dezembro, aproveitando o inverno local.

Calendário da F1 em 2025: 24 corridas em destaque

O campeonato de 2025 terá 24 etapas, mantendo a intensidade de um calendário global. O GP da Austrália abre a temporada em 16 de março, enquanto o encerramento está marcado para 7 de dezembro no GP de Abu Dhabi. O Brasil retorna ao circuito com o GP de São Paulo, agendado para 9 de novembro, prometendo emoção extra com a presença de Bortoleto no grid.

Veja as principais datas confirmadas:

  • 16 de março: GP da Austrália (Melbourne)
  • 23 de março: GP da China (Xangai)
  • 20 de abril: GP do Japão (Suzuka)
  • 18 de maio: GP de Mônaco (Monte Carlo)
  • 9 de novembro: GP de São Paulo (Interlagos)
  • 7 de dezembro: GP de Abu Dhabi (Yas Marina)

Entre as novidades, o GP de São Paulo terá um significado especial após as chuvas de 2024, que forçaram ajustes no cronograma e inspiraram mudanças nas regras de formação do grid em emergências.

Um grid renovado com 6 novatos

Pela primeira vez desde 2010, a Fórmula 1 terá seis estreantes em uma única temporada, trazendo uma onda de renovação ao esporte. Além de Gabriel Bortoleto na Sauber, o grid contará com Oliver Bearman (Haas), Andrea Kimi Antonelli (Mercedes), Isack Hadjar (Racing Bulls), Jack Doohan (Alpine) e Liam Lawson (Red Bull). Com idades entre 18 e 22 anos, eles representam a geração mais jovem a chegar à categoria em anos, com média de 20,3 anos.

Bearman, de 19 anos, já mostrou talento ao substituir Kevin Magnussen na Haas em 2024, enquanto Antonelli, de 18, assume a pesada missão de suceder Lewis Hamilton na Mercedes. Hadjar e Lawson, ambos de 20 anos, chegam com o respaldo da Red Bull, e Doohan, de 22, tenta provar seu valor na Alpine. A presença de tantos calouros reflete a confiança das equipes em apostar na juventude, inspiradas por atuações como a de Franco Colapinto em 2024 na Williams.

Para Bortoleto, a rivalidade com esses pilotos não é novidade. Ele competiu contra eles desde os tempos de kart e Fórmula 3, especialmente contra Bearman, com quem dividiu pódios. A expectativa é que esses jovens tragam disputas intensas, mesmo que alguns, como Bortoleto e Hadjar, enfrentem limitações de equipamento em suas equipes.

Evento inédito marca o lançamento dos carros

Antes mesmo de os motores roncarem, a Fórmula 1 inovou com um evento único em Londres, no dia 18 de fevereiro. Pela primeira vez, todas as dez equipes revelaram as pinturas de seus carros para 2025 na Arena O2, diante de mais de 20 mil espectadores presenciais e 7,5 milhões online. A iniciativa, batizada de F1 75 Live, celebrou os 75 anos da categoria e gerou buzz nas redes sociais, com as novas cores e designs — como o verde vibrante da Aston Martin e o azul escuro da McLaren — dominando as discussões entre os fãs.

O sucesso do evento reforça a estratégia da F1 de se aproximar do público, combinando espetáculo e tecnologia. Para as equipes, foi uma oportunidade de exibir os monopostos que, a partir do GP da Austrália, serão testados em condições reais de corrida.

Regras mais rígidas e testes aprimorados

Além das mudanças visíveis, o regulamento de 2025 traz ajustes técnicos e disciplinares. A FIA endureceu as punições por linguagem inadequada, ampliando multas e incluindo possíveis suspensões ou perda de pontos, como já visto no Mundial de Rali. Max Verstappen, que em 2024 deu uma “entrevista” improvisada fora da sala de imprensa em Singapura, pode ser um dos alvos dessa nova política.

Nos aspectos técnicos, as asas dos carros passarão por testes mais rigorosos a partir do GP da Espanha. Após reclamações da RBR e Ferrari em 2024 sobre a flexibilidade das asas da McLaren e Mercedes, a F1 limitará o movimento permitido, impactando o downforce e a aerodinâmica. A medida visa nivelar a competição e evitar vantagens controversas.

As equipes também terão de ceder seus carros a pilotos reservas em quatro treinos livres, dobro do exigido anteriormente. Felipe Drugovich, campeão da F2 em 2022 e reserva da Aston Martin, está entre os beneficiados, ganhando mais tempo de pista para se preparar para um eventual salto ao grid titular.

Desafios e expectativas para Bortoleto na Sauber

Entrar na Fórmula 1 pela Sauber coloca Gabriel Bortoleto em uma posição única. Enquanto seu contrato plurianual garante estabilidade até a transição para a Audi em 2026, o desempenho do C45 nos testes de Bahrain levanta dúvidas. Especialistas destacam que o carro foi o mais lento em ritmo de longa duração e exibiu dificuldades em curvas, o que pode dificultar a vida do brasileiro em sua temporada de estreia.

Nico Hülkenberg, seu companheiro, elogiou a velocidade de Bortoleto, descrevendo-o como “rápido pra caramba” nos testes. A relação entre os dois começou bem, com boa sintonia em eventos de patrocinadores, mas o alemão, com vasta experiência, será um termômetro para o novato. Se Bortoleto conseguir se aproximar do ritmo de Hülkenberg, já será um sinal de sucesso em um ano de aprendizado.

A preparação de Bortoleto tem sido intensa. Ele visita a sede da Sauber em Hinwil, na Suíça, duas a três vezes por semana, trabalhando no simulador e se entrosando com os engenheiros. Sua adaptação aos pneus da F1, diferentes dos usados na F2, é outro foco, assim como a comunicação com a equipe, agora liderada por Jonathan Wheatley, ex-Red Bull, que assume como chefe em abril.

O que esperar do GP da Austrália

O GP da Austrália, em 16 de março, será o pontapé inicial de uma temporada cheia de promessas. Melbourne volta a sediar a abertura da F1, trazendo um circuito que mistura curvas rápidas e trechos técnicos, ideal para testar os novos carros e pilotos. Para Bortoleto e os outros novatos, a corrida será um primeiro grande teste em condições reais, com a pressão de um grid renovado e regras ajustadas.

A Sauber entra na prova com expectativas modestas, mas o foco estará na performance de Bortoleto contra Hülkenberg e na capacidade da equipe de evitar o fundo do pelotão. Enquanto isso, equipes como McLaren, Ferrari e Red Bull, favoritas após os testes, devem dominar as atenções na frente, mas os olhos do Brasil estarão voltados para o jovem de Osasco.

Com 24 corridas pela frente, a Fórmula 1 de 2025 começa sob o signo da renovação. Seis novatos, um brasileiro de volta ao grid e mudanças que prometem mexer com as estratégias das equipes garantem que a temporada terá emoção desde a primeira bandeirada.



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