Um hotel, sim, mas também uma experiência imersiva que provoca transformação, reflexão e introspecção. Ali, na intersecção entre o passado e a modernidade, o edifício histórico encontra a vanguarda da arte contemporânea. Nunca havia visto tanta arte em um hotel. É como passear por um museu sem fim, uma galeria viva que se integra aos corredores, aos quartos, ao spa, aos restaurantes. A coleção inclui mais de 100 obras de diferentes períodos, com nomes como Salvador Dalí, Takashi Murakami, Fernando Botero, Damien Hirst, Jean Tinguely e Keith Haring. Caminhar por seus espaços é ser surpreendido por peças que conversam entre si e com a arquitetura imponente.
O Dolder Grand está comemorando 125 anos, uma marca impressionante para um hotel que se reinventou sem perder sua essência. Sua história começa em 1899, quando o visionário empresário Heinrich Hürlimann decidiu construir um refúgio de lazer no alto do Adlisberg, proporcionando uma vista panorâmica de Zurique e dos Alpes. O projeto arquitetônico ficou a cargo de Jacques Gros, um arquiteto suíço especialista em construções de madeira, que desenhou um edifício grandioso no estilo Belle Époque.
Com o tempo, o Dolder Grand evoluiu para além da hotelaria, tornando-se um centro de lazer e bem-estar. Em 1907, ganhou seu campo de golfe, que rapidamente se tornou um ponto de encontro da elite europeia. Em 1931, a icônica Dolder Kunsteisbahn foi inaugurada, uma das maiores pistas de patinação no gelo ao ar livre da Europa, onde campeonatos mundiais de patinação artística passaram a ser realizados. Durante a segunda guerra mundial, o hotel enfrentou tempos difíceis, mas se manteve de portas abertas, sendo refúgio para expatriados e figuras da aristocracia.
Com o crescimento do turismo de luxo na segunda metade do século XX, o Dolder Grand passou a receber personalidades como Nelson Mandela, Michael Jackson, Karl Lagerfeld, Sophia Loren e Elizabeth Taylor. Seu status de ícone foi consolidado, mas nos anos 1990 tornou-se evidente que uma renovação era necessária para manter seu lugar entre os melhores hotéis do mundo.
Minha experiência começou já na chegada. A recepção impecável, o serviço preciso, um senso de acolhimento que só a hospitalidade suíça sabe oferecer. Subi ao meu quarto e, ao abrir as cortinas, me deparei com uma vista arrebatadora: montanhas imponentes ao fundo, um campo de golfe desenhado à frente, a cidade de Zurique logo abaixo. O quarto era um santuário de conforto. Mini bar impecável, lençóis luxuosos, banheiro com piso aquecido, ducha de pressão perfeita, grande banheira, closet espaçoso. Cada detalhe pensado para transformar a estadia em um momento de prazer.
Mas foi no spa que o Dolder Grand me conquistou definitivamente. Um dos mais belos do mundo, sem exagero. A piscina interna parece flutuar em um espaço onde o silêncio é absoluto. Lá fora, a jacuzzi contrasta com o frio do ar suíço. No interior, um labirinto de saunas grandiosas, banhos de gelo e salas de repouso. Espaços internos são dedicados a homens e mulheres, onde o nudismo é a norma, respeitando tradições e proporcionando uma conexão com o bem-estar. E as salas de tratamento? Incontáveis. Recebi uma das massagens mais restauradoras da minha vida. Uma imersão no cuidado com o corpo e a mente, como raramente experimentei.
As manhãs começavam com um café da manhã exuberante. A diversidade impressionava: pães frescos, queijos suíços, ovos preparados sob medida, doces, frutas, deliciosos pratos quentes e uma seleção de sucos funcionais que davam o tom perfeito para o dia. O serviço era acolhedor, atento sem ser invasivo, equilibrando eficiência e gentileza. À noite, a gastronomia era um espetáculo à parte. O restaurante estrelado do hotel – The Restaurant, sob comando do chef Heiko Nieder – é um verdadeiro balé de sabores e texturas. A cozinha é sofisticada, precisa, um jogo de equilíbrio entre tradição e inovação. A seleção de vinhos é irretocável. O serviço, absolutamente impecável. Comer ali não é apenas um jantar, mas uma experiência marcante que eleva a estadia a outro nível.
Em algum momento escapei desse universo imersivo e me aventurei pela cidade. Zurique é mesmo encantadora. Museus, cafés charmosos, ruas elegantes e uma cena cultural vibrante que se desdobra em cada esquina. Visitei o Kunsthaus, o grande museu da cidade, e me vi ainda mais impactado pela forma como o Dolder Grand dialoga com a arte. O hotel, afinal, também é uma galeria viva, um espaço onde obras se espalham pelos corredores, criando um ambiente de contemplação e surpresa.
De volta ao hotel, caminhei pelos arredores. Uma floresta abundante e trilhas que convidam à introspecção. O Dolder Grand não é apenas um hotel para se hospedar. É um lugar para se perder, para se encontrar, para viver uma experiência que transcende o turismo convencional. Ao deixar esse lugar, senti que saía transformado. São raros os hotéis que provocam essa sensação, que nos atravessam e nos fazem repensar o conceito de hospedagem.
Um hotel, sim, mas também uma experiência imersiva que provoca transformação, reflexão e introspecção. Ali, na intersecção entre o passado e a modernidade, o edifício histórico encontra a vanguarda da arte contemporânea. Nunca havia visto tanta arte em um hotel. É como passear por um museu sem fim, uma galeria viva que se integra aos corredores, aos quartos, ao spa, aos restaurantes. A coleção inclui mais de 100 obras de diferentes períodos, com nomes como Salvador Dalí, Takashi Murakami, Fernando Botero, Damien Hirst, Jean Tinguely e Keith Haring. Caminhar por seus espaços é ser surpreendido por peças que conversam entre si e com a arquitetura imponente.
O Dolder Grand está comemorando 125 anos, uma marca impressionante para um hotel que se reinventou sem perder sua essência. Sua história começa em 1899, quando o visionário empresário Heinrich Hürlimann decidiu construir um refúgio de lazer no alto do Adlisberg, proporcionando uma vista panorâmica de Zurique e dos Alpes. O projeto arquitetônico ficou a cargo de Jacques Gros, um arquiteto suíço especialista em construções de madeira, que desenhou um edifício grandioso no estilo Belle Époque.
Com o tempo, o Dolder Grand evoluiu para além da hotelaria, tornando-se um centro de lazer e bem-estar. Em 1907, ganhou seu campo de golfe, que rapidamente se tornou um ponto de encontro da elite europeia. Em 1931, a icônica Dolder Kunsteisbahn foi inaugurada, uma das maiores pistas de patinação no gelo ao ar livre da Europa, onde campeonatos mundiais de patinação artística passaram a ser realizados. Durante a segunda guerra mundial, o hotel enfrentou tempos difíceis, mas se manteve de portas abertas, sendo refúgio para expatriados e figuras da aristocracia.
Com o crescimento do turismo de luxo na segunda metade do século XX, o Dolder Grand passou a receber personalidades como Nelson Mandela, Michael Jackson, Karl Lagerfeld, Sophia Loren e Elizabeth Taylor. Seu status de ícone foi consolidado, mas nos anos 1990 tornou-se evidente que uma renovação era necessária para manter seu lugar entre os melhores hotéis do mundo.
Minha experiência começou já na chegada. A recepção impecável, o serviço preciso, um senso de acolhimento que só a hospitalidade suíça sabe oferecer. Subi ao meu quarto e, ao abrir as cortinas, me deparei com uma vista arrebatadora: montanhas imponentes ao fundo, um campo de golfe desenhado à frente, a cidade de Zurique logo abaixo. O quarto era um santuário de conforto. Mini bar impecável, lençóis luxuosos, banheiro com piso aquecido, ducha de pressão perfeita, grande banheira, closet espaçoso. Cada detalhe pensado para transformar a estadia em um momento de prazer.
Mas foi no spa que o Dolder Grand me conquistou definitivamente. Um dos mais belos do mundo, sem exagero. A piscina interna parece flutuar em um espaço onde o silêncio é absoluto. Lá fora, a jacuzzi contrasta com o frio do ar suíço. No interior, um labirinto de saunas grandiosas, banhos de gelo e salas de repouso. Espaços internos são dedicados a homens e mulheres, onde o nudismo é a norma, respeitando tradições e proporcionando uma conexão com o bem-estar. E as salas de tratamento? Incontáveis. Recebi uma das massagens mais restauradoras da minha vida. Uma imersão no cuidado com o corpo e a mente, como raramente experimentei.
As manhãs começavam com um café da manhã exuberante. A diversidade impressionava: pães frescos, queijos suíços, ovos preparados sob medida, doces, frutas, deliciosos pratos quentes e uma seleção de sucos funcionais que davam o tom perfeito para o dia. O serviço era acolhedor, atento sem ser invasivo, equilibrando eficiência e gentileza. À noite, a gastronomia era um espetáculo à parte. O restaurante estrelado do hotel – The Restaurant, sob comando do chef Heiko Nieder – é um verdadeiro balé de sabores e texturas. A cozinha é sofisticada, precisa, um jogo de equilíbrio entre tradição e inovação. A seleção de vinhos é irretocável. O serviço, absolutamente impecável. Comer ali não é apenas um jantar, mas uma experiência marcante que eleva a estadia a outro nível.
Em algum momento escapei desse universo imersivo e me aventurei pela cidade. Zurique é mesmo encantadora. Museus, cafés charmosos, ruas elegantes e uma cena cultural vibrante que se desdobra em cada esquina. Visitei o Kunsthaus, o grande museu da cidade, e me vi ainda mais impactado pela forma como o Dolder Grand dialoga com a arte. O hotel, afinal, também é uma galeria viva, um espaço onde obras se espalham pelos corredores, criando um ambiente de contemplação e surpresa.
De volta ao hotel, caminhei pelos arredores. Uma floresta abundante e trilhas que convidam à introspecção. O Dolder Grand não é apenas um hotel para se hospedar. É um lugar para se perder, para se encontrar, para viver uma experiência que transcende o turismo convencional. Ao deixar esse lugar, senti que saía transformado. São raros os hotéis que provocam essa sensação, que nos atravessam e nos fazem repensar o conceito de hospedagem.