No Brasil, o salário-família, benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), tem se consolidado como um suporte essencial para trabalhadores de baixa renda com filhos. Em 2025, o programa alcança cerca de 5 milhões de beneficiários, entre empregados formais, domésticos e trabalhadores avulsos, refletindo o impacto da alta informalidade e das mudanças econômicas no país. Com um reajuste anual alinhado ao salário mínimo, que passou para R$ 1.518, a cota do benefício subiu para R$ 65 por dependente, válida para quem ganha até R$ 1.906,04 mensais. Instituído em 1963 pela Lei nº 4.266, o salário-família visa aliviar o custo de vida de famílias com crianças de até 14 anos ou filhos com deficiência de qualquer idade, sem exigir tempo mínimo de contribuição ao INSS. Diferente de outros benefícios, como aposentadoria ou auxílio-doença, ele é pago diretamente pelo empregador, que depois desconta o valor das contribuições previdenciárias, ou pelo INSS, no caso de segurados em gozo de benefícios.
O acesso ao salário-família exige que o trabalhador tenha remuneração dentro do limite estipulado e dependentes que se enquadrem nos critérios legais. Em 2024, o programa injetou mais de R$ 3 bilhões na economia, valor que deve crescer em 2025 com o aumento da cota e a inclusão de novos beneficiários.
A relevância do benefício é ainda maior em um cenário onde 38% da força de trabalho permanece na informalidade, segundo dados recentes. Para muitos, o salário-família representa um complemento essencial à renda, especialmente em regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Quem tem direito ao salário-família
Nem todos os trabalhadores podem solicitar o salário-família, apesar de sua ampla abrangência. O benefício é destinado a empregados com carteira assinada, incluindo domésticos, e trabalhadores avulsos vinculados a sindicatos ou órgãos gestores de mão de obra, desde que a renda mensal não ultrapasse R$ 1.906,04 em 2025. Aposentados também podem recebê-lo, caso tenham mais de 65 anos (homens) ou 60 anos (mulheres) e dependentes elegíveis, ou se retornarem ao mercado formal.
Para ter direito, é necessário ter filhos ou equiparados (como enteados) menores de 14 anos, ou com deficiência de qualquer idade, comprovada por laudo médico do INSS. Ambos os pais podem receber o benefício, desde que atendam aos requisitos separadamente.
Regras e valores atualizados para 2025
Em 2025, o valor da cota do salário-família foi fixado em R$ 65 por dependente, um aumento em relação aos R$ 62,04 pagos em 2024, refletindo o reajuste do salário mínimo em 7,51%. O teto de renda para elegibilidade subiu de R$ 1.819,26 para R$ 1.906,04, acompanhando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou 2024 em 4,77%.
A remuneração considerada inclui o salário bruto e adicionais como horas extras ou insalubridade, mas exclui 13º salário e adicional de férias. Se o trabalhador ultrapassar o limite de R$ 1.906,04, mesmo por pouco, perde o direito ao benefício.
Como solicitar o salário-família no INSS
Solicitar o salário-família envolve passos específicos, dependendo da situação do trabalhador. Empregados formais devem requerê-lo diretamente ao empregador, apresentando documentos como certidão de nascimento dos filhos, carteira de vacinação (para menores de 6 anos) e comprovante de frequência escolar (a partir de 7 anos). Já trabalhadores avulsos fazem o pedido via sindicato ou órgão gestor, enquanto aposentados ou beneficiários de auxílios do INSS, como auxílio-doença, devem usar o portal Meu INSS ou o aplicativo.
O processo exige renovação periódica: a carteira de vacinação deve ser apresentada anualmente em novembro, e a frequência escolar, semestralmente, em maio e novembro. Caso a documentação não seja atualizada, o pagamento é suspenso até a regularização, mas os valores acumulados são liberados posteriormente.
Para 2025, o INSS estima que 10% dos pedidos iniciais sejam rejeitados por inconsistências, como renda acima do teto ou falta de documentos, reforçando a importância de manter cadastros atualizados.
Calendário de pagamento do salário-família em 2025
O pagamento do salário-família segue cronogramas distintos conforme o perfil do beneficiário. Para empregados, o valor é depositado junto ao salário mensal, proporcional aos dias trabalhados em casos de admissão ou demissão. Já para quem recebe benefícios do INSS, o calendário obedece ao número final do NIS (Número de Identificação Social):
- Final 1: 25 de cada mês.
- Final 2: 26 de cada mês.
- Final 3: 27 de cada mês.
- Final 4: 28 de cada mês.
- Final 5: 29 de cada mês.
- Finais 6 a 0: Dias subsequentes, ajustados para evitar feriados e fins de semana.
Em 2025, o INSS começará os pagamentos dos benefícios reajustados a partir de 27 de janeiro para quem recebe o mínimo, e de 3 de fevereiro para valores acima disso, garantindo a correção retroativa a 1º de janeiro.
Impacto econômico do benefício
O salário-família tem um efeito significativo na economia, especialmente em pequenas cidades. Em 2024, o programa movimentou mais de R$ 3 bilhões, valor que deve superar R$ 3,2 bilhões em 2025 com o reajuste da cota. Cada real pago gera um impacto estimado de R$ 1,50 no comércio local, beneficiando setores como alimentação, saúde e educação.
Cerca de 60% dos beneficiários vivem em municípios com IDH abaixo da média nacional, onde o benefício muitas vezes sustenta toda a família. Para trabalhadores com três filhos, por exemplo, o valor mensal de R$ 195 faz diferença no orçamento doméstico.
Benefícios acumulados e direitos garantidos
Diferente de programas assistenciais como o Bolsa Família, o salário-família pode ser acumulado com outros benefícios previdenciários, como aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-doença. Isso amplia seu alcance, beneficiando tanto trabalhadores ativos quanto aposentados que voltam ao mercado. Em 2023, cerca de 15% dos recebedores eram aposentados com filhos dependentes, número que deve crescer com o envelhecimento populacional.
O benefício não exige contribuição prévia ao INSS, mas o trabalhador deve estar vinculado à Previdência Social por meio do emprego formal ou como avulso. A cota é paga por filho, sem limite de dependentes, desde que todos atendam aos critérios de idade ou deficiência.
Desafios na gestão do salário-família
Gerir o salário-família apresenta obstáculos tanto para o INSS quanto para os beneficiários. A burocracia é uma barreira recorrente: em 2024, mais de 200 mil pedidos estavam em análise, atrasados por falta de pessoal ou inconsistências nos dados. A digitalização via Meu INSS tem reduzido o problema, mas a exclusão digital afeta 20% da população, forçando muitos a buscar atendimento presencial em agências lotadas.
Outro desafio é a fiscalização. Casos de fraudes, como a inclusão de dependentes fictícios, levaram o INSS a intensificar a verificação de documentos, o que por vezes prolonga o tempo de espera. Em 2025, o governo planeja usar inteligência artificial para agilizar análises, mas os resultados ainda são incertos.
A informalidade também limita o alcance do benefício. Com 38% dos trabalhadores fora do mercado formal, milhões de famílias ficam sem acesso, mesmo preenchendo os critérios de renda e dependência.
Um suporte essencial para famílias brasileiras
O salário-família segue como pilar de apoio para milhões de brasileiros, especialmente em tempos de crise econômica. Com valores atualizados em 2025, o benefício alcança cerca de 5 milhões de trabalhadores, oferecendo R$ 65 por dependente a quem ganha até R$ 1.906,04. Em um país onde a expectativa de vida subiu para 76 anos e a informalidade persiste, o programa se adapta às mudanças sociais, garantindo renda extra a famílias vulneráveis.
Para muitos, o benefício é a diferença entre comprar material escolar ou pagar uma conta de luz. Em cidades pequenas, o dinheiro circula rapidamente, fortalecendo economias locais e reduzindo desigualdades regionais. Dados mostram que 70% dos beneficiários com filhos menores de 14 anos dependem exclusivamente dessa renda complementar.
A história do salário-família reflete o compromisso do Brasil com a proteção social, mas também expõe os limites do sistema. Enquanto a demanda cresce, o INSS enfrenta o desafio de equilibrar eficiência e cobertura, assegurando que o benefício chegue a quem mais precisa.

No Brasil, o salário-família, benefício previdenciário oferecido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), tem se consolidado como um suporte essencial para trabalhadores de baixa renda com filhos. Em 2025, o programa alcança cerca de 5 milhões de beneficiários, entre empregados formais, domésticos e trabalhadores avulsos, refletindo o impacto da alta informalidade e das mudanças econômicas no país. Com um reajuste anual alinhado ao salário mínimo, que passou para R$ 1.518, a cota do benefício subiu para R$ 65 por dependente, válida para quem ganha até R$ 1.906,04 mensais. Instituído em 1963 pela Lei nº 4.266, o salário-família visa aliviar o custo de vida de famílias com crianças de até 14 anos ou filhos com deficiência de qualquer idade, sem exigir tempo mínimo de contribuição ao INSS. Diferente de outros benefícios, como aposentadoria ou auxílio-doença, ele é pago diretamente pelo empregador, que depois desconta o valor das contribuições previdenciárias, ou pelo INSS, no caso de segurados em gozo de benefícios.
O acesso ao salário-família exige que o trabalhador tenha remuneração dentro do limite estipulado e dependentes que se enquadrem nos critérios legais. Em 2024, o programa injetou mais de R$ 3 bilhões na economia, valor que deve crescer em 2025 com o aumento da cota e a inclusão de novos beneficiários.
A relevância do benefício é ainda maior em um cenário onde 38% da força de trabalho permanece na informalidade, segundo dados recentes. Para muitos, o salário-família representa um complemento essencial à renda, especialmente em regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Quem tem direito ao salário-família
Nem todos os trabalhadores podem solicitar o salário-família, apesar de sua ampla abrangência. O benefício é destinado a empregados com carteira assinada, incluindo domésticos, e trabalhadores avulsos vinculados a sindicatos ou órgãos gestores de mão de obra, desde que a renda mensal não ultrapasse R$ 1.906,04 em 2025. Aposentados também podem recebê-lo, caso tenham mais de 65 anos (homens) ou 60 anos (mulheres) e dependentes elegíveis, ou se retornarem ao mercado formal.
Para ter direito, é necessário ter filhos ou equiparados (como enteados) menores de 14 anos, ou com deficiência de qualquer idade, comprovada por laudo médico do INSS. Ambos os pais podem receber o benefício, desde que atendam aos requisitos separadamente.
Regras e valores atualizados para 2025
Em 2025, o valor da cota do salário-família foi fixado em R$ 65 por dependente, um aumento em relação aos R$ 62,04 pagos em 2024, refletindo o reajuste do salário mínimo em 7,51%. O teto de renda para elegibilidade subiu de R$ 1.819,26 para R$ 1.906,04, acompanhando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou 2024 em 4,77%.
A remuneração considerada inclui o salário bruto e adicionais como horas extras ou insalubridade, mas exclui 13º salário e adicional de férias. Se o trabalhador ultrapassar o limite de R$ 1.906,04, mesmo por pouco, perde o direito ao benefício.
Como solicitar o salário-família no INSS
Solicitar o salário-família envolve passos específicos, dependendo da situação do trabalhador. Empregados formais devem requerê-lo diretamente ao empregador, apresentando documentos como certidão de nascimento dos filhos, carteira de vacinação (para menores de 6 anos) e comprovante de frequência escolar (a partir de 7 anos). Já trabalhadores avulsos fazem o pedido via sindicato ou órgão gestor, enquanto aposentados ou beneficiários de auxílios do INSS, como auxílio-doença, devem usar o portal Meu INSS ou o aplicativo.
O processo exige renovação periódica: a carteira de vacinação deve ser apresentada anualmente em novembro, e a frequência escolar, semestralmente, em maio e novembro. Caso a documentação não seja atualizada, o pagamento é suspenso até a regularização, mas os valores acumulados são liberados posteriormente.
Para 2025, o INSS estima que 10% dos pedidos iniciais sejam rejeitados por inconsistências, como renda acima do teto ou falta de documentos, reforçando a importância de manter cadastros atualizados.
Calendário de pagamento do salário-família em 2025
O pagamento do salário-família segue cronogramas distintos conforme o perfil do beneficiário. Para empregados, o valor é depositado junto ao salário mensal, proporcional aos dias trabalhados em casos de admissão ou demissão. Já para quem recebe benefícios do INSS, o calendário obedece ao número final do NIS (Número de Identificação Social):
- Final 1: 25 de cada mês.
- Final 2: 26 de cada mês.
- Final 3: 27 de cada mês.
- Final 4: 28 de cada mês.
- Final 5: 29 de cada mês.
- Finais 6 a 0: Dias subsequentes, ajustados para evitar feriados e fins de semana.
Em 2025, o INSS começará os pagamentos dos benefícios reajustados a partir de 27 de janeiro para quem recebe o mínimo, e de 3 de fevereiro para valores acima disso, garantindo a correção retroativa a 1º de janeiro.
Impacto econômico do benefício
O salário-família tem um efeito significativo na economia, especialmente em pequenas cidades. Em 2024, o programa movimentou mais de R$ 3 bilhões, valor que deve superar R$ 3,2 bilhões em 2025 com o reajuste da cota. Cada real pago gera um impacto estimado de R$ 1,50 no comércio local, beneficiando setores como alimentação, saúde e educação.
Cerca de 60% dos beneficiários vivem em municípios com IDH abaixo da média nacional, onde o benefício muitas vezes sustenta toda a família. Para trabalhadores com três filhos, por exemplo, o valor mensal de R$ 195 faz diferença no orçamento doméstico.
Benefícios acumulados e direitos garantidos
Diferente de programas assistenciais como o Bolsa Família, o salário-família pode ser acumulado com outros benefícios previdenciários, como aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-doença. Isso amplia seu alcance, beneficiando tanto trabalhadores ativos quanto aposentados que voltam ao mercado. Em 2023, cerca de 15% dos recebedores eram aposentados com filhos dependentes, número que deve crescer com o envelhecimento populacional.
O benefício não exige contribuição prévia ao INSS, mas o trabalhador deve estar vinculado à Previdência Social por meio do emprego formal ou como avulso. A cota é paga por filho, sem limite de dependentes, desde que todos atendam aos critérios de idade ou deficiência.
Desafios na gestão do salário-família
Gerir o salário-família apresenta obstáculos tanto para o INSS quanto para os beneficiários. A burocracia é uma barreira recorrente: em 2024, mais de 200 mil pedidos estavam em análise, atrasados por falta de pessoal ou inconsistências nos dados. A digitalização via Meu INSS tem reduzido o problema, mas a exclusão digital afeta 20% da população, forçando muitos a buscar atendimento presencial em agências lotadas.
Outro desafio é a fiscalização. Casos de fraudes, como a inclusão de dependentes fictícios, levaram o INSS a intensificar a verificação de documentos, o que por vezes prolonga o tempo de espera. Em 2025, o governo planeja usar inteligência artificial para agilizar análises, mas os resultados ainda são incertos.
A informalidade também limita o alcance do benefício. Com 38% dos trabalhadores fora do mercado formal, milhões de famílias ficam sem acesso, mesmo preenchendo os critérios de renda e dependência.
Um suporte essencial para famílias brasileiras
O salário-família segue como pilar de apoio para milhões de brasileiros, especialmente em tempos de crise econômica. Com valores atualizados em 2025, o benefício alcança cerca de 5 milhões de trabalhadores, oferecendo R$ 65 por dependente a quem ganha até R$ 1.906,04. Em um país onde a expectativa de vida subiu para 76 anos e a informalidade persiste, o programa se adapta às mudanças sociais, garantindo renda extra a famílias vulneráveis.
Para muitos, o benefício é a diferença entre comprar material escolar ou pagar uma conta de luz. Em cidades pequenas, o dinheiro circula rapidamente, fortalecendo economias locais e reduzindo desigualdades regionais. Dados mostram que 70% dos beneficiários com filhos menores de 14 anos dependem exclusivamente dessa renda complementar.
A história do salário-família reflete o compromisso do Brasil com a proteção social, mas também expõe os limites do sistema. Enquanto a demanda cresce, o INSS enfrenta o desafio de equilibrar eficiência e cobertura, assegurando que o benefício chegue a quem mais precisa.
