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14 Mar 2025, Fri

assassinato premeditado choca Belo Horizonte com corpo encontrado sob concreto na Pampulha

Clara Maria Venancio Rodrigues


Clara Maria Venancio Rodrigues, uma jovem de 21 anos, foi brutalmente assassinada em Belo Horizonte, e seu corpo foi descoberto na quarta-feira, 12 de março, enterrado sob uma camada de concreto na casa de um ex-colega de trabalho no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha. O crime, que a Polícia Civil classificou como premeditado, foi confessado por Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, que admitiu ter matado Clara com um golpe de mata-leão na cozinha de sua residência na noite de domingo, 9 de março. Ele contou com a ajuda de Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, que também confessou participação, auxiliando na ocultação do corpo com entulhos e cimento. A Justiça converteu a prisão em flagrante dos dois em preventiva nesta sexta-feira, 14 de março, mantendo-os detidos por tempo indeterminado. A investigação revelou motivações perturbadoras, incluindo ciúmes, vingança e até a possibilidade de necrofilia, deixando a população e os próprios policiais chocados com a frieza dos suspeitos. Clara, que trabalhava em uma padaria na Pampulha, foi atraída ao local por Sampaio sob o pretexto de receber uma dívida de R$ 400, valor que ela planejava usar para pagar seu aluguel. O caso expõe a vulnerabilidade das mulheres e reacende debates sobre feminicídio e violência urbana no Brasil.

O namorado de Clara relatou que, na sexta-feira anterior ao crime, 7 de março, eles estavam juntos em uma choperia quando avistaram Sampaio, que evitou contato com o casal. A jovem comentou que o ex-colega lhe devia dinheiro há três meses e frequentemente se esquivava do pagamento. No dia seguinte, Sampaio entrou em contato com ela, prometendo quitar a dívida, o que a levou a aceitar o encontro fatal no domingo. A delegada Alessandra Wilke destacou a brutalidade do assassinato, enfatizando que os suspeitos, jovens sem histórico criminal, agiram com uma frieza inesperada, planejando cada etapa do crime.

A descoberta do corpo só foi possível graças à insistência de amigos e do namorado, que registraram o desaparecimento de Clara após mensagens estranhas enviadas de seu celular na madrugada de segunda-feira, 10 de março. A Polícia Civil, alertada por testemunhas, chegou à casa de Sampaio, onde um forte odor revelou a localização do cadáver em um corredor estreito, coberto por concreto ainda úmido. O caso ganhou repercussão nacional, comovendo a comunidade local e levantando questões sobre segurança e a impunidade em crimes contra mulheres.

O crime planejado que abalou a Pampulha

Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel confessaram o assassinato de Clara Maria, mas suas versões sobre a motivação divergem. Sampaio alegou que o plano inicial era roubar a jovem, acessando suas contas bancárias pelo celular, mas que a situação saiu do controle quando ela reagiu, levando-o a aplicar o mata-leão que resultou em sua morte. Já Pimentel afirmou que o crime foi motivado por ódio, planejado com antecedência devido a desentendimentos pessoais, incluindo um episódio em que Clara o repreendeu por fazer apologia ao nazismo em um bar.

A polícia acredita que o crime foi arquitetado dias antes, com Sampaio atraindo Clara para sua kitnet sob o pretexto da dívida. Após o assassinato, o corpo permaneceu exposto na sala da casa por quase 24 horas, nu, enquanto os suspeitos bebiam e discutiam o que fazer. Na tarde de segunda-feira, eles decidiram enterrá-lo no corredor, cobrindo-o com terra, entulhos e uma camada de concreto, que ainda estava úmida quando os bombeiros o localizaram na quarta-feira.

O delegado Alexandre Oliveira da Fonseca destacou a premeditação como um fator agravante, apontando que os suspeitos escolheram o domingo para agir, sabendo que Clara estaria de folga na segunda-feira, o que lhes daria mais tempo para ocultar o cadáver. A frieza dos envolvidos chocou os investigadores, que descreveram os dois como “pessoas acima de qualquer suspeita” para um ato tão bárbaro.

Suspeitas de necrofilia e apologia ao nazismo

Investigações apontaram indícios perturbadores que vão além do homicídio. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de necrofilia, levantada após um ato falho de Sampaio durante o depoimento. Sem ser questionado, ele declarou: “Não bati foto e não toquei no corpo dela”, o que o delegado interpretou como uma revelação inconsciente. Um amigo em comum relatou que Pimentel já havia expressado interesse em praticar atos de necrofilia, o que reforça a suspeita, embora exames ainda estejam em andamento para confirmar se houve abuso sexual após a morte.

Outro elemento que emergiu foi a apologia ao nazismo por parte de Pimentel. Testemunhas contaram que, meses antes, em uma cervejaria, ele usou expressões nazistas e foi repreendido por Clara, que não tolerou o comportamento. Pimentel teria ficado ressentido com a reação da jovem, alimentando um ódio que, segundo ele, culminou no plano de assassiná-la. A combinação de ciúmes de Sampaio, que foi rejeitado por Clara, e o rancor de Pimentel criou um cenário letal que vitimou a jovem de forma cruel.

A delegada Alessandra Wilke enfatizou que o caso transcende os padrões comuns de criminalidade, envolvendo motivações sádicas e requintes de crueldade que chocaram até os policiais mais experientes. O corpo de Clara, deixado exposto por horas antes de ser enterrado, reflete a desumanidade dos suspeitos, que passaram a madrugada bebendo ao lado do cadáver enquanto planejavam a ocultação.

Passo a passo do crime em Belo Horizonte

A sequência de eventos que levou à morte de Clara Maria foi marcada por um planejamento meticuloso. Veja os principais momentos:

  • Sexta-feira, 7 de março: Clara e o namorado encontram Sampaio em uma choperia; ele evita o casal, mas no dia seguinte a contata prometendo pagar a dívida.
  • Domingo, 9 de março, 22h45: Clara sai do trabalho e vai à casa de Sampaio no bairro Ouro Preto para receber R$ 400; é assassinada com um mata-leão na cozinha.
  • Madrugada de 10 de março: O corpo fica exposto na sala enquanto os suspeitos bebem; tentam acessar as contas bancárias da vítima, sem sucesso.
  • Segunda-feira, 10 de março, tarde: O cadáver é enterrado no corredor da casa e coberto com concreto.
  • Quarta-feira, 12 de março: Após buscas de amigos e investigação policial, o corpo é encontrado sob concreto úmido.
  • Quinta-feira, 13 de março: Sampaio e Pimentel confessam o crime; a polícia aponta premeditação.
  • Sexta-feira, 14 de março: A prisão em flagrante é convertida em preventiva.

A rapidez com que os amigos de Clara agiram após seu desaparecimento foi crucial para a descoberta do corpo, que já estava em decomposição quando localizado.

A vida interrompida de Clara Maria

Clara Maria Venancio Rodrigues era uma jovem de 21 anos que trabalhava em uma padaria na Pampulha e dividia uma casa com um amigo no mesmo bairro. Responsável e dedicada, ela planejava usar os R$ 400 da dívida para ajudar no aluguel, segundo o namorado. Amigos a descreveram como alguém carinhoso, que cuidava de animais e não tinha envolvimento com drogas, o que torna o crime ainda mais revoltante.

Na noite de domingo, após terminar seu expediente, ela hesitou em ir à casa de Sampaio, mas foi convencida pela promessa do pagamento e pela oferta de fumarem maconha juntos. A confiança em um ex-colega de trabalho, com quem conviveu por três meses na padaria, acabou sendo fatal. Após o crime, mensagens estranhas enviadas de seu celular, como uma que chamava um amigo de “amiga”, levantaram suspeitas e mobilizaram a busca.

A comunidade da Pampulha ficou abalada com o caso. Cartazes com o rosto de Clara foram espalhados pelo bairro, e a solidariedade de amigos e vizinhos pressionou as autoridades a agir rapidamente. O forte odor na casa de Sampaio, aliado às informações de testemunhas, guiou a polícia até o local do crime, onde o Corpo de Bombeiros confirmou a presença do corpo sob o concreto.

O papel dos suspeitos no assassinato

Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, foi o principal executor do crime. Ex-colega de Clara na padaria, ele foi demitido por justa causa após ser flagrado consumindo entorpecentes no trabalho. A dívida de R$ 400 que tinha com a jovem, somada ao ciúme ao vê-la com o namorado, teria sido o estopim para o plano macabro. Ele confessou ter aplicado o mata-leão e planejado fugir após o crime, sendo preso com malas prontas.

Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, é apontado como cúmplice. Casado e pai de cinco filhos, ele trabalhava em um restaurante próximo à padaria de Clara e a conheceu por meio de Sampaio. Seu ódio pela jovem, alimentado pela repreensão pública ao seu comportamento nazista, o levou a participar do assassinato e da ocultação do corpo. Ele alega que não acreditava que Sampaio levaria o plano adiante, mas admitiu ter segurado Clara durante o ataque.

Um terceiro suspeito, Kennedy Marcelo da Conceição Filho, de 34 anos, chegou a ser detido por estar na casa de Sampaio no dia seguinte ao crime, mas negou envolvimento e foi liberado, embora permaneça sob investigação. A polícia descartou sua participação direta até o momento, focando em Sampaio e Pimentel como os responsáveis pelo feminicídio.

Repercussão e impacto na comunidade

O assassinato de Clara Maria gerou comoção em Belo Horizonte e nas redes sociais, onde amigos e familiares lamentaram a perda. A brutalidade do crime, com o corpo concretado em uma casa no coração da Pampulha, chocou moradores e reacendeu discussões sobre a segurança de mulheres em situações cotidianas. Vizinhos relataram que os suspeitos mantinham uma rotina discreta, raramente sendo vistos na rua, o que aumentou a surpresa com a descoberta.

A ação rápida dos amigos de Clara, que organizaram buscas e entregaram provas à polícia, como vídeos e mensagens, foi essencial para localizar o corpo. O caso também expôs a vulnerabilidade de jovens trabalhadores, como Clara, que confiou em um conhecido e acabou vítima de um crime planejado com requintes de crueldade.

A delegada Alessandra Wilke descreveu os suspeitos como indivíduos aparentemente comuns, sem antecedentes criminais, o que torna o caso ainda mais alarmante. A possibilidade de motivações como necrofilia e apologia ao nazismo adiciona uma camada de horror, levando a polícia a aprofundar as investigações sobre o perfil psicológico dos envolvidos.

Medidas policiais e judiciais em andamento

Após a confissão dos suspeitos, a Polícia Civil solicitou a conversão da prisão em flagrante para preventiva, aceita pela Justiça na audiência de custódia de sexta-feira, 14 de março. Isso garante que Sampaio e Pimentel permaneçam detidos enquanto o inquérito avança. Exames estão sendo realizados para verificar se houve abuso sexual pós-morte, e a investigação continua para esclarecer todos os detalhes do planejamento e da execução do crime.

A polícia também apura se os suspeitos tinham planos de fugir para outro estado, já que Sampaio contatou conhecidos fora de Minas Gerais antes de ser preso. A presença de malas prontas em sua casa reforça essa suspeita, indicando que ele pretendia escapar após ocultar o corpo.

O trabalho conjunto entre a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foi crucial para a resolução inicial do caso. O forte odor detectado na residência e a colaboração de testemunhas permitiram a localização do corpo em menos de 72 horas após o registro do desaparecimento, evitando que o crime permanecesse oculto por mais tempo.

O que se sabe sobre os suspeitos e a vítima

Clara Maria era uma jovem trabalhadora, conhecida por sua responsabilidade e carinho com amigos e animais. Sua morte trágica interrompeu uma vida simples, marcada por planos modestos, como usar o dinheiro da dívida para pagar o aluguel. Já os suspeitos, Sampaio e Pimentel, apresentavam um perfil discreto, mas escondiam ressentimentos que culminaram no assassinato. Veja os detalhes:

  • Thiago Schafer Sampaio: 27 anos, ex-colega de Clara, demitido da padaria por uso de drogas; movido por ciúmes e uma dívida de R$ 400.
  • Lucas Rodrigues Pimentel: 29 anos, pai de cinco filhos, ressentido com Clara por uma repreensão pública; suspeito de interesse em necrofilia.
  • Clara Maria Venancio Rodrigues: 21 anos, vítima de feminicídio, trabalhava em uma padaria e foi atraída por uma falsa promessa de pagamento.

O caso segue sob investigação, com a polícia buscando esclarecer todas as motivações e garantir que a justiça seja feita.

Clara Maria Venancio Rodrigues, uma jovem de 21 anos, foi brutalmente assassinada em Belo Horizonte, e seu corpo foi descoberto na quarta-feira, 12 de março, enterrado sob uma camada de concreto na casa de um ex-colega de trabalho no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha. O crime, que a Polícia Civil classificou como premeditado, foi confessado por Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, que admitiu ter matado Clara com um golpe de mata-leão na cozinha de sua residência na noite de domingo, 9 de março. Ele contou com a ajuda de Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, que também confessou participação, auxiliando na ocultação do corpo com entulhos e cimento. A Justiça converteu a prisão em flagrante dos dois em preventiva nesta sexta-feira, 14 de março, mantendo-os detidos por tempo indeterminado. A investigação revelou motivações perturbadoras, incluindo ciúmes, vingança e até a possibilidade de necrofilia, deixando a população e os próprios policiais chocados com a frieza dos suspeitos. Clara, que trabalhava em uma padaria na Pampulha, foi atraída ao local por Sampaio sob o pretexto de receber uma dívida de R$ 400, valor que ela planejava usar para pagar seu aluguel. O caso expõe a vulnerabilidade das mulheres e reacende debates sobre feminicídio e violência urbana no Brasil.

O namorado de Clara relatou que, na sexta-feira anterior ao crime, 7 de março, eles estavam juntos em uma choperia quando avistaram Sampaio, que evitou contato com o casal. A jovem comentou que o ex-colega lhe devia dinheiro há três meses e frequentemente se esquivava do pagamento. No dia seguinte, Sampaio entrou em contato com ela, prometendo quitar a dívida, o que a levou a aceitar o encontro fatal no domingo. A delegada Alessandra Wilke destacou a brutalidade do assassinato, enfatizando que os suspeitos, jovens sem histórico criminal, agiram com uma frieza inesperada, planejando cada etapa do crime.

A descoberta do corpo só foi possível graças à insistência de amigos e do namorado, que registraram o desaparecimento de Clara após mensagens estranhas enviadas de seu celular na madrugada de segunda-feira, 10 de março. A Polícia Civil, alertada por testemunhas, chegou à casa de Sampaio, onde um forte odor revelou a localização do cadáver em um corredor estreito, coberto por concreto ainda úmido. O caso ganhou repercussão nacional, comovendo a comunidade local e levantando questões sobre segurança e a impunidade em crimes contra mulheres.

O crime planejado que abalou a Pampulha

Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel confessaram o assassinato de Clara Maria, mas suas versões sobre a motivação divergem. Sampaio alegou que o plano inicial era roubar a jovem, acessando suas contas bancárias pelo celular, mas que a situação saiu do controle quando ela reagiu, levando-o a aplicar o mata-leão que resultou em sua morte. Já Pimentel afirmou que o crime foi motivado por ódio, planejado com antecedência devido a desentendimentos pessoais, incluindo um episódio em que Clara o repreendeu por fazer apologia ao nazismo em um bar.

A polícia acredita que o crime foi arquitetado dias antes, com Sampaio atraindo Clara para sua kitnet sob o pretexto da dívida. Após o assassinato, o corpo permaneceu exposto na sala da casa por quase 24 horas, nu, enquanto os suspeitos bebiam e discutiam o que fazer. Na tarde de segunda-feira, eles decidiram enterrá-lo no corredor, cobrindo-o com terra, entulhos e uma camada de concreto, que ainda estava úmida quando os bombeiros o localizaram na quarta-feira.

O delegado Alexandre Oliveira da Fonseca destacou a premeditação como um fator agravante, apontando que os suspeitos escolheram o domingo para agir, sabendo que Clara estaria de folga na segunda-feira, o que lhes daria mais tempo para ocultar o cadáver. A frieza dos envolvidos chocou os investigadores, que descreveram os dois como “pessoas acima de qualquer suspeita” para um ato tão bárbaro.

Suspeitas de necrofilia e apologia ao nazismo

Investigações apontaram indícios perturbadores que vão além do homicídio. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de necrofilia, levantada após um ato falho de Sampaio durante o depoimento. Sem ser questionado, ele declarou: “Não bati foto e não toquei no corpo dela”, o que o delegado interpretou como uma revelação inconsciente. Um amigo em comum relatou que Pimentel já havia expressado interesse em praticar atos de necrofilia, o que reforça a suspeita, embora exames ainda estejam em andamento para confirmar se houve abuso sexual após a morte.

Outro elemento que emergiu foi a apologia ao nazismo por parte de Pimentel. Testemunhas contaram que, meses antes, em uma cervejaria, ele usou expressões nazistas e foi repreendido por Clara, que não tolerou o comportamento. Pimentel teria ficado ressentido com a reação da jovem, alimentando um ódio que, segundo ele, culminou no plano de assassiná-la. A combinação de ciúmes de Sampaio, que foi rejeitado por Clara, e o rancor de Pimentel criou um cenário letal que vitimou a jovem de forma cruel.

A delegada Alessandra Wilke enfatizou que o caso transcende os padrões comuns de criminalidade, envolvendo motivações sádicas e requintes de crueldade que chocaram até os policiais mais experientes. O corpo de Clara, deixado exposto por horas antes de ser enterrado, reflete a desumanidade dos suspeitos, que passaram a madrugada bebendo ao lado do cadáver enquanto planejavam a ocultação.

Passo a passo do crime em Belo Horizonte

A sequência de eventos que levou à morte de Clara Maria foi marcada por um planejamento meticuloso. Veja os principais momentos:

  • Sexta-feira, 7 de março: Clara e o namorado encontram Sampaio em uma choperia; ele evita o casal, mas no dia seguinte a contata prometendo pagar a dívida.
  • Domingo, 9 de março, 22h45: Clara sai do trabalho e vai à casa de Sampaio no bairro Ouro Preto para receber R$ 400; é assassinada com um mata-leão na cozinha.
  • Madrugada de 10 de março: O corpo fica exposto na sala enquanto os suspeitos bebem; tentam acessar as contas bancárias da vítima, sem sucesso.
  • Segunda-feira, 10 de março, tarde: O cadáver é enterrado no corredor da casa e coberto com concreto.
  • Quarta-feira, 12 de março: Após buscas de amigos e investigação policial, o corpo é encontrado sob concreto úmido.
  • Quinta-feira, 13 de março: Sampaio e Pimentel confessam o crime; a polícia aponta premeditação.
  • Sexta-feira, 14 de março: A prisão em flagrante é convertida em preventiva.

A rapidez com que os amigos de Clara agiram após seu desaparecimento foi crucial para a descoberta do corpo, que já estava em decomposição quando localizado.

A vida interrompida de Clara Maria

Clara Maria Venancio Rodrigues era uma jovem de 21 anos que trabalhava em uma padaria na Pampulha e dividia uma casa com um amigo no mesmo bairro. Responsável e dedicada, ela planejava usar os R$ 400 da dívida para ajudar no aluguel, segundo o namorado. Amigos a descreveram como alguém carinhoso, que cuidava de animais e não tinha envolvimento com drogas, o que torna o crime ainda mais revoltante.

Na noite de domingo, após terminar seu expediente, ela hesitou em ir à casa de Sampaio, mas foi convencida pela promessa do pagamento e pela oferta de fumarem maconha juntos. A confiança em um ex-colega de trabalho, com quem conviveu por três meses na padaria, acabou sendo fatal. Após o crime, mensagens estranhas enviadas de seu celular, como uma que chamava um amigo de “amiga”, levantaram suspeitas e mobilizaram a busca.

A comunidade da Pampulha ficou abalada com o caso. Cartazes com o rosto de Clara foram espalhados pelo bairro, e a solidariedade de amigos e vizinhos pressionou as autoridades a agir rapidamente. O forte odor na casa de Sampaio, aliado às informações de testemunhas, guiou a polícia até o local do crime, onde o Corpo de Bombeiros confirmou a presença do corpo sob o concreto.

O papel dos suspeitos no assassinato

Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, foi o principal executor do crime. Ex-colega de Clara na padaria, ele foi demitido por justa causa após ser flagrado consumindo entorpecentes no trabalho. A dívida de R$ 400 que tinha com a jovem, somada ao ciúme ao vê-la com o namorado, teria sido o estopim para o plano macabro. Ele confessou ter aplicado o mata-leão e planejado fugir após o crime, sendo preso com malas prontas.

Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, é apontado como cúmplice. Casado e pai de cinco filhos, ele trabalhava em um restaurante próximo à padaria de Clara e a conheceu por meio de Sampaio. Seu ódio pela jovem, alimentado pela repreensão pública ao seu comportamento nazista, o levou a participar do assassinato e da ocultação do corpo. Ele alega que não acreditava que Sampaio levaria o plano adiante, mas admitiu ter segurado Clara durante o ataque.

Um terceiro suspeito, Kennedy Marcelo da Conceição Filho, de 34 anos, chegou a ser detido por estar na casa de Sampaio no dia seguinte ao crime, mas negou envolvimento e foi liberado, embora permaneça sob investigação. A polícia descartou sua participação direta até o momento, focando em Sampaio e Pimentel como os responsáveis pelo feminicídio.

Repercussão e impacto na comunidade

O assassinato de Clara Maria gerou comoção em Belo Horizonte e nas redes sociais, onde amigos e familiares lamentaram a perda. A brutalidade do crime, com o corpo concretado em uma casa no coração da Pampulha, chocou moradores e reacendeu discussões sobre a segurança de mulheres em situações cotidianas. Vizinhos relataram que os suspeitos mantinham uma rotina discreta, raramente sendo vistos na rua, o que aumentou a surpresa com a descoberta.

A ação rápida dos amigos de Clara, que organizaram buscas e entregaram provas à polícia, como vídeos e mensagens, foi essencial para localizar o corpo. O caso também expôs a vulnerabilidade de jovens trabalhadores, como Clara, que confiou em um conhecido e acabou vítima de um crime planejado com requintes de crueldade.

A delegada Alessandra Wilke descreveu os suspeitos como indivíduos aparentemente comuns, sem antecedentes criminais, o que torna o caso ainda mais alarmante. A possibilidade de motivações como necrofilia e apologia ao nazismo adiciona uma camada de horror, levando a polícia a aprofundar as investigações sobre o perfil psicológico dos envolvidos.

Medidas policiais e judiciais em andamento

Após a confissão dos suspeitos, a Polícia Civil solicitou a conversão da prisão em flagrante para preventiva, aceita pela Justiça na audiência de custódia de sexta-feira, 14 de março. Isso garante que Sampaio e Pimentel permaneçam detidos enquanto o inquérito avança. Exames estão sendo realizados para verificar se houve abuso sexual pós-morte, e a investigação continua para esclarecer todos os detalhes do planejamento e da execução do crime.

A polícia também apura se os suspeitos tinham planos de fugir para outro estado, já que Sampaio contatou conhecidos fora de Minas Gerais antes de ser preso. A presença de malas prontas em sua casa reforça essa suspeita, indicando que ele pretendia escapar após ocultar o corpo.

O trabalho conjunto entre a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foi crucial para a resolução inicial do caso. O forte odor detectado na residência e a colaboração de testemunhas permitiram a localização do corpo em menos de 72 horas após o registro do desaparecimento, evitando que o crime permanecesse oculto por mais tempo.

O que se sabe sobre os suspeitos e a vítima

Clara Maria era uma jovem trabalhadora, conhecida por sua responsabilidade e carinho com amigos e animais. Sua morte trágica interrompeu uma vida simples, marcada por planos modestos, como usar o dinheiro da dívida para pagar o aluguel. Já os suspeitos, Sampaio e Pimentel, apresentavam um perfil discreto, mas escondiam ressentimentos que culminaram no assassinato. Veja os detalhes:

  • Thiago Schafer Sampaio: 27 anos, ex-colega de Clara, demitido da padaria por uso de drogas; movido por ciúmes e uma dívida de R$ 400.
  • Lucas Rodrigues Pimentel: 29 anos, pai de cinco filhos, ressentido com Clara por uma repreensão pública; suspeito de interesse em necrofilia.
  • Clara Maria Venancio Rodrigues: 21 anos, vítima de feminicídio, trabalhava em uma padaria e foi atraída por uma falsa promessa de pagamento.

O caso segue sob investigação, com a polícia buscando esclarecer todas as motivações e garantir que a justiça seja feita.

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