Clara Maria Venancio Rodrigues, uma jovem de 21 anos, foi brutalmente assassinada em Belo Horizonte, e seu corpo foi descoberto na quarta-feira, 12 de março, enterrado sob uma camada de concreto na casa de um ex-colega de trabalho no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha. O crime, que a Polícia Civil classificou como premeditado, foi confessado por Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, que admitiu ter matado Clara com um golpe de mata-leão na cozinha de sua residência na noite de domingo, 9 de março. Ele contou com a ajuda de Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, que também confessou participação, auxiliando na ocultação do corpo com entulhos e cimento. A Justiça converteu a prisão em flagrante dos dois em preventiva nesta sexta-feira, 14 de março, mantendo-os detidos por tempo indeterminado. A investigação revelou motivações perturbadoras, incluindo ciúmes, vingança e até a possibilidade de necrofilia, deixando a população e os próprios policiais chocados com a frieza dos suspeitos. Clara, que trabalhava em uma padaria na Pampulha, foi atraída ao local por Sampaio sob o pretexto de receber uma dívida de R$ 400, valor que ela planejava usar para pagar seu aluguel. O caso expõe a vulnerabilidade das mulheres e reacende debates sobre feminicídio e violência urbana no Brasil.
O namorado de Clara relatou que, na sexta-feira anterior ao crime, 7 de março, eles estavam juntos em uma choperia quando avistaram Sampaio, que evitou contato com o casal. A jovem comentou que o ex-colega lhe devia dinheiro há três meses e frequentemente se esquivava do pagamento. No dia seguinte, Sampaio entrou em contato com ela, prometendo quitar a dívida, o que a levou a aceitar o encontro fatal no domingo. A delegada Alessandra Wilke destacou a brutalidade do assassinato, enfatizando que os suspeitos, jovens sem histórico criminal, agiram com uma frieza inesperada, planejando cada etapa do crime.
A descoberta do corpo só foi possível graças à insistência de amigos e do namorado, que registraram o desaparecimento de Clara após mensagens estranhas enviadas de seu celular na madrugada de segunda-feira, 10 de março. A Polícia Civil, alertada por testemunhas, chegou à casa de Sampaio, onde um forte odor revelou a localização do cadáver em um corredor estreito, coberto por concreto ainda úmido. O caso ganhou repercussão nacional, comovendo a comunidade local e levantando questões sobre segurança e a impunidade em crimes contra mulheres.
O crime planejado que abalou a Pampulha
Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel confessaram o assassinato de Clara Maria, mas suas versões sobre a motivação divergem. Sampaio alegou que o plano inicial era roubar a jovem, acessando suas contas bancárias pelo celular, mas que a situação saiu do controle quando ela reagiu, levando-o a aplicar o mata-leão que resultou em sua morte. Já Pimentel afirmou que o crime foi motivado por ódio, planejado com antecedência devido a desentendimentos pessoais, incluindo um episódio em que Clara o repreendeu por fazer apologia ao nazismo em um bar.
A polícia acredita que o crime foi arquitetado dias antes, com Sampaio atraindo Clara para sua kitnet sob o pretexto da dívida. Após o assassinato, o corpo permaneceu exposto na sala da casa por quase 24 horas, nu, enquanto os suspeitos bebiam e discutiam o que fazer. Na tarde de segunda-feira, eles decidiram enterrá-lo no corredor, cobrindo-o com terra, entulhos e uma camada de concreto, que ainda estava úmida quando os bombeiros o localizaram na quarta-feira.
O delegado Alexandre Oliveira da Fonseca destacou a premeditação como um fator agravante, apontando que os suspeitos escolheram o domingo para agir, sabendo que Clara estaria de folga na segunda-feira, o que lhes daria mais tempo para ocultar o cadáver. A frieza dos envolvidos chocou os investigadores, que descreveram os dois como “pessoas acima de qualquer suspeita” para um ato tão bárbaro.
Suspeitas de necrofilia e apologia ao nazismo
Investigações apontaram indícios perturbadores que vão além do homicídio. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de necrofilia, levantada após um ato falho de Sampaio durante o depoimento. Sem ser questionado, ele declarou: “Não bati foto e não toquei no corpo dela”, o que o delegado interpretou como uma revelação inconsciente. Um amigo em comum relatou que Pimentel já havia expressado interesse em praticar atos de necrofilia, o que reforça a suspeita, embora exames ainda estejam em andamento para confirmar se houve abuso sexual após a morte.
Outro elemento que emergiu foi a apologia ao nazismo por parte de Pimentel. Testemunhas contaram que, meses antes, em uma cervejaria, ele usou expressões nazistas e foi repreendido por Clara, que não tolerou o comportamento. Pimentel teria ficado ressentido com a reação da jovem, alimentando um ódio que, segundo ele, culminou no plano de assassiná-la. A combinação de ciúmes de Sampaio, que foi rejeitado por Clara, e o rancor de Pimentel criou um cenário letal que vitimou a jovem de forma cruel.
A delegada Alessandra Wilke enfatizou que o caso transcende os padrões comuns de criminalidade, envolvendo motivações sádicas e requintes de crueldade que chocaram até os policiais mais experientes. O corpo de Clara, deixado exposto por horas antes de ser enterrado, reflete a desumanidade dos suspeitos, que passaram a madrugada bebendo ao lado do cadáver enquanto planejavam a ocultação.
Passo a passo do crime em Belo Horizonte
A sequência de eventos que levou à morte de Clara Maria foi marcada por um planejamento meticuloso. Veja os principais momentos:
- Sexta-feira, 7 de março: Clara e o namorado encontram Sampaio em uma choperia; ele evita o casal, mas no dia seguinte a contata prometendo pagar a dívida.
- Domingo, 9 de março, 22h45: Clara sai do trabalho e vai à casa de Sampaio no bairro Ouro Preto para receber R$ 400; é assassinada com um mata-leão na cozinha.
- Madrugada de 10 de março: O corpo fica exposto na sala enquanto os suspeitos bebem; tentam acessar as contas bancárias da vítima, sem sucesso.
- Segunda-feira, 10 de março, tarde: O cadáver é enterrado no corredor da casa e coberto com concreto.
- Quarta-feira, 12 de março: Após buscas de amigos e investigação policial, o corpo é encontrado sob concreto úmido.
- Quinta-feira, 13 de março: Sampaio e Pimentel confessam o crime; a polícia aponta premeditação.
- Sexta-feira, 14 de março: A prisão em flagrante é convertida em preventiva.
A rapidez com que os amigos de Clara agiram após seu desaparecimento foi crucial para a descoberta do corpo, que já estava em decomposição quando localizado.
A vida interrompida de Clara Maria
Clara Maria Venancio Rodrigues era uma jovem de 21 anos que trabalhava em uma padaria na Pampulha e dividia uma casa com um amigo no mesmo bairro. Responsável e dedicada, ela planejava usar os R$ 400 da dívida para ajudar no aluguel, segundo o namorado. Amigos a descreveram como alguém carinhoso, que cuidava de animais e não tinha envolvimento com drogas, o que torna o crime ainda mais revoltante.
Na noite de domingo, após terminar seu expediente, ela hesitou em ir à casa de Sampaio, mas foi convencida pela promessa do pagamento e pela oferta de fumarem maconha juntos. A confiança em um ex-colega de trabalho, com quem conviveu por três meses na padaria, acabou sendo fatal. Após o crime, mensagens estranhas enviadas de seu celular, como uma que chamava um amigo de “amiga”, levantaram suspeitas e mobilizaram a busca.
A comunidade da Pampulha ficou abalada com o caso. Cartazes com o rosto de Clara foram espalhados pelo bairro, e a solidariedade de amigos e vizinhos pressionou as autoridades a agir rapidamente. O forte odor na casa de Sampaio, aliado às informações de testemunhas, guiou a polícia até o local do crime, onde o Corpo de Bombeiros confirmou a presença do corpo sob o concreto.
O papel dos suspeitos no assassinato
Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, foi o principal executor do crime. Ex-colega de Clara na padaria, ele foi demitido por justa causa após ser flagrado consumindo entorpecentes no trabalho. A dívida de R$ 400 que tinha com a jovem, somada ao ciúme ao vê-la com o namorado, teria sido o estopim para o plano macabro. Ele confessou ter aplicado o mata-leão e planejado fugir após o crime, sendo preso com malas prontas.
Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, é apontado como cúmplice. Casado e pai de cinco filhos, ele trabalhava em um restaurante próximo à padaria de Clara e a conheceu por meio de Sampaio. Seu ódio pela jovem, alimentado pela repreensão pública ao seu comportamento nazista, o levou a participar do assassinato e da ocultação do corpo. Ele alega que não acreditava que Sampaio levaria o plano adiante, mas admitiu ter segurado Clara durante o ataque.
Um terceiro suspeito, Kennedy Marcelo da Conceição Filho, de 34 anos, chegou a ser detido por estar na casa de Sampaio no dia seguinte ao crime, mas negou envolvimento e foi liberado, embora permaneça sob investigação. A polícia descartou sua participação direta até o momento, focando em Sampaio e Pimentel como os responsáveis pelo feminicídio.
Repercussão e impacto na comunidade
O assassinato de Clara Maria gerou comoção em Belo Horizonte e nas redes sociais, onde amigos e familiares lamentaram a perda. A brutalidade do crime, com o corpo concretado em uma casa no coração da Pampulha, chocou moradores e reacendeu discussões sobre a segurança de mulheres em situações cotidianas. Vizinhos relataram que os suspeitos mantinham uma rotina discreta, raramente sendo vistos na rua, o que aumentou a surpresa com a descoberta.
A ação rápida dos amigos de Clara, que organizaram buscas e entregaram provas à polícia, como vídeos e mensagens, foi essencial para localizar o corpo. O caso também expôs a vulnerabilidade de jovens trabalhadores, como Clara, que confiou em um conhecido e acabou vítima de um crime planejado com requintes de crueldade.
A delegada Alessandra Wilke descreveu os suspeitos como indivíduos aparentemente comuns, sem antecedentes criminais, o que torna o caso ainda mais alarmante. A possibilidade de motivações como necrofilia e apologia ao nazismo adiciona uma camada de horror, levando a polícia a aprofundar as investigações sobre o perfil psicológico dos envolvidos.
Medidas policiais e judiciais em andamento
Após a confissão dos suspeitos, a Polícia Civil solicitou a conversão da prisão em flagrante para preventiva, aceita pela Justiça na audiência de custódia de sexta-feira, 14 de março. Isso garante que Sampaio e Pimentel permaneçam detidos enquanto o inquérito avança. Exames estão sendo realizados para verificar se houve abuso sexual pós-morte, e a investigação continua para esclarecer todos os detalhes do planejamento e da execução do crime.
A polícia também apura se os suspeitos tinham planos de fugir para outro estado, já que Sampaio contatou conhecidos fora de Minas Gerais antes de ser preso. A presença de malas prontas em sua casa reforça essa suspeita, indicando que ele pretendia escapar após ocultar o corpo.
O trabalho conjunto entre a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foi crucial para a resolução inicial do caso. O forte odor detectado na residência e a colaboração de testemunhas permitiram a localização do corpo em menos de 72 horas após o registro do desaparecimento, evitando que o crime permanecesse oculto por mais tempo.
O que se sabe sobre os suspeitos e a vítima
Clara Maria era uma jovem trabalhadora, conhecida por sua responsabilidade e carinho com amigos e animais. Sua morte trágica interrompeu uma vida simples, marcada por planos modestos, como usar o dinheiro da dívida para pagar o aluguel. Já os suspeitos, Sampaio e Pimentel, apresentavam um perfil discreto, mas escondiam ressentimentos que culminaram no assassinato. Veja os detalhes:
- Thiago Schafer Sampaio: 27 anos, ex-colega de Clara, demitido da padaria por uso de drogas; movido por ciúmes e uma dívida de R$ 400.
- Lucas Rodrigues Pimentel: 29 anos, pai de cinco filhos, ressentido com Clara por uma repreensão pública; suspeito de interesse em necrofilia.
- Clara Maria Venancio Rodrigues: 21 anos, vítima de feminicídio, trabalhava em uma padaria e foi atraída por uma falsa promessa de pagamento.
O caso segue sob investigação, com a polícia buscando esclarecer todas as motivações e garantir que a justiça seja feita.

Clara Maria Venancio Rodrigues, uma jovem de 21 anos, foi brutalmente assassinada em Belo Horizonte, e seu corpo foi descoberto na quarta-feira, 12 de março, enterrado sob uma camada de concreto na casa de um ex-colega de trabalho no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha. O crime, que a Polícia Civil classificou como premeditado, foi confessado por Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, que admitiu ter matado Clara com um golpe de mata-leão na cozinha de sua residência na noite de domingo, 9 de março. Ele contou com a ajuda de Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, que também confessou participação, auxiliando na ocultação do corpo com entulhos e cimento. A Justiça converteu a prisão em flagrante dos dois em preventiva nesta sexta-feira, 14 de março, mantendo-os detidos por tempo indeterminado. A investigação revelou motivações perturbadoras, incluindo ciúmes, vingança e até a possibilidade de necrofilia, deixando a população e os próprios policiais chocados com a frieza dos suspeitos. Clara, que trabalhava em uma padaria na Pampulha, foi atraída ao local por Sampaio sob o pretexto de receber uma dívida de R$ 400, valor que ela planejava usar para pagar seu aluguel. O caso expõe a vulnerabilidade das mulheres e reacende debates sobre feminicídio e violência urbana no Brasil.
O namorado de Clara relatou que, na sexta-feira anterior ao crime, 7 de março, eles estavam juntos em uma choperia quando avistaram Sampaio, que evitou contato com o casal. A jovem comentou que o ex-colega lhe devia dinheiro há três meses e frequentemente se esquivava do pagamento. No dia seguinte, Sampaio entrou em contato com ela, prometendo quitar a dívida, o que a levou a aceitar o encontro fatal no domingo. A delegada Alessandra Wilke destacou a brutalidade do assassinato, enfatizando que os suspeitos, jovens sem histórico criminal, agiram com uma frieza inesperada, planejando cada etapa do crime.
A descoberta do corpo só foi possível graças à insistência de amigos e do namorado, que registraram o desaparecimento de Clara após mensagens estranhas enviadas de seu celular na madrugada de segunda-feira, 10 de março. A Polícia Civil, alertada por testemunhas, chegou à casa de Sampaio, onde um forte odor revelou a localização do cadáver em um corredor estreito, coberto por concreto ainda úmido. O caso ganhou repercussão nacional, comovendo a comunidade local e levantando questões sobre segurança e a impunidade em crimes contra mulheres.
O crime planejado que abalou a Pampulha
Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel confessaram o assassinato de Clara Maria, mas suas versões sobre a motivação divergem. Sampaio alegou que o plano inicial era roubar a jovem, acessando suas contas bancárias pelo celular, mas que a situação saiu do controle quando ela reagiu, levando-o a aplicar o mata-leão que resultou em sua morte. Já Pimentel afirmou que o crime foi motivado por ódio, planejado com antecedência devido a desentendimentos pessoais, incluindo um episódio em que Clara o repreendeu por fazer apologia ao nazismo em um bar.
A polícia acredita que o crime foi arquitetado dias antes, com Sampaio atraindo Clara para sua kitnet sob o pretexto da dívida. Após o assassinato, o corpo permaneceu exposto na sala da casa por quase 24 horas, nu, enquanto os suspeitos bebiam e discutiam o que fazer. Na tarde de segunda-feira, eles decidiram enterrá-lo no corredor, cobrindo-o com terra, entulhos e uma camada de concreto, que ainda estava úmida quando os bombeiros o localizaram na quarta-feira.
O delegado Alexandre Oliveira da Fonseca destacou a premeditação como um fator agravante, apontando que os suspeitos escolheram o domingo para agir, sabendo que Clara estaria de folga na segunda-feira, o que lhes daria mais tempo para ocultar o cadáver. A frieza dos envolvidos chocou os investigadores, que descreveram os dois como “pessoas acima de qualquer suspeita” para um ato tão bárbaro.
Suspeitas de necrofilia e apologia ao nazismo
Investigações apontaram indícios perturbadores que vão além do homicídio. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de necrofilia, levantada após um ato falho de Sampaio durante o depoimento. Sem ser questionado, ele declarou: “Não bati foto e não toquei no corpo dela”, o que o delegado interpretou como uma revelação inconsciente. Um amigo em comum relatou que Pimentel já havia expressado interesse em praticar atos de necrofilia, o que reforça a suspeita, embora exames ainda estejam em andamento para confirmar se houve abuso sexual após a morte.
Outro elemento que emergiu foi a apologia ao nazismo por parte de Pimentel. Testemunhas contaram que, meses antes, em uma cervejaria, ele usou expressões nazistas e foi repreendido por Clara, que não tolerou o comportamento. Pimentel teria ficado ressentido com a reação da jovem, alimentando um ódio que, segundo ele, culminou no plano de assassiná-la. A combinação de ciúmes de Sampaio, que foi rejeitado por Clara, e o rancor de Pimentel criou um cenário letal que vitimou a jovem de forma cruel.
A delegada Alessandra Wilke enfatizou que o caso transcende os padrões comuns de criminalidade, envolvendo motivações sádicas e requintes de crueldade que chocaram até os policiais mais experientes. O corpo de Clara, deixado exposto por horas antes de ser enterrado, reflete a desumanidade dos suspeitos, que passaram a madrugada bebendo ao lado do cadáver enquanto planejavam a ocultação.
Passo a passo do crime em Belo Horizonte
A sequência de eventos que levou à morte de Clara Maria foi marcada por um planejamento meticuloso. Veja os principais momentos:
- Sexta-feira, 7 de março: Clara e o namorado encontram Sampaio em uma choperia; ele evita o casal, mas no dia seguinte a contata prometendo pagar a dívida.
- Domingo, 9 de março, 22h45: Clara sai do trabalho e vai à casa de Sampaio no bairro Ouro Preto para receber R$ 400; é assassinada com um mata-leão na cozinha.
- Madrugada de 10 de março: O corpo fica exposto na sala enquanto os suspeitos bebem; tentam acessar as contas bancárias da vítima, sem sucesso.
- Segunda-feira, 10 de março, tarde: O cadáver é enterrado no corredor da casa e coberto com concreto.
- Quarta-feira, 12 de março: Após buscas de amigos e investigação policial, o corpo é encontrado sob concreto úmido.
- Quinta-feira, 13 de março: Sampaio e Pimentel confessam o crime; a polícia aponta premeditação.
- Sexta-feira, 14 de março: A prisão em flagrante é convertida em preventiva.
A rapidez com que os amigos de Clara agiram após seu desaparecimento foi crucial para a descoberta do corpo, que já estava em decomposição quando localizado.
A vida interrompida de Clara Maria
Clara Maria Venancio Rodrigues era uma jovem de 21 anos que trabalhava em uma padaria na Pampulha e dividia uma casa com um amigo no mesmo bairro. Responsável e dedicada, ela planejava usar os R$ 400 da dívida para ajudar no aluguel, segundo o namorado. Amigos a descreveram como alguém carinhoso, que cuidava de animais e não tinha envolvimento com drogas, o que torna o crime ainda mais revoltante.
Na noite de domingo, após terminar seu expediente, ela hesitou em ir à casa de Sampaio, mas foi convencida pela promessa do pagamento e pela oferta de fumarem maconha juntos. A confiança em um ex-colega de trabalho, com quem conviveu por três meses na padaria, acabou sendo fatal. Após o crime, mensagens estranhas enviadas de seu celular, como uma que chamava um amigo de “amiga”, levantaram suspeitas e mobilizaram a busca.
A comunidade da Pampulha ficou abalada com o caso. Cartazes com o rosto de Clara foram espalhados pelo bairro, e a solidariedade de amigos e vizinhos pressionou as autoridades a agir rapidamente. O forte odor na casa de Sampaio, aliado às informações de testemunhas, guiou a polícia até o local do crime, onde o Corpo de Bombeiros confirmou a presença do corpo sob o concreto.
O papel dos suspeitos no assassinato
Thiago Schafer Sampaio, de 27 anos, foi o principal executor do crime. Ex-colega de Clara na padaria, ele foi demitido por justa causa após ser flagrado consumindo entorpecentes no trabalho. A dívida de R$ 400 que tinha com a jovem, somada ao ciúme ao vê-la com o namorado, teria sido o estopim para o plano macabro. Ele confessou ter aplicado o mata-leão e planejado fugir após o crime, sendo preso com malas prontas.
Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, é apontado como cúmplice. Casado e pai de cinco filhos, ele trabalhava em um restaurante próximo à padaria de Clara e a conheceu por meio de Sampaio. Seu ódio pela jovem, alimentado pela repreensão pública ao seu comportamento nazista, o levou a participar do assassinato e da ocultação do corpo. Ele alega que não acreditava que Sampaio levaria o plano adiante, mas admitiu ter segurado Clara durante o ataque.
Um terceiro suspeito, Kennedy Marcelo da Conceição Filho, de 34 anos, chegou a ser detido por estar na casa de Sampaio no dia seguinte ao crime, mas negou envolvimento e foi liberado, embora permaneça sob investigação. A polícia descartou sua participação direta até o momento, focando em Sampaio e Pimentel como os responsáveis pelo feminicídio.
Repercussão e impacto na comunidade
O assassinato de Clara Maria gerou comoção em Belo Horizonte e nas redes sociais, onde amigos e familiares lamentaram a perda. A brutalidade do crime, com o corpo concretado em uma casa no coração da Pampulha, chocou moradores e reacendeu discussões sobre a segurança de mulheres em situações cotidianas. Vizinhos relataram que os suspeitos mantinham uma rotina discreta, raramente sendo vistos na rua, o que aumentou a surpresa com a descoberta.
A ação rápida dos amigos de Clara, que organizaram buscas e entregaram provas à polícia, como vídeos e mensagens, foi essencial para localizar o corpo. O caso também expôs a vulnerabilidade de jovens trabalhadores, como Clara, que confiou em um conhecido e acabou vítima de um crime planejado com requintes de crueldade.
A delegada Alessandra Wilke descreveu os suspeitos como indivíduos aparentemente comuns, sem antecedentes criminais, o que torna o caso ainda mais alarmante. A possibilidade de motivações como necrofilia e apologia ao nazismo adiciona uma camada de horror, levando a polícia a aprofundar as investigações sobre o perfil psicológico dos envolvidos.
Medidas policiais e judiciais em andamento
Após a confissão dos suspeitos, a Polícia Civil solicitou a conversão da prisão em flagrante para preventiva, aceita pela Justiça na audiência de custódia de sexta-feira, 14 de março. Isso garante que Sampaio e Pimentel permaneçam detidos enquanto o inquérito avança. Exames estão sendo realizados para verificar se houve abuso sexual pós-morte, e a investigação continua para esclarecer todos os detalhes do planejamento e da execução do crime.
A polícia também apura se os suspeitos tinham planos de fugir para outro estado, já que Sampaio contatou conhecidos fora de Minas Gerais antes de ser preso. A presença de malas prontas em sua casa reforça essa suspeita, indicando que ele pretendia escapar após ocultar o corpo.
O trabalho conjunto entre a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foi crucial para a resolução inicial do caso. O forte odor detectado na residência e a colaboração de testemunhas permitiram a localização do corpo em menos de 72 horas após o registro do desaparecimento, evitando que o crime permanecesse oculto por mais tempo.
O que se sabe sobre os suspeitos e a vítima
Clara Maria era uma jovem trabalhadora, conhecida por sua responsabilidade e carinho com amigos e animais. Sua morte trágica interrompeu uma vida simples, marcada por planos modestos, como usar o dinheiro da dívida para pagar o aluguel. Já os suspeitos, Sampaio e Pimentel, apresentavam um perfil discreto, mas escondiam ressentimentos que culminaram no assassinato. Veja os detalhes:
- Thiago Schafer Sampaio: 27 anos, ex-colega de Clara, demitido da padaria por uso de drogas; movido por ciúmes e uma dívida de R$ 400.
- Lucas Rodrigues Pimentel: 29 anos, pai de cinco filhos, ressentido com Clara por uma repreensão pública; suspeito de interesse em necrofilia.
- Clara Maria Venancio Rodrigues: 21 anos, vítima de feminicídio, trabalhava em uma padaria e foi atraída por uma falsa promessa de pagamento.
O caso segue sob investigação, com a polícia buscando esclarecer todas as motivações e garantir que a justiça seja feita.
