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14 Mar 2025, Fri

Bianca Miranda recebe R$ 35 mil de indenização após acidente com fogos em Navegantes

Lotofácil


Bianca Miranda da Silva, uma turista gaúcha de 26 anos, viveu momentos de terror durante as celebrações de Réveillon em Navegantes, Santa Catarina, quando foi atingida por fogos de artifício dentro do apartamento onde estava hospedada. O incidente, ocorrido na virada para 2025, resultou em queimaduras de segundo grau em 15% de seu corpo, afetando principalmente o tórax e as mãos. Agora, após negociações, ela será indenizada em R$ 35 mil por meio de um acordo extrajudicial com a empresa responsável pelo show pirotécnico, a Cia dos Fogos – IL Distribuições, de Belo Horizonte. Além de Bianca, outra vítima, Júlia Navarro Scheiwe, moradora do andar inferior do mesmo prédio, receberá R$ 7,5 mil devido a ferimentos no braço causados por resquícios do mesmo rojão. O caso, que ganhou repercussão nacional, expôs falhas na execução do espetáculo contratado pela prefeitura e levantou debates sobre segurança em eventos públicos. Enquanto Bianca segue em tratamento, o acordo marca o desfecho de uma batalha por reparação que envolveu danos físicos, estéticos e psicológicos.

O acidente aconteceu na Praia Central de Navegantes, onde milhares de pessoas acompanhavam a queima de fogos organizada para celebrar a chegada do novo ano. Bianca, natural de Porto Alegre, estava de férias com o companheiro, Victor de Assis Frasca, em um apartamento no quinto andar, quando um artefato saiu de sua trajetória e invadiu o imóvel, transformando a festa em um pesadelo.

Após o susto, a jovem relatou nas redes sociais a gravidade da situação e a falta de assistência imediata. A prefeitura de Navegantes abriu um procedimento administrativo contra a empresa, e a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar responsabilidades, mas o acordo extrajudicial trouxe uma resolução financeira para as vítimas.

O pesadelo da virada em Navegantes

Celebrar o Réveillon à beira-mar parecia o plano perfeito para Bianca Miranda e Victor Frasca, que escolheram Navegantes como destino de sua primeira viagem juntos. Hospedados em um apartamento alugado, o casal posicionou um celular em um tripé para registrar a contagem regressiva, mas o que era para ser um momento de alegria virou cena de desespero. Por volta da meia-noite de 1º de janeiro, enquanto assistiam ao show de fogos da sacada, um rojão desviou da rota vertical e atingiu Bianca diretamente no peito, incendiando seu vestido.

Victor, de 31 anos, descreveu o pânico ao ver a esposa em chamas. Ele rasgou a roupa dela e a levou ao chuveiro para apagar o fogo, mas o estrago já estava feito. Bianca sofreu queimaduras graves, e, na confusão da madrugada, o casal enfrentou dificuldades para encontrar ajuda médica imediata. Atendida no Hospital Municipal Nossa Senhora dos Navegantes, ela recebeu cuidados iniciais e medicamentos para a dor, mas o impacto do acidente foi além do físico, deixando marcas emocionais e frustrando as férias planejadas.

Imagens gravadas pelo celular mostram o exato momento do impacto, com fumaça e labaredas invadindo o apartamento. O vídeo, amplamente divulgado nas redes sociais, chocou o público e gerou críticas à organização do evento, que deveria ter garantido a segurança dos espectadores.

Danos que vão além da pele

Sofrer queimaduras em 15% do corpo mudou a rotina de Bianca Miranda drasticamente. Dez dias após o acidente, ela já mostrava sinais de melhora nos ferimentos, mas ainda precisava de curativos diários e proteção contra o sol, o que a impedia de aproveitar o verão como planejado. A técnica em enfermagem lamentou a perda das férias, destacando que, em vez de curtir a praia, passava os dias em casa, lidando com a sensibilidade da pele e o risco de cicatrizes permanentes.

Júlia Navarro Scheiwe, de 22 anos, estudante de medicina veterinária que mora no quarto andar do mesmo prédio, também foi afetada. Ela estava na janela cuidando de suas cachorras, assustadas com o barulho dos fogos, quando uma fagulha a atingiu no braço. Embora menos grave, o ferimento trouxe transtornos e reforçou a gravidade do incidente, que atingiu mais de uma pessoa no mesmo edifício.

Para ambas as vítimas, os danos não se limitaram ao físico. Bianca falou sobre o trauma psicológico de ver seu corpo em chamas e a sensação de desamparo em uma cidade desconhecida. O acordo de indenização, firmado em março deste ano, busca reparar os prejuízos materiais, estéticos e morais, mas o episódio deixou lições amargas sobre segurança em eventos públicos.

Investigação e responsabilidades em xeque

Apurar o que deu errado na queima de fogos de Navegantes tornou-se prioridade após o acidente. A Polícia Civil de Santa Catarina abriu um inquérito para investigar o caso como lesão corporal culposa, quando não há intenção de ferir. Perícias foram realizadas no local de lançamento dos fogos, na Praia Central, e no apartamento onde Bianca estava, com o objetivo de identificar falhas na execução do espetáculo pirotécnico.

A Cia dos Fogos – IL Distribuições, contratada pela prefeitura, afirmou que possuía todas as licenças necessárias e que a montagem dos artefatos seguiu normas técnicas, com brigadistas responsáveis pela instalação. Apesar disso, imagens mostram que alguns rojões saíram da trajetória esperada, atingindo prédios próximos ao ponto de lançamento, a apenas 180 metros da área isolada. Especialistas apontaram que a fixação inadequada dos fogos pode ter causado o desvio, mas os resultados oficiais da investigação ainda estão pendentes.

A prefeitura de Navegantes, por sua vez, instaurou um procedimento administrativo contra a empresa por inexecução contratual, prometendo aplicar penalidades cabíveis. O município destacou que exigiu todas as credenciais do Corpo de Bombeiros e que a área de lançamento estava isolada conforme as normas, mas o incidente expôs vulnerabilidades no planejamento do evento.

Cronologia do caso: do acidente ao acordo

O caso de Bianca Miranda seguiu um caminho marcado por momentos-chave desde a virada do ano até a resolução financeira:

  • 1º de janeiro de 2025: Bianca é atingida por fogos no apartamento em Navegantes, sofrendo queimaduras graves.
  • 2 de janeiro: Polícia Civil instaura inquérito, e a prefeitura abre procedimento contra a Cia dos Fogos.
  • 5 de janeiro: Victor e Bianca criticam a falta de assistência inicial em entrevista à TV.
  • 12 de janeiro: Bianca relata melhora nos ferimentos, mas segue em tratamento.
  • Março de 2025: Acordo extrajudicial é firmado, garantindo R$ 35 mil a Bianca e R$ 7,5 mil a Júlia.

Esse cronograma reflete a rapidez das negociações, que evitaram um processo judicial prolongado, mas também a demora na resposta inicial às vítimas.

O papel da empresa e o acordo extrajudicial

Resolver o caso fora dos tribunais foi a escolha de Bianca Miranda e Júlia Navarro, representadas pelo advogado Diego Candido. Após semanas de silêncio, a Cia dos Fogos – IL Distribuições procurou as vítimas para negociar. O acordo, assinado em março, estipulou R$ 35 mil para Bianca, cobrindo danos físicos, estéticos e morais, e R$ 7,5 mil para Júlia, que teve ferimentos menos graves. A empresa também se comprometeu a arcar com eventuais ações penais propostas pelo Ministério Público de Santa Catarina.

Bianca usou as redes sociais para informar que optou pelo acordo após discussões com seu advogado, destacando que o pagamento ainda estava pendente até meados de março. A decisão evitou um processo demorado, mas levantou questões sobre a responsabilidade da prefeitura, que contratou a empresa e supervisionou o evento. O advogado das vítimas chegou a solicitar o contrato entre o município e a Cia dos Fogos, mas o documento não foi disponibilizado até o fechamento do acordo.

A resolução financeira trouxe alívio às vítimas, mas não apagou as críticas à organização do Réveillon. Victor Frasca, em entrevistas, chamou o incidente de “pesadelo” e lamentou a falta de suporte imediato, sentimento ecoado por Bianca em seus desabafos online.

Lições de segurança em eventos pirotécnicos

Garantir a segurança em queimas de fogos exige mais do que alvarás e isolamento de áreas, como o caso de Navegantes demonstrou. Especialistas em pirotecnia apontaram que a proximidade dos prédios ao ponto de lançamento, somada a possíveis falhas na fixação dos artefatos, pode ter contribuído para o acidente. Em eventos similares pelo Brasil, normas exigem distâncias mínimas de 200 a 300 metros entre o ponto de disparo e edificações, dependendo do tipo de rojão, algo que será analisado na investigação.

O incidente não foi isolado. Em 2024, acidentes com fogos em festas públicas deixaram pelo menos 12 feridos em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, segundo dados de órgãos de segurança. Esses números mostram a necessidade de revisões em protocolos, incluindo a capacitação de brigadistas e a escolha de locais mais adequados para espetáculos pirotécnicos.

Para Bianca e Victor, o susto serviu de alerta. Ela chegou a dizer que “jamais imaginaria” ser atingida dentro de casa, um lembrete de que a segurança deve abranger não só quem está na rua, mas também os moradores próximos aos eventos.

Curiosidades sobre o caso de Bianca Miranda

O acidente em Navegantes revelou detalhes que chamam atenção e ajudam a entender o impacto do ocorrido:

  • Bianca é técnica em enfermagem e usou seu conhecimento para agir rápido ao apagar o fogo com as mãos, mesmo se queimando mais.
  • O vídeo do acidente, gravado por um celular em um tripé, viralizou, alcançando milhões de visualizações em poucos dias.
  • Júlia Navarro estava cuidando de suas cachorras, que temiam o barulho, quando foi atingida no andar de baixo.
  • A indenização de R$ 35 mil é uma das maiores já pagas em acordos extrajudiciais por acidentes com fogos no Brasil.

Esses pontos mostram como o acaso e a rotina das vítimas se cruzaram com a falha do evento, amplificando a gravidade do caso.

O impacto nas vítimas e na cidade

Passados mais de dois meses do acidente, Bianca Miranda segue em recuperação. As queimaduras no tórax e nas mãos exigem cuidados contínuos, e a sensibilidade da pele a impede de tomar sol ou banho de mar, algo que ela lamentou em entrevistas. A experiência também mudou sua visão sobre eventos com fogos, deixando um trauma que ela ainda processa. Victor, por sua vez, destacou o desespero de ver a esposa em perigo e a frustração com a falta de apoio inicial, o que os motivou a buscar reparação.

Júlia Navarro, embora com ferimentos leves, também sentiu o impacto. A estudante precisou adaptar sua rotina para tratar o braço e lidar com o susto de ser atingida em casa. Ambas as vítimas, representadas pelo mesmo advogado, viram no acordo uma forma de encerrar o capítulo, mas cobraram mais responsabilidade das autoridades e da empresa envolvida.

Para Navegantes, o caso manchou a imagem do Réveillon, tradicionalmente um atrativo turístico. A cidade, conhecida pelas belas praias e eventos festivos, agora enfrenta o desafio de rever seus protocolos de segurança para evitar novos incidentes, especialmente com a proximidade de outras celebrações que envolvem pirotecnia.



Bianca Miranda da Silva, uma turista gaúcha de 26 anos, viveu momentos de terror durante as celebrações de Réveillon em Navegantes, Santa Catarina, quando foi atingida por fogos de artifício dentro do apartamento onde estava hospedada. O incidente, ocorrido na virada para 2025, resultou em queimaduras de segundo grau em 15% de seu corpo, afetando principalmente o tórax e as mãos. Agora, após negociações, ela será indenizada em R$ 35 mil por meio de um acordo extrajudicial com a empresa responsável pelo show pirotécnico, a Cia dos Fogos – IL Distribuições, de Belo Horizonte. Além de Bianca, outra vítima, Júlia Navarro Scheiwe, moradora do andar inferior do mesmo prédio, receberá R$ 7,5 mil devido a ferimentos no braço causados por resquícios do mesmo rojão. O caso, que ganhou repercussão nacional, expôs falhas na execução do espetáculo contratado pela prefeitura e levantou debates sobre segurança em eventos públicos. Enquanto Bianca segue em tratamento, o acordo marca o desfecho de uma batalha por reparação que envolveu danos físicos, estéticos e psicológicos.

O acidente aconteceu na Praia Central de Navegantes, onde milhares de pessoas acompanhavam a queima de fogos organizada para celebrar a chegada do novo ano. Bianca, natural de Porto Alegre, estava de férias com o companheiro, Victor de Assis Frasca, em um apartamento no quinto andar, quando um artefato saiu de sua trajetória e invadiu o imóvel, transformando a festa em um pesadelo.

Após o susto, a jovem relatou nas redes sociais a gravidade da situação e a falta de assistência imediata. A prefeitura de Navegantes abriu um procedimento administrativo contra a empresa, e a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar responsabilidades, mas o acordo extrajudicial trouxe uma resolução financeira para as vítimas.

O pesadelo da virada em Navegantes

Celebrar o Réveillon à beira-mar parecia o plano perfeito para Bianca Miranda e Victor Frasca, que escolheram Navegantes como destino de sua primeira viagem juntos. Hospedados em um apartamento alugado, o casal posicionou um celular em um tripé para registrar a contagem regressiva, mas o que era para ser um momento de alegria virou cena de desespero. Por volta da meia-noite de 1º de janeiro, enquanto assistiam ao show de fogos da sacada, um rojão desviou da rota vertical e atingiu Bianca diretamente no peito, incendiando seu vestido.

Victor, de 31 anos, descreveu o pânico ao ver a esposa em chamas. Ele rasgou a roupa dela e a levou ao chuveiro para apagar o fogo, mas o estrago já estava feito. Bianca sofreu queimaduras graves, e, na confusão da madrugada, o casal enfrentou dificuldades para encontrar ajuda médica imediata. Atendida no Hospital Municipal Nossa Senhora dos Navegantes, ela recebeu cuidados iniciais e medicamentos para a dor, mas o impacto do acidente foi além do físico, deixando marcas emocionais e frustrando as férias planejadas.

Imagens gravadas pelo celular mostram o exato momento do impacto, com fumaça e labaredas invadindo o apartamento. O vídeo, amplamente divulgado nas redes sociais, chocou o público e gerou críticas à organização do evento, que deveria ter garantido a segurança dos espectadores.

Danos que vão além da pele

Sofrer queimaduras em 15% do corpo mudou a rotina de Bianca Miranda drasticamente. Dez dias após o acidente, ela já mostrava sinais de melhora nos ferimentos, mas ainda precisava de curativos diários e proteção contra o sol, o que a impedia de aproveitar o verão como planejado. A técnica em enfermagem lamentou a perda das férias, destacando que, em vez de curtir a praia, passava os dias em casa, lidando com a sensibilidade da pele e o risco de cicatrizes permanentes.

Júlia Navarro Scheiwe, de 22 anos, estudante de medicina veterinária que mora no quarto andar do mesmo prédio, também foi afetada. Ela estava na janela cuidando de suas cachorras, assustadas com o barulho dos fogos, quando uma fagulha a atingiu no braço. Embora menos grave, o ferimento trouxe transtornos e reforçou a gravidade do incidente, que atingiu mais de uma pessoa no mesmo edifício.

Para ambas as vítimas, os danos não se limitaram ao físico. Bianca falou sobre o trauma psicológico de ver seu corpo em chamas e a sensação de desamparo em uma cidade desconhecida. O acordo de indenização, firmado em março deste ano, busca reparar os prejuízos materiais, estéticos e morais, mas o episódio deixou lições amargas sobre segurança em eventos públicos.

Investigação e responsabilidades em xeque

Apurar o que deu errado na queima de fogos de Navegantes tornou-se prioridade após o acidente. A Polícia Civil de Santa Catarina abriu um inquérito para investigar o caso como lesão corporal culposa, quando não há intenção de ferir. Perícias foram realizadas no local de lançamento dos fogos, na Praia Central, e no apartamento onde Bianca estava, com o objetivo de identificar falhas na execução do espetáculo pirotécnico.

A Cia dos Fogos – IL Distribuições, contratada pela prefeitura, afirmou que possuía todas as licenças necessárias e que a montagem dos artefatos seguiu normas técnicas, com brigadistas responsáveis pela instalação. Apesar disso, imagens mostram que alguns rojões saíram da trajetória esperada, atingindo prédios próximos ao ponto de lançamento, a apenas 180 metros da área isolada. Especialistas apontaram que a fixação inadequada dos fogos pode ter causado o desvio, mas os resultados oficiais da investigação ainda estão pendentes.

A prefeitura de Navegantes, por sua vez, instaurou um procedimento administrativo contra a empresa por inexecução contratual, prometendo aplicar penalidades cabíveis. O município destacou que exigiu todas as credenciais do Corpo de Bombeiros e que a área de lançamento estava isolada conforme as normas, mas o incidente expôs vulnerabilidades no planejamento do evento.

Cronologia do caso: do acidente ao acordo

O caso de Bianca Miranda seguiu um caminho marcado por momentos-chave desde a virada do ano até a resolução financeira:

  • 1º de janeiro de 2025: Bianca é atingida por fogos no apartamento em Navegantes, sofrendo queimaduras graves.
  • 2 de janeiro: Polícia Civil instaura inquérito, e a prefeitura abre procedimento contra a Cia dos Fogos.
  • 5 de janeiro: Victor e Bianca criticam a falta de assistência inicial em entrevista à TV.
  • 12 de janeiro: Bianca relata melhora nos ferimentos, mas segue em tratamento.
  • Março de 2025: Acordo extrajudicial é firmado, garantindo R$ 35 mil a Bianca e R$ 7,5 mil a Júlia.

Esse cronograma reflete a rapidez das negociações, que evitaram um processo judicial prolongado, mas também a demora na resposta inicial às vítimas.

O papel da empresa e o acordo extrajudicial

Resolver o caso fora dos tribunais foi a escolha de Bianca Miranda e Júlia Navarro, representadas pelo advogado Diego Candido. Após semanas de silêncio, a Cia dos Fogos – IL Distribuições procurou as vítimas para negociar. O acordo, assinado em março, estipulou R$ 35 mil para Bianca, cobrindo danos físicos, estéticos e morais, e R$ 7,5 mil para Júlia, que teve ferimentos menos graves. A empresa também se comprometeu a arcar com eventuais ações penais propostas pelo Ministério Público de Santa Catarina.

Bianca usou as redes sociais para informar que optou pelo acordo após discussões com seu advogado, destacando que o pagamento ainda estava pendente até meados de março. A decisão evitou um processo demorado, mas levantou questões sobre a responsabilidade da prefeitura, que contratou a empresa e supervisionou o evento. O advogado das vítimas chegou a solicitar o contrato entre o município e a Cia dos Fogos, mas o documento não foi disponibilizado até o fechamento do acordo.

A resolução financeira trouxe alívio às vítimas, mas não apagou as críticas à organização do Réveillon. Victor Frasca, em entrevistas, chamou o incidente de “pesadelo” e lamentou a falta de suporte imediato, sentimento ecoado por Bianca em seus desabafos online.

Lições de segurança em eventos pirotécnicos

Garantir a segurança em queimas de fogos exige mais do que alvarás e isolamento de áreas, como o caso de Navegantes demonstrou. Especialistas em pirotecnia apontaram que a proximidade dos prédios ao ponto de lançamento, somada a possíveis falhas na fixação dos artefatos, pode ter contribuído para o acidente. Em eventos similares pelo Brasil, normas exigem distâncias mínimas de 200 a 300 metros entre o ponto de disparo e edificações, dependendo do tipo de rojão, algo que será analisado na investigação.

O incidente não foi isolado. Em 2024, acidentes com fogos em festas públicas deixaram pelo menos 12 feridos em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, segundo dados de órgãos de segurança. Esses números mostram a necessidade de revisões em protocolos, incluindo a capacitação de brigadistas e a escolha de locais mais adequados para espetáculos pirotécnicos.

Para Bianca e Victor, o susto serviu de alerta. Ela chegou a dizer que “jamais imaginaria” ser atingida dentro de casa, um lembrete de que a segurança deve abranger não só quem está na rua, mas também os moradores próximos aos eventos.

Curiosidades sobre o caso de Bianca Miranda

O acidente em Navegantes revelou detalhes que chamam atenção e ajudam a entender o impacto do ocorrido:

  • Bianca é técnica em enfermagem e usou seu conhecimento para agir rápido ao apagar o fogo com as mãos, mesmo se queimando mais.
  • O vídeo do acidente, gravado por um celular em um tripé, viralizou, alcançando milhões de visualizações em poucos dias.
  • Júlia Navarro estava cuidando de suas cachorras, que temiam o barulho, quando foi atingida no andar de baixo.
  • A indenização de R$ 35 mil é uma das maiores já pagas em acordos extrajudiciais por acidentes com fogos no Brasil.

Esses pontos mostram como o acaso e a rotina das vítimas se cruzaram com a falha do evento, amplificando a gravidade do caso.

O impacto nas vítimas e na cidade

Passados mais de dois meses do acidente, Bianca Miranda segue em recuperação. As queimaduras no tórax e nas mãos exigem cuidados contínuos, e a sensibilidade da pele a impede de tomar sol ou banho de mar, algo que ela lamentou em entrevistas. A experiência também mudou sua visão sobre eventos com fogos, deixando um trauma que ela ainda processa. Victor, por sua vez, destacou o desespero de ver a esposa em perigo e a frustração com a falta de apoio inicial, o que os motivou a buscar reparação.

Júlia Navarro, embora com ferimentos leves, também sentiu o impacto. A estudante precisou adaptar sua rotina para tratar o braço e lidar com o susto de ser atingida em casa. Ambas as vítimas, representadas pelo mesmo advogado, viram no acordo uma forma de encerrar o capítulo, mas cobraram mais responsabilidade das autoridades e da empresa envolvida.

Para Navegantes, o caso manchou a imagem do Réveillon, tradicionalmente um atrativo turístico. A cidade, conhecida pelas belas praias e eventos festivos, agora enfrenta o desafio de rever seus protocolos de segurança para evitar novos incidentes, especialmente com a proximidade de outras celebrações que envolvem pirotecnia.



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