Breaking
14 Mar 2025, Fri

Mãe compartilha perda do filho de 14 anos devido à gripe: 'O pulmão sumiu em menos de 12 horas'




“Mãe, eu vou morrer” — foi o que Inês Custódio, do Rio de Janeiro, ouviu do seu único filho, Samuel, de 14 anos. Com falta de ar, foi entubado, mas não resistiu. Em entrevista exclusiva, mãe conta como está conseguindo lidar com o luto pela morte do filho Há cinco meses, a analista contábil Inês Custódio, 45 anos, de Resende, no Rio de Janeiro, passou pela maior perda de sua vida — a morte do seu único filho, Samuel, aos 14 anos. A saúde do adolescente, que começou com os clássicos sintomas de gripe, se agravou rapidamente, levando a dores no peito e falta de ar. No entanto, no mesmo dia em que internou, ele foi entubado e, no dia seguinte, acabou partindo. “Um garoto muito forte, já treinava musculação havia alguns meses, não tinha nenhuma doença preexistente”, conta a mãe.
Mãe que perdeu o filho de forma repentina viraliza ao revelar dúvidas dele sobre o céu: “Ele se despediu”
Samuel testou positivo para Influenza B. “Os médicos ficaram intrigados — o agravo foi extremamente rápido, eles não entenderam como o pulmão dele ‘sumiu’ em menos de 12 horas”, disse a mãe. À CRESCER, em um depoimento emocionante, a mãe relembrou como tudo aconteceu e revelou como tem lidado com o luto desde então. “Eu sei que ainda vou reencontrá-lo”, afirma.
Samuel testou positivo para Influenza B
Arquivo pessoal
Taboola Recommendation
“Samuel viajou no início de outubro para um acampamento da escola, para comemorar a formatura do 9º ano, viagem que durou dos dias 6 a 9. Ele aproveitou demais, disse que era ‘a viagem da vida dele’. Acredito que tenha contraído o vírus lá. No dia 13, pela manhã, notei que ele começou a ficar aparentemente resfriado. Eram sintomas gripais comuns — nariz entupido, tosse e febre, mas foi medicado. Continuou assim na segunda e, na terça, decidi levá-lo ao Pronto Atendimento. Na quarta pela manhã, ele não conseguiu ir à aula e o deixei na casa da avó para ir trabalhar.
Por volta do meio-dia, liguei para saber como estava e ele disse que sentia dor no peito. Não hesitei — saí do trabalho para levá-lo novamente ao hospital. Lá, foram feitos os exames, tanto de covid-19 quanto Influenza, que voltou positivo, além de um raio-x. Ele tinha bastante secreção, mas a ausculta e o raio-x estavam normais. Voltamos para casa, comprei mais alguns remédios, mas, à noite, tivemos que voltar ao hospital, já que a febre e a dor no peito persistiam. Foi feita a tomografia, que aparentemente estava normal, pouca secreção e voltamos para casa.
“Mãe, eu vou morrer”
Ele praticamente não conseguiu jantar, dormiu muito mal e começou a ficar muito congestionado, tentando eliminar a secreção que o incomodava muito. Por volta das 4 horas da manhã, sem conseguir dormir, foi ao banheiro e disse que estava com falta de ar. Imediatamente, o levamos para o hospital. Enquanto era atendido, ele me disse, pelo menos duas vezes: ‘Mãe, eu vou morrer.’ Eu disse a ele que todos estavam ali para cuidar dele e que deveria apenas fazer o que era preciso. Logo depois disso, foi encaminhado para a sala vermelha.
Eu não achava que pudesse ser algo grave, afinal, ele nunca apresentou nenhum tipo de problema respiratório. Enquanto estávamos na sala vermelha, fiz a oração da Ave Maria com ele e também pedi desculpas caso tivesse falhado em alguma coisa. Ele só deu com a mão, como quem diz — ‘Não tem nada, tá tudo certo!’ Samuel já estava no oxigênio e fazendo diversos acessos para medicações, exames e, inclusive, gasometrias, as quais sei que são muito dolorosas. Mas ele não reclamou nem chorou em momento algum, sequer esboçou não aceitar.
Ali, já perguntei se ele ia para a UTI e assim foi feito, mas sabia que lá, ele teria todo o suporte necessário para se reestabelecer. Colocaram ele no leito e tentaram trocar a máscara para dar um suporte melhor para ele, o qual ele não se adaptou. Por volta de meio-dia, o médico me chamou e disse que teria que dar anestesia geral e entubar. Confesso que não parecia ser real, mas me mantive firme, pois sabia que sempre seria necessário estar forte para ajudá-lo nas horas mais difíceis. Não consegui ao menos me despedir dele. Confesso que não parecia que ele não voltaria mais — nem os médicos acreditavam que o estado de saúde dele pudesse se agravar tão rapidamente. Prova disso foi que nem me falaram para conversar com ele antes do procedimento. Mas sei que foi melhor desta forma.
Ele permaneceu entubado até o dia seguinte, na sexta, dia 18. À tarde, ele já apresentava falência de alguns órgãos, como fígado e rins, mas, mesmo assim, os médicos tentaram uma transfusão sanguínea, na tentativa de que ele ainda pudesse responder positivamente ao tratamento, o que infelizmente não aconteceu. Enquanto faziam este procedimento, fui para casa, pois não queria ver nenhum desespero lá, e nem houve, pelo menos enquanto estávamos juntos.
Convivendo com o luto
Às 17h44, após uma tentativa de 48 minutos para reanimá-lo, tempo além do que é proposto para tentar salvar alguém, meu filho foi morar com Deus. Entendi que a hora dele tinha chegado e senti que a vida toda fui preparada para aquele momento. Não sei explicar, mas durante o ano de 2024 me senti angustiada, com a sensação de finitude muito latente, queria passar o máximo de tempo com ele. Eu estava em casa quando recebi a ligação do hospital, por volta de 18h40. Fomos até lá, já imaginando o que havia acontecido. Meu marido foi o único que o viu depois de partir. Eu não fui, pois parecia que ouvia uma voz me dizendo: ‘Não precisa!’ Mesmo naquela situação mais calamitosa que passei na vida, me mantive firme e certa de que meu filho estava com Jesus. Minha fé falou mais alto e senti o sopro da vida dele em mim, através do Espírito Santo, pois não há outra explicação, se não a Mão de Deus sobre nós nos amparando.
Dali, meu marido e eu fomos resolver tudo o que seria necessário para sepultá-lo. E Deus nos amparou muito, principalmente a mim, de maneira surreal, inimaginável para uma mãe. Ainda mais eu que, até então, não tinha perdido alguém tão próximo de mim. No velório, que foi extremamente rápido e com caixão lacrado, eu quem dava conforto aos que lá estavam, principalmente aos diversos amigos que ele tinha e que sentiram muito fortemente a partida dele tão prematura.
Ele estava no auge da vida — cuidando da saúde, começando a aproveitar a idade, as meninas, enfim, tudo o que a vida tem para proporcionar, principalmente nesta fase. Ao invés de lamentar pelo que não vou ter mais, louvo e agradeço pelo que vivi com ele. Foram quase 15 anos de muito amor, cumplicidade, companheirismo e isso não acabou. O amor transcende este mundo tão limitado. Nos dávamos bem demais! Era maravilhoso compartilhar a vida com ele. Ele sempre foi muito simples, dedicado, prestativo, bondoso. Sem palavras para expressar o quão especial ele foi, ainda é e sempre será para mim. Jamais o esquecerei! Entendi, assim, que ele se foi, que eu precisava continuar vivendo da melhor forma possível para honrá-lo e um dia ter a graça também de merecer o céu, pois creio que ele assim o obteve. Eu sei que ainda vou reencontrá-lo, é uma questão de tempo. Deus nos prometeu a vida eterna e eu quero mais do que nunca, alcançar esta glória.
Samuel estava se formando no ensino médio
Arquivo pessoal
Digo aos pais que também estão passando por isso que vivam da melhor forma que puderem, se não conseguirem, procurem ajuda. É muito importante ficar bem para podermos continuar a caminhada para que, um dia, alcancemos a vida eterna. Se nos deixarmos ser levados pela tristeza, que não ultrapasse a nossa capacidade de sobreviver, se não, corremos o risco de ir na contramão da salvação. O amor precisa falar mais alto! E a fé também! Nada nesta vida o substituirá! Nada será como antes, mas sei que ele tem me ajudado a viver uma vida diferente — um dia por vez —, mas bem adaptada à falta que ele me faz. Continuo treinando, como já fazia, hoje ainda mais determinada a fazer por mim e por ele. Sei que ele está extremamente feliz, orgulhoso e grato pela vida que pudemos proporcionar a ele. Foi simples, mas ele foi muito amado e respeitado. Te amo, grandão! Valeu, Mucão! Samuel vive!”
A importância da vacinação contra o vírus influenza
Segundo a mãe, Samuel tomou a vacina contra a Covid, mas não chegou a ser imunizado contra Influenza, pois, na época da campanha, estava resfriado. “A tomografia estava normal e, do nada, em 12 horas, o pulmão sumiu. Ele não reagia a nada que era feito. A pressão só caindo, e eles injetando cada vez mais medicação para tentar mantê-lo, mas não teve jeito”, lembra ela.
À CRESCER, o infectologista e pediatra Renato Kfouri, da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPS), explica que a gripe é uma doença potencialmente grave, mas, na grande maioria das vezes, não evolui dessa forma. “O risco maior são para as populações alvo do Programa Nacional de Imunizações (PNI) — idosos, gestantes, crianças menores de 5 anos, doentes crônicos e com fatores de agravo. Estima-se que 75% das mortes são de pessoas desses grupos, mas um quatro da mortes não são — são pessoas previamente saudáveis, sem fatores de risco, mas, por questões imunológicas e do próprio vírus, acabam tendo complicações que podem levar à morte”.
“O mesmo ocorre com outras doenças infecciosas, como a covid, o sarampo e a meningite. Então, o vírus Influenza, de forma geral, não costuma evoluir de forma grave, mas pode acontecer”, completa. Ainda segundo o infectologista, uma das maneiras mais eficazes de evitar o agravamento dos casos é a vacinação. A vacina da gripe protege contra a influenza A e B, responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias, informou a pasta.
Na última semana, o Ministério da Saúde anunciou que, a partir da segunda quinzena de março, a vacina da gripe estará disponível o ano todo para crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos. O que significa que o público-alvo poderá ser imunizado em qualquer época do ano. As demais pessoas deve buscar a vacina em clínicas particulares.


“Mãe, eu vou morrer” — foi o que Inês Custódio, do Rio de Janeiro, ouviu do seu único filho, Samuel, de 14 anos. Com falta de ar, foi entubado, mas não resistiu. Em entrevista exclusiva, mãe conta como está conseguindo lidar com o luto pela morte do filho Há cinco meses, a analista contábil Inês Custódio, 45 anos, de Resende, no Rio de Janeiro, passou pela maior perda de sua vida — a morte do seu único filho, Samuel, aos 14 anos. A saúde do adolescente, que começou com os clássicos sintomas de gripe, se agravou rapidamente, levando a dores no peito e falta de ar. No entanto, no mesmo dia em que internou, ele foi entubado e, no dia seguinte, acabou partindo. “Um garoto muito forte, já treinava musculação havia alguns meses, não tinha nenhuma doença preexistente”, conta a mãe.
Mãe que perdeu o filho de forma repentina viraliza ao revelar dúvidas dele sobre o céu: “Ele se despediu”
Samuel testou positivo para Influenza B. “Os médicos ficaram intrigados — o agravo foi extremamente rápido, eles não entenderam como o pulmão dele ‘sumiu’ em menos de 12 horas”, disse a mãe. À CRESCER, em um depoimento emocionante, a mãe relembrou como tudo aconteceu e revelou como tem lidado com o luto desde então. “Eu sei que ainda vou reencontrá-lo”, afirma.
Samuel testou positivo para Influenza B
Arquivo pessoal
Taboola Recommendation
“Samuel viajou no início de outubro para um acampamento da escola, para comemorar a formatura do 9º ano, viagem que durou dos dias 6 a 9. Ele aproveitou demais, disse que era ‘a viagem da vida dele’. Acredito que tenha contraído o vírus lá. No dia 13, pela manhã, notei que ele começou a ficar aparentemente resfriado. Eram sintomas gripais comuns — nariz entupido, tosse e febre, mas foi medicado. Continuou assim na segunda e, na terça, decidi levá-lo ao Pronto Atendimento. Na quarta pela manhã, ele não conseguiu ir à aula e o deixei na casa da avó para ir trabalhar.
Por volta do meio-dia, liguei para saber como estava e ele disse que sentia dor no peito. Não hesitei — saí do trabalho para levá-lo novamente ao hospital. Lá, foram feitos os exames, tanto de covid-19 quanto Influenza, que voltou positivo, além de um raio-x. Ele tinha bastante secreção, mas a ausculta e o raio-x estavam normais. Voltamos para casa, comprei mais alguns remédios, mas, à noite, tivemos que voltar ao hospital, já que a febre e a dor no peito persistiam. Foi feita a tomografia, que aparentemente estava normal, pouca secreção e voltamos para casa.
“Mãe, eu vou morrer”
Ele praticamente não conseguiu jantar, dormiu muito mal e começou a ficar muito congestionado, tentando eliminar a secreção que o incomodava muito. Por volta das 4 horas da manhã, sem conseguir dormir, foi ao banheiro e disse que estava com falta de ar. Imediatamente, o levamos para o hospital. Enquanto era atendido, ele me disse, pelo menos duas vezes: ‘Mãe, eu vou morrer.’ Eu disse a ele que todos estavam ali para cuidar dele e que deveria apenas fazer o que era preciso. Logo depois disso, foi encaminhado para a sala vermelha.
Eu não achava que pudesse ser algo grave, afinal, ele nunca apresentou nenhum tipo de problema respiratório. Enquanto estávamos na sala vermelha, fiz a oração da Ave Maria com ele e também pedi desculpas caso tivesse falhado em alguma coisa. Ele só deu com a mão, como quem diz — ‘Não tem nada, tá tudo certo!’ Samuel já estava no oxigênio e fazendo diversos acessos para medicações, exames e, inclusive, gasometrias, as quais sei que são muito dolorosas. Mas ele não reclamou nem chorou em momento algum, sequer esboçou não aceitar.
Ali, já perguntei se ele ia para a UTI e assim foi feito, mas sabia que lá, ele teria todo o suporte necessário para se reestabelecer. Colocaram ele no leito e tentaram trocar a máscara para dar um suporte melhor para ele, o qual ele não se adaptou. Por volta de meio-dia, o médico me chamou e disse que teria que dar anestesia geral e entubar. Confesso que não parecia ser real, mas me mantive firme, pois sabia que sempre seria necessário estar forte para ajudá-lo nas horas mais difíceis. Não consegui ao menos me despedir dele. Confesso que não parecia que ele não voltaria mais — nem os médicos acreditavam que o estado de saúde dele pudesse se agravar tão rapidamente. Prova disso foi que nem me falaram para conversar com ele antes do procedimento. Mas sei que foi melhor desta forma.
Ele permaneceu entubado até o dia seguinte, na sexta, dia 18. À tarde, ele já apresentava falência de alguns órgãos, como fígado e rins, mas, mesmo assim, os médicos tentaram uma transfusão sanguínea, na tentativa de que ele ainda pudesse responder positivamente ao tratamento, o que infelizmente não aconteceu. Enquanto faziam este procedimento, fui para casa, pois não queria ver nenhum desespero lá, e nem houve, pelo menos enquanto estávamos juntos.
Convivendo com o luto
Às 17h44, após uma tentativa de 48 minutos para reanimá-lo, tempo além do que é proposto para tentar salvar alguém, meu filho foi morar com Deus. Entendi que a hora dele tinha chegado e senti que a vida toda fui preparada para aquele momento. Não sei explicar, mas durante o ano de 2024 me senti angustiada, com a sensação de finitude muito latente, queria passar o máximo de tempo com ele. Eu estava em casa quando recebi a ligação do hospital, por volta de 18h40. Fomos até lá, já imaginando o que havia acontecido. Meu marido foi o único que o viu depois de partir. Eu não fui, pois parecia que ouvia uma voz me dizendo: ‘Não precisa!’ Mesmo naquela situação mais calamitosa que passei na vida, me mantive firme e certa de que meu filho estava com Jesus. Minha fé falou mais alto e senti o sopro da vida dele em mim, através do Espírito Santo, pois não há outra explicação, se não a Mão de Deus sobre nós nos amparando.
Dali, meu marido e eu fomos resolver tudo o que seria necessário para sepultá-lo. E Deus nos amparou muito, principalmente a mim, de maneira surreal, inimaginável para uma mãe. Ainda mais eu que, até então, não tinha perdido alguém tão próximo de mim. No velório, que foi extremamente rápido e com caixão lacrado, eu quem dava conforto aos que lá estavam, principalmente aos diversos amigos que ele tinha e que sentiram muito fortemente a partida dele tão prematura.
Ele estava no auge da vida — cuidando da saúde, começando a aproveitar a idade, as meninas, enfim, tudo o que a vida tem para proporcionar, principalmente nesta fase. Ao invés de lamentar pelo que não vou ter mais, louvo e agradeço pelo que vivi com ele. Foram quase 15 anos de muito amor, cumplicidade, companheirismo e isso não acabou. O amor transcende este mundo tão limitado. Nos dávamos bem demais! Era maravilhoso compartilhar a vida com ele. Ele sempre foi muito simples, dedicado, prestativo, bondoso. Sem palavras para expressar o quão especial ele foi, ainda é e sempre será para mim. Jamais o esquecerei! Entendi, assim, que ele se foi, que eu precisava continuar vivendo da melhor forma possível para honrá-lo e um dia ter a graça também de merecer o céu, pois creio que ele assim o obteve. Eu sei que ainda vou reencontrá-lo, é uma questão de tempo. Deus nos prometeu a vida eterna e eu quero mais do que nunca, alcançar esta glória.
Samuel estava se formando no ensino médio
Arquivo pessoal
Digo aos pais que também estão passando por isso que vivam da melhor forma que puderem, se não conseguirem, procurem ajuda. É muito importante ficar bem para podermos continuar a caminhada para que, um dia, alcancemos a vida eterna. Se nos deixarmos ser levados pela tristeza, que não ultrapasse a nossa capacidade de sobreviver, se não, corremos o risco de ir na contramão da salvação. O amor precisa falar mais alto! E a fé também! Nada nesta vida o substituirá! Nada será como antes, mas sei que ele tem me ajudado a viver uma vida diferente — um dia por vez —, mas bem adaptada à falta que ele me faz. Continuo treinando, como já fazia, hoje ainda mais determinada a fazer por mim e por ele. Sei que ele está extremamente feliz, orgulhoso e grato pela vida que pudemos proporcionar a ele. Foi simples, mas ele foi muito amado e respeitado. Te amo, grandão! Valeu, Mucão! Samuel vive!”
A importância da vacinação contra o vírus influenza
Segundo a mãe, Samuel tomou a vacina contra a Covid, mas não chegou a ser imunizado contra Influenza, pois, na época da campanha, estava resfriado. “A tomografia estava normal e, do nada, em 12 horas, o pulmão sumiu. Ele não reagia a nada que era feito. A pressão só caindo, e eles injetando cada vez mais medicação para tentar mantê-lo, mas não teve jeito”, lembra ela.
À CRESCER, o infectologista e pediatra Renato Kfouri, da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPS), explica que a gripe é uma doença potencialmente grave, mas, na grande maioria das vezes, não evolui dessa forma. “O risco maior são para as populações alvo do Programa Nacional de Imunizações (PNI) — idosos, gestantes, crianças menores de 5 anos, doentes crônicos e com fatores de agravo. Estima-se que 75% das mortes são de pessoas desses grupos, mas um quatro da mortes não são — são pessoas previamente saudáveis, sem fatores de risco, mas, por questões imunológicas e do próprio vírus, acabam tendo complicações que podem levar à morte”.
“O mesmo ocorre com outras doenças infecciosas, como a covid, o sarampo e a meningite. Então, o vírus Influenza, de forma geral, não costuma evoluir de forma grave, mas pode acontecer”, completa. Ainda segundo o infectologista, uma das maneiras mais eficazes de evitar o agravamento dos casos é a vacinação. A vacina da gripe protege contra a influenza A e B, responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias, informou a pasta.
Na última semana, o Ministério da Saúde anunciou que, a partir da segunda quinzena de março, a vacina da gripe estará disponível o ano todo para crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos. O que significa que o público-alvo poderá ser imunizado em qualquer época do ano. As demais pessoas deve buscar a vacina em clínicas particulares.



Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *