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14 Mar 2025, Fri

Piqué depõe e chora ao explicar comissão de 24 milhões de euros na Supercopa da Espanha

Pique


Gerard Piqué, ex-zagueiro do Barcelona e ícone do futebol espanhol, viveu um momento de forte emoção ao prestar depoimento nesta sexta-feira, 14 de março, em Madri. Convocado para esclarecer sua participação nas negociações que levaram a Supercopa da Espanha à Arábia Saudita, o ex-jogador chorou ao defender sua atuação no acordo, que rendeu 24 milhões de euros à sua empresa, a Kosmos. A investigação, que apura possíveis irregularidades no contrato firmado entre a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e o governo saudita, coloca Piqué no centro de um escândalo que abala o futebol espanhol há anos. Durante o depoimento, ele negou qualquer ilegalidade, afirmando que atuou apenas como intermediário dos árabes e que o processo tem prejudicado sua imagem pública.

A transferência da Supercopa para a Arábia Saudita, iniciada em 2020, marcou uma mudança histórica no torneio, tradicionalmente disputado em solo espanhol desde 1982. O acordo, que garante a realização do evento no país até 2029, envolveu cifras milionárias: 320 milhões de euros ao todo, com a RFEF recebendo 40 milhões por temporada. A Kosmos, presidida por Piqué, embolsou 4 milhões de euros anuais como comissão, totalizando 24 milhões de euros ao longo de seis edições. O caso ganhou notoriedade em 2022, quando documentos e áudios vazados expuseram detalhes das negociações entre Piqué e Luis Rubiales, então presidente da RFEF.

Investigado formalmente desde maio de 2024, Piqué argumentou que o contrato foi um “pacto de cavalheiros” com os sauditas e que seu papel foi benéfico ao futebol espanhol. Ele lamentou ser alvo de suspeitas, destacando que o acordo trouxe recursos significativos à federação. A sessão no tribunal, amplamente coberta pela imprensa, reacendeu o debate sobre ética e transparência no esporte.

Origem do escândalo que envolve Piqué e a Supercopa

Como tudo começou com os Supercopa Files

O escândalo que hoje pressiona Gerard Piqué teve início em abril de 2022, quando o site espanhol El Confidencial revelou os chamados “Supercopa Files”. Esses arquivos, compostos por documentos e gravações de áudios privados, expuseram conversas entre Piqué e Luis Rubiales sobre a transferência da Supercopa da Espanha para a Arábia Saudita. Na época, Piqué ainda era jogador ativo do Barcelona, clube que participava do torneio, o que levantou questionamentos sobre um possível conflito de interesses. As mensagens sugeriam que a Kosmos, empresa de eventos esportivos liderada pelo ex-zagueiro, teve um papel crucial na intermediação do acordo.

Nos áudios, Piqué e Rubiales discutiam valores e estratégias, incluindo a divisão dos 40 milhões de euros anuais pagos pelos sauditas à RFEF. A Kosmos, por sua vez, garantiria 4 milhões de euros por temporada como comissão, um montante que, segundo Piqué, seguia padrões de mercado, equivalendo a 10% do valor total por edição. A publicação dos arquivos gerou uma onda de críticas e levou o Ministério Público espanhol a abrir uma investigação para apurar se houve corrupção ou irregularidades no processo. Desde então, o caso se desdobrou em uma batalha judicial que mantém o ex-jogador sob os holofotes.

Repercussão inicial e defesa de Piqué

Logo após a divulgação dos Supercopa Files, Piqué respondeu às acusações em uma transmissão ao vivo na plataforma Twitch. Ele afirmou que todas as ações da Kosmos foram legais e que não havia qualquer incompatibilidade em sua atuação como intermediário. O ex-zagueiro destacou o sucesso da operação, que transformou a Supercopa em um torneio mais lucrativo, passando de uma receita de 120 mil euros por edição, no formato antigo, para 40 milhões de euros anuais na Arábia Saudita. A RFEF, por sua vez, respaldou a narrativa de que os números foram apresentados de forma transparente em 2019, antes mesmo do vazamento.

Cronologia da Supercopa na Arábia Saudita

Um torneio em transformação

A Supercopa da Espanha passou por uma reformulação significativa ao ser transferida para a Arábia Saudita. Antes disputada em jogo único entre os campeões da LaLiga e da Copa do Rei, a competição ganhou um novo formato em 2020, com quatro equipes – os dois primeiros colocados de cada torneio – e semifinais, além da final. A mudança coincidiu com o acordo firmado entre a RFEF, sob a gestão de Luis Rubiales, e o governo saudita, que assegurou a realização do evento no país até 2029. A única exceção ocorreu em 2021, quando a pandemia de Covid-19 forçou a volta do torneio à Andaluzia, na Espanha.

Aqui está um resumo das edições disputadas na Arábia Saudita até o momento:

  • 2020: Real Madrid campeão, após vencer o Atlético de Madrid na final.
  • 2022: Real Madrid novamente vencedor, superando o Athletic Bilbao.
  • 2023: Barcelona levou o título, derrotando o Real Madrid.
  • 2024: Real Madrid conquistou mais uma vez, batendo o Barcelona.

O estádio King Abdullah Sports City, em Jedá, tornou-se o principal palco dessas finais, recebendo também a edição de 2025, realizada em janeiro deste ano. O acordo, que movimenta 320 milhões de euros ao longo de uma década, foi celebrado pela RFEF como uma oportunidade de reinvestir no futebol espanhol, mas as suspeitas em torno das negociações continuam a gerar controvérsia.

Impacto financeiro e esportivo

A transferência da Supercopa para a Arábia Saudita trouxe benefícios financeiros inegáveis à RFEF. Os 40 milhões de euros por temporada representam um salto exponencial em relação às edições anteriores, realizadas em cidades como Tânger, no Marrocos, ou em estádios espanhóis. No entanto, o envolvimento de Piqué, que acumulava as funções de jogador do Barcelona e empresário da Kosmos, levantou dúvidas sobre a imparcialidade do processo. Enquanto a federação destaca o reinvestimento dos recursos, a investigação judicial busca esclarecer se houve favorecimentos ou pagamentos indevidos.

Investigação avança e pressiona Piqué

O que a justiça quer saber

Aberta em maio de 2022 pelo Ministério Público espanhol, a investigação sobre o acordo da Supercopa ganhou força com o indiciamento formal de Gerard Piqué em maio de 2024. A juíza responsável pelo caso, sediada em Majadahonda, próximo a Madri, analisa possíveis crimes de corrupção empresarial e administração desleal. O foco está nos 24 milhões de euros recebidos pela Kosmos e na relação entre Piqué e Luis Rubiales, que renunciou à presidência da RFEF em setembro de 2023 após outro escândalo, envolvendo um beijo não consentido na jogadora Jenni Hermoso durante a premiação da Copa do Mundo Feminina.

Durante o depoimento desta sexta-feira, Piqué insistiu que não houve pagamentos da RFEF à sua empresa, reforçando que a comissão veio exclusivamente do governo saudita. Ele descreveu o acordo como um “acordo verbal entre cavalheiros”, uma prática comum em negociações desse porte, segundo sua defesa. A emoção do ex-jogador ao falar sobre o impacto do processo em sua reputação marcou a sessão, que durou várias horas e foi acompanhada por uma multidão de jornalistas na entrada do tribunal.

Envolvimento de Rubiales e outras suspeitas

Luis Rubiales, figura central no caso, também está sob investigação. Além do contrato da Supercopa, a justiça apura irregularidades em obras no estádio La Cartuja, em Sevilha, usadas para jogos da seleção espanhola durante sua gestão. Os áudios vazados em 2022 mostram conversas em que Piqué tenta convencer Rubiales a incluir até mesmo o rei emérito Juan Carlos nas negociações, uma sugestão que não avançou. A proximidade entre os dois levanta suspeitas de tratamento privilegiado, algo que ambos negam veementemente.

Detalhes financeiros do acordo com a Arábia Saudita

Números que impressionam

O contrato entre a RFEF e a Arábia Saudita é um dos mais lucrativos da história do futebol espanhol. Veja os principais valores envolvidos:

  • 40 milhões de euros por temporada pagos à RFEF, totalizando 240 milhões de euros pelas seis edições iniciais.
  • 4 milhões de euros anuais à Kosmos, somando 24 milhões de euros no mesmo período.
  • Projeção de 320 milhões de euros até 2029, caso o acordo seja estendido por mais quatro anos, como previsto em cláusula opcional.

Esses montantes transformaram a Supercopa em uma fonte de receita robusta, mas também alimentaram o debate sobre a ética de levar competições tradicionais para países com histórico de violações de direitos humanos, como a Arábia Saudita. Piqué, no entanto, defendeu a operação como um “sucesso retumbante” em 2022, destacando que os recursos beneficiaram o futebol espanhol como um todo.

Comparação com o passado

Antes da mudança para a Arábia Saudita, a Supercopa rendia cifras modestas à RFEF. Em 2018, por exemplo, a edição disputada em Tânger gerou apenas 120 mil euros. A reformulação do torneio, com a inclusão de mais equipes e a internacionalização, foi uma aposta ousada de Rubiales, apoiada por Piqué. O ex-jogador chegou a negociar outras opções, como Miami, mas a proposta saudita prevaleceu após intensas conversas com diversas partes, incluindo a Sony.

Reação pública e futuro do caso

Piqué sob os holofotes

O depoimento emocionado de Gerard Piqué nesta sexta-feira reacendeu a atenção sobre o caso na Espanha e no mundo. Ídolo do Barcelona, onde atuou por 14 anos e conquistou 30 títulos, incluindo três Ligas dos Campeões, ele se aposentou em novembro de 2022, ovacionado no Camp Nou. Agora, sua imagem de empresário bem-sucedido é posta à prova. Nas redes sociais, torcedores e jornalistas dividem-se entre os que o veem como vítima de uma perseguição e os que cobram maior transparência nas negociações.

A imprensa espanhola acompanhou cada passo do ex-jogador na chegada ao tribunal, com imagens dele visivelmente tenso antes de entrar. Sua defesa deve continuar centrada na legalidade do acordo e na ausência de pagamentos diretos da RFEF, mas o choro durante o depoimento sugere o peso pessoal que o processo representa para ele, que já foi alvo de outras polêmicas, como a produção de um documentário sobre Antoine Griezmann em 2018.

Próximos passos da investigação

A investigação segue em andamento, com a justiça analisando documentos e depoimentos adicionais. Além de Piqué e Rubiales, outras figuras ligadas à RFEF podem ser convocadas. O desfecho do caso pode influenciar não apenas o futuro da Supercopa na Arábia Saudita, mas também a gestão de competições esportivas na Espanha. Enquanto isso, a edição de 2025 do torneio, realizada em janeiro, mostrou que o interesse pelo evento permanece alto, com o Real Madrid vencendo mais uma vez em Jedá.



Gerard Piqué, ex-zagueiro do Barcelona e ícone do futebol espanhol, viveu um momento de forte emoção ao prestar depoimento nesta sexta-feira, 14 de março, em Madri. Convocado para esclarecer sua participação nas negociações que levaram a Supercopa da Espanha à Arábia Saudita, o ex-jogador chorou ao defender sua atuação no acordo, que rendeu 24 milhões de euros à sua empresa, a Kosmos. A investigação, que apura possíveis irregularidades no contrato firmado entre a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e o governo saudita, coloca Piqué no centro de um escândalo que abala o futebol espanhol há anos. Durante o depoimento, ele negou qualquer ilegalidade, afirmando que atuou apenas como intermediário dos árabes e que o processo tem prejudicado sua imagem pública.

A transferência da Supercopa para a Arábia Saudita, iniciada em 2020, marcou uma mudança histórica no torneio, tradicionalmente disputado em solo espanhol desde 1982. O acordo, que garante a realização do evento no país até 2029, envolveu cifras milionárias: 320 milhões de euros ao todo, com a RFEF recebendo 40 milhões por temporada. A Kosmos, presidida por Piqué, embolsou 4 milhões de euros anuais como comissão, totalizando 24 milhões de euros ao longo de seis edições. O caso ganhou notoriedade em 2022, quando documentos e áudios vazados expuseram detalhes das negociações entre Piqué e Luis Rubiales, então presidente da RFEF.

Investigado formalmente desde maio de 2024, Piqué argumentou que o contrato foi um “pacto de cavalheiros” com os sauditas e que seu papel foi benéfico ao futebol espanhol. Ele lamentou ser alvo de suspeitas, destacando que o acordo trouxe recursos significativos à federação. A sessão no tribunal, amplamente coberta pela imprensa, reacendeu o debate sobre ética e transparência no esporte.

Origem do escândalo que envolve Piqué e a Supercopa

Como tudo começou com os Supercopa Files

O escândalo que hoje pressiona Gerard Piqué teve início em abril de 2022, quando o site espanhol El Confidencial revelou os chamados “Supercopa Files”. Esses arquivos, compostos por documentos e gravações de áudios privados, expuseram conversas entre Piqué e Luis Rubiales sobre a transferência da Supercopa da Espanha para a Arábia Saudita. Na época, Piqué ainda era jogador ativo do Barcelona, clube que participava do torneio, o que levantou questionamentos sobre um possível conflito de interesses. As mensagens sugeriam que a Kosmos, empresa de eventos esportivos liderada pelo ex-zagueiro, teve um papel crucial na intermediação do acordo.

Nos áudios, Piqué e Rubiales discutiam valores e estratégias, incluindo a divisão dos 40 milhões de euros anuais pagos pelos sauditas à RFEF. A Kosmos, por sua vez, garantiria 4 milhões de euros por temporada como comissão, um montante que, segundo Piqué, seguia padrões de mercado, equivalendo a 10% do valor total por edição. A publicação dos arquivos gerou uma onda de críticas e levou o Ministério Público espanhol a abrir uma investigação para apurar se houve corrupção ou irregularidades no processo. Desde então, o caso se desdobrou em uma batalha judicial que mantém o ex-jogador sob os holofotes.

Repercussão inicial e defesa de Piqué

Logo após a divulgação dos Supercopa Files, Piqué respondeu às acusações em uma transmissão ao vivo na plataforma Twitch. Ele afirmou que todas as ações da Kosmos foram legais e que não havia qualquer incompatibilidade em sua atuação como intermediário. O ex-zagueiro destacou o sucesso da operação, que transformou a Supercopa em um torneio mais lucrativo, passando de uma receita de 120 mil euros por edição, no formato antigo, para 40 milhões de euros anuais na Arábia Saudita. A RFEF, por sua vez, respaldou a narrativa de que os números foram apresentados de forma transparente em 2019, antes mesmo do vazamento.

Cronologia da Supercopa na Arábia Saudita

Um torneio em transformação

A Supercopa da Espanha passou por uma reformulação significativa ao ser transferida para a Arábia Saudita. Antes disputada em jogo único entre os campeões da LaLiga e da Copa do Rei, a competição ganhou um novo formato em 2020, com quatro equipes – os dois primeiros colocados de cada torneio – e semifinais, além da final. A mudança coincidiu com o acordo firmado entre a RFEF, sob a gestão de Luis Rubiales, e o governo saudita, que assegurou a realização do evento no país até 2029. A única exceção ocorreu em 2021, quando a pandemia de Covid-19 forçou a volta do torneio à Andaluzia, na Espanha.

Aqui está um resumo das edições disputadas na Arábia Saudita até o momento:

  • 2020: Real Madrid campeão, após vencer o Atlético de Madrid na final.
  • 2022: Real Madrid novamente vencedor, superando o Athletic Bilbao.
  • 2023: Barcelona levou o título, derrotando o Real Madrid.
  • 2024: Real Madrid conquistou mais uma vez, batendo o Barcelona.

O estádio King Abdullah Sports City, em Jedá, tornou-se o principal palco dessas finais, recebendo também a edição de 2025, realizada em janeiro deste ano. O acordo, que movimenta 320 milhões de euros ao longo de uma década, foi celebrado pela RFEF como uma oportunidade de reinvestir no futebol espanhol, mas as suspeitas em torno das negociações continuam a gerar controvérsia.

Impacto financeiro e esportivo

A transferência da Supercopa para a Arábia Saudita trouxe benefícios financeiros inegáveis à RFEF. Os 40 milhões de euros por temporada representam um salto exponencial em relação às edições anteriores, realizadas em cidades como Tânger, no Marrocos, ou em estádios espanhóis. No entanto, o envolvimento de Piqué, que acumulava as funções de jogador do Barcelona e empresário da Kosmos, levantou dúvidas sobre a imparcialidade do processo. Enquanto a federação destaca o reinvestimento dos recursos, a investigação judicial busca esclarecer se houve favorecimentos ou pagamentos indevidos.

Investigação avança e pressiona Piqué

O que a justiça quer saber

Aberta em maio de 2022 pelo Ministério Público espanhol, a investigação sobre o acordo da Supercopa ganhou força com o indiciamento formal de Gerard Piqué em maio de 2024. A juíza responsável pelo caso, sediada em Majadahonda, próximo a Madri, analisa possíveis crimes de corrupção empresarial e administração desleal. O foco está nos 24 milhões de euros recebidos pela Kosmos e na relação entre Piqué e Luis Rubiales, que renunciou à presidência da RFEF em setembro de 2023 após outro escândalo, envolvendo um beijo não consentido na jogadora Jenni Hermoso durante a premiação da Copa do Mundo Feminina.

Durante o depoimento desta sexta-feira, Piqué insistiu que não houve pagamentos da RFEF à sua empresa, reforçando que a comissão veio exclusivamente do governo saudita. Ele descreveu o acordo como um “acordo verbal entre cavalheiros”, uma prática comum em negociações desse porte, segundo sua defesa. A emoção do ex-jogador ao falar sobre o impacto do processo em sua reputação marcou a sessão, que durou várias horas e foi acompanhada por uma multidão de jornalistas na entrada do tribunal.

Envolvimento de Rubiales e outras suspeitas

Luis Rubiales, figura central no caso, também está sob investigação. Além do contrato da Supercopa, a justiça apura irregularidades em obras no estádio La Cartuja, em Sevilha, usadas para jogos da seleção espanhola durante sua gestão. Os áudios vazados em 2022 mostram conversas em que Piqué tenta convencer Rubiales a incluir até mesmo o rei emérito Juan Carlos nas negociações, uma sugestão que não avançou. A proximidade entre os dois levanta suspeitas de tratamento privilegiado, algo que ambos negam veementemente.

Detalhes financeiros do acordo com a Arábia Saudita

Números que impressionam

O contrato entre a RFEF e a Arábia Saudita é um dos mais lucrativos da história do futebol espanhol. Veja os principais valores envolvidos:

  • 40 milhões de euros por temporada pagos à RFEF, totalizando 240 milhões de euros pelas seis edições iniciais.
  • 4 milhões de euros anuais à Kosmos, somando 24 milhões de euros no mesmo período.
  • Projeção de 320 milhões de euros até 2029, caso o acordo seja estendido por mais quatro anos, como previsto em cláusula opcional.

Esses montantes transformaram a Supercopa em uma fonte de receita robusta, mas também alimentaram o debate sobre a ética de levar competições tradicionais para países com histórico de violações de direitos humanos, como a Arábia Saudita. Piqué, no entanto, defendeu a operação como um “sucesso retumbante” em 2022, destacando que os recursos beneficiaram o futebol espanhol como um todo.

Comparação com o passado

Antes da mudança para a Arábia Saudita, a Supercopa rendia cifras modestas à RFEF. Em 2018, por exemplo, a edição disputada em Tânger gerou apenas 120 mil euros. A reformulação do torneio, com a inclusão de mais equipes e a internacionalização, foi uma aposta ousada de Rubiales, apoiada por Piqué. O ex-jogador chegou a negociar outras opções, como Miami, mas a proposta saudita prevaleceu após intensas conversas com diversas partes, incluindo a Sony.

Reação pública e futuro do caso

Piqué sob os holofotes

O depoimento emocionado de Gerard Piqué nesta sexta-feira reacendeu a atenção sobre o caso na Espanha e no mundo. Ídolo do Barcelona, onde atuou por 14 anos e conquistou 30 títulos, incluindo três Ligas dos Campeões, ele se aposentou em novembro de 2022, ovacionado no Camp Nou. Agora, sua imagem de empresário bem-sucedido é posta à prova. Nas redes sociais, torcedores e jornalistas dividem-se entre os que o veem como vítima de uma perseguição e os que cobram maior transparência nas negociações.

A imprensa espanhola acompanhou cada passo do ex-jogador na chegada ao tribunal, com imagens dele visivelmente tenso antes de entrar. Sua defesa deve continuar centrada na legalidade do acordo e na ausência de pagamentos diretos da RFEF, mas o choro durante o depoimento sugere o peso pessoal que o processo representa para ele, que já foi alvo de outras polêmicas, como a produção de um documentário sobre Antoine Griezmann em 2018.

Próximos passos da investigação

A investigação segue em andamento, com a justiça analisando documentos e depoimentos adicionais. Além de Piqué e Rubiales, outras figuras ligadas à RFEF podem ser convocadas. O desfecho do caso pode influenciar não apenas o futuro da Supercopa na Arábia Saudita, mas também a gestão de competições esportivas na Espanha. Enquanto isso, a edição de 2025 do torneio, realizada em janeiro, mostrou que o interesse pelo evento permanece alto, com o Real Madrid vencendo mais uma vez em Jedá.



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