O adolescente que estava desaparecido desde domingo (9) na Praia dos Ingleses, em Florianópolis, foi identificado como Isaque Davi de Jesus Santos. O garoto de 14 anos morreu afogado e foi sepultado às 9h30 desta sexta-feira (14).
O corpo foi encontrado por populares na madrugada de quinta-feira (13), na beira do mar. A Polícia Militar foi acionada por volta de 00h25 e familiares identificaram o adolescente no IML (Instituto Médio Legal).
Nascido em Ituberá, na Bahia, Isaque morava com o pai, a avó e a tia no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis. Manoel de Jesus dos Santos, tio do garoto afogado, aponta que a família não sabia que ele iria à praia no domingo.
“O Isaque falou para minha irmã que ia no aniversário de uma colega do colégio. O aniversário era só uma desculpa para ir à praia com duas amigas”, explica.

Uma das colegas, que entrou na água com ele, disse aos parentes que os dois foram puxados pela correnteza quando o tempo começou a virar naquela tarde, por volta das 16h. O acidente aconteceu próximo ao Posto de Guarda-Vidas 02.
“De repente, quando ela percebeu, começou a descer para o fundo. A onda começou a puxar e ela conseguiu sair, mas quando olhou para trás, não viu mais o Isaque”, conta o tio Manoel.
O menino não sabia nadar e não tinha o costume de ir à praia. A amiga entrou em contato com a família, que imediatamente se deslocou até os Ingleses. Aquele seria o início de quatro dias de agonia, sem respostas sobre o paradeiro do adolescente afogado.
Família do adolescente afogado critica atuação dos bombeiros: ‘Deixavam a gente naquela angústia’
Manoel de Jesus dos Santos, tio do adolescente, relatou ao ND Mais que o CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) não fornecia atualizações à família.
“Não procuraram a gente em momento nenhum, deixavam a gente sempre naquela angústia. Para ter uma ideia, de tanta aflição, alugamos embarcação particular para ajudar nas buscas”, afirma o parente.
Quando os bombeiros informaram que um corpo havia sido encontrado, por volta das 9h de quinta-feira, o pai de Isaque estava em alto mar procurando pelo filho.
“O que está mais doendo em nós é que a gente, como família, espera uma resposta mais rápida. A angústia que a gente passou, eu torço e peço muito a Deus para não passar mais por isso, porque é muito difícil”, lamenta Manoel.

A família foi comunicada pelos bombeiros de que o corpo do garoto afogado foi encontrado em alto mar por uma embarcação, informação equivocada que não foi esclarecida.
Além disso, segundo o tio, a menina que estava com Isaque na Praia dos Ingleses teve dificuldade de conseguir apoio dos guarda-vidas no domingo.
“Ela relatou que correu para buscar ajuda dos bombeiros na guarita. Quando chegou lá, falaram que não tinha condição de ninguém se afogar naquele momento porque o mar estava calmo. Ela disse que levou em torno de 20 minutos para os guarda-vidas entrarem na água”, ressalta Manoel.
“Meu apelo é que isso não venha mais a acontecer com outra família. Se tem guarda-vidas na praia, é para orientar. Na hora que começou a mudança no tempo, se tivessem orientado a sair da água, talvez teria evitado esse ocorrido”, considera. “Os bombeiros são excelentes profissionais, mas acredito que em alguns momentos faltou mais agilidade”.
O que dizem os bombeiros?

Em nota, o CBMSC declarou que os profissionais do posto de guarda-vidas estavam em prontidão no momento do incidente.
“No instante da ocorrência, uma jovem que estava com a vítima, ao sair do mar chamou os guarda-vidas, que, pela proximidade ao local, imediatamente adentraram ao mar e iniciaram as buscas”, diz a corporação.
As buscas contínuas mobilizaram equipes com moto aquática, helicóptero e drones, além de mergulhadores do GBS (Grupamento de Busca e Resgate).
Familiares se despedem de garoto que morreu afogado nos Ingleses: ‘Era a alegria do ambiente’
A mãe do garoto, que mora em Goiânia, veio a Florianópolis para o velório na manhã desta sexta-feira. Manoel de Jesus dos Santos destaca que a demora nas buscas e na liberação do corpo no IML afetou o funeral de Isaque.
“Atrasou tudo e não deu para fazer o sepultamento ontem, fizemos hoje. Fizemos com a urna lacrada porque não tinha mais condição. Se tivessem agido mais rápido, talvez teríamos feito um velório digno”, pondera.
Ele descreve o sobrinho como uma pessoa de muitas qualidades. Excelente aluno na escola, o adolescente que morreu afogado nos Ingleses era representante de turma.
“Menino muito querido por todos, amável, se dava bem com todo mundo. Uma pessoa que, se for descrever, vai passar um tempo falando das qualidades. Era estudioso, inteligente e amoroso com a família”, define Manoel.

Isaque Davi de Jesus Santos ajudava no trabalho do tio, que é piscineiro, para enviar dinheiro à mãe doente. A prima Rebeca Souza dos Santos, de 22 anos, conta que ele sonhava em ser jogador de futebol.
“Ele sempre foi um menino muito trabalhador, querido por todos. Ele era a alegria do ambiente, com quem conversava, ele ganhava. O sonho dele sempre foi ter um futuro melhor, gostava de jogar bola e queria ser o craque”, diz Rebeca.
A família sofre com a falta do garoto. Isaque, que completou 14 anos em janeiro, morava com os três irmãos mais novos, um menino de 9 anos e duas meninas de 7 e 3 anos.
Nas redes sociais, o pai do adolescente publicou: “Meu filho, você deixou um buraco em mim. Como dói”.
O adolescente que estava desaparecido desde domingo (9) na Praia dos Ingleses, em Florianópolis, foi identificado como Isaque Davi de Jesus Santos. O garoto de 14 anos morreu afogado e foi sepultado às 9h30 desta sexta-feira (14).
O corpo foi encontrado por populares na madrugada de quinta-feira (13), na beira do mar. A Polícia Militar foi acionada por volta de 00h25 e familiares identificaram o adolescente no IML (Instituto Médio Legal).
Nascido em Ituberá, na Bahia, Isaque morava com o pai, a avó e a tia no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis. Manoel de Jesus dos Santos, tio do garoto afogado, aponta que a família não sabia que ele iria à praia no domingo.
“O Isaque falou para minha irmã que ia no aniversário de uma colega do colégio. O aniversário era só uma desculpa para ir à praia com duas amigas”, explica.

Uma das colegas, que entrou na água com ele, disse aos parentes que os dois foram puxados pela correnteza quando o tempo começou a virar naquela tarde, por volta das 16h. O acidente aconteceu próximo ao Posto de Guarda-Vidas 02.
“De repente, quando ela percebeu, começou a descer para o fundo. A onda começou a puxar e ela conseguiu sair, mas quando olhou para trás, não viu mais o Isaque”, conta o tio Manoel.
O menino não sabia nadar e não tinha o costume de ir à praia. A amiga entrou em contato com a família, que imediatamente se deslocou até os Ingleses. Aquele seria o início de quatro dias de agonia, sem respostas sobre o paradeiro do adolescente afogado.
Família do adolescente afogado critica atuação dos bombeiros: ‘Deixavam a gente naquela angústia’
Manoel de Jesus dos Santos, tio do adolescente, relatou ao ND Mais que o CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) não fornecia atualizações à família.
“Não procuraram a gente em momento nenhum, deixavam a gente sempre naquela angústia. Para ter uma ideia, de tanta aflição, alugamos embarcação particular para ajudar nas buscas”, afirma o parente.
Quando os bombeiros informaram que um corpo havia sido encontrado, por volta das 9h de quinta-feira, o pai de Isaque estava em alto mar procurando pelo filho.
“O que está mais doendo em nós é que a gente, como família, espera uma resposta mais rápida. A angústia que a gente passou, eu torço e peço muito a Deus para não passar mais por isso, porque é muito difícil”, lamenta Manoel.

A família foi comunicada pelos bombeiros de que o corpo do garoto afogado foi encontrado em alto mar por uma embarcação, informação equivocada que não foi esclarecida.
Além disso, segundo o tio, a menina que estava com Isaque na Praia dos Ingleses teve dificuldade de conseguir apoio dos guarda-vidas no domingo.
“Ela relatou que correu para buscar ajuda dos bombeiros na guarita. Quando chegou lá, falaram que não tinha condição de ninguém se afogar naquele momento porque o mar estava calmo. Ela disse que levou em torno de 20 minutos para os guarda-vidas entrarem na água”, ressalta Manoel.
“Meu apelo é que isso não venha mais a acontecer com outra família. Se tem guarda-vidas na praia, é para orientar. Na hora que começou a mudança no tempo, se tivessem orientado a sair da água, talvez teria evitado esse ocorrido”, considera. “Os bombeiros são excelentes profissionais, mas acredito que em alguns momentos faltou mais agilidade”.
O que dizem os bombeiros?

Em nota, o CBMSC declarou que os profissionais do posto de guarda-vidas estavam em prontidão no momento do incidente.
“No instante da ocorrência, uma jovem que estava com a vítima, ao sair do mar chamou os guarda-vidas, que, pela proximidade ao local, imediatamente adentraram ao mar e iniciaram as buscas”, diz a corporação.
As buscas contínuas mobilizaram equipes com moto aquática, helicóptero e drones, além de mergulhadores do GBS (Grupamento de Busca e Resgate).
Familiares se despedem de garoto que morreu afogado nos Ingleses: ‘Era a alegria do ambiente’
A mãe do garoto, que mora em Goiânia, veio a Florianópolis para o velório na manhã desta sexta-feira. Manoel de Jesus dos Santos destaca que a demora nas buscas e na liberação do corpo no IML afetou o funeral de Isaque.
“Atrasou tudo e não deu para fazer o sepultamento ontem, fizemos hoje. Fizemos com a urna lacrada porque não tinha mais condição. Se tivessem agido mais rápido, talvez teríamos feito um velório digno”, pondera.
Ele descreve o sobrinho como uma pessoa de muitas qualidades. Excelente aluno na escola, o adolescente que morreu afogado nos Ingleses era representante de turma.
“Menino muito querido por todos, amável, se dava bem com todo mundo. Uma pessoa que, se for descrever, vai passar um tempo falando das qualidades. Era estudioso, inteligente e amoroso com a família”, define Manoel.

Isaque Davi de Jesus Santos ajudava no trabalho do tio, que é piscineiro, para enviar dinheiro à mãe doente. A prima Rebeca Souza dos Santos, de 22 anos, conta que ele sonhava em ser jogador de futebol.
“Ele sempre foi um menino muito trabalhador, querido por todos. Ele era a alegria do ambiente, com quem conversava, ele ganhava. O sonho dele sempre foi ter um futuro melhor, gostava de jogar bola e queria ser o craque”, diz Rebeca.
A família sofre com a falta do garoto. Isaque, que completou 14 anos em janeiro, morava com os três irmãos mais novos, um menino de 9 anos e duas meninas de 7 e 3 anos.
Nas redes sociais, o pai do adolescente publicou: “Meu filho, você deixou um buraco em mim. Como dói”.